Casos Direito Tributário (Corrigidos)

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Casos Direito Tributário
Caso 01
Resposta: 1 - Trata-se de lançamento por homologação (o contribuinte paga antecipadamente o tributo e o Estado apenas o homologa). Vide Art. 150 CTN.
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.
2- A inscrição é regular nos termos das súmulas 436 e 446 do STJ, sendo necessário apenas o Darf (documento de arrecadação de receitas federais), constando as informações do débito.
Nº 436 STJ
A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Nº 446 STJ
Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa.
Questão objetiva
Resposta: D = O Fato Gerador é o primeiro de janeiro de cada ano, vide art. 144 CTN
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.
Caso 02
Resposta: A – A execução não deve ser finda. Isto porque o crédito tributário não está mais suspenso em virtude da liminar ter perdidos seus efeitos.
B – Em regra a apelação será, neste caso, recebida apenas no efeito devolutivo, o que possibilitará a cobrança do crédito tributário por meio da execução fiscal.
C- Sim, posto o atual entendimento jurisprudencial do STF.
Súmula 405
Denegado o mandado de segurança pela sentença, ou no julgamento do agravo dela interposto, fica sem efeito a liminar concedida, retroagindo os efeitos da decisão contrária.
Questão Objetiva
Resposta: C
Caso 03
Resposta: Assiste razão a empresa aérea nos termos do 166 CTN C/C Súmula 546 STF. No caso ficou demostrado que o ICMS não foi repassado para o consumidor, não se fala também em prescrição e nem de devolvi mento, vez que a empresa ajuizou tempestivamente e, no que se refere a sanção do pagamento em sobro, somente se aplica nas relações de consumo.
Art. 166. A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.
Súmula 546
Cabe a restituição do tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de jure" não recuperou do contribuinte "de facto" o "quantum" respectivo.
Questão objetiva
Resposta: A
Caso 04
Resposta: A – A decadência não ocorreu neste caso, isto porque o Fisco goza de prazo decadencial de 5 anos, a contar do fato gerador.
B – Procede tal alegação, isto porque a decisão administrativa foi publicada em 15/10/2010, e o marco do prazo de 5 anos (que goza o fisco para cobrar o crédito tributário ou a citação na execução) ocorreu no dia 15/10/2015, fora do “prazo”, portanto.
C - Interrupção: 174 PÚ C/C art.8º §2º LEF 
Art. 174.CTN 
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I - pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal; (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito pelo devedor.
Art. 8º LEF
§ 2º - O despacho do Juiz, que ordenar a citação, interrompe a prescrição.
Suspenção:Art.151 C/C Art.8º §2º LEF
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V - a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
VI - o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes.
Art. 2º LEF
§ 2º - A Dívida Ativa da Fazenda Pública, compreendendo a tributária e a não tributária, abrange atualização monetária, juros e multa de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato.
D – O próprio crédito tributário.
Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
V - a prescrição e a decadência;
E – Sim, Vide Art. 921, § V CPC.
Art. 921.Suspende-se a execução:
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição de que trata o § 4º e extinguir o processo.
Questão objetiva:
Resposta: E 
Caso 05
Resposta: A – Trata-se de isenção onerosa ou contratual (Art. 178 CTN), vez que foi concedida por prazo certo e sob condição.
Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104.
B- Não pode ser suprimida, posto que se entende que se trata de direito adquirido. (Súmula 544 STF)
Súmula 544
Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas.
C - Cabe Mandado de Segurança com pedido de liminar.
Questão objetiva
Resposta: C
Caso 06
Resposta:A – Se o devedor gozar de bens suficientes para satisfazer a quitação do débito, não há qualquer impedimento. (vide art. 185 PÚ C/C 185 CTN).
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
B – A fazenda não é parte legitima para realizar tal ato, posto que não consta no rol de legitimados da lei nº 11.101/2005
C - Há autorização fundada pela ‘migração do sigilo’, isto porque este pertence a receita e, em verdade, continuará resguardado de terceiros quanto desta hipótese.
Resposta: D 
Caso 07
 Resposta: O atual entendimento da jurisprudência, é no sentido de que o redirecionamento da execução fiscal para o gerente prescinde do incidente de desconsideração da personalidade previsto no 133 CPC.
Questão objetiva
Resposta: D
Caso 08
Resposta: O presidente do conselho deverá admitir o recurso sem a exigência de qualquer deposito, uma vez que em matéria tributária não se aplica a clausula cláusula solve et repete. Ressalta-se ainda o disposto da Súmula Vinculante 21 ” É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”.
(...)
 A cláusula solve et repete, que significa pague e depois reclame, é uma renúncia à exceção de contrato não cumprido (artigos 476 e 477 do Código Civil) uma vez que, se convencionada, o contratante estará renunciando à defesa, podendo ser compelido a pagar, independentemente do cumprimento da primeira prestação. Essa cláusula é comum na lei de licitações nos contratos administrativos, em que se tem as cláusulas de exorbitância que visam proteger a Administração Pública, e, por conseguinte, a coletividade.
Questão objetiva
 
Resposta: C
Caso 09
Resposta: Cabe Mandado de Segurança, com pedido de liminar. Vide Art5º LXIL CF C/C Lei 12.016/2009. O fundamento é a inconstitucionalidade formal e material da referida taxa. Houve violação ao princípio da legalidade e ao conteúdo do art., 145, II CF segurança pública é um serviço universal,e não divisível (144 CF). Por fim vale ressaltar que não se observou também o princípio da anterioridade.
Art. 5º LXIX CF - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Art. 145. § 2º CF - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.
Questão objetiva
Resposta: C
Caso 10
Resposta: Deve ser proposta ação de repetição de indébito tributário, vez que a lei em questão é inconstitucional.
 O empréstimo compulsório exige lei complementar, no caso de relevante interesse nacional deve respeitar o princípio da anterioridade e não pode incidir sobre fato gerador já existente.
Questão objetiva
Resposta: D
Caso 11
Resposta: A - Sim, posto que o imposto de importação é exceção ao princípio da legalidade. Vide art. 153, §1º CF.
B - Sim, posto que o imposto de importação é exceção ao princípio da anterioridade.
C – a alíquota vigente a época do fato gerador, art. 144 CTN.
Questão objetiva
Resposta: E
Caso 12
Resposta: Cabe Mandado de Segurança. Em respeito as súmulas 166 do STJ e 323 STF.
SÚMULA 166 - NÃO CONSTITUI FATO GERADOR DO ICMS O SIMPLES DESLOCAMENTO DE MERCADORIA DE UM PARA OUTRO ESTABELECIMENTO DO MESMO CONTRIBUINTE.
Súmula 323
 É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos 
Questão objetiva
Resposta: A
Caso 13
Resposta: Assiste razão ao município, pois não é caso de analogia, mas de interpretação extensiva no que tange a expressão “congêneres” utilizada na lista anexa a LC 116/03. Os serviços bancários estão previstos no item 15.
Questão objetiva
Resposta: D
Caso 14
Resposta: A – Sim, a pessoa jurídica, em regra, tem o dever legal de reter o Imposto de Renda na fonte, sendo o contribuinte de direito.
B – Não, apenas sobre as verbas que geram acréscimo patrimonial para o sujeito, so caso, apenas sob o lucro cessante. Vide súmula 498 STJ “Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais ”.
Questão objetiva
Resposta: D
Caso 15
Resposta: Não merece ser acolhida a ação, posto que a falta de Lei Complementar não impede que os estados legislem sobre o IPVA, nos termos do art. 24 §3º CF C/C art. 34 DCT
Art. 24 - § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
Art. 34. Disposições Constitucionais Transitórias - O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas posteriores.
Caso 16
Resposta: A – sim, vide súmula 531 STF “ É inconstitucional o Decreto 51668, de 17/1/1963, que estabeleceu salário profissional para trabalhadores de transportes marítimos, fluviais e lacustres”.
Questão Objetiva
Resposta: