Buscar

ANAìLISE DA LEI 12.529 2011

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DIREITO ECONÔMICO - LEI 12.529/2011 
Alterou a lei que disciplinava a matéria concorrencial – Lei 8.884/94.
Finalidade:
Prevenir e reprimir as infrações contra a ordem econômica baseada na liberdade de iniciativa e livre concorrência. 
Reestrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), definindo seus órgãos integrantes e suas competências dentro do contexto da defesa da concorrência. 
Estabelece a forma de implementação da política de concorrência no país, dispondo sobre a competência dos órgãos encarregados de zelar pela prevenção e repressão de abusos do poder econômico.
Função: 
penalizar e impedir acordos que possam trazer restrição à concorrência.
Coibir o abuso do poder econômico.
Assegurar a concorrência efetiva dos setores oligopolizados para evitar a concentração de mercado.
Acordos restritivos da concorrência
VERTICAIS - Práticas que envolvem restrições (contratuais ou não) impostas por fornecedores de bens ou serviços a seus clientes (ou vice-versa).Ex.: acordos de exclusividade. Os compradores de determinado bem ou serviço se comprometem a adquiri-lo com exclusividade de determinado vendedor (ou vice-versa), ficando, assim, proibidos de comercializar os bens dos rivais. Tais acordos podem trazer efeitos nocivos à livre concorrência, devendo, novamente, ser analisados considerando-se a razoabilidade econômica da conduta e o poder de mercado da empresa, sob a ótica dos efeitos a serem coibidos, conforme previstos no artigo 36 da Lei de Defesa da Concorrência. Cartilha do Cade 
HORIZONTAIS – São aqueles celebrados entre agentes econômicos que atuam no mesmo mercado relevante (competidores). Na análise dos efeitos deste acordo, deve se levar em conta quais mercados serão atingidos. Deve-se também identificar a posição dos agentes econômicos (se fornecedor, intermediário, adquirente ou financiador do produto, serviço ou tecnologia). Ex.: Cartel.
CONTROLE DE ESTRUTURAS e CONTROLE DE CONDUTAS
SBDC atua de forma preventiva e repressiva, trabalhando em três frentes:
Advocacia da concorrência
Controle de estruturas
Repressão às práticas anticompetitivas
Controle de estruturas (controle preventivo)
Apreciação dos atos de concentração (fusões e aquisições) – Determinados atos podem gerar desequilíbrio no mercado, trazendo barreiras à entrada de novos competidores e prejudicando o direito de escolha dos consumidores.
Evitar o alto grau de concentração em um mercado relevante que possa restringir ou extinguir a concorrência.
Dos Atos de Concentração (art. 88 da Lei 1.529/11) – Critérios de sudmissão do ato ao CADE:
Exercício de atividade econômica;
Mínimo de duas partes interessadas na operação;
Transferência de ativos. (art. 90)
Controle prévio – 240 dias a contar do protocolo da petição ou de sua emenda. 
Art. 88, § 4º: devem ser preservadas as condições de concorrência entre as empresas envolvidas até a decisão final.
Art. 88, § 6º: equanimidade de benefícios entre empresários e consumidores.
Conceito de ato de concentração- Art. 90
Quando um ato de concentração deve ser submetido ao julgamento do Cade?
Segundo o art. 88 da Lei 12.529/2011, com valores atualizados pela Portaria Interministerial 994, de 30 de maio de 2012, devem ser notificados ao Cade os atos de concentração, em qualquer setor da economia, em que pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 750 milhões, e pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado faturamento bruto anual ou volume de negócios total no Brasil, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$ 75 milhões. Cartilha do Cade
Por que os atos de concentração são submetidos ao Cade?
Muitas vezes tais atos visam aumentar a eficiência dos agentes econômicos, por meio, por exemplo, da redução dos custos de logística e distribuição, ou do ganho de escala nas operações, ou nas economias de custo decorrente da produção de diferentes produtos com os mesmos ativos produtivos. No entanto as mesmas operações que geram eficiências podem elevar a probabilidade de práticas anticompetitivas unilaterais ou coordenadas. Se o efeito líquido esperado for negativo, o Cade pode aprovar o ato apenas sob determinadas condições, ou até mesmo determinar a sua desconstituição. Cartilha do Cade.
O CADE
O Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) é uma autarquia em regime especial com função judicante, com jurisdição em todo território nacional.
FUNÇÕES:
Função Preventiva: controle de fusões, aquisições, incorporações e outros atos de concentração econômica entre grandes empresas, que possam colocar em risco a livre concorrência; 
Função Repressiva: combate a cartéis e outras condutas nocivas ao ambiente concorrencial;
Tribunal Administrativo de Defesa da Concorrência (TADE)
Órgão judicante (um presidente e seis conselheiros).
Competências (art. 9º).
Conselheiros – funçoes técnicas (instrutórias e judicantes).
Superintedência-Geral do CADE
Competência – art. 13.
Dentre outras competências poderá promover procedimento preparatório de inquérito administrativo e inquérito administrativo; instaurar e instruir processos administrativos, requerer mandado de busca e apreensão.
Recorre de ofício ao Tribunal para arquivamento de processo administrativo.
Propõe termo de compromisso de cessação de prática de infração da ordem econômica, submetendo-o à apreciação do Tribunal bem como fiscaliza seu cumprimento.
Adota medida preventiva para cessação de prática que constitua infração à ordem econômica.
Submetem-se a ela as Coordenações Gerais de Análise Antitruste (CGAA).
Procuradoria Federal Especializada (ProCADE) e Minstério Público Federal (MPF)
Não integra o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência.
Composição: procuradores da AGU.
Competência: art 15.
Presta consultoria e assessoramento jurídico ao CADE.
Representa o CADE judicial e extrajudicialmente.
Pormove a execução das decisões e julgados do CADE.
Pode atuar em atos de concetração como terceiro interessado.
Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE)
Órgão opinativo
Competências – art. 19.
Bibliografia
BAGNOLI, Vicente. Direito Econômico Concorrencial. 7ª ed.São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2017.
TAUFICK, Roberto Domingos. Nova Lei Antitruste Brasileira. A Lei 12.529/2011 COMENTADA	e a Análise Prévia no Direito da Concorrência. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2012.

Outros materiais