Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 155 100 20 0 50 6 (mm) figura (1) 20 0 Xaux Yaux Yc Xc xc yc 16. APLICAÇÕES 1) Para o perfil ilustrado na figura (1) determine: a localização do centroíde, os momentos centrais de inércia e seus respectivos raios de giração, o momento polar de inércia em relação ao centróide e seu respectivo raio de giração, os eixos principais centrais de inércia ilustrando eles no desenho, os momentos principais centrais de inércia e seus respectivos raios de giração. Indicar no desenho os eixos de inércia máxima e mínima. Escrever a equação da elipse de inércia. Desenhar o circulo de Mohr correspondente. Solução: Posicionando o eixo de referência xaux no centróide do perfil C, ou seja sem considerar o enrijecedor da mesa superior tem-se - Localização do centróide ( ) 25926441881002 =⋅++⋅=Area mm2 Area do perfil C = ( ) 232861881002 =⋅+⋅ mm2 33,7 2592 7264402328 = ⋅⋅+⋅ == ∑ ∑ i ii c A Ay y mm 3,31 2592 94644476100206188 = ⋅⋅+⋅⋅⋅+⋅⋅ == ∑ ∑ i ii c A Ax x mm - Cálculo dos momentos de inércia centrais e respectivos raios de giração ( ) ( )2 3 2 3 2 3 2 3 33,772644 12 44633,1046100 12 610033,731006100 12 610033,76188 12 1886 −⋅⋅+ ⋅ +⋅⋅+ ⋅ +−−⋅⋅+ ⋅ +⋅⋅+ ⋅ =xcI 4 4 cm 85,158810 == xc xc II cm 83,7 92,25 85,1588 === A I R cc x x ( ) ( )2 3 2 3 2 3 3,3194644 12 4463,313506100 12 610023,316188 12 6188 −⋅⋅+ ⋅ + −−⋅⋅+ ⋅ ⋅+⋅⋅+ ⋅ =ycI 4 4 cm 29,34410 == yc yc I I cm 64,3 92,25 29,344 === A I R cc y y - Cálculo do momento de inércia polar em relação ao centróide e seu respectivo raio de giração 4cm 14,193329,34485,1588 =+=+= cc yxC III cm 64,892,25 14,1933 === A IR CC ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 156 - Localização dos eixos principais centrais de inércia ( )( ) ( ) 67,647,626447,1567,8910067,1533,104100633,73,311886 ⋅⋅⋅+⋅⋅⋅+⋅−⋅⋅+−−⋅⋅=xcycI 4 4 cm 12,11910 == xcyc xcyc I I o41,5 85,158829,344 12,11922tan −=→ − ⋅ = θθ - Momentos principais centrais de inércia e seus respectivos raios de giração 4cm 57,966 2 29,34485,1588 = + =medI 2 2 12,119 2 29,34485,1588 + − =R 4cm 57,633=R 4 max cm 14,160057,63357,966 =+=I 4 min cm 33357,63357,966 =−=I cm 86,7 92,25 14,1600max max === A IR cm 58,3 92,25 333min min === A IR - Equação da elipse de inércia θθθθ 2222min 22 max 2 min 2 max2 cos82,12sen78,61 79,791 cossen ⋅+⋅ = + = RR RRr - Traçado do círculo de Mohr O ângulo de localização dos eixos principais de inércia foi obtido graficamente, sendo igual a 11/2 = 5,5º. 5,4o eixo de máximo eixo de mínimo 966 333 1600 11,0° (1588; 119) I (cm4) Ixy (cm4) ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 157 Xaux Xcy 2) Determine os momentos principais centrais de inércia para o conjunto representado na figura (3) sabendo-se que os momentos de inércia de um perfil C em relação aos seus eixos centrais valem Ix1= 130,2 cm4 e Iy1= 2103,2 cm4. Solução: Em primeiro lugar deve-se localizar o centróide de um dos perfis C. Como este perfil tem simetria concluí-se diretamente que mmx 125= . Para o cálculo de adota-se um eixo de referência que passa no meio do retângulo 250 x 6 que forma o perfil C. Deste modo, o cálculo de y fica ( ) cmy 49,1 88,23 52,35 6,04,726,025 46,04,72 == ⋅⋅+⋅ ⋅⋅⋅ = O próximo passo é calcular o quanto sobe o centróide do conjunto devido a chapa que é colocada sobre os perfis C. Este cálculo fica simplificado adotando-se como eixo de referência o próprio eixo central do perfil C. Seguindo este procedimento pode-se escrever ( ) ( ) cmy 37,3 36,97 85,327 8,06288,232 49,11,88,062 == ⋅+⋅ −⋅⋅ = Obs. A área de um perfil C vale ( ) 288,234,72256,0 cmA =⋅+⋅= O cálculo dos momentos centrais de inércia é feito mais facilmente se utilizarmos os momentos de inércia que foram fornecidos na questão. 4 3 2 4,347215,158889,18832 12 628,05,1788,232,21032 cmI y =+= ⋅ + ⋅+⋅= ( ) 42 3 2 1,132637,349,11,88,062 12 8,06237,388,232,1302 cmIx =−−⋅⋅+ ⋅ + ⋅+⋅= Como o eixo Y do conjunto é também um eixo de simetria pode-se afirmar que Ixy = 0. Logo concluí-se que os momentos centrais de inércia são os próprios momentos principais centrais de inércia. 310 310 250 8 80 6 (mm) Y x1y1 250100 Obs. A espessura da chapa é constante. Figura (3) ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 158 b h xc yc y x 3) Para a peça representa na figura ao lado determine: a posição do centróide, os momentos de inércia em relação aos eixos centrais x (horizontal) e y (vertical), os momentos principais centrais de inércia indicando no desenho os eixos de máximo e mínimo. Formulário: As expressões abaixo são válidas para os eixos centrais dos elementos Círculo: 4 4RII ycxc ⋅ == π Triângulo retângulo: 36 , 36 33 hbIbhI ycxc == 72 22hbI xcyc −= Centróide de um meio círculo: π3 4Ryc = Solução: Separa-se a peça em 4 partes: 1- retângulo, 2 – furo, 3 triângulo, 4 semi-círculo. Para a determinação do centróide emprega-se os eixos auxiliares indicados na figura ao lado. O próximo passo é montar a tabela apresentada abaixo. Parte Área (cm2) x y xA ⋅ yA ⋅ 1 - retângulo 96 0 0 0 0 2 - furo - 50,27 0 4 0 - 201,08 3 - triângulo 36 - 2 - 6 - 72 - 216 4 – semi-círculo 56,55 0 6,55 0 370,4 60 80 120 R40 R60 (mm) ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 159 y x xc yc C Imax θ Imin cm A Ax x 52,0 28,138 72 −= − = ⋅ = ∑ ∑ cm A Ay y 34,0 28,138 678,46 −= − = ⋅ = ∑ ∑ A figura ao lado indica a posição dos eixos centrais xc e yc. Cálculo dos momentos centrais de inércia: 42 3 1,52334,096 12 812 cmI cx =⋅+ ⋅ = (retângulo) ( ) 42 3 28,122534,0636 36 612 cmI cx =−⋅+ ⋅ = (triângulo) ( ) 42 4 92,114734,0427,50 4 4 cmI cx −=+⋅− ⋅ −= π Para o cálculo do momento de inércia do semi-círculo em relação ao eixo xc deve-se aplicar o teorema de Steiner duas vezes. A primeira vez leva a inércia conhecida do semi-círculo para o centróide dele, e a Segunda vez leva a inércia resultante para o centróide da peça. Na primeira vez aplica-se o teorema ao contrário. ( ) 422 4 7,282534,0455,255.5655,255,56 4 6 2 1 cmI cx =+++⋅− ⋅ ⋅= π (semi-círculo) 42,34267,282592,114728,12251,523 cmI cx =+−+= (total) 42 3 96,117752,096 12 128 cmI cy =⋅+ ⋅ = (retângulo) ( ) 42 3 85,36652,0236 36 126 cmI cy =−⋅+ ⋅ = (triângulo) ( ) 42 4 65,21452,027,50 4 4 cmI cy −=⋅− ⋅ −= π (círculo) 42 4 23,52452,055,56 4 6 2 1 cmI cy =⋅+ ⋅ ⋅= π (semi-círculo) 44,185485,36665,21423,52496,1177 cmI cy =+−+= (total) X X1 2, 55 ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 160 342 12 7 76 150 (mm) figura (4) Cálculo do produto de inércia: O produto de inércia em relação aos eixos centrais do retângulo, do furo e do semi-círculo é nulo porque estas figuras têm pelo menos um eixo de simetria. Por outro lado, o produto de inércia em relação aos eixos centrais do triângulo retângulo (ver enunciado da questão) não é nulo. No entanto, a fórmula fornecida não é válida paraa orientação dos eixos centrais do triângulo que consta na figura. Logo, os eixos utriângulo e vtriângulo devem ser girados de 90o de modo a ficarem com a mesma orientação dos eixos xpeça e ypeça. Este procedimento é feito pela expressão Substituindo-se o valor °= 90θ tem-se Logo o produto de inércia do triângulo vale 72 22hbI cc yx = Realizando-se o cálculo do produto de inércia fica ( ) ( ) ( )[ ] ( )[ ] 72 12652,0234,0636 52,034,0427,5052,034,0455,255,5652,034,096 22 ⋅ +−−⋅−−⋅+ ⋅+⋅−⋅++⋅+⋅⋅= ccYXI 47,479 cmI ccYX = 61,02tan 4,18542,3426 7,47922tan −=→ − ⋅− = θθ o7,15−=θ 43,2640 2 2,34264,1854 cmImed = + = 42 2 7,9207,479 2 4,18542,3426 cmR =+ − = 4 max 35617,9203,2640 cmI =+= 4 min 6,17197,9203,2640 cmI =−= A posição dos eixos de máximo e mínimo está indicada na figura anterior. 4) A seção transversal ilustrada na figura (4) é formada por 2 perfis I laminados e por uma chapa. Sabendo- se que cada um dos perfis I tem área igual a 18,52 cm2 e momento de inércia em relação ao seu eixo X central igual a 503,6 cm4, determine a espessura da chapa para que a inércia do conjunto, em relação ao seu eixo X central, seja superior a 1450 cm4. Valores possíveis de espessura: 3, 4, 5, 6 e 7 mm. Ctriângulo vtriângulo utriângulo ypeça xpeçaCpeça θθ 2cos2sen 2 xy yx uv I II I + − = xyxy yx uv II II I −=°+° − = 180cos180sen 2 ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 161 Solução: Considera-se t como a espessura da chapa. Posição do centro geométrico do conjunto ( ) chapa chapa c A tA y + +⋅ = 04,37 235,6 Logo pode-se escrever ( )2 3 2 235,6 12 2,3452,186,50321450 cchapac ytA ty −+⋅+⋅+ += A equação resultante não permite determinar a espessura t de modo fácil. A solução neste caso seria fazer um programa que por tentativa e erro encontra-se a solução. Se este procedimento for feito manualmente o melhor é desprezar o termo 12 2,34 3t⋅ porque fornece valores muito pequenos. Uma forma de encontrar a solução rapidamente é admitir que o centróide do conjunto não é alterado pela adição da chapa. Com esta consideração pode-se escrever ( )2 3 235,6 12 2,346,50321450 tAt chapa +⋅+ ⋅ +⋅= ou aproximadamente ( )235,62,346,50321450 ⋅⋅+⋅= t que resulta em =t 0,32 cm ou t = 4 mm (adotando apenas valores inteiros). O valor obtido deve ser substituído no formulário original para se verificar a solução: ( ) cm 77,1 68,1304,37 2,035,668,13 = + +⋅ =cy ( ) 42 3 2 cm 17,143677,12,035,668,13 12 4,02,3477,152,186,5032 =−+⋅+⋅+ ⋅+ Como o valor obtido é inferior ao estipulado (1450 cm4) a solução é a espessura de 5 mm. 5) Para o perfil cantoneira de abas desiguais, figura (5) determine os momentos principais centrais de inércia. Solução: Inicialmente localiza-se o centróide do perfil utilizando como eixos de referência as retas horizontal e vertical que passam na metade da espessura das paredes que formam o perfil. Logo pode-se escrever cm 15,3 25,710 5,75,05,1405,020 = + ⋅⋅+⋅⋅ =x cm 65,5 75,95,7 105,05,1905,015 = + ⋅⋅+⋅⋅ =y A figura abaixo ilustra a localização do centróide 20 15 0, 5 (cm) yaux xaux Figura (5) (cm) yaux xaux 5, 65 3,15 C xc yc ENG 01156 – Mecânica - Aula 16 Prof Inácio Benvegnu Morsch - CEMACOM 162 Cálculo dos momentos centrais de inércia 42 3 2 3 cm 73365,525,7 12 5,05,141,410 12 205,0 =⋅+ ⋅ +⋅+ ⋅ =cxI 42 3 2 3 cm 65,36335,425,7 12 5,145,015,310 12 5,020 =⋅+ ⋅ +⋅+ ⋅ =cyI Cálculo do produto de inércia em relação aos eixos centrais 4cm34,30735,4)65,5(25,71,4)15,3(10 −=⋅−⋅+⋅−⋅=cc yxI Localização dos eixos principais centrais de inércia 664,1 73365,363 )34,307(22tan = − −⋅ =θ o5,29=θ 4 32,548 2 65,363733 cmImed = + = 42 2 56,358)34,307( 2 65,363733 cmR =−+ − = 4 max 88,90656,35832,548 cmI =+= 4 min 76,18956,35832,548 cmI =−= A figura abaixo ilustra a localização dos eixos principais de inércia. C xc yc 29,5o Eixo de máximo Eixo de mínimo
Compartilhar