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� � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 303 28. APLICAÇÕES 1) Determinar a velocidade de segurança de uma curva compensada de estrada de rodagem inclinada de θ = 18º e raio R = 120 m. A velocidade de segurança de uma curva compensada de uma rodovia é aquela na qual um carro poderá trafegar sem que nenhuma força de atrito lateral seja exercida em suas rodas. Solução: O primeiro passo é representar o diagrama de corpo livre do carro. A força externa ativa que atua no carro é a força peso P e as forças reativas são as reações normais que atuam nos pneus. Estas forças estão representadas simplificadamente através da reação R aplicada no centro de massa do veículo. Tem-se ainda uma força inercial que representa a força centrífuga. ∑ =→=−→= θθ coscos PNPNF ooy 0 0 (1) ∑ =−→=− 00 nonn agPNmaF θsen (2) Substituindo-se (1) em (2) e considerando-se que R V an 2 = tem-se km/h 470m/s 619188069120 2 ,,tan, =→=→°⋅⋅= VVV 2) O disco ilustrado ao lado é apoiado por um mancal, o que o deixa livre para girar em torno de seu eixo baricêntrico. Considere que uma corda é enrolada em torno da borda do disco e um bloco de 5 kg é preso à corda. Para esta montagem determine a velocidade do bloco após este ter se deslocado 0,10 m. Considere que a massa do disco é de 50 kg. Solução: O primeiro passo é fazer os diagramas de corpo livre e cinético do bloco e do disco. Peso do bloco: N 4980695 =⋅=⋅= ,gmP BB Peso do disco: N 3490806950 ,, =⋅=⋅= gmP Equação de movimento do bloco θθθ θ tan tanP 22 2 ⋅=→=⋅⋅→= gRVV P gR R V g PP sen cos 18º 18º y nma− n P = 0 No G A 5 kg 0,2 m � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 304 ByByGyy aTaTamF ⋅−=→⋅−=−→⋅=∑ 549 549 (1) Equações de movimento do disco ∑ =→= 0 0 xx GF TGTGF yyy +=→=−−→=∑ 349003490 0 ,, (2) Cálculo do momento de inércia do disco 2 22 m kg 1 2 2050 2 = ⋅ = ⋅ = ,rm IG Equação de movimento correspondente à rotação α⋅=∑ GG IM αα ⋅=→⋅−=⋅− 5120 TT, (3) Como a massa da corda é desprezível, a aceleração do bloco e a aceleração da corda no ponto A são iguais. A aceleração do disco no ponto A pode ser representada por suas componentes normal e tangencial como ilustrado no desenho a seguir. Considerando que não ocorre deslizamento entre o disco e a corda, conclui-se que a aceleração do ponto A da corda é igual à aceleração tangencial do disco, ou seja αα 20,=⋅= raBy . Substituindo-se este resultado na equação (1), tem-se αα −=→⋅⋅−= 4920549 TT , (4) Substituindo-se (3) em (4) fica 22 m/s 631rad/s 178495 ,, =→=→−= Byaααα A velocidade do bloco pode ser calculada, considerando que o mesmo parte do repouso, como ( ) m/s 5701063122 20202 ,,, =→⋅⋅=→−⋅⋅+= VVSSaVV 3) Uma polia pesando 40N está unida a dois blocos como ilustrado. Supondo-se que não exista atrito no eixo, determine a aceleração angular da polia e a aceleração de cada bloco. Solução: A polia está sustentada por um mancal que está montado no baricêntro da polia. Logo, o movimento que esta polia pode realizar é uma rotação baricêntrica. Para se definir o sentido de giro da polia deve-se fazer o somatório dos momentos em relação ao seu centro de massa (∑ GM ) e analisar o resultado obtido. Para tal deve-se considerar que a polia está em repouso, o que corresponde ao diagrama de corpo livre apresentado a seguir PB T = m aBy G A P Gy Gx = G IG α T G A P Gy Gx G A α r ω2 r B m25,0 G N20N40 A ��� α � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 305 Neste diagrama V e H são as forças reativas do mancal. Fazendo-se ∑ GM tem-se Nm54025020250 =+− .,.. o que indica que a polia gira no sentido anti-horário. Representando-se os diagramas de corpo livre e cinético dos blocos tem-se Escrevendo-se a equação de movimento para o bloco de 40 N fica 40404040 084408069 40 40 aTaT ⋅−=→−=− , , (1) Escrevendo-se a equação de movimento para o bloco de 40 N fica 20202020 042208069 20 20 aTaT ⋅+=→=− , , (2) Fazendo-se o diagrama de corpo livre polia representando também o momento inercial tem-se Escrevendo-se a equação de equilíbrio dinâmico correspondente aos momentos fica 0250250 2040 =−⋅−⋅→⋅=∑ αα GGG ITTIM ,, (3) Momento de inércia da polia: 2 22 m kg 1270 28069 25040 2 , , , = ⋅ ⋅ = ⋅ = rm IG Substituindo-se este resultado na expressão (3), bem como os resultados apresentados nas expressões (1) e (2) obtém-se ( ) ( ) 012700422025008440250 2040 =−⋅+⋅−⋅−⋅ α,,,,, aa que pode ser rescrita como 012705100215 2040 =−−− α,,, aa (4) Considerando que a corda que fixa os dois blocos tem massa desprezível, conclui-se que a aceleração do bloco de 40 N é igual a aceleração da corda no ponto de tangência, correspondente a este bloco, com a polia. O mesmo raciocínio se aplica para a aceleração do bloco de 20 N. Representando-se num esquema as acelerações destes dois pontos da polia, nota-se que as acelerações dos blocos são iguais em módulo a r⋅α , desde que admita-se que não há deslizamento entre a corda e a polia. Substituindo-se este resultado na expressão (4) tem-se 2 rad/s 819555090012702505102500215 ,,,,,,, =→=→=−−⋅− ααααα 40 N 20 N 40 N V H G T40 40 N = m40 a40 T20 20 N = m20 a20 40 N V H G IG α = 0 T40 T20 α r ω2 r α r ω2 r � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 306 2 40 m/s 452819250 ,,, =⋅=a 2 20 m/s 452819250 ,,, =⋅=a Pode-se ainda calcular as forças nos cabos fazendo-se N 3045208440 4040 =→⋅−= TT ,, e N 2545204220 2020 =→⋅+= TT ,, 4) Uma polia pesando 53,4N e tendo raio de giração de 0,203m está unida a dois blocos como ilustrado. Supondo-se que não exista atrito no eixo, determine a aceleração angular da polia e a aceleração de cada bloco. Calcule também as reações no mancal Compare o valor obtido com a reação que existiria se o problema fosse estático. Considere que o bloco A pesa 44 N e o bloco B pesa 22 N. Solução : A polia é formada por duas rodas rigidamente ligadas. Esta polia é sustentada por um eixo, que passa pelo seu centro de massa, que por sua vez é sustentado por dois mancais. Logo, o movimento realizado pela polia é uma rotação baricêntrica. Para se descobrir o sentido de giro da roda deve-se admitir que que ela está em repouso e fazer o somatório dos momentos em relação ao centro de massa da roda. Representando-se o diagrama de corpo livre da roda para a situação de repouso tem-se Escrevendo-se a expressão ∑ GM obtém-se ∑ =−= Nm 11254022152044 ,,.,.GM o que indica que o sentido de giro da roda é anti-horário, logo o bloco A vai descer e o bloco B vai subir. Representando-se os diagramas de corpo livre e cinético para os blocos tem-se Equação de movimento para o bloco A: AyAAyA aTaT ⋅−=→−=− 494448069 44 44 , , (1) A B G 254152 (mm) G 44 N 22 N 53,4 N Gx Gy A 44 N TA = A m aAy B TB 22 N B= m aBy � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 307 Equação de movimento para o bloco B: ByBByB aTaT ⋅+=→=− 242228069 22 22 , , (2) Representando-se o diagrama de corpo livre da roda considerando o momento inercial tem-seEscrevendo-se as equações de equilíbrio dinâmico correspondentes obtém-se ∑ == 0 0 xx GF (3) ∑ ++==−−−= AByAByy TTGTTGF 453 0453 0 ,, (4) 0254015200 =−⋅−⋅→=∑ αGBAG ITTM ,, (5) Cálculo do momento de inércia da polia 222 m kg 22402030 8069 453 ,, , , =⋅=⋅= GG rmI Substituindo-se o valor do momento de inércia na equação (5), bem como substituindo-se os resultados (1) e (2) nesta equação tem-se ( ) ( ) 02240242222540494441520 =−⋅+=⋅−⋅−⋅ α,,,,, ByBAy aTa que pode ser rescrita como 022405690682011 =−⋅−− α,,,, ByAy aa (6) Considerando que a corda que fixa o bloco A à polia tem massa desprezível, nota-se que a aceleração do cabo no ponto tangente à polia é igual a aceleração do bloco. O mesmo raciocínio se aplica para o bloco B. Utilizando-se o mesmo processo do problema anterior verifica-se que as acelerações dos blocos são iguais às acelerações tangenciais correspondentes dos pontos de tangência entre as cordas e a polia. Logo, pode-se escrever αα 1520,=⋅= AAy ra e αα 2540,=⋅= BBy ra . Substituindo-se estes resultados na expressão (6) tem-se 2 rad/s 33247201102240254056901520682011 ,,,,,,,,, =→=→=−⋅⋅−⋅− ααααα 2 m/s 3503321520 ,,, =⋅=Aya e 2 m/s 5903322540 ,,, =⋅=Bya N 44235049444 ,,, =⋅−=AT , N 32359024222 ,,, =⋅+=BT e N 1119323442453 ,,,, =++=yG Reação estática: N 41192244453 ,, =++=YestG 5) Uma placa homogênea semicircular de 5 kg está ligada a duas hastes AB e DF, cada uma com 250 mm de comprimento, e se move sob o seu próprio peso. Desprezando as massas das hastes e sabendo que na posição mostrada na figura e a velocidade da placa é 1,8 m/s, determine a força em cada haste. Solução: A placa realiza uma translação circular ou seja todos os pontos do corpo realizam trajetórias circulares paralelas com a mesma velocidade e aceleração. As forças que atuam no problema são o peso da placa e as forças reativas nas hastes. Como as hastes são bi-rotuladas e têm massa desprezível, conclui-se que as forças reativas das hastes tem a direção do eixo geométrico destas. 150 150 200 (mm) A E C B D 30o G 53,4 N Gx Gy TA TB αGI− = 0 � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 308 Representando-se o diagrama de corpo livre e cinético da placa obtém-se Localização do centro de massa da placa: m 08490 3 204 3 4 ,, =⋅== ππ R y Como o ponto B da haste faz um movimento de rotação em torno de A, pode-se determinar a velocidade angular ω como rad/s 2725081 ,,, =→⋅= BB ωω Já que todos os pontos do corpo têm a mesma aceleração, pode-se determinar a aceleração do ponto B, que esta será igual à aceleração do centro de massa da placa circular. 222 m/s 961225027 ,,, =⋅=⋅= ranB ω BBtB ra αα 250,=⋅= Peso da placa: N 0349m/s 8069kg 5 2 ,, =⋅=P Equações de movimento para a chapa: rad/s 6192505600349 ,,cos, =→⋅⋅=⋅→⋅=∑ BBGtt amF αα 2610796125300349 2121 ,,cos, =+→⋅=⋅−+→⋅=∑ FFFFamF Gnn 0=→=∑ GGGG IM αα 0300849030084903015030150 2121 =⋅−⋅−⋅⋅+⋅⋅− sen,sen,cos,cos, FFFF 2121 50800087401720 FFFF ,,, =→=+− N 136 eN 371261075081 122 ,,,, ==→= FFF 6) Resolver o problema anterior considerando que cada uma das hastes tem 1 kg de massa. Solução: Como as massas das hastes devem ser consideradas não se pode mais representar a força na haste como tendo a mesma direção do eixo geométrico desta. Neste caso, deve-se representar um novo diagrama de corpo livre e cinético para a placa, bem como deve-se representar os correspondentes diagramas para as hastes. O cálculo da velocidade angular ωB e da correspondente aceleração normal é igual ao do problema anterior. Dados e resultados do problema anterior: Peso da placa: N 49806,95 =⋅== mgP Peso da haste: N 806980691 ,, =⋅==mgP Centro de massa da placa: m 0849,0=y rad/s 2,7=Bω ran 2 ω= rat α= C B D 30o 30oF1 F2 CM CM = m an m atP 30o Y � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 309 Representando-se o diagrama de corpo livre e cinético do problema com as novas condições tem-se Equações de movimento para a haste AB °+ °=−→⋅=∑ 30 30 2 cos sen rm rmBAamF BA Bxxxx α ω Substituindo-se o valor de ω anteriormente calculado fica °⋅⋅+°⋅⋅=− 3012501301250271 2 cos,sen,, BAxx BA α que resulta em 2431080 ,, =−− BAxx BA α (1) yy amF ⋅=∑ °−°=−− 30308069 2 sencos, rmrmBA BAByy αω que resulta em °⋅⋅−°⋅⋅=−− 30125013012502718069 2 sen,cos,,, BAyy BA α 4181506250 ,, =+− BAyy BA α (2) Considerando-se as hastes como hastes delgadas, pode-se calcular o momento de inércia da haste em relação ao seu centro de massa como 22 2 mkg 10x082 12 2501 12 − = ⋅ == ,,lmI BA 2rmIM BABAA αα +=∑ 22 1250110x08280693012503025030250 ,,,sen,cos,sen, ⋅⋅+=⋅°+°−° − BABAxy BB αα que resulta em que resulta em 61300364021601250 ,,,, −=−− BAxy BB α (3) Fazendo-se os diagramas da haste DE e escrevendo-se as correspondentes equações de movimento, obtém-se um conjunto de equações semelhantes às anteriores: 2431080 ,, =−− DExx DE α (4) 4181506250 ,, =+− DEyy DE α (5) 61300364021601250 ,,,, −=−− DExy DD α (6) Fazendo-se os diagramas de corpo livre e cinético da placa nota-se que ααα == DEBA , já que todos os pontos da placa devem apresentar a mesma aceleração, uma vez que esta realiza um movimento de translação curvilínea. B Bx By Ax Ay = B m an m at A IBA αΒΑ r 9,806 N D Dx Dy Ex Ey = D m an m at E IDE αDE r 9,806 N � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 310 Escrevendo-se as equações de movimento da placa fica °+°=+→⋅=∑ 30302 cossen rmrmDBamF BABxxxx αω que resulta em 432082130250530250275 2 ,,cos,sen,, =−+→°+°⋅⋅=+ αα xxxx DBDB (7) °+°=+→⋅=∑ 30302 sencos rmrmDBamF BAByyyy αω que resulta em 1256625030250530250275 2 ,,sen,cos,, =++→°−°⋅⋅=+ αα yyBAyy DBDB (8) 0=→=∑ GGGG IM αα porque a placa realiza um movimento de translação retilínea. 0084901500850150 =−+⋅−⋅− xyxy DDBB ,,,, (9) Montando-se o sistema de equações resultante fica − − = ⋅ −−− − −− − −− −− − −− 0 1256 432 6130 41815 243 6130 41815 243 00015008490150085000 625000101000 082100010100 0364000125021600000 0625010100000 108001010000 0364000001250216000 0625000001010 108000000101 , , , , , , , , ,,,, , , ,,, , , ,,, , , α y x y x y x y x E E D D B B A A Resolvendo-se o sistema de equações obtém-se N 615,=xA , N 132,=yA ( )89904370735 ,;,,=A! N N 112,=xB , N 916,=yB ( )81305820820 ,;,,=B! N N 823,=xD , N 237,=yD ( )84205390244 ,;,,=D! N N 427,=xE , N 452,=yE ( )88604630159 ,;,,=E! N 2 rad/s 233,=α C B D Bx CM CM = m an m at49 N 30o Y By Dx Dy � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 311 9) No sistema ilustrado na figura abaixo o trecho CB da corda é paralelo ao plano inclinado de um ângulo α = 30°. Desprezando a massa da polia, determine o coeficiente de atrito que deve existir entre o plano e a rodapara não haver deslizamento. Considere o raio de giração da roda igual a 0.635 m, o peso da roda igual a 1600 N e o peso do bloco A igual a 1000 N. Solução: Antes de iniciar a solução do problema deve-se verificar se a roda desce ou sobe a rampa. Para tal vamos representar o diagrama de corpo livre da roda considerando que o sistema estivesse em equilíbrio. Neste caso, a força no cabo seria de 1000 N, e esta força estaria agindo no ponto de contato do cabo com a roda. As demais forças que atuam na roda são a força peso, a reação normal e a força de atrito entre a roda e o plano inclinado. Para se eliminar a influência destas forças no processo de solução faz-se 0=∑ CM ou seja 090301600601000 =⋅°⋅+⋅− ,sen, 0Nm 120 ≠ Pela somatório de momentos em relação ao ponto C nota-se que há um momento não equilibrado de 120 Nm, o que indica que o problema em estudo é dinâmico. Pelo sinal do momento não equilibrado conclui-se que a roda desce a rampa. A próxima etapa da solução é fazer o diagrama de corpo diagrama cinético do bloco A. As forças que atuam no bloco são o seu peso e a força no cabo. O centro de massa do bloco tem aceleração vertical para cima já que a roda desce a rampa. Escrevendo-se a equação de movimento correspondente a estes diagramas tem-se AyAGyy aTamF ⋅=−→⋅=∑ 806910001000 , AyA aT ⋅+= 981011000 , (1) Desprezando-se a massa do cabo tem-se que a força TA é a mesma até atingir a polia. Fazendo-se o diagrama de corpo livre e o diagrama cinético da polia, observa-se que as forças no cabo, TA e TC, são iguais já que a massa da polia e consequentemente o seu momento de inércia são desprezados. Logo, a força no cabo que chega até a roda vale TA. O digrama de corpo livre e o diagrama cinético da roda está representado na próxima página. No diagrama de corpo livre, a força de atrito aponta para baixo porque não ocorre deslizamento. No diagrama de corpo livre para o caso estático, que foi usado para testar o sentido de movimento da roda, adotou-se a força de atrito apontando para cima com finalidade apenas ilustrativa. G C 1600 N 1000 N NoFA y x 30o vA 1000 N TA = vA m aAy B TA TC Ry Rx = 0 30° 0,9 m 0,3 m G A B C D � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 312 Massa da roda: kg 16163 8069 1600 , , === g P m Momento de inércia da roda: 222 m kg 7965635016163 ,,, =⋅=⋅= GG rmI Escrevendo-se as equações de movimento correspondentes a estes diagramas tem-se GxAAGxx aFTamF ⋅−=−°⋅−→⋅=∑ 16163301600 ,sen GxAA aFT ⋅−=− 16163800 , (2) N 6138503016000 ,cos =→=°⋅−→=∑ ooy NNF (3) 906090301600 ,,,sen ⋅⋅+⋅=⋅−⋅°⋅→=∑∑ GxGACefC amITMM α GxA aT ⋅+⋅=⋅− 84146796560720 ,,, α (4) De acordo com as equações de equilíbrio que foram escritas tem-se 5 incógnitas e 3 equações de movimento. Logo, para se resolver o problema é necessário estabelecer relações cinemáticas entre as acelerações. Como o problema pede o coeficiente de atrito entre a roda e o plano para que não haja deslizamento, admite-se que a roda rola sem deslizar. Logo, o ponto de contato da roda com o plano inclinado, ponto C, passa a representar o centro instantâneo de velocidade nula da roda . Neste caso, tem-se que αα ⋅=⋅= 90,raGx (5) O próximo passo é relacionar a aceleração do centro de massa da roda com a aceleração do bloco. Para tal vai-se escrever a aceleração do ponto D, ponto de “ligação” do cabo na roda, em função da aceleração do centro de massa da roda ou seja ( ) ( ) 290 DGDDGGD DGDGiaaaa ωαα −+×−+⋅−=→+= !!!!!! , Considerando as coordenadas D( 0; 0,6) e G( 0; 0,9) tem-se jiiaj kji ia DGDDGD !!!!! !!! !! 22 30309030 00 00,30 90 ωααω α α ,,,,, +⋅+⋅−=→++⋅−= 2 3060 DGD ia ωα ,, +⋅−= !! A figura ao lado ilustra o vetor Da ! . A aceleração do cabo no ponto D é representada apenas pela componente i ! α⋅− 60, . A aceleração do ponto D pode ser relacionada com a aceleração do bloco A levando-se em conta que esta aceleração é positiva já que o bloco está subindo (ver diagrama de corpo livre do bloco) ou seja G C 1600 N NoFA y x 30o TA G C y x 30o maGx = IG α D G C y xD α⋅60, 2 30 DGω, � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 313 α⋅= 60,Aya (6) Substituindo-se as expressões (5) e (6) nas expressões (1), (2) e (4) tem-se 1000196160981011000 =−→⋅+= αα ,,, AA TT 800841469016163800 =+−→⋅−=− αα ,,, AAAA FTFT 72095197609084146796560720 =+⋅→⋅+⋅=⋅− ααα ,,,,,, AA TT que resulta no sistema de equações = − − 720 800 1000 95197060 8414611 196101 α A A F T ,, , , Resolvendo-se o sistema de equações obtém-se N 31031,=AT , N 4306,=AF e 2 rad/s 5110,=α Sabe-se que a força de atrito deve ser menor ou igual à força de atrito máxima, logo pode-se escrever 220 61385 4306 , , , max ≥→≥→≥→⋅≤→≤ ee o A eoeAAA N F NFFF ηηηη Como fica a solução de problemas nos quais a massa da polia não é desprezível? Para responder a esta pergunta, vamos considerar que a polia do problema anterior tem peso igual a 100 N, 0,2 m de raio e o seu momento de inércia pode ser aproximado pela relação correspondente a um disco. Para estes dados, a solução do problema anterior deve ser rescrita a partir do diagrama de corpo livre da polia. Solução: Fazendo-se o diagrama de corpo livre e o diagrama cinético da polia tem-se Para resolver o problema a única necessita-se apenas da equação de movimento correspondente ao momento. BBACBBB ITrTrIM αα =⋅−⋅→=∑ momento de inércia da polia: 2 22 m kg 2040 8069 100 2 20 2 , , , =⋅= ⋅ = rm I B Substituindo-se os dados na equação de movimento tem-se BAC TT α20402020 ,,, =⋅−⋅ que pode ser rescrita como BAC TT α⋅=− 021, (1) Alterando-se as equações de movimento da roda, colocando-se TC no lugar de TA obtém-se o seguinte conjunto de equações. BAC TT α⋅=− 021, (1) AyA aT ⋅+= 981011000 , (2) GxAC aFT ⋅−=− 16163800 , (3) N 61385,=oN (4) GxC aT ⋅+⋅=⋅− 84146796560720 ,,, α (5) IB αΒ B TA TC Ry Rx = � � � �� �� �� �� � � �� �� ��� �� ��� ��� �� � � ENG 01156 – Mecânica - Aula 28 Prof Inácio Benvegnu Morsch – CEMACOM 314 Novamente são necessárias relações cinemáticas para resolver o sistema de equações. As relações adotadas são as mesmas do problema anterior α⋅= 90,Gxa e α⋅= 60,Aya . Considerando que a corda não desliza em relação à polia pode-se relacionar a aceleração angular da polia com a aceleração da corda como YY ABBBA ara 5=→⋅= αα já que neste caso a aceleração da corda é igual a aceleração tangencial da polia no ponto onde a corda tangencia a polia. Substituindo-se as relações cinemáticas tem-se 0063605021 =⋅−−→⋅⋅⋅=− αα ,,, ACAC TTTT 1000196160981011000 =−→⋅+= αα ,,, AA TT 800841469016163800 =+−→⋅−=− αα ,,, ACAC FTFT 72095197609084146796560720 =+⋅→⋅+⋅=⋅− ααα ,,,,,, CC TT Montando o sistema de equações obtém-se = − − −− 720 800 1000 0 951970060 84146101 1196010 063011 α A A C F T T ,, , , , Resolvendo-se o sistema de equações tem-se N 41005,=CT , N 61003,=AT , N 292=AF e 2 rad/s 590,=α Sabe-se que a força de atrito deve ser menor ou igual à força de atrito máxima,logo pode-se escrever 210 61385 292 , ,max ≥→≥→≥→⋅≤→≤ ee o A eoeAAA N F NFFF ηηηη
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