Buscar

Fichamento Historia e politica do ES KATHLEEN

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
 MBA EM DOCÊNCIA E GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR 
Fichamento de Estudo de Caso
Kathleen Pessoa Melo
Trabalho da disciplina 
História e Política do Ensino Superior,
                           Tutor: Prof.ª Dalta Barreto Motta.
	
Belém
2017
Estudo de Caso:
O modelo Coreano de crescimento compartilhado, 1960-1990
REFERÊNCIA: MUSACCHIO, Aldo; DITELLA, Rafael; SCHELEFER, Jonathan. Harvard Business School. 2012
 
Entre 1960 e 1990 a Coreia se tornou o 25º país mais rico do mundo, alcançando o sucesso econômico conhecido como “ milagre do Rio Han ”. Ela passou da exportação de têxteis com um elevado uso de mão de obra, para a produção de produtos industrializados pesados, como o Aço. Com um modelo de crescimento compartilhado, a Coréia manteve uma distribuição de renda igualitária, o que beneficiou tanto o crescimento de suas indústrias quanto sua a população em geral, tendo a indústria oportunidade de abrir suas portas para a população, e esta, por sua vez, usufrui dessas oportunidades de emprego em crescimento, uma vez que recebiam uma boa educação para tal. A Coréia possuía um forte sentimento de identidade nacional, mesmo estando debaixo da submissão da China e posteriormente do Japão. Com a retirada do Japão e a entrada americana, alguns grupos reivindicaram uma República Popular e um compromisso com a liberdade política. Através da Lei de Segurança Nacional adotada pela Coréia foi instituída a reforma agrária e o fortalecimento militar, uma vez que o exército era apenas simbólico sob regime do Japão. Em 1960 ocorreu uma crise política, devido a problemas na economia no fim dos anos 50. No ano de 1961, a Coréia foi dominada através de um golpe pelos militares representados pelo general Park Chung Hee, que estabeleceu uma aliança com empresários e formou a base do desenvolvimento da Coréia. Foi reestabelecido o concurso público como fato importante para admissão e promoção de cargos importantes, tendo estes nesse momento um nível rigoroso de qualificação para os cargos. Park criou a Diretoria de Planejamento Econômico, que apesar da distribuição de renda igualitária teve de enfrentar um aumento de inflação de 10% em 1960 e de 35% em 1964. Com a inflação enfraquecida e a agricultura deixada de lado, foram criados vários grupos de oposição no final dos anos 70, que tinham a intenção de derrotar Park Chung Hee nas eleições presidenciais. Em 1972, Park declarou estado de emergência e impôs a lei marcial, acabando com os partidos políticos. No ano de 1973, o governo inicia a Industrialização de Químicos e Indústrias Pesadas, para validar as exportações de aço, metais, produtos químicos, navios etc., substituindo as importações. A Coréia em 1980 tinha estimado um valor de exportação para US$ 10 bilhões por ano e renda per capita de US$ 1.000, o que foi ultrapassado, graças ao HCI, com exportação de US$ 16,2 bilhões e PIB per capita de US$ 1.674. Esta investiu US$ 3,6 bilhões na siderurgia, e em 1986 tornou-se uma das fabricantes de aço mais importantes com o menor custo do mundo e fornecedora do aço importado pelo Japão em grande escala. Os bancos foram privatizados fornecendo empréstimos a vários setores como a indústria. As importações foram controladas sob regime rígido do governo leste, por sua vez, deu início e custeou a tecnologia eletrônica.  Os anos 80 e 90 foram marcados pelo aumento de importações e também por privatizações que ocorreram em grande escala. Um elo importante para o desenvolvimento foi a conjugação da prática de uma política industrial com um sistema educacional de alto nível. Diferente do que os economistas previam, a rápida industrialização, não resultou em um aumento da desigualdade e uma das características do modelo de crescimento compartilhado foi que o governo não realizava a maior parte dos investimentos, mas sim o setor privado. Na coreia o setor privado liderou, ao investir cerca de 20% do PIB, em novos capitais entre os anos 70 e 90. Políticas macroeconômicas também ajudaram no setor privado. Os investimentos e crescimentos contínuos causaram efeitos importantes no mercado de trabalho, apoiando melhorias sociais. Há uma preocupação quando os governos buscam uma política industrial ativa por meio da oferta de credito subsidiado, proteção comercial, isenção de direitos aduaneiros e outros benefícios pelo fato do risco de grupos de interesse se organizem para obterem tais benefícios. Depois do golpe de 1961 a corrupção não permaneceu da mesma forma. Evans declara que o status de elite dos burocratas eram fatores que conspiravam para fortalecer sua coesão e reduzir as tentações de se favorecerem com a corrupção. A pena mínima para a fuga de capital era de dez anos e a máxima era pena de morte. Embora o governo financiasse empresas ou fornecesse empréstimos a juros baixos, quando todo o setor estava ameaçado o governo não relutava a deixar a mesma ir a falência. O estado conseguiu disciplinar as empresas colocando metas de desempenho em troca de apoio a política industrial. Onde as empresas deveriam alcançar metas de exportação, apresentar novos produtos e atingir objetivos de P&D. Acadêmicos e Legisladores questionam-se se há lições sul-coreanas para serem exportadas para outros países. 
Justificativa: O modelo coreano de crescimento compartilhado nos faz refletir sobre a importância da valorização do coletivo. Como também a continuidade do processo para se obter o sucesso. Destaco também que prioridade dada ao ensino primário e secundário teve um efeito igualitário na sociedade coreana e foi de fundamental importância para a eficácia do modelo. Não concordo com o ponto de que esse “milagre” sul-coreano se deu sob um regime militar autoritário, instalado por meio de um golpe de Estado.

Outros materiais