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A Contribuição do Brincar na Educação Infantil

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Prévia do material em texto

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE 
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DO BRINCAR NO 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
Aline Massa de Souto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2010 
DO
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2 
 
Aline Massa de Souto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DO BRINCAR NO 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
Apresentação da monografia ao Instituto a 
Vez do Mestre como requisito parcial para 
obtenção do grau de licenciado em 
Pedagogia. 
 
Orientadora: Profª Ms. Andressa Maria 
Freire da Rocha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
2010 
3 
 
TERMO DE APROVAÇÃO 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DO BRINCAR NO 
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA 
EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
Monografia defendida por ALINE MASSA 
DE SOUTO, apresentada ao curso de 
Licenciatura em Pedagogia do Instituto a 
Vez do Mestre e aprovado em (dia) de 
(mês) de (ano) pela banca examinadora 
constituída pelos professores: 
 
 
 
_________________________________________________ 
Profª. orientadora Andressa Maria Freire da Rocha 
 
 
_________________________________________________ 
Prof. XXXXXXX 
 
_________________________________________________ 
Prof. XXXXXXX 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Primeiramente a Deus, pois sem Ele, 
nada seria possível. A toda minha 
família; em especial a minha mãe e 
minhas tias. Ao meu marido, Fabio e a 
João Gabriel, meu pequeno príncipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 INTRODUÇÃO.................................................................................... 6 
 CAPÍTULO I........................................................................................ 10 
1. O BRINCAR E A EDUCAÇÃO INFANTIL........................................... 10 
1.1 BRINCAR - BRINCADEIRA ± BRINQUEDO...................................... 10 
1.1.1 
1.1.2 
1.1.3 
Brincar................................................................................................. 
Brincadeira.......................................................................................... 
Brinquedo............................................................................................ 
10 
12 
15 
1.2 EDUCAÇÃO INFANTIL....................................................................... 17 
 CAPÍTULO II....................................................................................... 20 
2 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO REALIZADO 
COM CRIANÇAS ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS E SEUS 
DESDOBRAMENTOS......................................................................... 
 
 
20 
2.1 EXPERIÊNCIA PRÁTICA................................................................... 20 
2.2 A RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E O BRINCAR............ 23 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 28 
 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O tema qual a contribuição do brincar no desenvolvimento da criança 
na educação Infantil foi escolhido quando estava fazendo meu estágio de 
docência de educação Infantil II. Naquela ocasião tive que elaborar um 
pequeno projeto de atividades de jogos e brincadeiras. Realizei uma pesquisa 
bibliográfica sobre o assunto e fiquei muito interessada em desenvolver no meu 
projeto final de monografia 
A infância é a idade das brincadeiras, e que por meio delas a criança 
satisfaz, em grande parte, seus interesses, necessidades e desejos 
particulares, sendo um meio privilegiado de inserção na realidade, pois 
expressa a maneira como a criança reflete, ordena, desorganiza, destrói e 
reconstrói o mundo. O lúdico além de ser uma das maneiras mais eficazes de 
envolver o aluno nas atividades, é a forma mais completa que a criança tem de 
comunicar consigo mesma e com o mundo, pois a brincadeira é algo inerente 
na criança, é sua forma de trabalhar, refletir e descobrir o mundo que a cerca. 
Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da 
criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto. Este 
é o momento de auto-expressão e auto-realização. 
As atividades livres com blocos e peças de encaixe, as dramatizações, 
a música e as construções desenvolvem a criatividade, pois exige que a 
fantasia entre em jogo. 
Já o brinquedo organizado, que tem uma proposta e requer 
desempenho, como os jogos (quebra-cabeça, dominó e outros) constitui um 
desafio que promove a motivação e facilita escolhas e decisões à criança. 
O lúdico na educação infantil tem por objetivo provocar o educador 
para que insira o brincar em seus projetos educativos, tendo intencionalidade, 
metas e consciência clara de sua ação em relação ao desenvolvimento e à 
aprendizagem infantil. 
7 
 
É muito importante aprender com alegria, com vontade. Comenta 
6QH\GHUV� ������� S����� TXH� ³(GXFDU� p� LU� HP� GLUHomR� j� DOHJULD�´� $V� WpFQLFDV�
lúdicas fazem com que a criança aprenda com prazer, alegria e entretenimento, 
sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está distante da concepção 
ingênua de passatempo, brincadeira vulgar, diversão superficial. 
Portanto, é de primordial importância a utilização das brincadeiras e 
dos jogos no processo pedagógico, pois os conteúdos podem ser ensinados 
por intermédio de atividades predominantemente lúdicas. 
Talvez poucas pessoas saibam a importância da brincadeira para o 
desenvolvimento físico e psíquico das crianças. Mas, o ato de brincar não se 
limita a um simples passatempo sem funções, que serve apenas para entreter 
as crianças em atividades divertidas. 
 Além de contribuir com o crescimento saudável, o brincar conduz aos 
relacionamentos grupais e a sociabilidade da criança. É a maneira que esta 
tem de vivenciar e experimentar suas primeiras relações, preparando-se para o 
³PXQGR�DGXOWR´�� 
 O ato de brincar sozinho ou com outras crianças favorece o 
entendimento de certos princípios da vida, como: colaboração, divisão, 
liderança, obediência às regras e competição. 
 A aprendizagem de habilidades motoras e da linguagem, também 
pode ser desenvolvida durDQWH�R�EULQFDU��3RU�H[HPSOR��DR�EULQFDU�GH�³ERQHFD´�
RX� ³FDUULQKR´��D� FULDQoD�HPLWLUi� VRQV�RX�YHUEDOL]DUi� �FRP�R�EULQTXHGR�RX�VHX�
companheiro de brincadeira), estabelecendo assim uma forma de 
comunicação, além de exercitar, de maneira ampla, sua motricidade, ao 
manusear o brinquedo. Através da brincadeira, a criança perceberá o mundo 
ao seu redor, testando suas habilidades físicas como correr e pular, funções e 
papéis sociais como: o médico, o mecânico, o motorista, o papai e a mamãe. 
Assim, aprenderá regras e colherá resultados positivos ou negativos das suas 
ações e registrará elementos que integrarão seu desenvolvimento. 
8 
 
 A brincadeira permite um extravasar dos sentimentos, auxilia na 
reflexão sobre a situação, criando várias alternativas de conduta para o 
desfecho mais satisfatório às suas vontades ou necessidades. 
 Para a criança é importante descobrir, inventar, exercitar, conferir 
suas habilidades. O brinquedo proporciona a iniciativa; autoconfiança; estimula 
aprendizagens;o desenvolvimento da linguagem; do pensamento; da 
concentração e da atenção. 
 Na brincadeira, as crianças interagem com outras pessoas, com isso 
expressam e comunicam seu mundo interno. Desenvolvem algumas 
habilidades importantes tais como: atenção, imitação, memória e a imaginação. 
 O presente trabalho procura conceituar o brincar, demonstrar sua 
importância no desenvolvimento infantil e dentro da educação como uma 
metodologia que possibilita mais vida, prazer e significado ao processo de 
ensino e aprendizagem, tendo em vista que é particularmente poderoso para 
estimular a vida social e o desenvolvimento construtivo da criança. 
 Referenciamo-nos em renomados autores, como Vygotsky (1991), 
Marcelino (1990), Huizinga (1990), Negrine (1994), Sneyders (1996), Santos 
(1999), e outros que abordam a importância do lúdico no desenvolvimento 
LQIDQWLO�H�QD�HGXFDomR��(VWD�SHVTXLVD�ELEOLRJUiILFD�FRQVLGHUD�³R�VHU�FULDQoD´�H�
³R� EULQFDU´� FRPR� D� IDVH� PDLV� LPSRUWDQWH� GD� LQIkQFLD� H� GR� GHVHQYROYLPHQWR�
humano. 
 O lúdico permite um desenvolvimento global e uma visão de mundo 
mais real. Por meio das descobertas e da criatividade, a criança pode se 
expressar, analisar, criticar e transformar a realidade. Se bem aplicada e 
compreendida, a educação lúdica poderá contribuir para a melhoria do ensino, 
quer na qualificação ou formação crítica do educando, quer para redefinir 
valores e para melhorar o relacionamento das pessoas na sociedade. 
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que foi realizada a partir de 
fontes secundarias. 
9 
 
A análise do desenvolvimento da criança na Educação infantil terá 
como referencial teórico o pensamento de Vygotsky (1989; 1998; 1999; 2001; 
2003). Dentro da teoria de Vygotsky, o sujeito se constitui pela interação com o 
meio físico e social, por isso é importante a relação cultural no processo de 
ensino e aprendizagem. 
A pesquisa aborda também a visão de outros autores como: Kishimoto 
(1993,1996), que diz que o jogo tem a capacidade de ensinar, pelo simples 
prazer de brincar e Benjamim (1984), que fala da importância do diálogo nas 
atividades lúdicas; além de outros autores como Bertoldo, Rushel, Bock e 
Mütshele, que destacam a ideia de que é possível aprender brincando. A 
análise dos dados foi realizada dentro de uma perspectiva psico-pedagógica. 
Esse estudo enfoca o quanto às crianças serão beneficiadas em seu 
desenvolvimento se puderem criar, aprender e descobrir através do brincar. 
Destaco a participação do professor como mediador no desenvolvimento da 
criança. O professor e a escola têm papel fundamental na formação da criança, 
é através da mediação do outro, que o sujeito vai construir o seu conhecimento 
e que o indivíduo vai se tornar um cidadão crítico e reflexivo. 
Essa monografia pretende contribuir para formação de professores e 
alunos, isto é, profissionais da área de Educação, chamando atenção para uma 
maior compreensão de como é importante o uso de atividades íúdicas para 
construção do conhecimento. Dentro das minhas expectativas, espero também 
que eles possam perceber a importância do lúdico no processo de ensino-
aprendizagem. O processo de ensino-aprendizagem está presente no dia a dia 
do indivíduo. Aprender e ensinar faz parte da vida de cada um. 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
CAPÍTULO I 
 
1. O BRINCAR E A EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
1.1 - BRINCAR - BRINCADEIRA - BRINQUEDO 
 
1.1.1 Brincar 
 
Brincar é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um 
espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o 
pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz 
desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações 
que o brincar e o jogo oportunizam favorecem a superação do egocentrismo, 
desenvolvendo a solidariedade e a empatia, e introduzem, especialmente no 
compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o 
consumo. 
Percebe-se que o brincar está presente em todas as dimensões da 
existência do ser humano e, muito especialmente, na vida das crianças. 
3RGHPRV� DILUPDU�� UHDOPHQWH�� TXH� ³EULQFDU� p� YLYHU´�� HVWD� p� XPD� DILUPDWLYD�
bastante usada e aceita, pois a própria história da humanidade nos mostra que 
as crianças sempre brincaram, e certamente, continuarão brincando. A criança 
brinca porque gosta de brincar e quando isso não acontece, alguma coisa pode 
não estar bem. Enquanto algumas crianças brincam por prazer, outras brincam 
para dominar angústias, dar vazão à agressividade. 
Brincar é uma necessidade básica, assim como a nutrição, a saúde, a 
habitação e a educação são vitais para o desenvolvimento do potencial infantil. 
Para manter o equilíbrio com o mundo, a criança necessita brincar, jogar, criar 
e inventar. Estas atividades lúdicas tornam-se mais significativas à medida que 
se desenvolve, inventando, reinventando e construindo. Destaca Chateau 
�������S�����TXH�³8PD�FULDQoD�TXH�QmR�VDEH�EULQFDU��XPD�PLQLDWXUD�GH�YHOKR��
será um adulto que QmR�VDEHUi�SHQVDU�´ 
11 
 
Por meio da psicologia, temos conhecimento que, além de ser 
genético, o brincar é fundamental para o desenvolvimento psicossocial 
equilibrado do ser humano. Por intermédio da relação com o brinquedo, a 
criança desenvolve a afetividade, a criatividade, a capacidade de raciocínio, a 
estruturação de situações, o entendimento do mundo. A autora Wajskop (1995, 
S�����GL]�� ³%ULQFDU�p�D� IDVH�PDLV� LPSRUWDQWH�GD� LQIkQFLD� - do desenvolvimento 
humano neste período - por ser a auto-ativa representação do interno - a 
UHSUHVHQWDomR�GH�QHFHVVLGDGHV�H�LPSXOVRV�LQWHUQRV´� 
Brincando, o ser humano aumenta sua independência, estimula sua 
sensibilidade visual e auditiva, valoriza sua cultura popular, desenvolve 
habilidades motoras, exercita sua imaginação, sua criatividade, socializa-se, 
interage, reequilibra-se, recicla suas emoções, sua necessidade de conhecer e 
reinventar e, assim, constrói seus conhecimentos. 
A criança é, antes de tudo, um ser feito para brincar. (Rosamilha, 1979, 
p.77). 
A capacidade de brincar possibilita às crianças um espaço para 
resolução dos problemas que as rodeiam. A literatura especializada no 
crescimento e no desenvolvimento infantil considera que o ato de brincar é 
mais que a simples satisfação de desejos. O brincar é o fazer em si, um fazer 
que requer tempo e espaço próprios; um fazer que se constitui de experiências 
culturais, que são universais, e próprio da saúde porque facilita o crescimento, 
conduz aos relacionamentos grupais, podendo ser uma forma de comunicação 
consigo mesmo e com os outros. 
Cabe ressaltar, no entanto, que no mundo capitalista em que vivemos o 
lúdico está sendo extraído do universo infantil. As crianças estão brincando 
cada vez menos uma delas é o amadurecimento precoce; outra é a redução 
violenta do espaço físico e do tempo de brincar, ou seja, o excesso de 
atividades atribuídas, tais como escola, natação, inglês, computação, ginástica, 
dança, pintura, etc. Tudo isso toma o tempo das crianças e, na hora de brincar, 
quando sobra tempo, muitas vezes ficam horas em frente à televisão, 
divertindo-se com jogos e rodeadas de brinquedos eletrônicos, onde as 
12 
 
interações sociais e a liberdade de agir ficam determinadas pelo próprio 
brinquedo. Eles fazem quase tudo pelas crianças, se movimentam e até falam, 
sobrando pouco espaço para o faz-de-conta. 
Entretanto, o mais grave de tudo, é que os pais estão esquecendo a 
importância do brincar. Muitos acham que um bom presente é um tênis de grife 
RX� XPD� URXSD� SRUTXH� p� ³PDLV� ~WLO´�� %ULQTXHGR� YLURX� VXSpUIOXR�� 1R� GHVHVSHUR�
por fazer economia, os paisestão cortando o brinquedo do orçamento familiar. 
Grande engano, com conseqüências muito sérias se o erro não for reparado a 
tempo, pois as roupas e acessórios em geral não vão desenvolver o raciocínio 
nem a afetividade. Pelo contrário, vão transformar a criança em um mini-adulto 
TXH��GHVGH�Mi��SUHFLVD�HVWDU�³VHPSUH�OLJDGR´��0DV�H�R�UHVWR"�(�D�FULDWLYLGDGH��D�
emoção, o desenvolvimento lógico e casual, a alegria de brincar? 
 
 
1.1.2 Brincadeira 
 
Tem-se caracterizado a brincadeira como a atividade ou ação própria 
da criança, voluntária, delimitada no tempo e no espaço, entretanto, é certo que 
a brincadeira assume um papel fundamental na infância; numa concepção 
sociocultural, a brincadeira mostra como a criança interpreta e assimila o 
mundo, os objetos, a cultura, as relações e os afetos das pessoas, sendo um 
espaço característico da infância (Wajskop, 1995). 
As diferentes abordagens pedagógicas baseadas no brincar bem como 
os estudos de psicologia infantil direcionados ao lúdico permitiram a 
constituição da criança como um ser brincante (Wajskop, 1995) e a brincadeira 
deveria ser utilizada como uma atividade essencial e significativa para a 
educação infantil. 
Pense no desenvolvimento social. Como criar oportunidades lúdicas 
para a criança incrementar o seu repertório social bem como desenvolver 
relações inter-pessoais? Quando a criança brinca de faz de conta, por 
exemplo, ela deve supor o que o outro pensa, tentar coordenar seu 
13 
 
comportamento com o de seu parceiro, procurar regular seu comportamento de 
acordo com regras sociais e culturais. Além disso, para Vygotsky (1984), a 
criança, ao brincar de faz de conta, cria uma situação imaginária podendo 
assumir diferentes papéis, como o papel de um adulto. A criança passa a se 
comportar como se ela fosse realmente mais velha, seguindo as regras que 
esta situação propõe. Nesse sentido, a brincadeira pode ser considerada um 
recurso utilizado pela criança, podendo favorecer tanto os processos que estão 
em formação ou que serão completados. 
Certamente não é apenas o desenvolvimento social que é enriquecido 
durante uma brincadeira. Podemos pensar na criança envolvida numa atividade 
que exige um certo raciocínio necessitando levantar hipóteses e solucionar 
problemas; ou ainda numa brincadeira qualquer na qual ela tenha possibilidade 
de construir conhecimentos e enriquecer o desenvolvimento intelectual (Piaget, 
1978). 
Por fim, não podemos deixar de mencionar as situações que a criança 
revive enquanto ela brinca; por exemplo: situações que lhe causaram alegria, 
ansiedade, medo e raiva podem ser revividas em forma de brincadeira o que 
favorece uma maior compreensão de seus conflitos e emoções. 
Diante destas informações, a brincadeira pode e deve ser privilegiada 
no contexto educacional, tanto na Educação Infantil como também no Ensino 
Fundamental também. A escola, atenta aos inúmeros benefícios que a 
brincadeira traz, bem como nas possibilidades que elas criam de se trabalhar 
GLIHUHQWHV� FRQWH~GRV� HP� IRUPD� O~GLFD�� GHYH� ³OXWDU´� VHPSUH� SUD� TXH� WDLV�
atividades sejam privilegiadas e bem aceitas pelas crianças e pelos adultos 
responsáveis. 
Vale lembrar que não são necessários espaços muito estruturados ou 
objetos complexos para que ocorra uma brincadeira. Espaços simples, com 
objetos fáceis de serem encontrados e manipulados podem se transformar em 
grandes aliados do educador. 
14 
 
Brincadeiras como esconde-esconde, pega-pega, passa-anel, bingo, 
morto - vivo; queimada, pular corda propiciam cooperação, estabelecimento e 
cumprimento de regras, aprendizagem de se colocar no lugar do outro. 
É brincando que a criança aprende que, quando se perde no jogo, o 
mundo não se acaba, e muito pelo contrário, pois em cada oportunidade de 
brincar vai surgir também uma oportunidade de descoberta do mundo à sua 
volta, isso quando se der conta das coisas mais simples que aprendeu no jogo. 
Ás vezes uma derrota pode se transformar em uma vitória para a criança, 
desde que ao seu lado esteja um profissional da área de educação para 
orientá-la de quanto essa derrota foi importante para o seu crescimento como 
pessoa. 
 
É através do brincar que a criança encontra o mundo 
de corpo e alma. 
Percebe como ele é e dele recebe elementos 
importantes para a sua vida, desde os mais 
insignificantes hábitos, até fatores determinantes da 
cultura de seu tempo. (BERTOLDO, 2004, p.02)). 
 
Por meio das brincadeiras a criança vivencia as representações do 
mundo que ela própria cria, transformando sentimentos, em emoções e 
interligando-se do mundo real, quando seus comportamentos são entendidos 
como um pedido de ajuda. Pois o modo como ela brinca revela o seu mundo 
interior, o que esta sentindo. Podemos notar a relação dessa brincadeira com a 
VXD� UHDOLGDGH�� PDV� SDUD� LVVR� ³$� FULDQoD�� QD� EULQFDGHLUD�� H[SHULPHQWD� SDSpLV�
construindo sua realidade, vivenciando sentimentos, comportamentos e 
ID]HQGR�UHSUHVHQWDo}HV�GR�PXQGR�H[WHULRU´���%(572/'2��������S���� 
O ato de brincar é importante, é satisfatório, é prazeroso, e o prazer é 
ponto fundamental na formação do ser humano. A ludicidade é uma 
necessidade interior, tanto da criança quanto do adulto. Por conseqüência a 
necessidade de brincar é próprio do desenvolvimento. 
Observando que a brincadeira não significa simplesmente entreter-se, 
apesar de ser a forma mais completa que a criança encontra de comunicar-se 
15 
 
com ela própria e com o mundo. Nesse entretenimento permanece o dialogo, o 
pensamento, o movimento, abrindo caminhos de comunicação. 
Se pararmos para analisar seus comportamentos notamos o quanto é 
comum vermos em brincadeiras de crianças, principalmente nas de heróis, elas 
enfrentando experiências de perda, medo, dor, autoconfiança, solidariedade e 
demais conceitos que se explicados verbalmente elas não compreenderiam, 
mas por meio da fantasia fica mais compreensível. 
 
1.1.3 Brinquedo 
 
 O brinquedo é tudo aquilo que propicia uma relação construtiva e 
lúdica com a criança, através de estimulo e da afetividade com que a criança 
relaciona-se. 
 Além disso, o brinquedo gera um sentimento íntimo que algumas 
vezes nem um amigo consegue construir, tornando-se um melhor amigo que 
fala ouve e sente. Pois a criança vive um mundo de imaginações onde seus 
brinquedos de ficção acabam ganhando vida e sentimento. 
Quando brinca ela consegue expressar todas as sua angustias, raiva e 
alegria, porque naquele momento ninguém poderá brigar ou dizer o que está 
certo ou errado, o brinquedo faz de diversas maneiras que a criança cresça 
dentro de si mesma e consiga ter um melhor convívio com seus colegas 
ignorando os aspectos ruins. 
Brinquedo é outro termo indispensável para 
compreender este campo. 
Diferindo do jogo, o brinquedo supõe uma relação 
intima com a criança e uma indeterminação quanto ao 
uso, ou seja, a ausência de um sistema de regras que 
organizam sua utilização. (KISHIMOTO, 1999, p. 18) 
 
A criança quando alcança uma etapa de sua vida consegue adquirir 
mais habilidades, por sua vez mais desenvolvimentos, e ao chegar nessa etapa 
o brinquedo tem uma fundamental importância onde vai despertar suas 
16 
 
características e seus valores como, personalidade, respeito, determinação e 
criatividade. 
Mais para que essas características e valores sejam abrangidos pela 
criança é necessário resgatar brinquedos manuais; sucata e folclóricos, pois é 
IXQGDPHQWDO�³2�XVR�GH�EULQTXHGRV�HGXFDWLYRV�FRP�ILQV�SHGDJyJLFRV�UHPHWH-se 
para a relevância desse instrumento para situações de ensino-aprendizagem e 
GH�GHVHQYROYLPHQWR�LQIDQWLO´���.,6+,0272��������S����� 
Porintermédio de brinquedos educativos podemos construir uma ponte 
entre aprendizado e brincadeira, dessa forma tornando os aprendizados mais 
dinâmicos, lúdicos e proveitosos. Por se tratar de uma brincadeira todas as 
crianças vão sentir um espontâneo interesse em participar, e ai introduz os 
processos de desenvolvimento infantil e o conhecimento. 
O brinquedo é um fator importante no desenvolvimento infantil, pois, 
por meio dele a criança se desenvolve e no contato com o mesmo que seu 
FRPSRUWDPHQWR�YDL�DOpP�GR�KDELWXDO�9<*2676.� �������DILUPD�TXH� ³DWXDQGR��
QR�EULQTXHGR�FRPR�VH�HOD�IRVVH�PDLRU�GR�TXH�p�QD�UHDOLGDGH´� 
O brinquedo permite a criança transformar a realidade. Estimula a 
representação, a criação e expressão de imagens. 
O brinquedo entendido como objeto, suporte da brincadeira expressa a 
relação íntima da criança, ou seja, a ausência de um conjunto de regras para o 
seu uso. É o que afirma KISHIMOTO (1999) ³XPD�ERQHFD�SHUPLWH�j�FULDQoD�
várias formas de brincadeiras, desde a manipulação até a realização de 
EULQFDGHLUDV�FRPR�µPDPmH�H�ILOKLQKD¶�³ 
O brinquedo oferece à criança um mundo imaginário. Esse imaginário 
varia de acordo com a idade. Piaget denomina como brinquedos de ficção ou 
simbólicos. 
Surgem na metade do segundo ano de vida e 
continuam até os anos pré-escolares. Entre as 
diversas modalidades de brinquedos de ficção, é 
comum a criança fazer de conta que está dirigindo um 
carro ou uma motocicleta, ou ainda atribuir vida a 
objetos inanimados. (PIAGET, 1978, p.188). 
17 
 
 
O brinquedo é tão importante para o crescimento e desenvolvimento da 
criança, assim como é aprendizagem das habilidades de leitura e escrita. 
As crianças ensinam que uma das maiores qualidades 
do brinquedo é a sua não seriedade. O brinquedo não 
é sério para as crianças porque permite a elas fazer 
fluir sua fantasia, sua imaginação. Justamente por não 
ser sério, ele se torna importante. É a não-seriedade 
que dá seriedade ao brinquedo. (OLIVEIRA, 1989, p. 
10). 
 
Muitas vezes as crianças nos mostram que os brinquedos podem ser 
importantes em seu crescimento emocional, porque quando as mesmas 
brincam mostram uma das principais qualidades do brinquedo que é a sua não-
seriedade na vida real da criança, ou seja, ao mesmo tempo em que ele ajuda 
D� FULDQoD� D� H[SRU� VXDV� ³YRQWDGHV� LPDJLQiULDV´� HOH� WDPEpP� DMXGD� HP� VHXV�
³VHQWLPHQWRV�UHDLV´� 
Os brinquedos são sempre suportes de brincadeira, sua utilização 
deveria criar momentos lúdicos de livre exploração, em onde prevalece à 
incerteza do ato e não se visam resultados. 
É preciso tomar cuidado para que o brinquedo não perca suas 
características socioculturais e se transforme em objeto escolar, vazio de 
significação social e descontextualizado de sua função cultural. 
 
1.2 EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
A Educação infantil por ser o primeiro passo no processo de 
escolarização da criança requer um cuidado especial por parte de todos que 
estão envolvidos neste ato, pois é nesta fase que a criança faz as primeiras 
descobertas, vive novas experiências que contribuem para o seu 
desenvolvimento psicossocial. O próprio momento da chegada da criança na 
creche pode significar um processo traumático. Tudo dependerá da acolhida 
que tiver ao chegar nesse novo espaço. 
18 
 
Daí a importância de criar um ambiente acolhedor, fazer uma escola 
onde todas as crianças sejam tratadas dignamente, um lugar onde os 
profissionais sejam comprometidos com a sua profissão e com os seus 
educando e sejam capazes de diagnosticar fatos que estejam prejudicando o 
desenvolvimento da criança. 
Pesquisas científicas sobre desenvolvimento infantil deixam evidente a 
real importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento físico, 
cognitivo, afetivo e social dos seres humanos. A educação infantil tem um 
papel fundamental na formação do indivíduo e reflete em uma melhora 
significativa no aprendizado da criança. 
Trabalhar a democratização do ensino nos primeiros 6 anos de vida é 
essencial para melhorar o índice de aprendizado dos alunos, estimular desde 
cedo à busca pelo conhecimento e eliminar as diferenças de origem 
socioeconômica no desempenho de crianças de 1ª série. 
Uma amostra de como o ingresso na escola desde cedo faz diferença é 
o índice de repetentes na 1ª série do Ensino Fundamental, monitorado pela 
UNESCO e pelo OCDE em 48 países. O Brasil tem a taxa mais alta com 32%, 
ante 1% da Rússia e China. Essa realidade condena um terço da população 
brasileira ao atraso e mexe desde cedo com a auto-estima das crianças. 
É na creche ou pré-escola que os pequenos começarão a se conhecer 
e a conhecer o outro, a se respeitar e a respeitar o outro, e a desenvolver suas 
habilidades e construir conhecimento. 
Até os 6 anos, a criança viverá uma das mais complexas fases do 
desenvolvimento humano, nos aspectos intelectual, emocional, social e motor, 
que será tanto mais rica quanto mais qualificadas forem as condições 
oferecidas pelo ambiente e pelos adultos que a cercam. 
 Uma escola precisa ser mais do que um lugar agradável, onde se 
brinca. Deve ser um espaço estimulante, educativo, seguro, afetivo, com 
professores realmente preparados para acompanhar a criança nesse processo 
intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento. Precisa propiciar a 
19 
 
possibilidade de uma base sólida que influenciará todo o desenvolvimento 
futuro dessa criança. 
Por isso, a importância de estruturar um projeto diferenciado para a 
Educação Infantil. 
Sem abrir mão de ser um espaço para o livre brincar, de ser um 
ambiente extremamente afetivo, e oferecer um cotidiano rico e diversificado de 
situações de aprendizagem planejadas para desenvolver as linguagens e as 
emoções e estabelecer os pilares para o pensamento autônomo. Toda escola 
de Educação Infantil precisa ter certeza do que quer desenvolver na criança. 
Assim, para formar uma criança saudável e desenvolver sua capacidade de 
aprender a aprender, sua capacidade de pensar e estabelecer as bases para a 
formação de uma pessoa ética capaz de conviver num ambiente democrático, 
através de atividades que desenvolvem um conjunto de conhecimentos, 
habilidades, atitudes e valores adequados a cada faixa etária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
CAPÍTULO 2 
 
2 ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO REALIZADO COM 
CRIANÇAS ATRAVÉS DE BRINCADEIRAS E SEUS DESDOBRAMENTOS 
 
2.1 EXPERIÊNCIA PRÁTICA 
 
O Centro Educacional Cantinho da Natureza, nasceu na comunidade 
do Morro dos Cabritos em 1973, por iniciativa do Padre Ítalo Coelho. 
O trabalho desenvolvido (amarelinha) aconteceu na Creche Cantinho 
da Natureza, onde trabalho com crianças do Projeto, com idades entre 5 a 7 
anos. 
Estas crianças são contempladas com diversas atividades tais como: 
jogos pedagógicos, educação física, brincadeiras internas, externas e passeios 
com parceria do Sonhar Acordado, e acredito que essas atividades contribuem 
efetivamente para a participação da construção do conhecimento. 
Com relação ao meu papel em sala de aula acredito que a simples 
oferta de certos brinquedos já é o começo do projeto educativo, melhor do que 
proibir ou sequer oferecer. Porém a disponibilidade de brinquedos não é 
suficiente se não tem uma proposta educativa. Na escolha e na proposição de 
jogos, brinquedos e brincadeiras, o educador coloca o seu desejo, suas 
convicções e suas hipóteses acerca da infância e do brincar. Portanto desse 
desejo comecei a observar as crianças brincando ou fazendo atividades da 
escola, e fiz disso uma ocasião pra reelaborar o meu planejamento. Nesse 
projeto as crianças têmo momento para realizar a tarefa escolar junto ao 
educador, atividades de: matemática, português, etc. 
Ao fazer atividades com algumas crianças observei que elas tinham 
muita dificuldade para contar, classificar, agrupar e não tinham noção de 
seqüência. Observando tais dificuldades selecionei alguns jogos pedagógicos 
21 
 
com o objetivo de ajudar essas crianças através do brincar, como por exemplo; 
jogos numéricos para a criança ordenar, jogos da memória com quantidade. 
Pensando nisso introduzimos o jogo de amarelinhas sabendo das diversas 
possibilidades de aprendizado que essa brincadeira traria, foi então que 
construímos a amarelinha no pátio da creche. A brincadeira proporciona a 
questão da espera, seqüência, equilíbrio, atenção e coordenação motora. As 
crianças pintaram a amarelinha com guache trabalhando também as cores. 
Muitas vezes percebi que elas brincavam por que queriam ser o 
primeiro (ausência de regras) a amarelinha ajudou bastante nesse sentido. 
No jogo para chegar ao final (céu) a criança precisa passar por todos 
os números na seqüência de l a 9 e muitas vezes observei que elas não tinham 
noção de seqüência, queriam jogar em qualquer número e chegar logo. 
Com relação ao jogo, Piaget (2002) acredita que ele é essencial na 
vida da criança. De início, têm-se o jogo de exercício, que é aquele em que a 
criança repete uma determinada situação por puro prazer ou por ter apreciado 
seus efeitos. Em torno dos 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, 
que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar 
mentalmente o acontecido, mas de executar a representação. 
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos 
socialmente de criança para criança e, por conseqüência, vão aumentando de 
importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para 
Piaget (2002), o jogo constitui-se em expressão e condição para o 
desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem 
transformar a realidade. 
Enquanto Vygotsky fala do faz-de-conta, Piaget fala do jogo simbólico, 
e, pode-se- dizer, segundo Oliveira (1999), que são correspondentes. 
A atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da 
criança, por isso, sua presença é indispensável à prática educativa. 
A criança, por sua criatividade, atribui aos objetos significados 
diferentes daqueles que normalmente possuem, vendo-os como brinquedos. 
22 
 
Assim, o cabo de vaVVRXUD�p�R�³FDYDOR´�QXPD�WURFD�FRQVWUXWLYD�GH�VLJQLILFDGRV��
Os brinquedos tornam-se objetos de comunicação, o meio através do qual a 
criança sai de uma relação centrada num objeto, para torná-lo um utensílio 
mediador entre ela e as outras crianças e, de forma mais generalizada, entre 
ela e o mundo. 
Ao brincar a criança passa por algumas fases e durante a primeira fase 
ela começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representando pela 
mãe, começa a falar, andar e movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, 
o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a fase estende-se 
até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a 
criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas 
convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas. 
Vygotsky (2002), afirma que é enorme a influência do brinquedo no 
desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir 
numa esfera cognitiva, ai invés de numa esfera visual externa, dependendo das 
motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos 
externos. 
 'H� DFRUGR� FRP� 3RXUWRLV� �������� D� QRomR� GH� ³=RQD� 3UR[LPDO� GH�
GHVHQYROYLPHQWR´� LQWHUOLJD-se, portanto, de maneira muito forte à sensibilidade 
do professor em relação às necessidades da criança e à sua aptidão para 
utilizar as contingências do meio a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do 
que sabe fazer para o que não sabe. 
As brincadeiras que são oferecidas à criança devem estar de acordo 
com a zona de desenvolvimento em que ela se encontra, desta forma, pode-se 
perceber a importância do professor conhecer a teoria de Vygotsky. 
No processo da educação infantil o papel do professor é de suma 
importância, pois é ele quem cria os espaços, disponibiliza materiais, participa 
das brincadeiras, ou seja, faz a mediação da construção do conhecimento e da 
interação das crianças. 
 
23 
 
2.2 - A RELAÇÃO ENTRE EDUCAÇÃO INFANTIL E O BRINCAR 
 O desafio colocado é pensar a função do brincar na educação infantil 
quando os conteúdos escolares, a preocupação com a aquisição de 
conhecimentos com bases científicas ou mesmo definida pela importância 
central do domínio da linguagem escrita, pressionam no sentido contrário. 
A educação estaria na linha direta de formação para um conhecimento 
que constitui o repertório e a capacidade de renovação da técnica humana, 
capaz de transformar a matéria e produzir riqueza. Entretanto, muitas são as 
técnicas. E uma técnica é um modo de entrar no mundo, de habitá-lo. 
Se acreditarmos que a educação infantil é somente uma questão de 
aprendizagem cujos conteúdos já estão dados de antemão, o brincar será 
pensado, de um lado, como um excedente de energia a ser gasta, do outro, 
como um instrumento ou veículo de aprendizagem. Antes disso, o brincar é um 
plano de experimentação. 
Experimentação é uma questão de tomar o real como sendo um lugar 
de não-modelos, de engendramento de singularidades, de não comparação. 
Quando as crianças correm pelos espaços, toda sorte de desvio, colisão e 
invenção ocorrem. Nesse plano, elas entram em interação com o mundo. 
Ninguém sabe o que vai acontecer. Nem as próprias crianças. 
O brincar é uma ponte entre esses mundos: da arte, dos cuidados 
familiares e pedagógicos com a infância, dos afetos e percepções corporais. 
É difícil para os adultos, em condições normais, entender as potências 
da cultura lúdica da infância. Não sabem lidar com as energias 
desencadeadas. Porém, aparece, aqui, a pergunta crucial: os educadores 
deveriam se envolver com as brincadeiras infantis? 
Por que os educadores, por não serem crianças, não podem brincar 
com elas? Por que se satisfazem, muitas vezes, em vigiar os espaços livres do 
brincar? Por que cumprem esse papel que a ordem econômica reserva para os 
que lidam com a infância? 
24 
 
No entanto, quando aderimos à produtividade a todo custo, modelo 
vigente para muito do que se pensa para a educação infantil, esquecemos que 
a própria sociedade se modifica sem parar. A adesão aos parâmetros de uma 
sociedade de acumulação, apesar de sempre justificada como necessidade do 
³UHDO´��QmR�GHL[D�GH�VHU�XP�PRGR�GH�YLYHU�D�YLGD�GRV�DIHWRV��GH�RUJDQL]DomR�GR�
desejo. E essa mesma aderência, quando reporta aos hábitos que tal 
sociedade cristaliza, torna suas ferramentas para a produção da vida 
inadequadas para o próximo momento. 
As crianças, dentro do programa de educação infantil voltado para o 
progresso a todo custo, não estão podendo dispor do brincar como um modo 
de entrar no mundo ± que é realmente e, de modo concreto, um instrumento de 
conhecimento. Difícil é perceber a riqueza desse conhecimento. Nisso, 
infelizmente, não se é treinado. Mas nunca é tarde. É preciso aprender com as 
crianças. 
Se o brincar é da vida, ele possui um programa implícito que 
precisamos, do ponto de vista pedagógico, torná-lo explícito. Isso não quer 
dizer que é fazer do brincar um instrumento pedagógico, acrescentando-lhe 
uma finalidade extrínseca. Pelo contrário, é perceber seu desejo. 
O brincar, como experimentação, inclui conhecimentos aprendidos. 
Mas os supõe, sempre, para seremdesaprendidos. A experimentação é 
nômade: põe as coisas em movimento. Não se pode prever de antemão o 
resultado, exercitando-se antes um saber que se inventa a si próprio no ato de 
caminhar. 
O brincar deveria ser tomado pelos programas de educação infantil 
como um modo de organização da experiência que contribui para a instauração 
de rotinas criativas. 
Para tanto, é preciso adotar o ponto de vista de que o brincar não se 
encerra em modelos de experiência. Quando as crianças estão brincando, elas 
instauram um plano de vida que diverge de qualquer modelo. Os adultos, ao 
contrário, é que empurram tais vivências para os contornos duros e molares. O 
brincar é uma agitação molecular. Do ponto de vista do desejo, ele passa por 
25 
 
várias fases. Do ponto de vista do conhecimento, ele é pura curiosidade e 
invenção. 
Mesmo se a criança repete nas suas brincadeiras, por exemplo, 
quando sempre procura num mesmo lugar a outra que se esconde ± isso não é 
conservadorismo. A criança, mais do que qualquer um, sabe que é preciso um 
círculo de repetição do desejo. Mas, no centro apaziguador disso, sempre há 
motivos e contrapontos. Por que os educadores não são treinados na 
ampliação da sensibilidade em vez de serem apenas os que vigiam e tomam 
conta? Em que medida eles se permitem serem modificados por um olhar-
criança? 
Quando numa rotina escolar as crianças vão para o pátio ou para outro 
lugar em fila, que tipo de mundo ou paisagem isso produz? A de uma ordem 
que resiste à agitação caótica da vida. Só pode fracassar, obviamente. Ao 
contrário disso, se as crianças vão caminhando livremente, elas colidem umas 
com as outras, inventam desvios, descobrem mundos e produzem paisagens. 
No entanto isso dá muito trabalho para aqueles que lidam com a educação 
infantil. Não basta vigiar. Tem que caminhar junto. 
As rotinas escolares são modos de repetição que geram um chão para 
as crianças. A questão reside em pensá-las como meios de incorporação e de 
agitação em nossas vidas. Isso supõe encontrar as motivações intrínsecas às 
próprias atividades. As crianças estão, nessa fase, explorando o mundo de um 
modo múltiplo, conectivo, sensível e não hierárquico. Cabe à educação infantil 
favorecer essa busca de conhecimento inventivo e criador. O brincar mostra os 
caminhos. 
O brincar é uma criação humana, tanto quanto a linguagem e a escrita. 
O individuo joga para encontrar respostas às suas dúvidas, para se divertir e 
para interagir com seus semelhantes. Existe no jogo, conteúdo, algo mais 
importante do que a simples diversão e interação. Ele revela uma lógica 
diferente da racional, uma lógica da subjetividade tão necessária para 
estruturação da personalidade, quanto à lógica formal das estruturas 
cognitivas. 
26 
 
O brincar carrega em si um significado muito abrangente. Ele tem uma 
carga psicológica, porque é revelador da personalidade de quem brinca. Ele 
tem também uma carga antropológica porque faz parte da criação cultural de 
um povo (resposta e identificação com a cultura). O brincar é construtivo 
porque pressupõe uma ação do indivíduo sobre a realidade. 
É uma ação carregada de simbolismo, que dá sentido a si próprio, 
reforça a motivação e possibilita a criação de novas ações. Várias são as 
razões que levam os educadores a recorrer ao jogo e a utilizá-lo como recurso 
no processo ensino aprendizagem. 
Vygotsky (1991) indica a relevância de brinquedos e brincadeiras como 
indispensáveis para a criação da situação imaginária. Revela que o imaginário 
só se desenvolve quando se dispõe de experiências que se reorganizam. A 
riqueza dos contos, lendas e o acervo de brincadeiras constituirão o banco de 
dados de imagens culturais utilizados nas situações interativas. 
Dispor de tais imagens é fundamental para instrumentalizar a criança 
para a construção do conhecimento e sua socialização. Ao brincar a criança 
movimenta-se em busca de parceria e na exploração de objetos; comunica-se 
com seus pares; se expressa através de múltiplas linguagens; descobre regras 
e toma decisões. O desenvolvimento correspondente de regras conduz a 
ações, com base nas quais torna-se possível à divisão entre trabalho e 
brinquedo, divisão esta encontrada na idade escolar como um fato fundamental 
(VYGOTSKY, 1991, p.118). 
O brincar é algo simples e ao mesmo tempo complexo, isto 
considerando o quanto este ato é importante e influencia o desenvolvimento do 
ser humano. É esta ambigüidade que nos leva a repensar a nossa práxis 
enquanto educadores, o espaço que temos propiciado e o quanto temos 
contribuído para que este desenvolvimento ocorra de forma satisfatória e 
positiva. 
No entanto, o brincar sempre segue regras, e estas estão implícitas e 
explícitas nesta atividade de acordo com seu propósito. 
27 
 
Para proporcionar e contribuir para este desenvolvimento da criança é 
necessário também conhecer as brincadeiras adequadas para cada fase, para 
cada nível de desenvolvimento e o que elas propiciam às crianças. 
Permitir à criança espaço para brincar, proporcionando-lhe interações 
que vêm, realmente, ao encontro do que ela é aliado às tentativas no sentido 
de compreendê-la, efetivamente, nestas atividades, é respeitá-las enquanto ser 
humano. Assim, fica evidente a importância do brincar também no âmbito 
escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Durante o estudo que realizei para responder algumas questões, pude 
perceber que sozinha não chegaria a lugar algum, precisei de ajuda de uma 
pessoa que pudesse mediar os meus pensamentos com sua experiência. 
Enfim percebo que fui capaz de construir o meu conhecimento a partir do 
momento em que o outro fazia parte desse processo. Ao fazer parte do 
processo ensino- aprendizagem, vivenciei a zona de desenvolvimento proximal, 
ou seja, nesse caso a minha professora e orientadora, foi o mediador do 
processo, com a ajuda dele consegui finalizar o meu trabalho monográfico. 
Como já foi dito zona de desenvolvimento proximal é a distância do que 
realizo sozinha e do que posso fazer com o auxílio de quem já tem experiência 
no assunto. 
Para começar a minha história introduzir as minhas indagações e 
expectativas sobre a contribuição do lúdico no desenvolvimento da criança na 
educação Infantil. Falei também sobre o que me fez estar aqui hoje concluindo 
mais uma etapa da minha vida, a criança e a sua relação com o lúdico. Esse 
tema faz parte da minha vida acadêmica, pois todos os trabalhos que procurei 
desenvolver giravam em torno da criança e do lúdico. 
No meu estágio de observação e atuação em Educação infantil, 
desenvolvi um projeto de jogos e brincadeiras que fez com que eu viesse a me 
interessar e aprofundar mais o assunto. 
No transcorrer deste trabalho procurei remeter a reflexões sobre a 
importância das atividades lúdicas na educação infantil, tendo sido possível 
desvelar que a ludicidade é de extrema relevância para o desenvolvimento 
integral da criança, pois para ela brincar é viver. 
É relevante mencionar que o brincar no espaço educativo precisa estar 
num constante quadro de inquietações e reflexões dos educadores que o 
compõem. 
29 
 
Também é importante ressaltar que só é possível reconhecer uma 
criança se nela o educador reconhecer um pouco da criança que foi e que, de 
certa forma, ainda existe em si. Assim, será possível ao educador redescobrir e 
reconstruir em si mesmo o gosto pelo fazer lúdico, buscando em suas 
experiências, remotas ou não, brincadeiras de infância e de adolescência que 
possam contribuir para uma aprendizagem lúdica, prazerosa e significativa.É competência da Educação Infantil proporcionar aos seus educandos 
um ambiente rico em atividades lúdicas, já que a maioria das crianças de hoje 
passam grande parte do seu tempo em instituições que atendem a crianças de 
0 a 6 anos de idade, permitindo assim permitindo que elas vivam, sonhem, 
criem e aprendam a serem crianças. 
O lúdico proporciona um desenvolvimento sadio e harmonioso, sendo 
uma tendência instintiva da criança. Ao brincar, a criança aumenta a 
independência, estimula sua sensibilidade visual e auditiva, valoriza a cultura 
popular, desenvolve habilidades motoras, diminui a agressividade, exercita a 
imaginação e a criatividade, aprimora a inteligência emocional, aumenta a 
integração, promovendo, assim, o desenvolvimento sadio, o crescimento 
mental e a adaptação social 
Neste momento é válido salientar que não se pretende considerar a 
Educação Infantil como a solução de todos os problemas brasileiros, mas 
certamente com uma base educacional alicerçada em valores éticos, e a 
criança, sendo valorizada como cidadão, certamente muitos problemas sociais 
serão evitados. 
O governo tomou consciência da necessidade de valorizar a Educação 
Infantil. Pode ser que não se veja resultados imediatos, mas não é válido ficar 
na dependência somente das leis e dos projetos governamentais. Toda a 
sociedade pode dar a sua colaboração para modificar a realidade da educação 
no Brasil. Os pais devem, além de cobrar o cumprimento das leis, 
acompanharem o desenvolvimento escolar de seu filho. Os professores devem 
procurar programas que lhe forneçam conhecimentos capacitadores para o 
desempenho de sua função. Certamente da união de todos surgirá um país 
30 
 
realmente democrático e igualitário, onde todos os cidadãos poderão se 
beneficiar do desenvolvimento tecnológico e econômico do Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
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