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Processo Civil 3 - Aula 4

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Nome: Victória Mansur Reimann.
Matricula: 201407216198.
Disciplina: Direito Processual III.
Caso Concreto – Aula 04
Questão discursiva:
 	1) Carlos ingressou com uma ação indenizatória em face da Construtora JSP com o objetivo de obter indenização pela demora na entrega de seu imóvel. Após a citação, constatou-se que a construtora encerrou suas atividades irregularmente, o que motivou o autor a requerer a desconsideração da
personalidade jurídica, que foi indeferido de plano pelo juiz. Terminada a instrução, o juiz condenou a construtora a indenizar ao autor no valor de R$10.000,00, devidamente atualizado e com juros legais. Irresignado com a sentença o autor interpôs recurso de apelação visando reformar a decisão
interlocutória que indeferiu a desconsideração da personalidade como também aumentar o valor fixado a título de indenização. Diante do caso indaga-se:
a) A apelação de Carlos foi formulada adequadamente?
Não, considerando que a desconsideração da personalidade jurídica deveria ter sido combatida por meio de agravo de instrumento, conforme art. 1015, IV do NCPC. Desta forma não é possível tratar a questão em preliminar de apelação. A apelação somente servirá para insurgir-se em relação a condenação referente a 10 mil reais atualizado e corrigido. 
b) O juiz sentenciante poderá inadmitir o recurso de Carlos?
Com o Novo CPC o Juiz sentenciante após as formalidades indicadas nos parágrafos 1º e 2º do art. 1010 deter mina a remessa dos autos ao tribunal, não mais exercendo juízo de admissibilidade, conforme p.3º do art. 1010. Art. 1.010. A apelação, interposta po r petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá: 
I - os nomes e a qualificação das partes; 
II - a exposição do fato e do direito; 
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade; 
IV - o pedido de nova decisão. 
§ 1º O apela do será intimado para a presentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões. 
§ 3º Após as formalidades previstas nos § 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribuna l pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
TJ-SP - Apelação APL 01447472020128260100 SP 0144747-20.2012.8.26.0100 (TJ-SP)
Data de publicação: 02/04/2014
Ementa: COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA CONFIGURADO. REPARAÇÃO DEVIDA. Impossibilidade, contudo, de se cumular a multa moratória e a indenização por lucros cessantes, sob pena de "bis in idem". Caracterização dos danos morais, em razão de atraso excessivo. Hipótese que o atraso não se caracteriza como simples inadimplemento contratual e mero aborrecimento. Maioria de votos. Valor da indenização arbitrado em R$ 10.000,00. Recurso parcialmente provido. M.V.
TJ-DF - Apelação Cível APC 20130710262900 (TJ-DF)
Data de publicação: 24/08/2015
Ementa: CIVIL E PROCESSO CIVIL. CONSUMIDOR. PRESCRIÇÃO. COMISSÃO DE CORRETAGEM. ART. 206 , § 3º , IV , CC . INÍCIO DO PRAZO. ATRASO NA ENTREGA DA OBRA. CONFIGURADO. INADIMPLEMENTO PARCIAL. ARRAS. RETENÇÃO. INOVAÇÃO RECURSAL. CORREÇÃO MONETÁRIA. LUCROS CESSANTES. 1. A transferência não autorizada do pagamento da comissão de corretagem se amolda inteiramente à previsão de "pretensão de ressarcimento de enriquecimento sem causa" prevista no § 3º do art. 206 do Código Civil , que estabelece o prazo prescricional trienal. Alcançada, pois, a prescrição. 2. O início da contagem do prazo prescricional para devolução do pagamento da comissão de corretagem é a partir da data do efetivo desembolso. 3. Em sede de apelação não se pode conhecer de pedidos não propostos na instância inferior, pois configurada a inovação recursal – art. 517 do CPC . Precedentes. 4. A correção monetária no pagamento de indenização por lucros cessantes deve incidir a partir do efetivo prejuízo, in casu, desde quando configurado o atraso na entrega da obra até a data da rescisão do contrato. 6. Recurso dos apelantes/autores parcialmente provido e desprovido o recurso da apelante/ré.
Nas palavras de Silvio Rodrigues:
A ideia de contrato de adesão surge em oposição à de contrato paritário. No conceito clássico de contrato, admite-se uma fase em que se procede ao debate das cláusulas da avença e na qual as partes, colocadas em pé de igualdade, discutem os termos do negócio. É a chamada fase de puntuação, onde as divergências são eliminadas através da transigência dos contraentes. A este tipo de negócio dá-se o nome de contrato paritário, pois supõe-se a igualdade entre os interessados. No contrato de adesão, a fase inicial de debates e transigência fica eliminada, pois uma das partes impõe à outra, como um todo, o instrumento inteiro do negócio, que esta, em geral, não pode recusar. (RODRIGUES, Silvio. Direito Civil. 24. Ed. São Paulo: Saraiva, 1996, vol. III, p. 45). (Grifos nossos)
Para Orlando Gomes:
Contrato de adesão é o negócio jurídico no qual a participação de um dos sujeitos sucede pela aceitação em bloco de uma série de cláusulas formuladas antecipadamente, de modo geral e abstrato, pela outra parte, para constituir o conteúdo normativo e obrigacional de futuras relações concretas. (GOMES, Orlando. Contrato de adesão. São Paulo: RT, 1972. P. 3).
E Maria Helena Diniz:
Os contratos por adesão constituem uma oposição à idéia de contrato paritário, por inexistir a liberdade de convenção, visto que excluem a possibilidade de qualquer debate e transigência entre as partes, uma vez que um dos contratantes se limita a aceitar as cláusulas e condições previamente redigidas e impressas pelo outro, aderindo a uma situação contratual já definida em todos os seus termos. (DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. 6ª ed. São Paulo: Saraiva, 1989. Vol III, p.71). (Grifos nossos)
Questões objetivas:
2) O recurso de apelação será recebido somente no efeito devolutivo quando interposto conta sentença que julgar ação (Promotor de Justiça – RO – 2006):
a) de manutenção de posse ou interdito proibitório referentes a posse nova;
b) condenatória de prestação alimentícia;
c) de reparação de danos causados em acidente de veículos processada pelo rito sumário;
d) de reparação de danos morais, sem repercussão patrimonial, fundamentada no Código de Defesa do Consumidor;
e) não confirmando os efeitos da tutela.
3) É correto afirmar que o recurso de apelação comporta juízo de retratação nas seguintes hipóteses (XLIV Concurso para ingresso da Magistratura do TJ/RJ) :
a) excepcionalmente, nos casos em que há deferimento de tutela de urgência, seja antecipada ou cautelar.
b) em regra, nas hipóteses do art. 520 do CPC, em que não há recebimento no efeito suspensivo.
c) excepcionalmente, nos casos de julgamento liminar de improcedência e nos de indeferimento da inicial.
d) em regra, em todas as ações de conhecimento, s eja o procedimento ordinário ou sumário, cautelar ou execução.

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