Buscar

Sinal senoidal fasor 1

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIUBE – Universidade de Uberaba 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
SINAL SENOIDAL – FASOR 
CIRCUITOS ELÉTRICOS 
2 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
1) O SOMATÓRIO DE SINAIS SENOIDAIS 
Assim como em corrente contínua (CC), em corrente alternada (CA) 
temos circuitos fechados. Nesses casos aplica-se, tanto numa quanto 
noutra, a Lei de Kirchhoff das Tensões (LKT) para se determinar a 
tensão da fonte aplicada aos elementos do circuito. 
 
Segundo Kirchhoff: 
 
 “num percurso fechado, o somatório das quedas de 
potencial é igual ao somatório das elevações de 
potencial”. 
Seja o circuito elétrico, em CC, onde se deseja encontrar o valor da 
elevação de tensão E. 
3 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Considerando que a corrente elétrica I é igual a 4,0 A temos, pela 
Lei de Ohm, que as quedas de potencial v1 e v2, em cada resistor, 
são dadas por: 
V𝟏 = 𝑹𝟐 . 𝑰 = 𝟐 . 𝟒 = 𝟖 𝑽 
V𝟐 = 𝑹𝟑 . 𝑰 = 𝟑 . 𝟒 = 𝟏𝟐 𝑽 
Aplicando a LKT, temos: 
E = V1 + V2 = 8 + 12 = 20 V 
I 
V1 
V2 
4 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Graficamente, as quedas de potencial podem ser representadas da 
seguinte forma: 
V𝟏 
V𝟐 
𝒕 
𝒕 
𝒕𝟏 𝒕𝟐 
V1 
V2 
I 
5 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Somando, em cada instante de tempo t1, t2, ....., tn, os valores das 
quedas de potencial, obtêm-se o valor da elevação de potencial E, 
como mostrado. 
V𝟏 
V𝟐 
𝒕 
𝒕 
𝒕𝟏 𝒕𝟐 
E 
𝒕𝟏 𝒕𝟐 
𝟖 𝑽 
12 𝑽 
20 𝑽 
𝒕 
V1 
V2 
I 
6 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Seja um circuito série, idêntico ao anterior, formado por dois 
elementos, um resistência (R) e uma indutância (L). O circuito é 
ligado numa rede elétrica, cujo sinal é alternado e(t). Pelo circuito 
circulará uma corrente elétrica i(t), também alternada. 
 
A corrente elétrica, ao passar pelos elementos, causará uma queda de 
potencial, também alternada, dadas por vR(t) e vL(t). 
7 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Considerando que a corrente é descrita como i(t) = IM sen (ωt), as 
quedas de potencial, em cada elemento, são as mostradas abaixo. 
Tal como no circuito CC, a Lei de 
Kirchhoff se aplica, assim: 𝒆 𝒕 = 𝒗𝑹 𝒕 + 𝒗𝑳(𝒕) 
vR(t) = VRm sen (ωt) 
vL(t) = VLm sen (ωt +90°) 
8 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Para se chegar ao valor de e(t) a ÚNICA forma possível é somando 
os sinais das duas quedas de potencial, instante a instante. 
 
Assim, o sinal que se apresenta é o mostrado abaixo. 
Tal processo mostra-se cansativo e demorado. 
9 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A questão que se apresenta, portanto, é: 
Existe outra forma de se fazer o somatório (ou a 
diferença) de sinais senoidais que não através da 
forma instante a instante? 
Sim, existe. Essa forma é denominada de soma FASORIAL. 
Como será mostrado, FASOR é um VETOR GIRANTE que 
representa um sinal senoidal. Esse vetor trará, do sinal senoidal o seu 
valor MÁXIMO e o seu DEFASAMENTO. 
 
Portanto, um sinal de tensão senoidal, na forma 
𝒆 𝒕 = 𝑬𝒎á𝒙 . 𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕 ± 𝜽 𝑽 
pode também ser escrito, na forma FASORIAL, por: 
𝑬 = 𝑬𝒎á𝒙 / ± θ° V (1) 
10 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Na equação (1): 
𝑬 → representa que e(t) está escrito na forma fasorial. 
 
(Observar que há um ponto sobre a letra, obrigatório). 
/± 𝜽 → representa o defasamento do sinal em relação à 
 referência. (+) adiantado ou (-) atrasado. 
𝑬𝒎á𝒙 → valor máximo (ou eficaz) do sinal. 
Observação: A única informação que o fasor NÃO traz sobre o 
sinal senoidal é o da sua sua frequência. 
 
Portanto, toda vez que o sinal estiver escrito na forma fasorial, a 
sua frequência deve ser informada. 
11 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
2) REPRESENTAÇÃO DO SINAL SENOIDAL COMO VETOR 
GIRANTE 
Da Física sabe-se que: 
“um ponto se deslocando em um movimento circular uniforme pode ser 
representado através de suas projeções num plano cartesiano”. 
A união dessas projeções forma, ao longo dos 360°, uma senóide. 
12 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
2) REPRESENTAÇÃO DO SINAL SENOIDAL COMO VETOR 
GIRANTE 
13 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
14 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Assim, a tensão senoidal descrita pela equação instantânea abaixo, 
pode ser representada pela forma fasorial gráfica mostrada. 
𝒆 𝒕 = 𝟑𝟎 . 𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕 + 𝟔𝟎 𝑽 
60° 
referência 
ω 
rotação 
E pode, também, ser escrita na forma fasorial por: 
𝑬 = 𝟑𝟎 / + 60° V 
15 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A VANTAGEM da representação fasorial é que a SOMA dos sinais 
senoidais passa a ser feita de forma “vetorial” e NÃO mais na forma 
instantânea. Tal fato torna o SOMATÓRIO
mais simples e preciso. 
Para o circuito mostrado acima teremos: 
vR(t) = VRm sen (ωt) 𝑽𝑹 = 𝑽𝑹𝒎á𝒙 / + 0° V 
vL(t) = VLm sen (ωt +90°) 𝑽𝑳 = 𝑽𝑳𝒎á𝒙 / + 90° V 
Portanto, a tensão da fonte E será dada por: 
𝑬 = 𝑽 R+ 𝑽 L 
Considerando que os valores máximos de VR e VL são, 
respectivamente iguais a 1,0 V e 2,0 V tem-se: 
16 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
𝑽𝑹 = 𝟏,0 / + 0° V 𝑽𝑳
 = 𝟐,0 / + 90° V 
Emáx = (𝟏
𝟐+ 𝟐𝟐) = 2,236 V 
θ° = tg -1 ( 
𝟐
𝟏
 ) = 63,43º 
Na forma fasorial: 
𝑬 = 𝟐, 𝟐𝟑𝟔 / + 63,43° V 
Passando para a forma instantânea, temos: 
𝒆 𝒕 = 𝟐, 𝟐𝟑𝟔 . 𝒔𝒆𝒏 𝝎𝒕 + 𝟔𝟑, 𝟒𝟑° 𝑽 
17 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Abaixo são mostrados os gráficos instantâneos de cada sinal. 
18 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3) REVISÃO DE NÚMEROS COMPLEXOS 
Para os sinais mostrados acima, a soma fasorial tornou-se simples 
pois, a soma resultou num triângulo retângulo, de fácil operação. 
 
Porém, nem sempre isso acontece, como mostrado com os sinais 
abaixo. 
19 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Para solucionar essa situação e todas as que se apresentarem, 
resolveu-se REPRESENTAR o fasor como um número complexo, 
que apresenta um forma característica de ser operacionalizado. 
Um NÚMERO COMPLEXO pode ser representado por um ponto em 
um plano bidimensional, associado a um sistema de eixos 
cartesianos. 
Esse ponto também 
determina um vetor a 
partir da origem até o 
ponto. O eixo horizontal 
é denominado de eixo 
real e o vertical é 
denominado eixo 
imaginário. O símbolo j 
(ou i) é usado para indicar 
a parte imaginária. 
20 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
São utilizadas duas formas para se representar um número complexo: 
a retangular e a polar. Cada uma delas pode representar um ponto 
no plano ou um vetor da origem até o ponto. 
3.1) REPRESENTAÇÃO DOS NÚMEROS COMPLEXOS 
► FORMA RETANGULAR 
O número é escrito na forma: C = X + jY 
21 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
A letra Z foi escolhida devido à sequência X, Y, Z e representa o 
comprimento (módulo) do vetor e θ é o deslocamento do vetor em 
relação à referência, sempre medido no sentido anti-horário a partir do 
eixo real positivo. 
 
Os ângulos medidos no sentido horário são associados a um sinal 
negativo. 
► FORMA POLAR 
O número é escrita na forma: C = Z / θ° 
22 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Assim, um mesmo número complexo pode ser escrito como: 
3.2) CONVERSÃO ENTRE AS DUAS FORMAS 
Retangular para Polar Polar para Retangular 
Z = 𝑿𝟐 + 𝒀𝟐 
 
θ = tg-1(Y/X) 
X = Z . cos θ 
 
Y = Z . sen θ 
23 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
3.3) OPERAÇÕES MATEMÁTICAS COM NÚMEROS 
COMPLEXOS 
► ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO: realizar sempre na forma 
RETANGULAR. 
 
Sejam dois números complexos: 
 
 C1 = ± X1 ± j Y1 e C2 = ± X2 ± j Y2 
C1 + C2 = ( ± X1 ± j Y1 ) + ( ± X2 ± j Y2 ) = 
 = ( ± X1 ± X2 ) + j( ± Y1 ± Y2 ) 
Somar (ou subtrair) partes reais e partes imaginárias, 
separadamente. 
24 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
► MULTIPLICAÇÃO e DIVISÃO: realizar sempre na forma 
POLAR. 
 
Sejam dois números complexos: 
 
 C1 = Z1 / ± θ1 e C2 = Z2 / ± θ2 
 C1 . C2 = ( Z1 / ± θ1 ) . ( Z2 / ± θ2 ) = 
 = Z1.Z2 /(± θ1) + (± θ2) 
Multiplica-se os módulos e soma-se os ângulos 
 C1 ÷ C2 = ( Z1 / ± θ1 ) ÷ ( Z2 / ± θ2 ) = 
 = Z1 ÷ Z2 /(± θ1) - (± θ2) 
Divide-se os módulos e subtrai-se os ângulos. 
25 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Essa forma corresponde à forma POLAR dos números complexos. 
 
Assim, visando simplificar as operações com os fasores, eles 
passaram a ser tratados como SE FOSSEM números complexos, 
embora NÃO SEJAM. Tal tratamento facilitou, em muito, as 
operações entre as grandezas elétricas que podem ser representadas 
dessa forma. 
Como estudado acima, o FASOR tensão alternada é escrito na forma: 
4) RELAÇÃO DO FASOR COM O NÚMERO COMPLEXO 
𝐸 = 𝐸𝑚á𝑥 / ± θ° V 
Assim, para o exemplo mostrado no item (3), a soma das correntes 
é feita da seguinte forma: 
𝐼1 = 5 / 30° A 𝐼2 = 6 / 60° A 
26 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Passando os fasores para a forma retangular, para que a soma seja 
feita: 
I1X = 5. cos 30° = 4,33 
 
I1Y = 5. sen 30° = 2,5 
I2X = 6. cos 60° = 3 
 
I2Y = 6. sen 60° = 5,2 
𝑰 T = 𝐼 1+ 𝐼 2 = (4,33 + j2,5) + (3 + j5,2) = (7,33 + j7,7) = 
 
 = (7,332 + 7,72)1/2 / tg -1 (7,7 ÷ 7,33)° = 
 
 = 10,63 /+ 46,41° A 
Escrevendo a corrente total na forma instantânea temos: 
iT 𝑡 = 10,63 𝑠𝑒𝑛 𝜔𝑡 + 46,41° 𝐴 
27 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
28 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
4) TRANSFORMAÇÃO ENTRE AS FORMAS POLAR E 
RETANGULAR UTILIZANDO A CALCULADORA CIENTÍFICA
Retangular para Polar (para ângulos em grau - DEG) 
• Apertar a tecla POL; 
 
• Inserir a parte real do número; 
 
• Apertar a tecla VÍRGULA; 
 
• Inserir a parte imaginária do número; 
 
• Fechar o PARÊNTESE; 
 
• Apertar a tecla IGUAL (O valor mostrado corresponde ao módulo 
da forma polar); 
 
• Apertar a tecla ALPHA; 
 
• Apertar a tecla F; 
 
• Apertar a tecla IGUAL ( O valor mostrado corresponde 
 ao ângulo da forma polar). 
29 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Polar para Retangular 
• Apertar a tecla SHIFT; 
 
• Apertar a tecla REC; 
 
• Inserir o módulo do número; 
 
• Apertar a tecla VIRGULA; 
 
• Inserir o ângulo do número; 
 
• Fechar o PARÊNTESE; 
 
• Apertar a tecla IGUAL (O valor mostrado corresponde à parte real 
da forma retangular); 
 
• Apertar a tecla ALPHA; 
 
• Apertar a tecla F; 
 
• Apertar a tecla IGUAL ( O valor mostrado corresponde 
 à parte imaginária da forma polar). 
30 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Exercício 01: 
a) Efetuar a operação abaixo e fornecer o resultado na forma polar. 
 
(142 +j7) + (9,8 –j 42) – (4,2 –j6,8) 
 
b) Efetuar a operação abaixo e fornecer o resultado na forma 
retangular. 
 
20 /-120 - 10 /-150 + 8 /-210 + 8 /+240 
 
c) Efetuar a operação abaixo e fornecer o resultado na forma 
retangular. 
[(6 /+20° ) . (120 /-40° ) . (3 + j8) ] ÷ (2 /-30° ) 
 
e) Efetuar a operação abaixo e expressar a resposta na forma polar: 
 
[( 1 ÷ (2 /+10° )2 )] . ( 2 ÷ j)3 . ( 1 ÷ (62 – j 900 ) 
31 
Universidade de Uberaba 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Exercício 02: 
Determinar o valor instantâneo, para t = 2 ms, da corrente i2, 
mostrada no circuito abaixo, considerando que a frequência dos sinais 
é igual a 50 Hz.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais