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VIABILIDADE ECONÕMICA DE EMPREENDIMENTOS 2016

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Viabilidade Econômica de Empreendimentos
Sérgio Conforto
AS DUAS FACES DE UM EMPREENDIMENTO
2
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
3
	
 A avaliação da rentabilidade de um determinado empreendimento é feita através do emprego de técnicas que constituem o Estudo de Viabilidade Técnico- Econômica ou o EVTE do projeto.
	Em resumo, um EVTE consiste na comparação entre o valor do investimento que deverá ser realizado no projeto e os benefícios econômicos que dele serão obtidos.
	
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
4
	
	Um EVTE pode ser desenvolvido nos seguintes casos: 
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
5
Todo EVTE
 é 
baseado
em três
peças fundamentais
que
reunidos
formam o
Fluxo de
Caixa
Descontado 
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
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	O Prazo de Retorno informa em quanto tempo o capital investido, que é dado pela Estimativa de Custos de Investimentos, será integralmente recuperado pelas receitas líquidas futuras, ou seja, pela diferença entre as receitas operacionais futuras e os custos e despesas operacionais apurados a cada ano
Prazo de Retorno
Valor Presente Líquido
Taxa Interna de Retorno
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
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	O Valor Presente Líquido informa se o empreendimento, no prazo abrangido pelo horizonte do EVTE, após indenizar o investidor pelos recursos investidos no projeto, pagando-lhe a taxa de atratividade por ele mesmo fixada, dará ainda um lucro ou resultará em prejuízo.
Prazo de Retorno
Valor Presente Líquido
Taxa Interna de Retorno
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
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	A Taxa Interna de Retorno, também chamada Eficiência Marginal do Capital, informa a taxa de rentabilidade, isto é, a taxa de lucro sobre o capital investido, que é a Estimativa de Custos de Investimento. 
	Esta taxa, comparada à taxa de atratividade e à taxa de remuneração praticada no mercado financeiro, vai determinar se o empreendimento é economicamente viável ou inviável.
Prazo de Retorno
Valor Presente Líquido
Taxa Interna de Retorno
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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Outros elementos importantes para a análise são:
Ponto de Equilíbrio 
Análise De Risco
Em algumas instituições financeiras, como o BNDES, são exigidos também os Balanços Projetados.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE)
Viabilidade Econômica de Empreendimentos 
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
COMPONENTES DE UM EVTE
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1ª etapa
2ª etapa
3ª etapa
4ª etapa
CAPEX
 OPEX 
COMPONENTES DE UM EVTE
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
É a primeira das três peças básicas do EVTE e deve representar, com a maior precisão possível, os custos de capital, ou seja, as despesas que serão incorridas para a realização do empreendimento.
A AACE – American Association of Cost Engineers classifica as estimativas de investimentos em quatro tipos:
Estimativa de Ordem de Grandeza – Classe 5
Estimativa de Estudo – Classe 4
Estimativa Preliminar – Classe 3
Estimativa Definitiva - Classe 2
ESTIMATIVAS DE CUSTOS
 DE INVESTIMENTOS
COMPONENTES DE UM EVTE – 1ª etapa 
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OPERAÇÃO
GATE 1
GATE 2
GATE 3
ESTIMATIVA ESTUDO
ESTIMATIVA PRELIMINAR
ESTIMATIVA DEFINITIVA
ESTIMATIVA ORDEM DE GRANDEZA
OPERAÇÃO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO
ESTIMATIVA DE ORDEM DE GRANDEZA
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
São as mais simples e as que custam menos para serem elaboradas. São preparadas na fase inicial do empreendimento.
Essas estimativas são feitas com poucas consultas a fornecedores e muito uso de índices, correlações e bancos de dados.
De acordo com a AACE, este tipo de estimativa admite variação de 20% a 25% entre os valores estimados e os valores efetivos.
ESTIMATIVA DE ORDEM DE GRANDEZA – Classe 5
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
As informações requeridas para se elaborar uma estimativa deste tipo são:
Natureza do Produto
Capacidade de Produção da Planta Industrial
Localização do Empreendimento
ESTIMATIVA DE ESTUDO – Classe 4
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
No caso de projetos industriais, as informações requeridas para se elaborar uma estimativa deste tipo são:
Projeto Conceitual
Planta Geral
Matéria Prima / Quantidade Consumida ou Processada
Lista de Equipamentos das Unidades Principais com Especificações Preliminares
Descrição Sumária das Instalações Principais, das Utilidades e das de Apoio
Cronograma Físico de Implantação do Empreendimento.
ESTIMATIVA PRELIMINAR – Classe 3
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
É elaborada quando a decisão de investir no empreendimento foi tomada, o projeto de engenharia já foi iniciado e alguns contratos de prestação de serviços foram assinados.
A Estimativa Preliminar é feita, usualmente, fazendo-se pedidos de cotação a fornecedores de equipamentos e materiais, com pouco uso de índices, correlações e consultas a banco de dados.
Segundo a AACE, uma Estimativa Preliminar pode apresentar variação entre 10% e 15% entre o valor estimado e o valor efetivo. 
ESTIMATIVA PRELIMINAR – Classe 3
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Os dados necessários à elaboração de uma Estimativa Preliminar são: 
Terreno: Localização, Planta de Situação, Lay-out
Processo: Fluxograma Esquematizado de Processo
Equipamentos: Lista de Equipamentos com Especificações
Materiais: Especificações, Take-offs Preliminares
Motores Elétricos: Lista de Motores Elétricos, com Respectivas Potências
Edificações: Dimensionamento Aproximado, Tipo de Construção e de Fundações
Cronograma Físico do Empreendimento
Engenharia: Número de HH de Engenharia de Detalhamento e Gerenciamento do Projeto
ESTIMATIVA DEFINITIVA – Classe 2
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Esta estimativa é elaborada quando o projeto já avançou, entre 30% a 70%.
O projeto de detalhamento já está bastante desenvolvido, de modo que a estimativa adquire características de orçamento.
A estimativa definitiva é feita tomando como base os valores já realizados e compromissados, assim como cotações de equipamentos e materiais.
A variação máxima admitida pela AACE para uma Estimativa Definitiva é de 5%.
A ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO E 
O FLUXO DE CAIXA DESCONTADO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
A Estimativa de Custo de Investimento participa duplamente do Fluxo de Caixa Descontado.
Como Investimento Inicial; 
No Cálculo da Depreciação e da Amortização de Despesas Pré-operacionais.
Por esta razão, é importante que a Estimativa de Custos de Investimentos seja apresentada com o devido detalhamento.
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METODOLOGIA DE CÁLCULO POR CONTAS PRINCIPAIS
Usualmente, a Estimativa de Custos de Investimento é apresentada com o seguinte desdobramento – PLANO DE CONTAS:
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
PLANO DE CONTAS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
APRESENTAÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Em geral, a apresentação de uma Estimativa de Custos de Investimento compreende as seguintes partes:
INTRODUÇÃO 
Nesta parte é feita uma apresentação formal do empreendimento, indicando dados que identifiquem o empreendimento, tais como:
 a respectiva denominação, 
 tipo de produto, 
 capacidade de produção, 
 localização da planta
industrial, 
 indicação da empresa investidora .
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
CRITÉRIOS ADOTADOS
Breve apresentação dos critérios adotados na elaboração da estimativa, tais como:
 a data de referência dos valores; 
 a moeda utilizada e taxa de conversão considerada; 
 indicação de valores constantes ou valores correntes; 
 métodos construtivos considerados na estimativa.
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
APRESENTAÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ABRANGÊNCIA DA ESTIMATIVA
Uma lista de inclusões e exclusões consideradas. Isto é, indicar se estão incluídos ou não no valor da estimativa alguns itens tais como despesas de financiamentos ou despesas administrativas do cliente.
METODOLOGIA DE CÁLCULO
Descrever, sucintamente, a metodologia adotada na avaliação dos custos relativos aos serviços de engenharia, equipamentos, materiais, construção civil etc. 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
APRESENTAÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DOCUMENTAÇÃO DE APOIO
Enumerar os documentos (plantas, memoriais descritivos, listas de equipamentos etc.) que tenham sido utilizados na elaboração da estimativa de custos.
TABELAS DE CUSTOS
Apresentação das tabelas de custos estimados, por centro de custo e por conta. 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
APRESENTAÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Projeto MS
Estimativa de Custos de Implantação
Código da Conta
Conta
Valor
(R$ 1.000,00)
Participação (%)
1000
Serviços de Engenharia
22.190
10,54
2000
Equipamentos
66.260
31,48
3000
Materiais
31.440
14,94
4000
Construção Civil
15.480
7,36
5000
Montagem Eletromecânica
34.160
16,23
6000
Canteiro de Obras
5.200
2,47
7000
Pré-operação e Partida
4.280
2,03
 2,03
8000
Contingências
31.460
14,95
-
Total
210.470
100,00
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO
APRESENTAÇÃO
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São processos expeditos utilizados na elaboração de Estimativas de Ordem de Grandeza.
Os métodos mais usuais são:
MÉTODOS RÁPIDOS DE ELABORAÇÃO 
DE ESTIMATIVAS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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Trata-se de estimar o custo total de uma planta industrial, sabendo-se o valor do investimento necessário para cada unidade de capacidade instalada.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
INVESTIMENTO POR CAPACIDADE UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
INVESTIMENTO POR CAPACIDADE UNITÁRIA DE PRODUÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Exemplo:
Sabe-se que o custo de implantação de uma central termelétrica a gás natural é da ordem de US$ 550,00 por kW de capacidade instalada em agosto de 2003. 
Qual seria, em ordem de grandeza, o custo de implantação de uma termelétrica capaz de gerar 120 mW?
Solução: aplicando a fórmula:
I = US$ 550.000,00/mW x 120 mW = US$ 66.000.000,00
30
	
Trata-se de estimar o custo de implantação de uma unidade industrial conhecendo-se os custos de implantação de uma outra planta semelhante, com capacidade de produção diferente. O cálculo é feito com o uso da fórmula: 
	 Em que: P1 = custo que se deseja conhecer da nova unidade industrial
 P0 = custo conhecido da planta industrial 
 C1 = capacidade de produção da nova planta
 C0 = capacidade de produção da planta conhecida
		 k = fator potência
 
	
P1 = P0 ( C1/ C0)k
MÉTODO DO FATOR POTÊNCIA
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR POTÊNCIA
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Fator “K”
A literatura técnica registra os seguintes valores de “k” em função da natureza do produto:
MÉTODO DO FATOR POTÊNCIA
MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR POTÊNCIA
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR-POTÊNCIA
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Exemplo: 
Sabendo que a implantação de uma unidade industrial de nitrato de amônia, com capacidade para produzir 15 toneladas por dia, custou investimento de US$ 30.000.000,00, pede-se calcular o custo de implantação de uma outra unidade do mesmo produto, com capacidade para produzir 25 toneladas por dia ; 
(Usar k = 0,54)
	
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR-POTÊNCIA
33
Solução: aplicando a fórmula:
P0 = US$ 30.000.000,00
C0 = 15 toneladas /dia
C1 = 25 toneladas/dia
k = 0,54 
P1 = US$ 30.000.000,00 x (25 /15)0,54
P1 = US$ 39.443.880 ou US$ 40.000.000,00
Nota: 
Quando não se sabe o valor de k aplicável ao produto, pode-se utilizar k = 0,6
	
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG
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Os índices de Lang são fatores pelos quais são multiplicados os custos dos equipamentos principais de uma dada unidade industrial para se obter o custo total da planta.
Os índices apresentados por Lang variam conforme se trate de processamento de sólidos, de sólidos e fluidos, ou apenas de fluidos. 
Esses fatores são: 
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
3,10 para o caso de processamento de sólidos; 
3,63 para processamento de sólidos e fluidos; e
4,74 para processamento de fluidos.
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O método de Lang consiste no uso de fatores pelos quais são multiplicados os custos dos equipamentos principais de uma determinada unidade de processo, para se ter o custo total da planta. 
Esses fatores são: 
ÍNDICE DE LANG
Tipo de Planta
Fator Lang
Processamento de sólidos
3,10
Processamento de sólidos e fluidos
3,63
Processamento de fluidos
4,74
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO – PROCESSAMENTO DE SÓLIDOS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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PLANTA PETROQUÍMICA – PROCESSAMENTO DE SÓLIDOS E FLUIDOS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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REFINARIA – PROCESSAMENTO DE FLUIDOS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG
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Exemplo:
Uma unidade industrial de ácido sulfúrico processa, basicamente, enxofre na forma de grãos e água. Se o custo dos equipamentos principais de uma unidade como esta, capaz de produzir 100 toneladas por dia, estão avaliados em US$ 12.000.000,00, qual seria, em ordem de grandeza, o custo total desta planta? E o custo de uma outra planta do mesmo produto capaz de produzir 250 toneladas por dia? 
(Usar k = 0,62)
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG
40
Solução: aplicando a fórmula:
Índice de Lang = 3,63
k = 0,62
E0 = US$ 12.000.000,00
C0 = 100 t/d
C1 = 250 t/d
A planta toda de 100 t/d deve custar aproximadamente 
US$ 44.000.000,00 e a de 250 t/d, cerca de US$ 77.000.000,00.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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Esses índices representam uma composição típica de custos de implantação de uma unidade de processo na indústria química.
COMPOSIÇÃO MÉDIA DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO
Discriminação
Percentual Médio
doCusto Total
Limites
Equipamentosde processo
34,50%
25,00% a 40,00%
Materiais
16,20%
6,90% a 25,50%
Montagemde equipamentos de processo
4,00%
1,50% a 6,50%
Montagemde materiais
14,55%
5,70% a 23,40%
Obrascivis
8,25%
3,50% a 13,00%
Serviçosde engenharia
12,50%
4,90% a 20,10%
Despesasde canteiro de obras
8,70%
4,25 a 14,75%
Despesaspré-operacionais
1,30%
0,50% a 2,00%
TOTAL
100,00%
--
ÍNDICE DE BAUMANN
MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE BAUMAN
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL em Reais
42
42
Reajuste de Planta XYZ de Abril de 2006 para Julho de 2008
Acréscimo de 11% em Reais
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
43
Reajuste
de Planta de Polipropileno de Dez 2002 para Julho 2005
Acréscimo de 35% em Reais e 104% em Dólar
TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL em Dólares
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Sabe-se que uma planta de PP (polipropileno) instalada em Cubatão, SP, teve seus custos avaliados em US$ 320 milhões com base nos preços vigentes em Novembro de 2010. 
Pede-se avaliar esses custos em Dezembro de 2014.  
Considerar os seguintes dados:
 
Discriminação
Em Novembro
de2010
EmDezembro
de 2014
IPCA
3.175,88
4.028,44
INPC
3.278,09
4.140,32
INCC
450,763
604,026
Col. 32 Máq. e Equip.
107,966
123,703
Col. 31 Prod. Metal
113,911
139,508
IPC USA
219,15
224,76
Taxa de Câmbio R$/US$
1,7905
2,6386
TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL - EXERCÍCIO
COMPONENTES DE UM EVTE – 2ª etapa
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVAS DE CUSTOS
 OPERACIONAIS
COMPONENTES DE UM EVTE – 2ª etapa
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Trata-se de estimar os custos de funcionamento ou de operação do negócio que vai ser implantado, ou seja, os custos que a fábrica terá com seu pessoal de operação, consumo de matérias primas, insumos, despesas de administração etc. a partir do momento que se encerra a fase de implantação e começa a operar comercialmente a unidade industrial.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVAS DE CUSTOS
 OPERACIONAIS
47
Catalisadores
Embalagens
Pessoal Direto
Pessoal de Supervisão
Água Industrial
Energia / Vapor
Combustíveis
ESTIMATIVAS DE CUSTOS OPERACIONAIS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
HORIZONTE DO EVTE
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É o prazo abrangido pelo EVTE, que pode ser:
Prazo Limitado pelo Prazo de Retorno do Capital Investido
Prazo Definido pela Vida Útil dos Equipamentos
Prazo de Duração Qualquer (usualmente 5, 10 ou 20 anos)
Independentemente do horizonte, a Estimativa de Custos Operacionais será, em geral, referida a períodos de 1 ano. 
Os custos e despesas são avaliados em base anual e considera-se que eles ocorram no final de cada ano.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
RESUMO DE CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS
49
1. CUSTOS DE PRODUÇÃO
	Pessoal direto
	Pessoal indireto 
	Matéria prima
	Materiais secundários
	Custos gerais de produção
	Despesas gerais de operação
	Depreciação e amortização de despesas pré-operacionais
2. DESPESAS OPERACIONAIS
	Despesas com vendas
	Despesas administrativas
	Despesas financeiras
	Impostos e contribuições
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS
50
1.	CUSTOS DE PRODUÇÃO OU OPERAÇÃO
1.1	MÃO DE OBRA DIRETA
		Salário de pessoal de produção ou operação
		 		Encargos sociais
		 		Benefícios
	1.2	MÃO DE OBRA INDIRETA
			Salário de pessoal de supervisão, laboratório, armazenamento, 			utilidades e segurança.
				Encargos sociais
				Benefícios
	1.3	MATÉRIA PRIMA DIRETA
	1.4	MATERIAIS SECUNDÁRIOS
				Reagentes
				Solventes
				Catalisadores
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS – cont.
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		1.5	 CUSTOS GERAIS DE PRODUÇÃO
				Energia elétrica
				Água industrial
				Óleo combustível
				Graxas e lubrificantes
	 		Ferramental e materiais consumíveis
				Sobressalentes
				Material de embalagem
				Material de laboratório
				Manutenção e reparos
				Mão de obra do pessoal de manutenção
	 						Encargos sociais
	 						Benefícios
	
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS – cont.
52
	1.6	 DESPESAS GERAIS
		Treinamento 
		Roupas profissionais
		Material de proteção pessoal
	
	1.7	DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS
53
2.	 DESPESAS OPERACIONAIS
				2.1 DESPESAS DE VENDAS	
						Salários do pessoal de vendas
								Encargos sociais
								Benefícios
						Despesas de propaganda
						Comissões sobre vendas
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS – cont.
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	2.2 	DESPESAS ADMINISTRATIVAS
					Salários de pessoal de administração, serviços gerais, limpeza etc.
						Encargos sociais
						Benefícios
			Telefone, fax, internet
			Aluguéis
			Depreciação de móveis e utensílios
			Luz e força
			Manutenção e reparos
			Cópias
			Honorários de diretoria
			Viagens e estadas
			Materiais de escritório
			Manutenção de veículos administrativos
			Transporte de pessoal administrativo
			Refeitório
			Limpeza e conservação
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS – cont.
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	2.3	DESPESAS FINANCEIRAS
		Juros, comissões e taxas bancárias
		Amortização de financiamento
		Imposto sobre operações financeiras
	2.4	IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES
		Imposto de renda
		Contribuição social sobre o lucro líquido
		PIS/ Cofins
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS 
DE PESSOAL
56
Para se estimar os custos anuais com o pessoal que vai operar e administrar a fábrica (ou o negócio) é necessário:
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS 
DE PESSOAL
57
Caso o efetivo não seja conhecido previamente, será necessário fazer a composição da equipe, mesmo que seja uma aproximação, utilizando-se alguns parâmetros. 
Alguns setores dispõem de parâmetros, tais como número de empregados por unidade habitacional, utilizado no setor de hotelaria. 
Estudos do BNDES fornecem dados úteis, para esses casos, tais como número de empregos diretos por R$ 1 milhão de capital investido no projeto em diversos ramos de atividade econômica.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS 
DE PESSOAL
Efetivo Direto de Operação
(Regime de trabalho: 24 horas por dia)
 Capacidade de Produção (Tonelada/dia) Efetivo do Pessoal Direto de Operação
		 1				 27
		 2				 29
		 5				 33
		 10				 40
		 20				 48
		 50				 53
		 100				 67
		 200				 80
		 500				100	
		1000				107
		2000				120
Pode-se avaliar o efetivo de supervisão admitindo-se um número de 10% a 20% do pessoal direto.
No caso da indústria química ou petroquímica, pode-se utilizar dados como os do quadro:
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS 
DE PESSOAL
59
Estatísticas do BNDES informam o número de empregos diretos gerados por cada R$ 1 milhão investido em alguns setores de atividade.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
EXEMPLO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
TÍPICA
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL 
EXEMPLO DE TABELA SALARIAL
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Categorias Funcionais e Salários
Categoria
Nível
Salário (R$/mês)
Superior
SA
18.500,00
SB
9.000,00
SC
5.500,00
SD
9.000,00
SE
6.000,00
Média
MA
6.500,00
MB
4.000,00
MC
3.000,00
MD
3.700,00
ME
2.000,00
Elementar
EA
2.400,00
EB
1.500,00
EC
1.200,00
ED
950,00
EE
850,00
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL 
EXEMPLO DE EFETIVO E QUALIFICAÇÃO
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Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Exemplo de Efetivo e Qualificação
Lotação
Categoria Funcional
Nível
Superintendência
Diretor Superintendente
SA
Secretária de Diretoria
MC
Auditor
SD
Vendas
Assessor de Vendas
MB
Assistente de Vendas
MB
Secretária
ME
SUPERINTENDÊNCIA E VENDAS
63
Órgão
Categoria Funcional
Salário
R$
Efetivo
Total / Mês
R$
Superintendência
Diretor Superintendente
18.500
1
18.500
Secretária
3.000
1
3.000
Auditoria Interna
Auditor
9.000
1
9.000
Total SUPERINTENDÊNCIA
30.500
Assessoria de Vendas
Assessor de Vendas
5.500
1
5.500
Assistente de Vendas
4.000
2
8.000
Assistente de Marketing
4.000
2
8.000
Secretária
2.000
1
2.000
Total VENDAS
23.500
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
SUPERINTENDÊNCIA E VENDAS
64
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Órgão
Categoria Funcional
Salário
R$
Efetivo
Total / Mês
R$
Departamento de
Administração
Diretor administrativo
15.000
1
15.000
Assistente administrativo
5.000
1
5.000
Secretária
2.000
1
2.000
Auxiliar administrativo
1.500
3
4.500
Almoxarife chefe
2.500
1
2.500
Auxiliar de almoxarifado
900
2
1.800
Telefonista-recepcionista
900
2
1.800
Copista
800
2
1.600
Mensageiro
700
2
1.400
Médico-chefe
6.000
1
6.000
Auxiliar de enfermagem
3.400
5
17.000
Chefe de compras
5.000
1
5.000
Assistente de compras
3.500
2
7.000
Chefe de serviços gerais
3.500
1
3.500
Chefe de vigilância
2.500
1
2.500
Vigilante
1.050
10
10.500
Chefe de transporte
2.500
1
2.500
Motorista
1.050
4
4.200
ADMINISTRAÇÃO
65
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Órgão
Categoria Funcional
Salário
R$
Efetivo
Total / Mês
R$
Departamento
Encarregadode conservação
1.500
1
1.500
de Administração
Servente
650
10
6.500
Nutricionista
3.000
1
3.000
Cozinheiro
1.100
1
1.100
Auxiliar de cozinha
850
4
3.400
Total ADMINISTRAÇÃO
-
-
-
58
109.300
ADMINISTRAÇÃO - continuação
66
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
DEPARTAMENTO DE FINANÇAS
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Órgão
Categoria Funcional
Salário
R$
Efetivo
Total / Mês
R$
Departamento de Finanças
Diretor financeiro
15.000
1
15.000
Assistente financeiro
6.500
1
6.500
Secretária
2.000
1
2.000
Chefe de contabilidade
3.700
1
3.700
Auxiliar de contabilidade
1.200
2
2.400
Chefe de tesouraria
3.700
1
3.700
Caixa
2.400
2
4.800
Total FINANÇAS
-
-
9
38.100
67
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Órgão
Categoria Funcional
Salário R$
Efetivo
Total / Mês R$
Departamento de
Laboratorista
3.500
5
17.500
Manutenção e Laboratório
Auxiliar de laboratório
1.500
10
15.000
Engenheiro de segurança
6.500
1
6.500
Técnico de segurança
3.200
2
6.400
Inspetor de segurança
5.300
5
26.500
Técnico de qualidade
3.200
1
3.200
Chefe da divisão de manutenção
7.000
1
7.000
Assistente de manutenção
4.500
2
9.000
Chefe da seção de instrumentação
4.100
1
4.100
Instrumentista
1.600
5
8.000
Ajudante de instrumentista
950
5
4.750
Chefe de seção elétrica
4.100
1
4.100
Eletricista
1.600
5
8.000
Ajudante de eletricista
950
5
4.750
DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LABORATÓRIO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
68
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
69
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Órgão
Categoria Funcional
Salário R$
Efetivo
Total / Mês R$
Departamento de
Chefe de seção de mecânica
4.100
1
4.100
Manutenção e Laboratório
Encanador
1.280
3
3.840
Soldador
1.620
2
3.240
Maçariqueiro
1.280
2
2.560
Montador
1.280
5
6.400
Lubrificador
1.280
2
2.560
Torneiro mecânico
1.280
2
2.560
Frezador
1.280
2
2.560
Ajustador
1.280
3
3.840
Bombeiro
1.280
10
12.800
Bombeiro motorista
1.280
5
6.400
Auxiliar de bombeiro
800
10
8.000
Pedreiro
800
1
800
Servente
650
2
1.300
Bombeiro hidráulico
850
1
850
Carpinteiro
950
2
1.900
Total MANUTENÇÃO
-
-
102
188.510
DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LABORATÓRIO - continuação
71
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO
Órgão
Categoria Funcional
Salário
(R$)
Efetivo
Total
(R$)
Diretoria de
Diretor de produção
15.000
1
15.000
Produção
Secretária
2.000
1
2.000
Chefe da divisão de operações
7.000
1
7.000
Supervisor de turno
5.900
51
300.900
Supervisor de área
9.000
8
72.000
Operador de unidade de processo
3.850
42
161.700
Aux.de operador de unidade de processo
1.850
228
421.800
Operador de utilidade
3.230
8
25.840
Auxiliar de operador de utilidade
1.680
42
70.560
Operador do offsite
3.230
4
12.920
Auxiliar de operador de offsite
1.680
16
26.880
Total OPERAÇÃO
-
-
402
1.116.600
72
A formação dos custos de pessoal considera os seguintes ADICIONAIS: 
 Determinadas funções receberão adicional de 30% de periculosidade;
 Para o pessoal sujeito a regime de turno de trabalho, o adicional de 37,14%;
 Encargos Sociais de 80%;
 Encargos Complementares variáveis conforme benefícios da empresa.
 
Os adicionais são aplicados sobre o salário. 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
73
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
RESUMO MENSAL
Discriminação
Mão de Obra Direta
Mão de Obra
Indireta
TotalMensal
Operação
Superint.
Vendas
Administr.
Finanças
Manuten.
Salários
1.116.600
30.500
23.500
109.300
38.100
188.510
1.506.510
Periculosidade
334.980
9.150
7.050
32.790
11.430
56.553
451.953
Adicional de Turno
414.705
0
0
0
0
70.013
484.718
Encargos Sociais
1.493.028
31.720
24.440
113.672
39.624
252.060
1.954.545
EncargosComplementares
279.150
7.625
5.875
27.325
9.525
47.128
376.628
Total Mensal
3.638.463
78.995
60.865
283.087
98.679
614.264
4.774.353
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL
RESUMO ANUAL
74
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Discriminação
Mão de Obra Direta
Mão de Obra
Indireta
TotalAnual
Operação
Superint.
Vendas
Administ.
Finanças
Manut.
Salários
13.399.200
366.000
282.000
1.311.600
457.200
2.262.120
18.078.120
Periculosidade
4.019.760
109.800
84.600
393.480
137.160
678.636
5.423.436
Adicional de Turno
4.976.463
0
0
0
0
840.151
5.816.614
Encargos Sociais
17.916.338
380.640
293.280
1.364.064
475.488
3.024.726
23.454.536
EncargosComplement.
3.349.800
91.500
70.500
327.900
114.300
565.530
4.519.530
Total Anual
43.661.561
947.940
730.380
3.397.044
1.184.148
7.371.163
57.292.236
EXEMPLO:
Seja uma planta industrial dimensionada para produzir 260.000 toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, operando a 100% da sua capacidade nominal .
O projeto prevê que a planta industrial vai operar a 60% da sua capacidade no primeiro ano de operação, 70% no 2º ano e a 80% do terceiro ano em diante.
O quadro a seguir mostra o consumo anual de matérias primas e materiais secundários ao nível de 100% de utilização da capacidade nominal. 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS
75
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS
76
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
CONTA
DESCRIÇÃO
Quant.
Unidade
PrUnitário
PrTotal
Total Anual
 
 
 
 
 
a 100%
60%
70%
80%
2000
MATERIAIS
 
 
 
63.302.270
37.981.362
44.311.589
50.641.816
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2000.1
MATÉRIAS PRIMAS
 
 
 
52.728.000
31.636.800
36.909.600
42.182.400
 
Rocha fosfática
158.500
ton
119,00
18.861.500
11.316.900
13.203.050
15.089.200
 
Amônia
7.000
m3
613,00
4.291.000
2.574.600
3.003.700
3.432.800
 
Serpentinito
48.000
ton
77,00
3.696.000
2.217.600
2.587.200
2.956.800
 
Magnetita
2.500
ton
39,00
97.500
58.500
68.250
78.000
 
Bentonita
1.100
ton
240,00
264.000
158.400
184.800
211.200
 
Carvão vegetal
9.500
ton
180,00
1.710.000
1.026.000
1.197.000
1.368.000
 
Enxofre
48.000
ton
496,00
23.808.000
14.284.800
16.665.600
19.046.400
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2000.2
MATERIAIS SECUNDÁRIOS
 
 
 
10.574.270
6.344.562
7.401.989
8.459.416
 
Carvão ativado
1.100
kg
2,20
2.420
1.452
1.694
1.936
 
Resina iônica
2.800
kg
70,00
196.000
117.600
137.200
156.800
 
Resina catiônica
1.800
kg
55,00
99.000
59.400
69.300
79.200
 
Cloro
2.500
m3
150,00
375.000
225.000
262.500
300.000
 
Sulfato de alumínio
45.000
kg
120,00
5.400.000
3.240.000
3.780.000
4.320.000
 
Pentóxido de vanádio
25.000
l
16,00
400.000
240.000
280.000
320.000
 
Sacos de embalagem
5.200.000
unid
0,75
3.900.000
2.340.000
2.730.000
3.120.000
 
Óleo diesel
98.000
l
1,93
189.140
113.484
132.398
151.312
 
Diatomita
8.200
kg
1,55
12.710
7.626
8.897
10.168
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS
77
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Para a estimativa de custos de materiais de embalagem, considera-se que o produto será comercializado em sacos de 50 Kg, que custam R$ 0,75 a unidade.
O custo do material de embalagem por tonelada de produto será:
 1.000 kg x R$ 0,75/ unid. = R$ 15,00/ tonelada
 50 kg/unid.
 Para o 1º ano de operação: 
	260.000 ton x 60% x R$ 15,00/ton = R$ 2.340.000,00
 Para o 2º ano de operação:
	260.000 ton x 70% x R$ 15,00/ton = R$ 2.730.000,00
 Para os demais anos: 
	260.000 ton x 80% x R$ 15,00/ton = R$ 3.120.000,00
ESTIMATIVA DE CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
78
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Estão incluídos nesta denominação os custos referentes aos seguintes elementos:
Energia Elétrica
Água Industrial
Combustíveis
Lubrificantes
Catalisadores
Embalagens
Sobressalentes
Materiais de Laboratório
Máquinas Auxiliares
Despesas Gerais de Fabricação 
ESTIMATIVA DE CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA
79
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
O custo de utilização de energia elétrica compreende duas parcelas:
 Demanda
Que corresponde à quantidade de energia elétrica que a concessionária deverá estar pronta a fornecer. 
 Consumo
Que corresponde à quantidade de energia elétrica efetivamente consumida na planta industrial.
ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA 
DE ENERGIA ELÉTRICA
80
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
O custo da demanda é estimado aplicando-se o valor da tarifa de demanda cobrada pela concessionária sobre a capacidade total dos transformadores de força (da potência instalada) da subestação principal (a que primeiro recebe a energia vinda de fora dos limites de bateria da planta).
A tarifa da demanda varia conforme o horário. Entre 18 horas e 24 horas, a tarifa é mais elevada (horário de pico).
Uma indústria que trabalha 24 horas por dia tem 25% de horário de pico e 75% de horário normal. 
O custo referente à demanda é cobrado mensalmente na conta, junto com o relativo ao consumo.
ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA 
DE ENERGIA ELÉTRICA
81
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
EXEMPLO
Calcular o custo da demanda de uma fábrica de fertilizantes que tenha potência instalada de 18.000 kvA e opere 24 horas por dia, sendo a tarifa de demanda igual a R$ 10,63/kW no horário de pico e R$ 7,03/kW no horário normal.
 Custo da demanda no horário de pico:
	18.000 kvA x 0,25 x R$ 10,63/kW = R$ 47.835,00/ mês
 Custo da demanda no horário normal:
	18.000 kvA x 0,75 x R$ 7,03/kW = R$ 94.905,00/ mês
No exemplo, o custo total mensal da demanda = R$ 142.740,00 por mês.
ESTIMATIVA DE CUSTO DE CONSUMO 
DE ENERGIA ELÉTRICA
82
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
EXEMPLO
A soma das potências nominais dos motores elétricos da fábrica de fertilizantes é 7.230 hp. Estima-se que o consumo não ligado diretamente ao processo corresponda a 40% do total do processo. 
Sabe-se que o regime de trabalho é de 24 horas por dia. 
A tarifa relativa ao consumo, cobrada pela concessionária, é de R$ 40,10/mW.h no horário de pico e de R$ 28,55/mW.h no horário normal. 
Pede-se calcular o custo mensal do consumo de energia elétrica.
	
ESTIMATIVA DE CUSTO DE CONSUMO 
DE ENERGIA ELÉTRICA
83
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
EXEMPLO
 Consumo efetivo mensal:
	7.230 HP x 0,7457 x 0,92 x 30 dias x 24 h/dia = 3.571.271 kw.h/mês
	(3.571.271 kw.h/mês) / 1.000 = 3.571,27 Mw.h/mês
 Custo mensal de consumo:
 No horário de pico:
 	3.571,27 Mw.h/mês x 0,25 x R$ 40,10/Mw.h = R$ 35.802,00
 No horário normal:
	3.571,27 Mw.h/mês x 0,75 x R$ 28,55/Mw.h = R$ 76.470,00
 Total do consumo dos motores: =		 R$ 112.272,00 / mês
Acrescentando-se os gastos com outras formas de consumo, vem: 
	R$ 112.272,00 / mês x 1,40 = R$ 157.181,00 por mês 
 Custo Total Mensal do Consumo = R$ 157.181,00
84
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA
TOTAL ANUAL
Energia Elétrica
 
 
 
3.599.052
Demanda
12
mês
142.740
1.712.880
Consumo
12
mês
157.181
1.886.172
 
 
 
 
 
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
85
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
ÁGUA INDUSTRIAL OU ÁGUA DE PROCESSO
Existindo o fornecimento de água de concessionária, multiplica-se o consumo previsto (m3) pela tarifa cobrada pela concessionária.
Se a água for captada, os custos de operação da estação de captação e da estação de tratamento estarão distribuídos em outros elementos, como energia, consumo de materiais (resina catiônica, resina iônica, carvão ativado, sulfato de alumínio, cal, hipoclorito e regenerante) e mão-de-obra de operadores das estações de captação e tratamento d’água.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
86
ÁGUA INDUSTRIAL OU ÁGUA DE PROCESSO
Considerando para fábrica de fertilizantes o consumo de 950.000 m3 / ano, qual o custo total anual de água industrial, sabendo-se que a empresa concessionária cobra R$ 2,50 / m3 de água fornecida e a mesma tarifa de esgoto, totalizando = R$ 5,00 / m3 ?
	950.000 m3 x R$ 5,00 / m3 = R$ 4.750.000,00 / ano de água e esgoto
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
87
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
LUBRIFICANTES
Os lubrificantes (graxas e óleos) são utilizados em equipamentos rotativos (bombas, moinhos, transportadores, ventiladores, sopradores, agitadores, elevadores industriais etc.)
Pode-se estimar o consumo desses produtos adotando-se alguns parâmetros, como: 
	Óleo lubrificante: 5 litros por ano por equipamento rotativo
	Graxa: 2 kg por ano por equipamento rotativo e 1kg por ano por metro linear de transportador de correia.
88
LUBRIFICANTES
Considerando que existam na fábrica de fertilizantes 188 equipamentos rotativos incluindo bombas, moinhos, transportadores, ventiladores etc. tem-se os seguintes custos de lubrificantes:
Óleo lubrificante: 5 litros por ano x 188 = 940 litros por ano x R$ 5,00 = R$ 4.700,00
Graxa: 
	Equipamentos rotativos = 2 kg por ano x 188 = 376 kg ano
	Transportadores = 1kg por ano x 1750 ml = 1.750 kg por ano
	Total = 2.126 kg x R$ 3,00 / kg = R$ 6.378,00
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
89
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
COMBUSTÍVEIS
Algumas indústrias utilizam equipamentos em que se realiza a queima de combustíveis para a geração de energia térmica. Exemplos são as fornalhas e as caldeiras. 
Os combustíveis utilizados podem ser de diversos tipos, sendo os mais comuns o óleo combustível, o gás natural, o carvão mineral e o carvão vegetal.
Para se estimar o custo do consumo de combustíveis será necessário conhecer o tipo de combustível, a quantidade consumida por unidade de tempo de operação e o custo unitário do combustível.
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
90
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
CATALISADORES
Algumas indústrias químicas utilizam catalisadores em seus processos. Embora esses produtos não sejam propriamente consumidos, ocorrem desgastes que tornam necessária a sua reposição.
Pode-se estimar o custo anual do desgaste dos catalisadores como correspondendo a 20% do valor total desses materiais.
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
91
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
PEÇAS SOBRESSALENTES
Pode-se utilizar a tabela abaixo para o cálculo anual dos custos de consumo de peças sobressalentes, aplicando-se os percentuais indicados ao custo de cada equipamento. 
Ou utiliza-se um percentual médio de 3% ao ano, aplicável sobre o custo dos equipamentos.
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
92
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
CONSUMO ANUAL DE SOBRESSALENTES
Tipo de Equipamento
Gasto em %
Bomba centrífuga
6,0
Compressor de ar
4,0
Ponte rolante
0,5
Motor elétrico
2,0
Torre de resfriamento
2,5
Secador de ar
4,0
Centro de controle de motores
2,0
Bateria de carregadores e acumuladores
3,5
Instrumentação e válvula de controle
4,5
Transportador de correia
0,5
Elevador industrial
5,0
Agitador ou misturador
5,0
Transformador de força
0,5
Tubulação
1,0
Material elétrico
2,0
93
 PEÇAS SOBRESSALENTES
 Custos de equipamentos = R$ 113.824.660,00
 Custos de reposição de sobressalentes = 3%
 Despesas com sobressalentes: 
 
 R$ 113.824.660,00 x 3% = R$ 3.414.740,00
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
94
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
MATERIAL DE LABORATÓRIO
Pode-se estimar o custo do material de laboratório consumido em testes ao longo de um ano adotando-se um percentual de 1,5% do valor dos equipamentos e materiais de laboratório.
Para a fábrica de fertilizantes:
	 1,5% x R$ 1.600.000,00 = R$ 24.000,00 / ano
95
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
RESUMO - CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
CONTA
DESCRIÇÃO
Quant.
Unidade
Pr Unitário
Total Anual
 
 
 
 
 
 
3000
CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO
 
 
 
11.798.870
 
 
 
 
 
 
3000.1
Energia Elétrica
 
 
 
3.599.052
 
Demanda
12
mês
142.740
1.712.880
 
Consumo
12
mês
157.181
1.886.172
 
 
 
 
 
 
3000.2
Água Industrial ou Água de Processo
 
 
 
4.750.000
 
Água Industrial e Esgoto
950.000
m3
5
4.750.000
 
 
 
 
 
 
3000.3
Combustíveis, Lubrificantes, Embalagem
 
 
 
11.078
 
Óleo lubrificante
940
litros
5
4.700
 
Graxa
2.126
kg
3
6.378
 
 
 
 
 
 
3000.4
Sobressalentes e Peças de Reposição
 
 
113.824.660
3.414.740
 
Equipamentos
3%
 
113.824.660
3.414.740
 
 
 
 
 
 
3000.5
Materiais de Laboratório
 
 
 
24.000
 
Materiais de Laboratório
1,50%
 
1.600.000
24.000
 
 
 
 
 
 
DEPRECIAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
96
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
A DEPRECIAÇÃO aplica-se aos investimentos em bens físicos, como máquinas, equipamentos, instalações, edificações e obras civis em geral.
CÁLCULO DAS PARCELAS DE DEPRECIAÇÃO
97
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
O cálculo mais usual é a depreciação em linha reta, que consiste em dividir o valor do bem a ser depreciado pelo número de anos de sua vida útil.
Em que:
d = valor da parcela anual de depreciação
V0 = valor original do bem
Vr = valor residual ou valor de sucata
n = número de anos da vida útil 
Nos EVTE, normalmente se considera o valor residual nulo.
d = (V0 - Vr) / n
VIDA ÚTIL
98
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
As condições de depreciação no Brasil são estabelecidas pela Lei do Importo de Renda.
O prazo mínimo de depreciação de equipamentos em condições normais de trabalho é de 10 anos.
Para as obras civis, o prazo mínimo é de 25 anos. 
Alguns Exemplos de Vida Útil
(em anos)
Tipo de Bem
Mínima
Média
Máxima
Móveis e utensílios de escritório
8
10
12
Computadores e periféricos
5
6
7
Automóveis
2,5
3
3,5
Ônibus
7
9
11
Caminhões leves
3
4
5
Caminhões pesados
5
6
7
Tratores
3
4
5
98
AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
99
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
A AMORTIZAÇÃO aplica-se aos gastos com bens intangíveis, como serviços (projetos, estudos) e juros de financiamento pagos durante a implantação do empreendimento.
99
AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
100
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
São consideradas despesas pré-operacionais sujeitas a amortização:
Projetos e Estudos
Despesas Financeiras antes da Partida da Fábrica
Treinamento de Pessoal durante a Implantação
Despesas de Gerenciamento do Empreendimento
Despesas de Pré-operação e Partida da Fábrica
A lei do imposto de renda estabelece que essas despesas devem ser amortizadas no prazo mínimo de 10 anos.
100
DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS 
PRÉ-OPERACIONAIS
101
A recuperação dos investimentos se dá de forma indireta, uma vez que as parcelas de depreciação e de amortização são deduzidas do lucro da empresa, para efeito de cálculo do imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido.
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
101
102
Conta
Descrição
Valores em R$
1000
Serviços de Engenharia
39.370.514,00
2000
Equipamentos
113.824.660,00
3000
Materiais
55.756.800,00
3900
Frete
3.407.106,00
5000
Construção Civil
40.819.625,00
6000
Montagem Eletromecânica
75.228.810,00
7000
Canteiro de Obras
17.760.801,00
8000
Pré-operação e partida
6.731.772,00
Custo Total do Investimento
352.900.088,00
CUSTOS DE INVESTIMENTO DO PROJETO
ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO DA FÁBRICA DE FERTILIZANTES
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
103
DEPRECIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
Parcela anual de depreciação de equipamentos e materiais = 
(Custos de Equipamentos + Custos de Materiais + Frete + Montagem Eletromecânica) / 10
Logo, substituindo-se pelos valores estimados da fábrica de fertilizantes, vem:
Parcela anual de depreciação de equipamentos e materiais = 
(R$ 113.824.660,00 + R$ 55.756.800,00 + 3.407.106,00 + 75.228.810,00) / 10 = 
 
R$ 26.597.818,00
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DEPRECIAÇÃO
104
DEPRECIAÇÃO DE OBRAS CIVIS
Parcela anual de depreciação de obras civis = (Custos da Construção Civil) / 25 
Portanto, o valor anual da depreciação da fábrica de fertilizantes será:
Parcela anual de depreciação das obras civis = R$ 40.819.625,00 / 25 = 
R$ 1.632.785,00
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DEPRECIAÇÃO
105
AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
Valor da amortização anual das despesas pré-operacionais, considerando os seguintes custos =
(Custos de Engenharia + Despesas de Canteiro de Obras + Despesas de Pré-operação e Partida)
Logo, substituindo pelos respectivos valores estimados da fábrica de fertilizantes:
(R$ 39.370.514,00 + R$ 17.760.801,00 + R$ 6.731.772,00) / 10 = 
R$ 4.610.229,00
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS
ESTIMATIVA DE DESPESAS OPERACIONAIS
106
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
São classificadas como Despesas Operacionais:
Despesas de Vendas
Despesas Administrativas
Despesas Financeiras
Essas despesas só passam a existir depois do início de operação da planta industrial, portanto, não devem ser confundidas com as Despesas Pré- operacionais.
106
DESPESAS DE VENDAS
107
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Essas despesas incluem, basicamente, as seguintes:
Salários, Encargos e Benefícios do Pessoal Alocado na Área de Vendas, Marketing ou Comercial
Despesas de Propaganda
Comissões pagas a Vendedores ou Representantes Comerciais.
107
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
108
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
São incluídas nesta denominação as seguintes despesas: 
Honorários da Diretoria
Salários, Encargos e Benefícios do Pessoal Administrativo
Telefone, Fax, Internet
Depreciação de Móveis e Utensílios de Escritório e Veículos Administrativos
Manutenção
e Reparos de Prédios Administrativos
Luz e Força de Prédios Administrativos
Cópias (Xerox)
Viagens e Estadas de Pessoal da Administração
Materiais de Escritório
Manutenção de Veículos Administrativos
Transporte de Pessoal Administrativo
Material de Copa e Limpeza
108
109
DESPESAS ADMINISTRATIVAS ANUAIS
Considera-se 10% dos custos das despesas com pessoal administrativo 
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DESPESAS ADMINISTRATIVAS
TOTAL ANUAL
4000.2
Despesas Administrativas
 
 
 
467.892
 
Superintendência
10%
mês
30.500
36.600
 
Vendas
10%
mês
23.500
28.200
 
Dep. de Administração
10%
mês
109.300
131.160
 
Dep. de Finanças
10%
mês
38.100
45.720
 
Manutenção / Laboratório / Outros
10%
mês
188.510
226.212
 
 
 
 
 
 
DESPESAS FINANCEIRAS
110
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
São despesas relativas a pagamentos de juros, comissões e amortizações de financiamentos, incorridas após o início de operação da fábrica. 
Não devem ser confundidas com as despesas financeiras pagas durante a fase de implantação do empreendimento.
No Brasil, praticamente apenas o BNDES financia projetos de longo prazo e nesses financiamentos os juros são pagos sobre o valor utilizado do empréstimo, ou seja, sobre os saques efetivados. Além dos juros, são cobradas comissões, sendo as mais comuns:
110
DESPESAS FINANCEIRAS
111
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Comissão de Abertura
Paga de uma só vez, na assinatura do contrato de financiamento, corresponde a um percentual sobre o valor do empréstimo.
Comissão de Gestão ou do Agente
Esta comissão é paga periodicamente, junto com os juros e corresponde a um percentual sobre o valor sacado até a data. Trata-se da remuneração do agente repassador do crédito.
Comissão de Compromisso
Esta comissão não é muito comum. Trata-se de um percentual sobre o saldo não utilizado do financiamento. É paga periodicamente, junto com os juros.
Deve-se observar que sobre o valor dos saques incide o I.O.F. – Imposto sobre Operações Financeiras, correspondente a 1,5% do valor do saque.
111
112
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
EXEMPLO DE PLANILHA FINANCEIRA
Os custos de implantação do projeto tomado como exemplo estão estimados em R$ 352.900.088,00. 
O prazo de construção da planta é de 28 meses e o projeto será iniciado em Setembro de 2009, com término previsto para Dezembro de 2011. 
O BNDES já aprovou o financiamento de 30% dos custos do empreendimento, de acordo com as seguintes condições.
DESPESAS FINANCEIRAS
112
DESPESAS FINANCEIRAS
113
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Taxa de juros de 8% ao ano (ou 4% ao semestre), incluindo TJLP de 6% e spread de 2% aa
Taxa de abertura de crédito de 1,5% (paga na assinatura do contrato de financiamento)
Comissão do agente de 2% ao ano (ou 1% ao semestre), paga juntamente com os juros.
Carência: durante as obras serão pagos apenas os juros e a comissão do agente. 
Capitalização: os juros e a comissão do agente serão capitalizados semestralmente, a partir do primeiro saque efetuado.
O IOF é de 1,5% incidindo sobre o valor de cada saque.
Amortização: o valor principal será amortizado em 20 parcelas semestrais de igual valor, vencendo a primeira dela 6 meses após a realização do último saque. 
113
114
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Observe-se que a taxa de juros de 8% ao ano, somada com a comissão do agente, de 2% ao ano, corresponde a uma taxa de 10% ao ano. 
Como se trata de capitalização semestral e a juros simples, então a taxa de juros será de 5% ao semestre ou 0,83% ao mês.
DESPESAS FINANCEIRAS
114
115
PLANILHA FINANCEIRA
Data
% de Execução Curva S 60%
Custo
Saques
IOF
Juros Pagos
 
30%
1,5%
 
Set 2009
0,3
1.058.700
317.610
4.764
 
Out.
0,5
1.764.500
529.350
7.940
 
Nov.
0,7
2.470.301
741.090
11.116
 
Dez.
1
3.529.001
1.058.700
15.881
 
Jan 2010
1,3
4.587.701
1.376.310
20.645
 
Fev.
1,6
5.646.401
1.693.920
25.409
125.657
Mar.
2
7.058.002
2.117.401
31.761
 
Abr.
2,4
8.469.602
2.540.881
38.113
 
Mai.
2,8
9.881.202
2.964.361
44.465
 
Jun.
3,3
11.645.703
3.493.711
52.406
 
Jul.
3,7
13.057.303
3.917.191
58.758
 
Ago.
4,3
15.174.704
4.552.411
68.286
783.819
Set.
4,9
17.292.104
5.187.631
77.814
 
Out.
5,6
19.762.405
5.928.721
88.931
 
Nov.
6,4
22.585.606
6.775.682
101.635
 
Dez.
6,9
24.350.106
7.305.032
109.575
 
Jan 2011
7,1
25.055.906
7.516.772
112.752
 
Fev.
6,6
23.291.406
6.987.422
104.811
2.354.094
Mar.
6,2
21.879.805
6.563.942
98.459
 
Abr.
5,8
20.468.205
6.140.462
92.107
 
Mai.
5,3
18.703.705
5.611.111
84.167
 
Jun.
4,8
16.939.204
5.081.761
76.226
 
Jul.
4,4
15.527.604
4.658.281
69.874
 
Ago.
3,8
13.410.203
4.023.061
60.346
4.242.466
Set.
3,2
11.292.803
3.387.841
50.818
 
Out.
2,5
8.822.502
2.646.751
39.701
 
Nov.
1,7
5.999.301
1.799.790
26.997
 
Dez.
0,9
3.176.101
952.830
14.292
 
Jan 2012
-
-
-
-
 
Fev.
-
-
-
-
5.196.757
Total
100
352.900.088
105.870.026
1.588.050
12.702.794
115
116
PLANILHA AUXILIAR
Mês/Ano
Saques
Taxa de Juros
Juros
Juros Pagos
 
 
0,83%
R$
R$
Set 2009
317.610
6 x 0,0083 = 0,0498
15.817
 
Out.
529.350
5 x 0,0083 = 0,0415
21.968
 
Nov.
741.090
4 x 0,0083 = 0,0332
24.604
 
Dez.
1.058.700
3 x 0,0083 = 0,0249
26.362
 
Jan 2010
1.376.310
2 x 0,0083 = 0,0166
22.847
 
Fev.
1.693.920
1 x 0,0083 = 0,0083
14.060
125.657
Acumulado
5.716.981
 
 
 
Mar 2010
5.716.981
0,0498
284.706
 
Mar.
2.117.401
0,0498
105.447
 
Abr.
2.540.881
0,0415
105.447
 
Mai.
2.964.361
0,0332
98.417
 
Jun.
3.493.711
0,0249
86.993
 
Jul
3.917.191
0,0166
65.025
 
Ago.
4.552.411
0,0083
37.785
783.819
Acumulado
25.302.936
 
 
 
Set 2010
25.302.936
0,0498
1.260.086
 
Set.
5.187.631
0,0498
258.344
 
Out.
5.928.721
0,0415
246.042
 
Nov.
6.775.682
0,0332
224.953
 
Dez.
7.305.032
0,0249
181.895
 
Jan 2011
7.516.772
0,0166
124.778
 
Fev.
6.987.422
0,0083
57.996
2.354.094
Acumulado
65.004.196
 
 
 
Mar 2011
65.004.196
0,0498
3.237.209
 
Mar.
6.563.942
0,0498
326.884
 
Abr.
6.140.462
0,0415
254.829
 
Mai.
5.611.111
0,0332
186.289
 
Jun.
5.081.761
0,0249
126.536
 
Jul.
4.658.281
0,0166
77.327
 
Ago.
4.023.061
0,0083
33.391
4.242.466
Acumulado
97.082.814
 
 
 
Set 2011
97.082.814
0,0498
4.834.724
 
Set.
3.387.841
0,0498
168.714
 
Out.
2.646.751
0,0415
109.840
 
Nov.
1.799.790
0,0332
59.753
 
Dez.
952.830
0,0249
23.725
 
Jan 2012
 
 
 
 
Fev.
 
 
 
5.196.757
Acumulado
105.870.026
 
 
12.702.793
116
117
PLANILHA FINANCEIRA GERAL
Data
Saldo do Financiamento
Saques Acumulados
I.O.F.
Juros Pagos & Comissão do Agente
Comissão de Abertura
Amortização do Principal
Saldo Devedor
Set 2009
105.870.026
 
 
 
1.588.050
Fev 2010
100.153.045
5.716.981
85.755
125.657
 
 
 
Ago.
80.567.090
25.302.936
379.544
783.819
 
 
 
Fev 2011
40.865.830
65.004.196
975.063
2.354.094
 
 
 
Ago.
8.787.212
97.082.814
1.456.242
4.242.466
 
 
 
Fev 2012
 
105.870.026
1.588.050
5.196.757
 
 
 
Jun.
 
 
 
 
 
 
105.870.026
Jun.
 
 
 
5.272.327
 
5.293.501
100.576.525
Dez.
 
 
 
5.008.711
 
5.293.501
95.283.024
Jun 2013
 
 
 
4.745.095
 
5.293.501
89.989.522
Dez.
 
 
 
4.481.478
 
5.293.501
84.696.021
Jun 2014
 
 
 
4.217.862
 
5.293.501
79.402.520
Dez.
 
 
 
3.954.245
 
5.293.501
74.109.018
Jun 2015
 
 
 
3.690.629
 
5.293.501
68.815.517
Dez.
 
 
 
3.427.013
 
5.293.501
63.522.016
Jun 2016
 
 
 
3.163.396
 
5.293.501
58.228.515
Dez.
 
 
 
2.899.780
 
5.293.501
52.935.013
Jun 2017
 
 
 
2.636.164
 
5.293.501
47.641.512
Dez.
 
 
 
2.372.547
 
5.293.501
42.348.011
Jun 2018
 
 
 
2.108.931
 
5.293.501
37.054.509
Dez.
 
 
 
1.845.315
 
5.293.501
31.761.008
Jun 2019
 
 
 
1.581.698
 
5.293.501
26.467.507
Dez.
 
 
 
1.318.082
 
5.293.501
21.174.005
Jun 2020
 
 
 
1.054.465
 
5.293.501
15.880.504
Dez.
 
 
 
790.849
 
5.293.501
10.587.003
Jun 2021
 
 
 
527.233
 
5.293.501
5.293.501
Dez.
 
 
 
263.616
 
5.293.501
0
Total
-
105.870.026
 
68.062.230
1.588.050
105.870.026
 
117
118
Discriminação
1º ano
2º ano
3º ano
Demais Anos
60%
70%
80%
80%
CUSTOS DIRETOS
93.441.793
99.772.020
106.102.247
106.102.247
Mão de obra direta
43.661.561
43.661.561
43.661.561
43.661.561
Mat. primas e mat. secundários
37.981.362
44.311.589
50.641.816
50.641.816
Custos Gerais de Fabricação
11.798.870
11.798.870
11.798.870
11.798.870
CUSTOS INDIRETOS
57.220.437
56.165.971
55.111.506
(*)
Mão de obra indireta
13.630.675
13.630.675
13.630.675
13.630.675
Despesas Administrativas
467.892
467.892
467.892
467.892
Despesas Financeiras
10.281.038
9.226.753
8.172.107
(*)
Depreciação e Amortização
32.840.832
32.840.832
32.840.832
32.840.832
CUSTOS OPERACIONAIS TOTAIS
150.662.230
155.937.991
161.213.753
(*)
(*) A partir do terceiro ano de operação o valor dos juros do financiamento vão se reduzindo. 
 Por isto, essas despesas financeiras são variáveis a cada ano.
DEMONSTRATIVO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
119
Ano de Operação
Custos Operacionais Totais
4º
160.159.287,00
5º
159.104.822,00
6º
158.050.356,00
7º
156.995.891,00
8º
155.941.426,00
9º
154.886.960,00
10º
153.832.495,00
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DEMONSTRATIVO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO
COMPONENTES DE UM EVTE – 3ª etapa
ESTIMATIVAS DE RECEITAS
120
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
O Faturamento é o simples resultado da multiplicação do preço unitário de venda pela quantidade vendida em um determinado exercício.
A Receita Bruta é a entrada que se espera de numerário, proveniente das vendas, no mesmo exercício, considerando as condições estabelecidas para pagamento da parte do comprador.
A Receita Líquida é igual à receita bruta menos as deduções que normalmente são feitas, de modo a se ter a entrada efetiva de numerário no caixa da empresa.
PRODUÇÃO E VENDAS
121
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
121
As deduções mais comuns são:
Devedores Duvidosos e Devoluções: em geral se considera um percentual de 3% sobre o faturamento
Descontos: caso a empresa pretenda conceder alguma forma de desconto por pagamento à vista, por exemplo
COFINS e PIS : 
São contribuições obrigatórias que incidem sobre o faturamento, equivalendo respectivamente a 7,60% e 1,65% do valor faturado.
O cálculo é feito por dentro: x = [F/(1-a)] – F, em que:
x é o valor da contribuição; 
F é o valor faturado; 
e a é a alíquota aplicável. 
PRODUÇÃO E VENDAS
122
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
122
Admite-se que o preço de venda da tonelada de fertilizantes seja de:
 
R$ 502,22 / ton do superfosfato com produção de 180.000 ton e,
R$ 712,50 / ton do termofosfato com produção de 80.000 ton a 100%.
Admite-se, também, que toda a produção será vendida no mesmo ano e que os pagamentos serão feito à vista, sem desconto. 
ESTIMATIVA DO FATURAMENTO
123
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
123
124
FATURAMENTO
Discriminação
Quantidade
a 100%
Pr.
Unitário
Pr. Total
 
 
ton
R$/ton
a 100%
a 60%
a 70%
a 80%
Superfosfato simples
180.000
502,22
90.400.000
54.240.000
63.280.000
72.320.000
Termofosfato
80.000
3.712,50
297.000.000
178.200.000
207.900.000
237.600.000
Receita Bruta Anual
 
 
387.400.000
232.440.000
271.180.000
309.920.000
ESTIMATIVA DO FATURAMENTO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Receita Anual 
Admitindo-se um desconto de 3% a título de devedores duvidosos e devoluções e 7,6% de Cofins e 1,65% de PIS.
ESTIMATIVA DE RECEITAS OU 
ORÇAMENTO DE VENDAS
125
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
RECEITAS ANUAIS
Discriminação
Níveis de Produção
 
 
100%
60%
70%
80%
Receita Bruta Anual
387.400.000
232.440.000
271.180.000
309.920.000
Devedores Duvidosos
11.622.000
6.973.200
8.135.400
9.297.600
PIS / COFINS
39.487.052
23.692.231
27.640.937
31.589.642
ReceitaLíquida Anual
336.290.948
201.774.569
235.403.663
269.032.758
125
É o demonstrativo dos gastos diretos com a fabricação dos produtos vendidos no ano, incluindo os custos de mão de obra direta, matérias primas, materiais secundários e os custos gerais de fabricação.
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
126
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
126
Do quadro demonstrativo dos custos gerais de produção dos primeiros ano de operação da fábrica de fertilizantes considerada nos exemplos anteriores, quando a operação se dá a 60%, 70% e 80% da capacidade instalada, pode-se extrair o seguinte demonstrativo de custos dos produtos vendidos: 
CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS
127
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Discriminação
1º ano
2º ano
3º ano
60%
70%
80%
CUSTOS DIRETOS
93.441.793
99.772.020
106.102.247
Mão de obra direta
43.661.561
43.661.561
43.661.561
Materiais
37.981.362
44.311.589
50.641.816
Custos Gerais de Fabricação
11.798.870
11.798.870
11.798.870
127
COMPONENTES DE UM EVTE – 4ª etapa
FLUXO DE CAIXA DESCONTADO
128
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
129
Discriminação
1º ano
2º ano
3º ano
60%
70%
80%
Faturamento
232.440.000
271.180.000
309.920.000
(-) Devedores Duvidosos
6.973.200
8.135.400
9.297.600
(-) PIS/ Cofins
23.692.231
27.640.937
31.589.642
Receita Bruta
201.774.569
235.403.663
269.032.758
(-) Custo dos Produtos Vendidos
93.441.793
99.772.020
106.102.247
(-) Depreciação do Ativo Fixo
28.230.603
28.230.603
28.230.603
(-) Amortização dos Serviços
4.610.229
4.610.229
4.610.229
Lucro Líquido
75.491.944
102.790.812
130.089.680
(-)Mão-de-obraIndireta
13.630.675
13.630.675
13.630.675
(-) Despesas Administrativas
467.892
467.892
467.892
(-) Despesas de Vendas
-
-
-
Lucro Operacional
61.393.377
88.692.245
115.991.113
(-) Despesas Financeiras
10.281.038
9.226.573
8.172.107
Lucro Líquido Operacional
51.112.339
79.465.672
107.819.005
(-) Provisão para a Contribuição Social
4.600.110
7.151.910
9.703.710
(-) Provisão para Imposto de Renda
12.790.863
19.886.284
26.981.706
Resultado Líquido do Exercício
33.721.366
52.427.477
71.133.589
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
Observe-se que o resultado indica o Lucro Contábil final do exercício e não o que restou em caixa, uma vez que o valor da depreciação e da amortização das despesas pré-operacionais não correspondem a desembolsos realizados no exercício.
No exemplo teria restado em caixa o valor correspondente à soma: 
	Saldo + Depreciação + Amortização = Saldo Final em Caixa
 R$ 33.721.366,00+28.230.603,00+4.610.229,00 = R$ 66.562.197
Este valor é o resultado, em caixa, do primeiro ano de operação e é ele que constará do fluxo de caixa do empreendimento para efeito de análise de rentabilidade.
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
130
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
130
131
Exercícios
Saldo Final em Caixa
Valores em R$
1º Ano
66.562.197,00
2º Ano
85.268.308,00
3º Ano
103.974.420,00
4º Ano
104.670.104,00
5º Ano
105.365.787,00
6º Ano
106.061.471,00
7º Ano
106.757.154,00
8º Ano
107.452.838,00
9º Ano
108.148.522,00
10º Ano
108.844.205,00
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
As empresas bem administradas já têm um valor definido para seu CUSTO DE OPORTUNIDADE ou TAXA de ATRATIVIDADE.
Este custo do capital
próprio é dado por uma taxa de juros (em % ao ano) que se aplica sobre o valor total do investimento realizado com capital próprio.
Esta taxa de juros representa a remuneração do capital investido pela empresa no empreendimento. 
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO
132
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
132
Uma forma comum de definição da taxa de atratividade ou taxa de remuneração do capital próprio é a adoção de uma taxa de juros praticada nas aplicações mais seguras (ou risk free rate), como, por exemplo, as taxas pagas pelo Tesouro Nacional ou a taxa Selic, adicionando-se ainda um spread (de 2% a 5%). Ou seja:
Admitindo-se a Selic, atualmente em 14,25% a.a., com um spread de 2%, a taxa de atratividade seria:
Taxa = 14,25 + 2,00 = 16,25%
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO
133
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
133
134
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO
Taxa de Equilíbrio de Mercado
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
 Outra forma de calcular esta taxa é adotar a fórmula abaixo:
Taxa = T-10 + Spread + Inflação
Sendo:
T-10 = Taxa de juros do Título de 10 anos do Tesouro dos EUA;
Spread = Prêmio de Risco do JP Morgan;
Inflação = Previsão para os próximos 12 meses pelo Boletim Focus “COPOM” – Banco 	Central
Em fevereiro de 2016,
 Taxa = 1,63% + 4,74% + 6,72% = 13,05%
135
 
 Taxas observadas no mercado no ano de 2015
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Rentabilidade em 12 meses
Data
CSI
CDB
RENDA FIXA
POUPANÇA
Janeiro2015
10,91
9,96
12,01
7,06
Fev
10,95
10,14
11,76
7,01
Mar
11,26
10,20
12,04
7,12
Abr
11,40
10,24
12,22
7,19
Mai
11,54
10,37
11,75
7,26
Jun
11,82
10,67
12,49
7,39
Jul
12,08
10,78
12,51
7,53
Ago
12,35
11,00
12,47
7,66
Set
12,58
11,35
12,68
7,78
Out
12,77
11,62
12,57
7,88
Nov
13,01
11,98
11,49
7,94
Dez
13,24
12,31
12,45
8,07
136
 
 Taxas Propostas
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Período
Poupança
% ao ano
Previsão Inflação
12 meses FOCUS
%
Taxa de Juros
%aoano
Setembro 2014
6,98
6,28
13,26
Out
6,99
6,37
13,36
Nov
7,02
6,45
13,47
Dez
7,08
6,61
13,69
Jan 2015
7,05
6,64
13,69
Fev
7,01
6,57
13,67
Mar
7,12
6,51
13,63
Abr
7,19
6,06
13,25
Mai
7,25
5,96
13,21
Jun
7,39
6,04
13,03
Jul
7,53
5,83
13,36
Ago
7,66
5,64
13,30
Um outro método de cálculo de taxa de remuneração do capital investido é o CAPM que consiste em se determinar uma taxa de juros pela fórmula:
Tr = Tf + β (Tm - Tf)
Em que:
Tr = taxa de remuneração do capital investido
Tf = taxa de juros de risco zero
Tm = taxa de juros do mercado
β = coeficiente beta que é dado pela fórmula: 
			 Covariância (Tf, Tm)
		 β =
			 Variância Tm					
CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL
137
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
137
Na fórmula de β, a Covariância Tm / Tf é dada por:
Cov (Tm, Tf) = Σ (Tm – Tm´) * (Tf – Tf´)
Onde:
Tm = taxa de juros do mercado
Tm´ = média das taxas de juros do mercado
Tf = taxa de risco zero
Tf´ = média das taxas de risco zero 
			 				
CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL
138
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
138
Também na fórmula de β, a Variância Tm é dada por:
					
			 Σ (Tm – Tm´)²
 		 Var (Tm) =
n-1
Onde:
Tm = taxa de juros do mercado
Tm´ = média das taxas de juros do mercado
n = número de amostras
			 				
CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL
139
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
139
TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO – W.A.C.C.
140
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Um método simples de cálculo da taxa de atratividade de uma empresa consiste em se considerar juros que a empresa paga nos empréstimos que obtém a curto e longo prazo e, ainda, as taxas de remuneração do capital vigente no mercado, como fundos de investimento, por exemplo.
Passivo
Valor
Taxa de Juro
(%aa)
Juros Anuais
Empréstimo de Longo Prazo
2.000.000,00
12
240.000,00
Empréstimo de Curto prazo
800.000,00
20
160.000,00
Capitais próprios
3.500.000,00
18
630.000,00
-
6.300.000,00
-
1.030.000,00
No exemplo, o custo do capital da empresa será:
 Taxa média = R$ 1.030.000,00 / R$ 6.300.000,00 = 16,35 % ao ano
140
A análise da viabilidade econômica de um empreendimento é, usualmente, baseada nos seguintes elementos:
	Prazo de Retorno do Capital Investido
 	Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido
	Taxa Interna de Retorno
 Ponto de Equilíbrio
 Taxa de Rentabilidade
 Taxa de Retorno do Capital Investido
ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO EMPREENDIMENTO
141
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
141
É o tempo necessário para que o empreendimento reponha, através das receitas líquidas, todo o montante de capital investido no projeto.
Prazo de Retorno Simples
De acordo com este critério, não se considera o custo do capital próprio 
investido no negócio, ou seja, o custo de oportunidade.
PRAZO DE RETORNO OU PAY-BACK PERIOD
142
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
142
Exemplo 
Seja um determinado empreendimento que compreenda investimentos realizados em dois anos e que venha a apresentar o seguinte fluxo de caixa:
PRAZO DE RETORNO OU PAY-BACK PERIOD
Pode-se observar que o Retorno ocorrerá no 5º ano de operação
Ano
Investimento
Receitas Líquidas
Resultado Acumulado
2004
- 10.658.400,00
-
- 10.658.400,00
2005
-17.458.200,00
-
- 28.116.600,00
2006
6.615.200,00
- 21.501.400,00
2007
7.890.200,00
-13.611.200,00
2008
8.105.400,00
-5.505.800,00
2009
8.450.200,00
2.944.400,00
2010
8.520.600,00
11.465.000,00
2011
8.780.600,00
20.245.600,00
2012
8.956.500,00
29.202.100,00
2013
9.014.200,00
38.216.300,00
2014
9.105.200,00
47.321.500,00
2015
9.254.300,00
56.575.800,00
143
Neste caso é considerado o custo de oportunidade. 
Seja o exemplo anterior, em que a taxa de atratividade é de 18% a.a.:
Pode-se observar que, a uma taxa de atratividade de 18% ao ano, o retorno do capital investido somente ocorrerá no 7º ano de operação. 
PRAZO DE RETORNO COM DESCONTO DO CUSTO
DO CAPITAL
144
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Ano
Investimento
Receitas Líquidas
Desconto
Resultado
Resultado Acumulado
2004
- 10.658.400,00
-
X 1,18
- 12.576.912,00
- 12.576.912,00
2005
-17.458.200,00
-
X 1,00
- 17.458.200,00
- 30.035.511,00
2006
6.615.200,00
: 1,18
5.606.102,00
- 24.429.010,00
2007
7.890.200,00
: (1,18)²
5.666.619,00
- 18.762.391,00
2008
8.105.400,00
: (1,18)³
4.933.197,00
- 13.829.194,00
2009
8.450.200,00
: (1,18)4
4.358.519,00
- 9 470.675,00
2010
8.520.600,00
: (1,18)5
3.724.433,00
- 5.746.242,00
2011
8.780.600,00
: (1,18)6
3.252.611.00
- 2.493.631,00
2012
8.956.500,00
: (1,18)7
2.811.669,00
318.038,00
2013
9.014.200,00
: (1,18)8
2.398.121,00
2.716.159,00
2014
9.105.200,00
: (1,18)9
2.052.823,00
4.768.982,00
2015
9.254.300,00
:(1,18)10
1.768.168,00
6.537.150,00
144
145
Ano
Investimento
Receita
Líquida
Acumulado
2009
- 8.822.502
---
- 8.822.502
2010
- 159.510.840
---
- 168.333.342
2011
- 184.566.746
---
- 352.900.088
2012
---
66.562.197
- 286.337.891
2013
---
85.268.308
- 201.069.583
2014
---
103.974.420
- 97.095.163
2015
---
104.670.104
7.574.941
2016
---
105.365.787
112.940.728
2017
---
106.061.471
219.002.199
2018
---
106.757.154
325.759.353
2019
---
107.452.838
433.212.191
2020
108.148.522
541.360.713
2021
108.844.205
650.204.918
PRAZO DE RETORNO SIMPLES
Projeto da Fábrica de Fertilizantes
146
Ano
Investimento
ReceitaLíquida
Desconto
Resultado
Acumulado
2009
- 8.822.502
---
x (1,1575)2
- 11.820.443
- 11.820.443
2010
- 159.510.840
---
x (1,1575)
- 184.633.796
- 196.454.239
2011
- 184.566.746
---
x 1,0000
- 184.566.745
- 381.020.984
2012
---
66.562.197
: 1,1575
57.505.138
- 323.515.846
2013
---
85.268.308
: (1,1575)2
63.642.268
- 259.873.579
2014
---
103.974.420
: (1,1575)3
67.044.554
- 192.829.024
2015
---
104.670.104
: (1,1575)4
58.309.411
- 134.519.613
2016
---
105.365.787
: (1,1575)5
50.710.118
- 83.809.495
2017
---
106.061.471
: (1,1575)6
44.099.295
- 39.710.200
2018
---
106.757.154
: (1,1575)7
38.348.642
- 1.361.558
2019
---
107.452.838
: (1,1575)8
33.346.472
31.984.914
2020
108.148.522
: (1,1575)9
28.995.566
60.980.480
2021
108.844.205
: (1,1575)10
25.211.304
86.191.784
PRAZO DE RETORNO COM DESCONTO 
DO CUSTO DO CAPITAL
Projeto da Fábrica de Fertilizantes
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
Exemplo:
Qual o valor de um título de R$ 1.000,00 no final de um período de 12 meses, sabendo que ele rende juros de 20% ao ano?
VP = Valor Presente = R$ 1.000,00
VF = Valor Futuro = ?
 i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20
		VF = VP + i * VP
		VF = VP ( 1 + i )
Logo,
		VF = 1.000,00 ( 1 + 0,20 )
		VF = 1.000,00 * 1,20
		VF = 1.200,00
VALOR FUTURO
147
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
147
Exemplo:
Um título de R$ 1.200,00 será resgatado dentro de 12 meses. Sabendo que este título paga juros de 20% ao ano, pede-se o seu valor Presente.
VF = Valor Futuro = R$ 1.200,00
VP = Valor Presente = ?
 i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20
		VF = VP + i * VP .... VP(1 + i) = VF 
		VP = VF / (1+i) = 1.200,00 = 1.200,00
		 (1 + 0,20)	 1,20
		
		VP = 1.000,00
VALOR PRESENTE
148
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
148
Exemplo:
Um título de R$ 1.200,00 será resgatado dentro de 12 meses. Sabendo que este título paga juros de 20% ao ano, pede-se o seu valor Presente.
VF = Valor Futuro = R$ 1.200,00
VP = Valor Presente = ?
 i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20
		VF = VP + i * VP .... VP(1 + i) = VF 
		VP = VF / (1+i) = 1.200,00 = 1.200,00
		 (1 + 0,20)	 1,20
		
		VP = 1.000,00
VALOR PRESENTE
149
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
149
Também chamada Taxa Efetiva de Juros de uma operação de financiamento, é a que se determina a partir do fluxo de caixa decorrente desta operação.
Suponha-se a operação representada no quadro abaixo, em que uma compra de R$ 2.000,00 é paga em 4 parcelas mensais e iguais de R$ 600,00 .
A taxa efetiva de juros (i) será aquela capaz de satisfazer a seguinte equação:
 2.000 = 600 + 600 + 600 + 600
 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4
TAXA INTERNA DE JUROS 
150
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
150
LEMBRETE
Derivada de Uma Função
A partir da função:
 
Admitindo-se um acréscimo igual a Δx na variável independente x, ter-se-á um aumento igual a Δy, na variável dependente y, ou seja:
y + Δy = (x + Δx)2
Desenvolvendo o quadrado perfeito, vem:
y + Δy = x2 + 2x .Δx + Δx2
Passando y para o segundo membro, ele se anula com x2, do que resulta:
Δy = 2x.Δx + Δx2
Dividindo-se ambos os membros por Δx, vem:
 Δy = 2x + Δx
 Δx
y = x²
151
LEMBRETE - continuação
Uma vez que Δx é muito pequeno e tende para zero, pode-se, então desprezá-lo na equação anterior. Substituindo-se, no termo da esquerda, a simbologia utilizada, tem-se, então que: 
 dy = 2x
 dx
Generalizando, vem que: Se a função é:
 
Então sua derivada será: dy = a.m.xm-1
 dx
Observe-se que, se a função é da forma:
 	y = _____a_____
 (1 + x)m
 Ela pode ser escrita na forma seguinte:
 y = a * (1 + x)-m
E a sua derivada será:
 dy = a.m (1 + x)-m-1
 dx
Ou:
 dy = ____am_____
 dx (1 + x)m+1
 
y = a . xm 
Voltando à equação vista anteriormente:
 2.000 = 600 + 600 + 600 + 600
 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4
A solução da equação pode ser encontrada por intermédio do algoritmo de Newton – Ralphson, ou seja: faz-se a transposição dos termos para um mesmo membro e estabelece-se uma função V(i), tal que:
 V(i) = - 2.000 + 600 + 600 + 600 + 600 
 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 
Derivando-se V(i) em relação a i, vem:
 V’(i) = - 600 - 1.200 - 1.800 - 2.400 
 (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 (1 + i)5 
CÁLCULO DA TAXA INTERNA DA OPERAÇÃO DE CRÉDITO
153
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
153
Para se obter o PRIMEIRO valor aproximado da taxa de juros, substitui-se i por zero em V(i) e V’(i), obtendo-se:
 
V(0) = 400 
V’(0) = - 6.000
A primeira aproximação de i será encontrada fazendo-se: 
 i1 = - V(0) = - [400/-6.000] = 0,0667 ou 6,67% ao mês
 V’(0)
APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE 
NEWTON RALPHSON
154
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
154
Para se encontrar a SEGUNDA aproximação substitui-se i em V(i) e V’(i) por 0,0667. Vem:
V(0,0667) = 48
V’(0,0667) = - 4.644
A segunda aproximação do valor da taxa de juros interna será:
i2 = i1 - [V(0,0667)/ V’(0,0667)]
ou seja: 
i2 = 0,0667 - (48/ - 4.644) = 0,0667 + 0,0103 = 0,077 ou 7,7% ao mês
APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE 
NEWTON RALPHSON
155
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
155
Para se encontrar a TERCEIRA aproximação substitui-se i em V(i) e V’(i) por 0,077. Vem:
V (0,077) = 1
V’(0,077) = - 4.452
A terceira aproximação do valor da taxa interna será:
 i3 = i2 - [V(0,077)/ V’ (0,077)]
ou seja: 
i3 = 0,077 – (1 / - 4.452) = 0,077 + 0,0002 = 0,0772 ou 7,72% ao mês 
O processo é repetido até que a variação entre dois valores seguidos da taxa i seja desprezível.
APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE
NEWTON RALPHSON
156
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
156
Este método consiste em se achar o valor atual do fluxo de caixa do empreendimento considerando como taxa de desconto a própria taxa de atratividade.
Em outros termos: o método permite o cálculo do lucro (ou prejuízo) final de um projeto em valores de hoje, depois de ter remunerado o investidor pelo capital próprio investido à taxa de juros imposta pelo mesmo investidor para empregar seu capital no empreendimento.
VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL) OU 
VALOR PRESENTE LÍQUIDO (NET PRESENT VALUE)
157
Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE)
157
A fórmula de cálculo do VAL é:
 
 VAL = - I + R1 /(1 + i) + R2/(1 + i)2 + ........... + Rn/(1 + i)n 
Em que: 
	 VAL = valor atual líquido
 I = valor do investimento inicial
 R = receita líquida anual 
 n = número de períodos considerados

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