ERIK ERIKSON

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UNESA
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
ERIK ERIKSON
Prof. Dra. Silvana Bagno
ESTÁCIO DE SÁ. Material didático. Portal do docente. Psicologia do Desenvolvimento da Infância e adolescência
Erikson acaba por se afastar das concepções freudianas. Em meados do século XX, começa a construir sua teoria psicossocial do desenvolvimento humano, repensando vários conceitos de Freud, sempre considerando o ser humano como um ser social, antes de tudo, um ser que vive em grupo e sofre a pressão e a influência deste.
Desviou o foco fundamental da sexualidade para as relações sociais afirmando que o papel do meio social e cultural é fundamental na personalidade do indivíduo.
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Princípio epigenético
A formulação de Erikson fundamenta-se neste conceito. O princípio epigenético sustenta que o desenvolvimento ocorre em estágios sequenciais e claramente definidos. Cada um desses estágios deve ser satisfatoriamente resolvido para que o desenvolvimento avance sem problemas.
 Caso não ocorra a resolução eficaz de um determinado estágio, todos os estágios subsequentes refletirão esta falha, na forma de um desajuste físico, cognitivo, social ou emocional.
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CONCEITO DE CRISE OU CONFLITO
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	Em cada estágio, o ego passa por uma crise(que dá nome ao estágio). Esta crise pode ter um desfecho positivo ou negativo.
	Da solução positiva da crise surge um ego mais rico e forte; da solução negativa, temos um ego mais fragilizado;
	Superar uma CRISE ajuda a determinar e a promover forças para ser bem-sucedido no estágio posterior.
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Resolução Positiva: traduz-se em uma virtude, que é um ganho psicológico, emocional e social, ou seja, uma característica de personalidade que lhe confere equilíbrio mental e capacidade de um bom relacionamento social.
Resolução Negativa: o indivíduo sentir-se-á desajustado socialmente e tenderá a desenvolver sentimentos de ansiedade ou de fracasso.
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Os primeiros quatros estágios são decorrentes do período de bebê ao decorrer da infância, e os últimos estágios são referentes à idade adulta e a velhice.
No entanto, Erikson enfatiza a importância da adolescência, visto que a transição entre o período de adolescência e a idade adulta é um fator de grande relevância para a formação da personalidade do sujeito.
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1ª IDADE – 0 A 18 MESES
Confiança básica X Desconfiança básica
A atenção do bebê se volta à pessoa que provê seu conforto, que satisfaz suas ansiedades e necessidades em um espaço do tempo suportável: a mãe.
A mãe lhe dá garantias de que não está abandonado à própria sorte no mundo. Assim se estabelece a primeira relação social do bebê.
Se a relação é compensadora, a criança se sente segura.
Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de que o mundo é bom, que as coisas podem ser reais e confiáveis. A vivência negativa diz respeito a sensações de suspeita, medo e inseguranças relativas aos outros e ao meio.
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2ª IDADE – 18 MESES a 3 ANOS
Autonomia X Dúvida e Vergonha
A criança direciona sua energia às experiências ligadas à atividade exploratória e à conquista da autonomia. Se for encorajada, desenvolve autonomia e autossuficiência. Se for por demais protegida e controlada, desenvolve um sentimento de dependência, vergonha em se expor, e de dúvida de suas capacidades de desenvolver atividades sozinha.
Algumas críticas em excesso direcionadas à criança nessa época podem gerar sentimentos de dúvidas ou vergonha a respeito de si mesmo.
Nesse estágio, o principal cuidado que os pais têm que tomar é dar o grau certo de autonomia à criança. Na vertente positiva encontramos o sentimento de autonomia; na vertente negativa, a falta de independência.
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3ª IDADE – 3 a 6 ANOS
Iniciativa X Culpa
A criança está mais avançada tanto física quanto mentalmente, conseguindo planejar suas tarefas e associando à autonomia e à confiança, a iniciativa pela expansão intelectual. A relação entre confiança e autonomia, possibilita à criança um sentimento de determinação para a iniciativa.
As atividades desenvolvidas geram um grande prazer diante do sucesso. Se não conseguem o desenvolvimento de suas iniciativas devido a punição ou repressão aparece a culpa.
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4ª IDADE – a 12 ANOS
Diligência X Inferioridade
Em nossa cultura predominam as atividades escolares. Com a educação formal, além do desempenho das funções intelectuais, a criança aprende o que é valorizado no mundo adulto, e tenta se adaptar a ele. Passa a reconhecer que podem existir recompensas em longo prazo de suas atitudes atuais, fazendo surgir, portanto, um interesse pelo futuro.
Se a criança corresponde ao que lhe é exigido, desenvolve sentimentos de autoestima, de competência. Caso tenha dificuldades de obter sucesso poderá viver inferioridade desinvestindo das tarefas. A virtude a ser adquirida nesse estágio é a da competência.
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5ª IDADE – Adolescência
Identidade X Confusão de identidade
A construção da identidade é a tarefa central desse estágio.
A identidade constrói-se através da experimentação de vários papéis possíveis, o que vai permitir ao adolescente reconhecer-se como pessoa única e distinta de todos os outros.
Esse sentimento de identidade se expressa em algumas questões, tais como: sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser?
Respondendo a essas questões, o adolescente pretende se encaixar em algum papel na sociedade.
Alcançando a estabilização da identidade conseguirá a capacidade de ser estável com os outros, conquistando a lealdade e a fidelidade consigo mesmo e com seus propósitos.
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6ª IDADE – Adulto Jovem
Identidade X Isolamento
Com uma identidade já estabilizada o adulto desenvolve relações de amizade e de afeto com outros. Existe agora a possibilidade de associação com intimidade, parceria e colaboração. Nesse momento, é preciso um ego forte e autônomo o suficiente para aceitar o convívio com outro ego sem se sentir anulado ou ameaçado. Caso isso não seja possível, ou seja, o ego não é suficientemente seguro, a pessoa irá preferir o isolamento à união, pois terá medo de compromissos, em uma atitude de “preservar” seu ego frágil.
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7ª IDADE – Vida adulta – Meia idade
Produtividade X Estagnação
A generatividade refere-se à possibilidade de se ser criativo e produtivo em diversas áreas da vida.
Refere-se ao conflito entre cuidar, educar para o futuro, criar e preocupar-se com seus interesses e necessidades.
Representa uma preocupação com o contentamento das gerações seguintes. Existe uma necessidade inerente ao homem de transmitir, de ensinar. É uma forma de fazer-se sobreviver, de fazer valer todo o esforço de sua vida, de saber que tem um pouco de si nos outros. A vertente positiva da resolução deste conflito: membro ativo da sociedade. A vertente negativa revela um centramento em si mesmo e desinteresse pelo outro (egocentrismo).
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8ª IDADE – 3ª Idade
Integridade X Desespero
Tempo do ser humano refletir, rever sua vida, o que fez, o que deixou de fazer. Pensa principalmente em termos de ordem e significado de suas realizações. Podem existir sentimentos de satisfação ou de fracasso. O sentimento de integridade aparece a partir de uma avaliação positiva da vida e da compreensão da impossibilidade de começar tudo novamente.
De acordo com a resolução, poderemos perceber sentimentos de realização quanto ao passado ou uma vivência de eterna nostalgia e tristeza.
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Referências bibliográficas
UNESA. SDE0915 – DESENVOLVIMENTO INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Aula 9: Teoria Psicossocial Erik Erikson
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