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CONTROLE DE CONDUTAS
LEI 12.529/2011
PRÁTICAS HORIZONTAIS
CARTÉIS
PREÇOS PREDATÓRIOS
PRÁTICAS VERTICAIS
FIXAÇÃO DE PREÇO DE REVENDA
ACORDOS DE EXCLUSIVIDADE
VENDA CASADA
DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS
RECUSA DE NEGOCIAÇÃO
Infrações à ordem econômica 
Art. 31 - Pessoas físicas ou jurídicas de direito direito público ou privado. Associações de entidades ou de pessoas (de fato ou de direito), com ou sem personalidade jurídica.
Art. 33 – Responsabilidade solidária (dirigentes e administradores).
Art. 34 – Desconsideração da personalidade jurídica: (i) abuso de direito; (ii) excesso de poder; (iii) infração à lei; (iv) fato ou ato ilícito; violação dos estatutos ou do contrato social. Parágrafo único: no caso de falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
Das infrações (art. 36)
Limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência ou a livre iniciativa.
Dominar mercado relevante de bens ou serviços.
Aumentar arbitrariamente os lucros.
Exercer de forma abusiva posição dominante.
Ganhos de eficiência não gera o ilícito.
Das condutas em espécie (art. 36, § 3º)
CARTEL (Art. 36, I) - Conduta combinada (acordo sobre variáveis de mercado – preços, quantidade, qualidade), entre os concorrentes associações, fornecedores e/ou revendedores. 
VENDA CASADA (ART. 36, XVII)– Subordinar a venda de um bem à aquisição de outro ou à utilização de um serviço, ou subordinar a prestação de um serviço à utilização de outro ou à aquisição de um bem. 
Calixto Salomão Filho (Direito Concorrencial. As Condutas: 2003) - 1) Quando a venda de dois produtos deve ser considerada necessária, ou seja, como um imperativo econômico ou físico e não uma coerção?
Depende. Ex.: sapatos. Se o custo a mais for cobrado pela venda do produto sem separado do principal for igualmente ao preço do conjunto, a negativa de venda do produto em separado é natural, e não coercitiva. A inexistência de um mercado separado para o produto “casado” ou secundário leva à inexistência do ilícito (não por gerar eficiência – economia de escala através da venda conjunta dos produtos, mas porque o mercado relevante é o dos produtos considerados em seu conjunto e, em não existindo mercado para o produto secundário, a venda casada é natural, e não coercitiva.
Para os neoclássicos – Eficiência leva à licitude, apesar da coerção. Não se leva em conta os consumidores marginais (aqueles poucos que querem o produto secundário em “separado”. 
Concepção jurídica – Ao consumidor marginal deve ser dada a oportunidade de adquirir o produto que lhe interessa, sendo lícita a cobrança dos custos adicionais que para isso sejam necessários. (CALIXTO SALOMÃO FILHO: Direito Concorrencial. As condutas, pp. 223-227)
VENDA CASADA NÃO É SÓ AQUELA EM QUE É OBRIGATÓRIA A COMPRA DOS DOIS PRODUTOS JUNTOS. ELA TAMBÉM EXISTE QUANDO O PREÇO COBRADO PELO PRODUTO VENDIDO SEPARADAMENTE É EXORBITANTE, ISTO É, NÃO CORRESPONDE NEM APROXIMADAMENTE AO ACRÉSCIMO DE CUSTO CAUSADO AO VENDEDOR PELA SEPARAÇÃO DOS PRODUTOS (COERÇÃO ECONÔMICA). O consumidor é constrangido a comprar os produtos em conjunto para evitar o prejuízo decorrente da compra separada.
RECUSA DE CONTRATAR (ART. 36, XI) – Requisitos para caracterização do ilícito: (i) dominação ou elevado poder de mercado; (ii) fechamento de mercado e (iii) ausência de uma justificativa objetiva. Prática predatória.
PREÇO PREDATÓRIO (Art. 36, XV) – Vender mercadoria ou prestar serviços injustificadamente abaixo do preço de custo. Preços não remunerativos para lesar a concorrência.
Alguns sistemas jurídicos aceitam esta conduta como forma de justificativa:
Preço promocional ou necessário para persuadir o consumidor a mudar de preferência (Cingapura).
Redução para entrar em um novo mercado (França).
Alcançar economia de escala (Reino Unido).
Mudança das condições de mercado e a empresa precisa adaptar-se (liquidação, produtos perecíveis) – Canadá.
Produtos estragados, incompletos ou danificados (Japão).
BRASIL = A venda de mercadoria abaixo do preço de custo não constitui per se uma infração (excesso de capacidade da indústria, promoção de minimização de perdas, uma nova entrante no mercado. Pressupostos para que se caracterize a infração: (i) continuidade da conduta; (ii) expulsão ou imobilização do concorrente; (iii) prática deliberada sem justificativa.
Regra per se – Para que a prática econômica seja ilegal per se, basta a prova da sua ocorrência, sem a preocupação com o eventual objetivo das partes ou dos efeitos sobre o mercado.
Regra da razão - A aplicação ao caso concreto dos princípios da razoabilidade ou proporcionalidade. No Direito Norte-americano, a regra da razão não considera ilegais os acordos que tenham objetivos pró-competitivos, mesmo que com efeitos incidentais e inconsequentes na concorrência.

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