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Viabilidade Econômica de Empreendimentos Sérgio Conforto AS DUAS FACES DE UM EMPREENDIMENTO 2 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 3 A avaliação da rentabilidade de um determinado empreendimento é feita através do emprego de técnicas que constituem o Estudo de Viabilidade Técnico- Econômica ou o EVTE do projeto. Em resumo, um EVTE consiste na comparação entre o valor do investimento que deverá ser realizado no projeto e os benefícios econômicos que dele serão obtidos. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 4 Um EVTE pode ser desenvolvido nos seguintes casos: Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 5 Todo EVTE é baseado em três peças fundamentais que reunidos formam o Fluxo de Caixa Descontado Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 6 O Prazo de Retorno informa em quanto tempo o capital investido, que é dado pela Estimativa de Custos de Investimentos, será integralmente recuperado pelas receitas líquidas futuras, ou seja, pela diferença entre as receitas operacionais futuras e os custos e despesas operacionais apurados a cada ano Prazo de Retorno Valor Presente Líquido Taxa Interna de Retorno Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 7 O Valor Presente Líquido informa se o empreendimento, no prazo abrangido pelo horizonte do EVTE, após indenizar o investidor pelos recursos investidos no projeto, pagando-lhe a taxa de atratividade por ele mesmo fixada, dará ainda um lucro ou resultará em prejuízo. Prazo de Retorno Valor Presente Líquido Taxa Interna de Retorno Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) 8 A Taxa Interna de Retorno, também chamada Eficiência Marginal do Capital, informa a taxa de rentabilidade, isto é, a taxa de lucro sobre o capital investido, que é a Estimativa de Custos de Investimento. Esta taxa, comparada à taxa de atratividade e à taxa de remuneração praticada no mercado financeiro, vai determinar se o empreendimento é economicamente viável ou inviável. Prazo de Retorno Valor Presente Líquido Taxa Interna de Retorno Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 9 Outros elementos importantes para a análise são: Ponto de Equilíbrio Análise De Risco Em algumas instituições financeiras, como o BNDES, são exigidos também os Balanços Projetados. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICO – ECONÔMICA (EVTE) Viabilidade Econômica de Empreendimentos 10 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) COMPONENTES DE UM EVTE 11 1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa CAPEX OPEX COMPONENTES DE UM EVTE Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 12 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) É a primeira das três peças básicas do EVTE e deve representar, com a maior precisão possível, os custos de capital, ou seja, as despesas que serão incorridas para a realização do empreendimento. A AACE – American Association of Cost Engineers classifica as estimativas de investimentos em quatro tipos: Estimativa de Ordem de Grandeza – Classe 5 Estimativa de Estudo – Classe 4 Estimativa Preliminar – Classe 3 Estimativa Definitiva - Classe 2 ESTIMATIVAS DE CUSTOS DE INVESTIMENTOS COMPONENTES DE UM EVTE – 1ª etapa 13 OPERAÇÃO GATE 1 GATE 2 GATE 3 ESTIMATIVA ESTUDO ESTIMATIVA PRELIMINAR ESTIMATIVA DEFINITIVA ESTIMATIVA ORDEM DE GRANDEZA OPERAÇÃO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO DE UM EMPREENDIMENTO ESTIMATIVA DE ORDEM DE GRANDEZA 14 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) São as mais simples e as que custam menos para serem elaboradas. São preparadas na fase inicial do empreendimento. Essas estimativas são feitas com poucas consultas a fornecedores e muito uso de índices, correlações e bancos de dados. De acordo com a AACE, este tipo de estimativa admite variação de 20% a 25% entre os valores estimados e os valores efetivos. ESTIMATIVA DE ORDEM DE GRANDEZA – Classe 5 15 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) As informações requeridas para se elaborar uma estimativa deste tipo são: Natureza do Produto Capacidade de Produção da Planta Industrial Localização do Empreendimento ESTIMATIVA DE ESTUDO – Classe 4 16 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) No caso de projetos industriais, as informações requeridas para se elaborar uma estimativa deste tipo são: Projeto Conceitual Planta Geral Matéria Prima / Quantidade Consumida ou Processada Lista de Equipamentos das Unidades Principais com Especificações Preliminares Descrição Sumária das Instalações Principais, das Utilidades e das de Apoio Cronograma Físico de Implantação do Empreendimento. ESTIMATIVA PRELIMINAR – Classe 3 17 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) É elaborada quando a decisão de investir no empreendimento foi tomada, o projeto de engenharia já foi iniciado e alguns contratos de prestação de serviços foram assinados. A Estimativa Preliminar é feita, usualmente, fazendo-se pedidos de cotação a fornecedores de equipamentos e materiais, com pouco uso de índices, correlações e consultas a banco de dados. Segundo a AACE, uma Estimativa Preliminar pode apresentar variação entre 10% e 15% entre o valor estimado e o valor efetivo. ESTIMATIVA PRELIMINAR – Classe 3 18 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Os dados necessários à elaboração de uma Estimativa Preliminar são: Terreno: Localização, Planta de Situação, Lay-out Processo: Fluxograma Esquematizado de Processo Equipamentos: Lista de Equipamentos com Especificações Materiais: Especificações, Take-offs Preliminares Motores Elétricos: Lista de Motores Elétricos, com Respectivas Potências Edificações: Dimensionamento Aproximado, Tipo de Construção e de Fundações Cronograma Físico do Empreendimento Engenharia: Número de HH de Engenharia de Detalhamento e Gerenciamento do Projeto ESTIMATIVA DEFINITIVA – Classe 2 19 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Esta estimativa é elaborada quando o projeto já avançou, entre 30% a 70%. O projeto de detalhamento já está bastante desenvolvido, de modo que a estimativa adquire características de orçamento. A estimativa definitiva é feita tomando como base os valores já realizados e compromissados, assim como cotações de equipamentos e materiais. A variação máxima admitida pela AACE para uma Estimativa Definitiva é de 5%. A ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO E O FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 20 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) A Estimativa de Custo de Investimento participa duplamente do Fluxo de Caixa Descontado. Como Investimento Inicial; No Cálculo da Depreciação e da Amortização de Despesas Pré-operacionais. Por esta razão, é importante que a Estimativa de Custos de Investimentos seja apresentada com o devido detalhamento. 21 METODOLOGIA DE CÁLCULO POR CONTAS PRINCIPAIS Usualmente, a Estimativa de Custos de Investimento é apresentada com o seguinte desdobramento – PLANO DE CONTAS: ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO PLANO DE CONTAS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO APRESENTAÇÃO 22 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Em geral, a apresentação de uma Estimativa de Custos de Investimento compreende as seguintes partes: INTRODUÇÃO Nesta parte é feita uma apresentação formal do empreendimento, indicando dados que identifiquem o empreendimento, tais como: a respectiva denominação, tipo de produto, capacidade de produção, localização da planta industrial, indicação da empresa investidora . 23 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) CRITÉRIOS ADOTADOS Breve apresentação dos critérios adotados na elaboração da estimativa, tais como: a data de referência dos valores; a moeda utilizada e taxa de conversão considerada; indicação de valores constantes ou valores correntes; métodos construtivos considerados na estimativa. ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO APRESENTAÇÃO 24 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ABRANGÊNCIA DA ESTIMATIVA Uma lista de inclusões e exclusões consideradas. Isto é, indicar se estão incluídos ou não no valor da estimativa alguns itens tais como despesas de financiamentos ou despesas administrativas do cliente. METODOLOGIA DE CÁLCULO Descrever, sucintamente, a metodologia adotada na avaliação dos custos relativos aos serviços de engenharia, equipamentos, materiais, construção civil etc. ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO APRESENTAÇÃO 25 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DOCUMENTAÇÃO DE APOIO Enumerar os documentos (plantas, memoriais descritivos, listas de equipamentos etc.) que tenham sido utilizados na elaboração da estimativa de custos. TABELAS DE CUSTOS Apresentação das tabelas de custos estimados, por centro de custo e por conta. ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO APRESENTAÇÃO 26 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Projeto MS Estimativa de Custos de Implantação Código da Conta Conta Valor (R$ 1.000,00) Participação (%) 1000 Serviços de Engenharia 22.190 10,54 2000 Equipamentos 66.260 31,48 3000 Materiais 31.440 14,94 4000 Construção Civil 15.480 7,36 5000 Montagem Eletromecânica 34.160 16,23 6000 Canteiro de Obras 5.200 2,47 7000 Pré-operação e Partida 4.280 2,03 2,03 8000 Contingências 31.460 14,95 - Total 210.470 100,00 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE INVESTIMENTO APRESENTAÇÃO 27 São processos expeditos utilizados na elaboração de Estimativas de Ordem de Grandeza. Os métodos mais usuais são: MÉTODOS RÁPIDOS DE ELABORAÇÃO DE ESTIMATIVAS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 28 Trata-se de estimar o custo total de uma planta industrial, sabendo-se o valor do investimento necessário para cada unidade de capacidade instalada. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) INVESTIMENTO POR CAPACIDADE UNITÁRIA DE PRODUÇÃO INVESTIMENTO POR CAPACIDADE UNITÁRIA DE PRODUÇÃO 29 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Exemplo: Sabe-se que o custo de implantação de uma central termelétrica a gás natural é da ordem de US$ 550,00 por kW de capacidade instalada em agosto de 2003. Qual seria, em ordem de grandeza, o custo de implantação de uma termelétrica capaz de gerar 120 mW? Solução: aplicando a fórmula: I = US$ 550.000,00/mW x 120 mW = US$ 66.000.000,00 30 Trata-se de estimar o custo de implantação de uma unidade industrial conhecendo-se os custos de implantação de uma outra planta semelhante, com capacidade de produção diferente. O cálculo é feito com o uso da fórmula: Em que: P1 = custo que se deseja conhecer da nova unidade industrial P0 = custo conhecido da planta industrial C1 = capacidade de produção da nova planta C0 = capacidade de produção da planta conhecida k = fator potência P1 = P0 ( C1/ C0)k MÉTODO DO FATOR POTÊNCIA Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR POTÊNCIA 31 Fator “K” A literatura técnica registra os seguintes valores de “k” em função da natureza do produto: MÉTODO DO FATOR POTÊNCIA MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR POTÊNCIA Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR-POTÊNCIA 32 Exemplo: Sabendo que a implantação de uma unidade industrial de nitrato de amônia, com capacidade para produzir 15 toneladas por dia, custou investimento de US$ 30.000.000,00, pede-se calcular o custo de implantação de uma outra unidade do mesmo produto, com capacidade para produzir 25 toneladas por dia ; (Usar k = 0,54) Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO COMPARATIVO OU FATOR-POTÊNCIA 33 Solução: aplicando a fórmula: P0 = US$ 30.000.000,00 C0 = 15 toneladas /dia C1 = 25 toneladas/dia k = 0,54 P1 = US$ 30.000.000,00 x (25 /15)0,54 P1 = US$ 39.443.880 ou US$ 40.000.000,00 Nota: Quando não se sabe o valor de k aplicável ao produto, pode-se utilizar k = 0,6 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG 34 Os índices de Lang são fatores pelos quais são multiplicados os custos dos equipamentos principais de uma dada unidade industrial para se obter o custo total da planta. Os índices apresentados por Lang variam conforme se trate de processamento de sólidos, de sólidos e fluidos, ou apenas de fluidos. Esses fatores são: Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 3,10 para o caso de processamento de sólidos; 3,63 para processamento de sólidos e fluidos; e 4,74 para processamento de fluidos. 35 O método de Lang consiste no uso de fatores pelos quais são multiplicados os custos dos equipamentos principais de uma determinada unidade de processo, para se ter o custo total da planta. Esses fatores são: ÍNDICE DE LANG Tipo de Planta Fator Lang Processamento de sólidos 3,10 Processamento de sólidos e fluidos 3,63 Processamento de fluidos 4,74 MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 36 BENEFICIAMENTO DE MINÉRIO – PROCESSAMENTO DE SÓLIDOS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 37 PLANTA PETROQUÍMICA – PROCESSAMENTO DE SÓLIDOS E FLUIDOS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 37 38 REFINARIA – PROCESSAMENTO DE FLUIDOS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG 39 Exemplo: Uma unidade industrial de ácido sulfúrico processa, basicamente, enxofre na forma de grãos e água. Se o custo dos equipamentos principais de uma unidade como esta, capaz de produzir 100 toneladas por dia, estão avaliados em US$ 12.000.000,00, qual seria, em ordem de grandeza, o custo total desta planta? E o custo de uma outra planta do mesmo produto capaz de produzir 250 toneladas por dia? (Usar k = 0,62) Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE LANG 40 Solução: aplicando a fórmula: Índice de Lang = 3,63 k = 0,62 E0 = US$ 12.000.000,00 C0 = 100 t/d C1 = 250 t/d A planta toda de 100 t/d deve custar aproximadamente US$ 44.000.000,00 e a de 250 t/d, cerca de US$ 77.000.000,00. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 41 Esses índices representam uma composição típica de custos de implantação de uma unidade de processo na indústria química. COMPOSIÇÃO MÉDIA DOS CUSTOS DE IMPLANTAÇÃO Discriminação Percentual Médio doCusto Total Limites Equipamentosde processo 34,50% 25,00% a 40,00% Materiais 16,20% 6,90% a 25,50% Montagemde equipamentos de processo 4,00% 1,50% a 6,50% Montagemde materiais 14,55% 5,70% a 23,40% Obrascivis 8,25% 3,50% a 13,00% Serviçosde engenharia 12,50% 4,90% a 20,10% Despesasde canteiro de obras 8,70% 4,25 a 14,75% Despesaspré-operacionais 1,30% 0,50% a 2,00% TOTAL 100,00% -- ÍNDICE DE BAUMANN MÉTODO DE AVALIAÇÃO POR MEIO DE ÍNDICES ÍNDICES DE BAUMAN Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL em Reais 42 42 Reajuste de Planta XYZ de Abril de 2006 para Julho de 2008 Acréscimo de 11% em Reais Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 43 Reajuste de Planta de Polipropileno de Dez 2002 para Julho 2005 Acréscimo de 35% em Reais e 104% em Dólar TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL em Dólares Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 44 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Sabe-se que uma planta de PP (polipropileno) instalada em Cubatão, SP, teve seus custos avaliados em US$ 320 milhões com base nos preços vigentes em Novembro de 2010. Pede-se avaliar esses custos em Dezembro de 2014. Considerar os seguintes dados: Discriminação Em Novembro de2010 EmDezembro de 2014 IPCA 3.175,88 4.028,44 INPC 3.278,09 4.140,32 INCC 450,763 604,026 Col. 32 Máq. e Equip. 107,966 123,703 Col. 31 Prod. Metal 113,911 139,508 IPC USA 219,15 224,76 Taxa de Câmbio R$/US$ 1,7905 2,6386 TRANSPOSIÇÃO TEMPORAL - EXERCÍCIO COMPONENTES DE UM EVTE – 2ª etapa 45 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVAS DE CUSTOS OPERACIONAIS COMPONENTES DE UM EVTE – 2ª etapa 46 Trata-se de estimar os custos de funcionamento ou de operação do negócio que vai ser implantado, ou seja, os custos que a fábrica terá com seu pessoal de operação, consumo de matérias primas, insumos, despesas de administração etc. a partir do momento que se encerra a fase de implantação e começa a operar comercialmente a unidade industrial. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVAS DE CUSTOS OPERACIONAIS 47 Catalisadores Embalagens Pessoal Direto Pessoal de Supervisão Água Industrial Energia / Vapor Combustíveis ESTIMATIVAS DE CUSTOS OPERACIONAIS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) HORIZONTE DO EVTE 48 É o prazo abrangido pelo EVTE, que pode ser: Prazo Limitado pelo Prazo de Retorno do Capital Investido Prazo Definido pela Vida Útil dos Equipamentos Prazo de Duração Qualquer (usualmente 5, 10 ou 20 anos) Independentemente do horizonte, a Estimativa de Custos Operacionais será, em geral, referida a períodos de 1 ano. Os custos e despesas são avaliados em base anual e considera-se que eles ocorram no final de cada ano. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) RESUMO DE CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS 49 1. CUSTOS DE PRODUÇÃO Pessoal direto Pessoal indireto Matéria prima Materiais secundários Custos gerais de produção Despesas gerais de operação Depreciação e amortização de despesas pré-operacionais 2. DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas Despesas administrativas Despesas financeiras Impostos e contribuições Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS 50 1. CUSTOS DE PRODUÇÃO OU OPERAÇÃO 1.1 MÃO DE OBRA DIRETA Salário de pessoal de produção ou operação Encargos sociais Benefícios 1.2 MÃO DE OBRA INDIRETA Salário de pessoal de supervisão, laboratório, armazenamento, utilidades e segurança. Encargos sociais Benefícios 1.3 MATÉRIA PRIMA DIRETA 1.4 MATERIAIS SECUNDÁRIOS Reagentes Solventes Catalisadores Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS – cont. 51 1.5 CUSTOS GERAIS DE PRODUÇÃO Energia elétrica Água industrial Óleo combustível Graxas e lubrificantes Ferramental e materiais consumíveis Sobressalentes Material de embalagem Material de laboratório Manutenção e reparos Mão de obra do pessoal de manutenção Encargos sociais Benefícios Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DOS CUSTOS OPERACIONAIS – cont. 52 1.6 DESPESAS GERAIS Treinamento Roupas profissionais Material de proteção pessoal 1.7 DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS 53 2. DESPESAS OPERACIONAIS 2.1 DESPESAS DE VENDAS Salários do pessoal de vendas Encargos sociais Benefícios Despesas de propaganda Comissões sobre vendas Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS – cont. 54 2.2 DESPESAS ADMINISTRATIVAS Salários de pessoal de administração, serviços gerais, limpeza etc. Encargos sociais Benefícios Telefone, fax, internet Aluguéis Depreciação de móveis e utensílios Luz e força Manutenção e reparos Cópias Honorários de diretoria Viagens e estadas Materiais de escritório Manutenção de veículos administrativos Transporte de pessoal administrativo Refeitório Limpeza e conservação Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DETALHAMENTO DE DESPESAS OPERACIONAIS – cont. 55 2.3 DESPESAS FINANCEIRAS Juros, comissões e taxas bancárias Amortização de financiamento Imposto sobre operações financeiras 2.4 IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES Imposto de renda Contribuição social sobre o lucro líquido PIS/ Cofins Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS DE PESSOAL 56 Para se estimar os custos anuais com o pessoal que vai operar e administrar a fábrica (ou o negócio) é necessário: Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS DE PESSOAL 57 Caso o efetivo não seja conhecido previamente, será necessário fazer a composição da equipe, mesmo que seja uma aproximação, utilizando-se alguns parâmetros. Alguns setores dispõem de parâmetros, tais como número de empregados por unidade habitacional, utilizado no setor de hotelaria. Estudos do BNDES fornecem dados úteis, para esses casos, tais como número de empregos diretos por R$ 1 milhão de capital investido no projeto em diversos ramos de atividade econômica. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS DE PESSOAL Efetivo Direto de Operação (Regime de trabalho: 24 horas por dia) Capacidade de Produção (Tonelada/dia) Efetivo do Pessoal Direto de Operação 1 27 2 29 5 33 10 40 20 48 50 53 100 67 200 80 500 100 1000 107 2000 120 Pode-se avaliar o efetivo de supervisão admitindo-se um número de 10% a 20% do pessoal direto. No caso da indústria química ou petroquímica, pode-se utilizar dados como os do quadro: 58 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS OPERACIONAIS DE PESSOAL 59 Estatísticas do BNDES informam o número de empregos diretos gerados por cada R$ 1 milhão investido em alguns setores de atividade. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) EXEMPLO DE ESTRUTURA ORGANIZACIONAL TÍPICA 60 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL EXEMPLO DE TABELA SALARIAL 61 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Categorias Funcionais e Salários Categoria Nível Salário (R$/mês) Superior SA 18.500,00 SB 9.000,00 SC 5.500,00 SD 9.000,00 SE 6.000,00 Média MA 6.500,00 MB 4.000,00 MC 3.000,00 MD 3.700,00 ME 2.000,00 Elementar EA 2.400,00 EB 1.500,00 EC 1.200,00 ED 950,00 EE 850,00 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL EXEMPLO DE EFETIVO E QUALIFICAÇÃO 62 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Exemplo de Efetivo e Qualificação Lotação Categoria Funcional Nível Superintendência Diretor Superintendente SA Secretária de Diretoria MC Auditor SD Vendas Assessor de Vendas MB Assistente de Vendas MB Secretária ME SUPERINTENDÊNCIA E VENDAS 63 Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Superintendência Diretor Superintendente 18.500 1 18.500 Secretária 3.000 1 3.000 Auditoria Interna Auditor 9.000 1 9.000 Total SUPERINTENDÊNCIA 30.500 Assessoria de Vendas Assessor de Vendas 5.500 1 5.500 Assistente de Vendas 4.000 2 8.000 Assistente de Marketing 4.000 2 8.000 Secretária 2.000 1 2.000 Total VENDAS 23.500 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) SUPERINTENDÊNCIA E VENDAS 64 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Departamento de Administração Diretor administrativo 15.000 1 15.000 Assistente administrativo 5.000 1 5.000 Secretária 2.000 1 2.000 Auxiliar administrativo 1.500 3 4.500 Almoxarife chefe 2.500 1 2.500 Auxiliar de almoxarifado 900 2 1.800 Telefonista-recepcionista 900 2 1.800 Copista 800 2 1.600 Mensageiro 700 2 1.400 Médico-chefe 6.000 1 6.000 Auxiliar de enfermagem 3.400 5 17.000 Chefe de compras 5.000 1 5.000 Assistente de compras 3.500 2 7.000 Chefe de serviços gerais 3.500 1 3.500 Chefe de vigilância 2.500 1 2.500 Vigilante 1.050 10 10.500 Chefe de transporte 2.500 1 2.500 Motorista 1.050 4 4.200 ADMINISTRAÇÃO 65 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Departamento Encarregadode conservação 1.500 1 1.500 de Administração Servente 650 10 6.500 Nutricionista 3.000 1 3.000 Cozinheiro 1.100 1 1.100 Auxiliar de cozinha 850 4 3.400 Total ADMINISTRAÇÃO - - - 58 109.300 ADMINISTRAÇÃO - continuação 66 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL DEPARTAMENTO DE FINANÇAS Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Departamento de Finanças Diretor financeiro 15.000 1 15.000 Assistente financeiro 6.500 1 6.500 Secretária 2.000 1 2.000 Chefe de contabilidade 3.700 1 3.700 Auxiliar de contabilidade 1.200 2 2.400 Chefe de tesouraria 3.700 1 3.700 Caixa 2.400 2 4.800 Total FINANÇAS - - 9 38.100 67 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Departamento de Laboratorista 3.500 5 17.500 Manutenção e Laboratório Auxiliar de laboratório 1.500 10 15.000 Engenheiro de segurança 6.500 1 6.500 Técnico de segurança 3.200 2 6.400 Inspetor de segurança 5.300 5 26.500 Técnico de qualidade 3.200 1 3.200 Chefe da divisão de manutenção 7.000 1 7.000 Assistente de manutenção 4.500 2 9.000 Chefe da seção de instrumentação 4.100 1 4.100 Instrumentista 1.600 5 8.000 Ajudante de instrumentista 950 5 4.750 Chefe de seção elétrica 4.100 1 4.100 Eletricista 1.600 5 8.000 Ajudante de eletricista 950 5 4.750 DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LABORATÓRIO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 68 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 69 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Órgão Categoria Funcional Salário R$ Efetivo Total / Mês R$ Departamento de Chefe de seção de mecânica 4.100 1 4.100 Manutenção e Laboratório Encanador 1.280 3 3.840 Soldador 1.620 2 3.240 Maçariqueiro 1.280 2 2.560 Montador 1.280 5 6.400 Lubrificador 1.280 2 2.560 Torneiro mecânico 1.280 2 2.560 Frezador 1.280 2 2.560 Ajustador 1.280 3 3.840 Bombeiro 1.280 10 12.800 Bombeiro motorista 1.280 5 6.400 Auxiliar de bombeiro 800 10 8.000 Pedreiro 800 1 800 Servente 650 2 1.300 Bombeiro hidráulico 850 1 850 Carpinteiro 950 2 1.900 Total MANUTENÇÃO - - 102 188.510 DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E LABORATÓRIO - continuação 71 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL DEPARTAMENTO DE OPERAÇÃO Órgão Categoria Funcional Salário (R$) Efetivo Total (R$) Diretoria de Diretor de produção 15.000 1 15.000 Produção Secretária 2.000 1 2.000 Chefe da divisão de operações 7.000 1 7.000 Supervisor de turno 5.900 51 300.900 Supervisor de área 9.000 8 72.000 Operador de unidade de processo 3.850 42 161.700 Aux.de operador de unidade de processo 1.850 228 421.800 Operador de utilidade 3.230 8 25.840 Auxiliar de operador de utilidade 1.680 42 70.560 Operador do offsite 3.230 4 12.920 Auxiliar de operador de offsite 1.680 16 26.880 Total OPERAÇÃO - - 402 1.116.600 72 A formação dos custos de pessoal considera os seguintes ADICIONAIS: Determinadas funções receberão adicional de 30% de periculosidade; Para o pessoal sujeito a regime de turno de trabalho, o adicional de 37,14%; Encargos Sociais de 80%; Encargos Complementares variáveis conforme benefícios da empresa. Os adicionais são aplicados sobre o salário. ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 73 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL RESUMO MENSAL Discriminação Mão de Obra Direta Mão de Obra Indireta TotalMensal Operação Superint. Vendas Administr. Finanças Manuten. Salários 1.116.600 30.500 23.500 109.300 38.100 188.510 1.506.510 Periculosidade 334.980 9.150 7.050 32.790 11.430 56.553 451.953 Adicional de Turno 414.705 0 0 0 0 70.013 484.718 Encargos Sociais 1.493.028 31.720 24.440 113.672 39.624 252.060 1.954.545 EncargosComplementares 279.150 7.625 5.875 27.325 9.525 47.128 376.628 Total Mensal 3.638.463 78.995 60.865 283.087 98.679 614.264 4.774.353 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PESSOAL RESUMO ANUAL 74 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Discriminação Mão de Obra Direta Mão de Obra Indireta TotalAnual Operação Superint. Vendas Administ. Finanças Manut. Salários 13.399.200 366.000 282.000 1.311.600 457.200 2.262.120 18.078.120 Periculosidade 4.019.760 109.800 84.600 393.480 137.160 678.636 5.423.436 Adicional de Turno 4.976.463 0 0 0 0 840.151 5.816.614 Encargos Sociais 17.916.338 380.640 293.280 1.364.064 475.488 3.024.726 23.454.536 EncargosComplement. 3.349.800 91.500 70.500 327.900 114.300 565.530 4.519.530 Total Anual 43.661.561 947.940 730.380 3.397.044 1.184.148 7.371.163 57.292.236 EXEMPLO: Seja uma planta industrial dimensionada para produzir 260.000 toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, operando a 100% da sua capacidade nominal . O projeto prevê que a planta industrial vai operar a 60% da sua capacidade no primeiro ano de operação, 70% no 2º ano e a 80% do terceiro ano em diante. O quadro a seguir mostra o consumo anual de matérias primas e materiais secundários ao nível de 100% de utilização da capacidade nominal. ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS 75 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS 76 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) CONTA DESCRIÇÃO Quant. Unidade PrUnitário PrTotal Total Anual a 100% 60% 70% 80% 2000 MATERIAIS 63.302.270 37.981.362 44.311.589 50.641.816 2000.1 MATÉRIAS PRIMAS 52.728.000 31.636.800 36.909.600 42.182.400 Rocha fosfática 158.500 ton 119,00 18.861.500 11.316.900 13.203.050 15.089.200 Amônia 7.000 m3 613,00 4.291.000 2.574.600 3.003.700 3.432.800 Serpentinito 48.000 ton 77,00 3.696.000 2.217.600 2.587.200 2.956.800 Magnetita 2.500 ton 39,00 97.500 58.500 68.250 78.000 Bentonita 1.100 ton 240,00 264.000 158.400 184.800 211.200 Carvão vegetal 9.500 ton 180,00 1.710.000 1.026.000 1.197.000 1.368.000 Enxofre 48.000 ton 496,00 23.808.000 14.284.800 16.665.600 19.046.400 2000.2 MATERIAIS SECUNDÁRIOS 10.574.270 6.344.562 7.401.989 8.459.416 Carvão ativado 1.100 kg 2,20 2.420 1.452 1.694 1.936 Resina iônica 2.800 kg 70,00 196.000 117.600 137.200 156.800 Resina catiônica 1.800 kg 55,00 99.000 59.400 69.300 79.200 Cloro 2.500 m3 150,00 375.000 225.000 262.500 300.000 Sulfato de alumínio 45.000 kg 120,00 5.400.000 3.240.000 3.780.000 4.320.000 Pentóxido de vanádio 25.000 l 16,00 400.000 240.000 280.000 320.000 Sacos de embalagem 5.200.000 unid 0,75 3.900.000 2.340.000 2.730.000 3.120.000 Óleo diesel 98.000 l 1,93 189.140 113.484 132.398 151.312 Diatomita 8.200 kg 1,55 12.710 7.626 8.897 10.168 ESTIMATIVA DE CUSTOS DE MATERIAIS 77 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Para a estimativa de custos de materiais de embalagem, considera-se que o produto será comercializado em sacos de 50 Kg, que custam R$ 0,75 a unidade. O custo do material de embalagem por tonelada de produto será: 1.000 kg x R$ 0,75/ unid. = R$ 15,00/ tonelada 50 kg/unid. Para o 1º ano de operação: 260.000 ton x 60% x R$ 15,00/ton = R$ 2.340.000,00 Para o 2º ano de operação: 260.000 ton x 70% x R$ 15,00/ton = R$ 2.730.000,00 Para os demais anos: 260.000 ton x 80% x R$ 15,00/ton = R$ 3.120.000,00 ESTIMATIVA DE CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 78 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Estão incluídos nesta denominação os custos referentes aos seguintes elementos: Energia Elétrica Água Industrial Combustíveis Lubrificantes Catalisadores Embalagens Sobressalentes Materiais de Laboratório Máquinas Auxiliares Despesas Gerais de Fabricação ESTIMATIVA DE CUSTOS DE ENERGIA ELÉTRICA 79 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) O custo de utilização de energia elétrica compreende duas parcelas: Demanda Que corresponde à quantidade de energia elétrica que a concessionária deverá estar pronta a fornecer. Consumo Que corresponde à quantidade de energia elétrica efetivamente consumida na planta industrial. ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA 80 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) O custo da demanda é estimado aplicando-se o valor da tarifa de demanda cobrada pela concessionária sobre a capacidade total dos transformadores de força (da potência instalada) da subestação principal (a que primeiro recebe a energia vinda de fora dos limites de bateria da planta). A tarifa da demanda varia conforme o horário. Entre 18 horas e 24 horas, a tarifa é mais elevada (horário de pico). Uma indústria que trabalha 24 horas por dia tem 25% de horário de pico e 75% de horário normal. O custo referente à demanda é cobrado mensalmente na conta, junto com o relativo ao consumo. ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA 81 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) EXEMPLO Calcular o custo da demanda de uma fábrica de fertilizantes que tenha potência instalada de 18.000 kvA e opere 24 horas por dia, sendo a tarifa de demanda igual a R$ 10,63/kW no horário de pico e R$ 7,03/kW no horário normal. Custo da demanda no horário de pico: 18.000 kvA x 0,25 x R$ 10,63/kW = R$ 47.835,00/ mês Custo da demanda no horário normal: 18.000 kvA x 0,75 x R$ 7,03/kW = R$ 94.905,00/ mês No exemplo, o custo total mensal da demanda = R$ 142.740,00 por mês. ESTIMATIVA DE CUSTO DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA 82 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) EXEMPLO A soma das potências nominais dos motores elétricos da fábrica de fertilizantes é 7.230 hp. Estima-se que o consumo não ligado diretamente ao processo corresponda a 40% do total do processo. Sabe-se que o regime de trabalho é de 24 horas por dia. A tarifa relativa ao consumo, cobrada pela concessionária, é de R$ 40,10/mW.h no horário de pico e de R$ 28,55/mW.h no horário normal. Pede-se calcular o custo mensal do consumo de energia elétrica. ESTIMATIVA DE CUSTO DE CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA 83 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) EXEMPLO Consumo efetivo mensal: 7.230 HP x 0,7457 x 0,92 x 30 dias x 24 h/dia = 3.571.271 kw.h/mês (3.571.271 kw.h/mês) / 1.000 = 3.571,27 Mw.h/mês Custo mensal de consumo: No horário de pico: 3.571,27 Mw.h/mês x 0,25 x R$ 40,10/Mw.h = R$ 35.802,00 No horário normal: 3.571,27 Mw.h/mês x 0,75 x R$ 28,55/Mw.h = R$ 76.470,00 Total do consumo dos motores: = R$ 112.272,00 / mês Acrescentando-se os gastos com outras formas de consumo, vem: R$ 112.272,00 / mês x 1,40 = R$ 157.181,00 por mês Custo Total Mensal do Consumo = R$ 157.181,00 84 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ESTIMATIVA DE CUSTO DE DEMANDA E CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA TOTAL ANUAL Energia Elétrica 3.599.052 Demanda 12 mês 142.740 1.712.880 Consumo 12 mês 157.181 1.886.172 OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 85 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) ÁGUA INDUSTRIAL OU ÁGUA DE PROCESSO Existindo o fornecimento de água de concessionária, multiplica-se o consumo previsto (m3) pela tarifa cobrada pela concessionária. Se a água for captada, os custos de operação da estação de captação e da estação de tratamento estarão distribuídos em outros elementos, como energia, consumo de materiais (resina catiônica, resina iônica, carvão ativado, sulfato de alumínio, cal, hipoclorito e regenerante) e mão-de-obra de operadores das estações de captação e tratamento d’água. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 86 ÁGUA INDUSTRIAL OU ÁGUA DE PROCESSO Considerando para fábrica de fertilizantes o consumo de 950.000 m3 / ano, qual o custo total anual de água industrial, sabendo-se que a empresa concessionária cobra R$ 2,50 / m3 de água fornecida e a mesma tarifa de esgoto, totalizando = R$ 5,00 / m3 ? 950.000 m3 x R$ 5,00 / m3 = R$ 4.750.000,00 / ano de água e esgoto OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 87 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) LUBRIFICANTES Os lubrificantes (graxas e óleos) são utilizados em equipamentos rotativos (bombas, moinhos, transportadores, ventiladores, sopradores, agitadores, elevadores industriais etc.) Pode-se estimar o consumo desses produtos adotando-se alguns parâmetros, como: Óleo lubrificante: 5 litros por ano por equipamento rotativo Graxa: 2 kg por ano por equipamento rotativo e 1kg por ano por metro linear de transportador de correia. 88 LUBRIFICANTES Considerando que existam na fábrica de fertilizantes 188 equipamentos rotativos incluindo bombas, moinhos, transportadores, ventiladores etc. tem-se os seguintes custos de lubrificantes: Óleo lubrificante: 5 litros por ano x 188 = 940 litros por ano x R$ 5,00 = R$ 4.700,00 Graxa: Equipamentos rotativos = 2 kg por ano x 188 = 376 kg ano Transportadores = 1kg por ano x 1750 ml = 1.750 kg por ano Total = 2.126 kg x R$ 3,00 / kg = R$ 6.378,00 OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 89 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) COMBUSTÍVEIS Algumas indústrias utilizam equipamentos em que se realiza a queima de combustíveis para a geração de energia térmica. Exemplos são as fornalhas e as caldeiras. Os combustíveis utilizados podem ser de diversos tipos, sendo os mais comuns o óleo combustível, o gás natural, o carvão mineral e o carvão vegetal. Para se estimar o custo do consumo de combustíveis será necessário conhecer o tipo de combustível, a quantidade consumida por unidade de tempo de operação e o custo unitário do combustível. OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 90 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) CATALISADORES Algumas indústrias químicas utilizam catalisadores em seus processos. Embora esses produtos não sejam propriamente consumidos, ocorrem desgastes que tornam necessária a sua reposição. Pode-se estimar o custo anual do desgaste dos catalisadores como correspondendo a 20% do valor total desses materiais. OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 91 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) PEÇAS SOBRESSALENTES Pode-se utilizar a tabela abaixo para o cálculo anual dos custos de consumo de peças sobressalentes, aplicando-se os percentuais indicados ao custo de cada equipamento. Ou utiliza-se um percentual médio de 3% ao ano, aplicável sobre o custo dos equipamentos. OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 92 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) CONSUMO ANUAL DE SOBRESSALENTES Tipo de Equipamento Gasto em % Bomba centrífuga 6,0 Compressor de ar 4,0 Ponte rolante 0,5 Motor elétrico 2,0 Torre de resfriamento 2,5 Secador de ar 4,0 Centro de controle de motores 2,0 Bateria de carregadores e acumuladores 3,5 Instrumentação e válvula de controle 4,5 Transportador de correia 0,5 Elevador industrial 5,0 Agitador ou misturador 5,0 Transformador de força 0,5 Tubulação 1,0 Material elétrico 2,0 93 PEÇAS SOBRESSALENTES Custos de equipamentos = R$ 113.824.660,00 Custos de reposição de sobressalentes = 3% Despesas com sobressalentes: R$ 113.824.660,00 x 3% = R$ 3.414.740,00 OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) OUTROS COMPONENTES DOS CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 94 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) MATERIAL DE LABORATÓRIO Pode-se estimar o custo do material de laboratório consumido em testes ao longo de um ano adotando-se um percentual de 1,5% do valor dos equipamentos e materiais de laboratório. Para a fábrica de fertilizantes: 1,5% x R$ 1.600.000,00 = R$ 24.000,00 / ano 95 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) RESUMO - CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO CONTA DESCRIÇÃO Quant. Unidade Pr Unitário Total Anual 3000 CUSTOS GERAIS DE FABRICAÇÃO 11.798.870 3000.1 Energia Elétrica 3.599.052 Demanda 12 mês 142.740 1.712.880 Consumo 12 mês 157.181 1.886.172 3000.2 Água Industrial ou Água de Processo 4.750.000 Água Industrial e Esgoto 950.000 m3 5 4.750.000 3000.3 Combustíveis, Lubrificantes, Embalagem 11.078 Óleo lubrificante 940 litros 5 4.700 Graxa 2.126 kg 3 6.378 3000.4 Sobressalentes e Peças de Reposição 113.824.660 3.414.740 Equipamentos 3% 113.824.660 3.414.740 3000.5 Materiais de Laboratório 24.000 Materiais de Laboratório 1,50% 1.600.000 24.000 DEPRECIAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS 96 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) A DEPRECIAÇÃO aplica-se aos investimentos em bens físicos, como máquinas, equipamentos, instalações, edificações e obras civis em geral. CÁLCULO DAS PARCELAS DE DEPRECIAÇÃO 97 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) O cálculo mais usual é a depreciação em linha reta, que consiste em dividir o valor do bem a ser depreciado pelo número de anos de sua vida útil. Em que: d = valor da parcela anual de depreciação V0 = valor original do bem Vr = valor residual ou valor de sucata n = número de anos da vida útil Nos EVTE, normalmente se considera o valor residual nulo. d = (V0 - Vr) / n VIDA ÚTIL 98 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) As condições de depreciação no Brasil são estabelecidas pela Lei do Importo de Renda. O prazo mínimo de depreciação de equipamentos em condições normais de trabalho é de 10 anos. Para as obras civis, o prazo mínimo é de 25 anos. Alguns Exemplos de Vida Útil (em anos) Tipo de Bem Mínima Média Máxima Móveis e utensílios de escritório 8 10 12 Computadores e periféricos 5 6 7 Automóveis 2,5 3 3,5 Ônibus 7 9 11 Caminhões leves 3 4 5 Caminhões pesados 5 6 7 Tratores 3 4 5 98 AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS 99 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) A AMORTIZAÇÃO aplica-se aos gastos com bens intangíveis, como serviços (projetos, estudos) e juros de financiamento pagos durante a implantação do empreendimento. 99 AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS 100 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) São consideradas despesas pré-operacionais sujeitas a amortização: Projetos e Estudos Despesas Financeiras antes da Partida da Fábrica Treinamento de Pessoal durante a Implantação Despesas de Gerenciamento do Empreendimento Despesas de Pré-operação e Partida da Fábrica A lei do imposto de renda estabelece que essas despesas devem ser amortizadas no prazo mínimo de 10 anos. 100 DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS 101 A recuperação dos investimentos se dá de forma indireta, uma vez que as parcelas de depreciação e de amortização são deduzidas do lucro da empresa, para efeito de cálculo do imposto de renda e da contribuição sobre o lucro líquido. Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 101 102 Conta Descrição Valores em R$ 1000 Serviços de Engenharia 39.370.514,00 2000 Equipamentos 113.824.660,00 3000 Materiais 55.756.800,00 3900 Frete 3.407.106,00 5000 Construção Civil 40.819.625,00 6000 Montagem Eletromecânica 75.228.810,00 7000 Canteiro de Obras 17.760.801,00 8000 Pré-operação e partida 6.731.772,00 Custo Total do Investimento 352.900.088,00 CUSTOS DE INVESTIMENTO DO PROJETO ESTIMATIVA DE INVESTIMENTO DA FÁBRICA DE FERTILIZANTES Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 103 DEPRECIAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Parcela anual de depreciação de equipamentos e materiais = (Custos de Equipamentos + Custos de Materiais + Frete + Montagem Eletromecânica) / 10 Logo, substituindo-se pelos valores estimados da fábrica de fertilizantes, vem: Parcela anual de depreciação de equipamentos e materiais = (R$ 113.824.660,00 + R$ 55.756.800,00 + 3.407.106,00 + 75.228.810,00) / 10 = R$ 26.597.818,00 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DEPRECIAÇÃO 104 DEPRECIAÇÃO DE OBRAS CIVIS Parcela anual de depreciação de obras civis = (Custos da Construção Civil) / 25 Portanto, o valor anual da depreciação da fábrica de fertilizantes será: Parcela anual de depreciação das obras civis = R$ 40.819.625,00 / 25 = R$ 1.632.785,00 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DEPRECIAÇÃO 105 AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS Valor da amortização anual das despesas pré-operacionais, considerando os seguintes custos = (Custos de Engenharia + Despesas de Canteiro de Obras + Despesas de Pré-operação e Partida) Logo, substituindo pelos respectivos valores estimados da fábrica de fertilizantes: (R$ 39.370.514,00 + R$ 17.760.801,00 + R$ 6.731.772,00) / 10 = R$ 4.610.229,00 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) AMORTIZAÇÃO DE DESPESAS PRÉ-OPERACIONAIS ESTIMATIVA DE DESPESAS OPERACIONAIS 106 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) São classificadas como Despesas Operacionais: Despesas de Vendas Despesas Administrativas Despesas Financeiras Essas despesas só passam a existir depois do início de operação da planta industrial, portanto, não devem ser confundidas com as Despesas Pré- operacionais. 106 DESPESAS DE VENDAS 107 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Essas despesas incluem, basicamente, as seguintes: Salários, Encargos e Benefícios do Pessoal Alocado na Área de Vendas, Marketing ou Comercial Despesas de Propaganda Comissões pagas a Vendedores ou Representantes Comerciais. 107 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 108 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) São incluídas nesta denominação as seguintes despesas: Honorários da Diretoria Salários, Encargos e Benefícios do Pessoal Administrativo Telefone, Fax, Internet Depreciação de Móveis e Utensílios de Escritório e Veículos Administrativos Manutenção e Reparos de Prédios Administrativos Luz e Força de Prédios Administrativos Cópias (Xerox) Viagens e Estadas de Pessoal da Administração Materiais de Escritório Manutenção de Veículos Administrativos Transporte de Pessoal Administrativo Material de Copa e Limpeza 108 109 DESPESAS ADMINISTRATIVAS ANUAIS Considera-se 10% dos custos das despesas com pessoal administrativo Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DESPESAS ADMINISTRATIVAS TOTAL ANUAL 4000.2 Despesas Administrativas 467.892 Superintendência 10% mês 30.500 36.600 Vendas 10% mês 23.500 28.200 Dep. de Administração 10% mês 109.300 131.160 Dep. de Finanças 10% mês 38.100 45.720 Manutenção / Laboratório / Outros 10% mês 188.510 226.212 DESPESAS FINANCEIRAS 110 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) São despesas relativas a pagamentos de juros, comissões e amortizações de financiamentos, incorridas após o início de operação da fábrica. Não devem ser confundidas com as despesas financeiras pagas durante a fase de implantação do empreendimento. No Brasil, praticamente apenas o BNDES financia projetos de longo prazo e nesses financiamentos os juros são pagos sobre o valor utilizado do empréstimo, ou seja, sobre os saques efetivados. Além dos juros, são cobradas comissões, sendo as mais comuns: 110 DESPESAS FINANCEIRAS 111 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Comissão de Abertura Paga de uma só vez, na assinatura do contrato de financiamento, corresponde a um percentual sobre o valor do empréstimo. Comissão de Gestão ou do Agente Esta comissão é paga periodicamente, junto com os juros e corresponde a um percentual sobre o valor sacado até a data. Trata-se da remuneração do agente repassador do crédito. Comissão de Compromisso Esta comissão não é muito comum. Trata-se de um percentual sobre o saldo não utilizado do financiamento. É paga periodicamente, junto com os juros. Deve-se observar que sobre o valor dos saques incide o I.O.F. – Imposto sobre Operações Financeiras, correspondente a 1,5% do valor do saque. 111 112 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) EXEMPLO DE PLANILHA FINANCEIRA Os custos de implantação do projeto tomado como exemplo estão estimados em R$ 352.900.088,00. O prazo de construção da planta é de 28 meses e o projeto será iniciado em Setembro de 2009, com término previsto para Dezembro de 2011. O BNDES já aprovou o financiamento de 30% dos custos do empreendimento, de acordo com as seguintes condições. DESPESAS FINANCEIRAS 112 DESPESAS FINANCEIRAS 113 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Taxa de juros de 8% ao ano (ou 4% ao semestre), incluindo TJLP de 6% e spread de 2% aa Taxa de abertura de crédito de 1,5% (paga na assinatura do contrato de financiamento) Comissão do agente de 2% ao ano (ou 1% ao semestre), paga juntamente com os juros. Carência: durante as obras serão pagos apenas os juros e a comissão do agente. Capitalização: os juros e a comissão do agente serão capitalizados semestralmente, a partir do primeiro saque efetuado. O IOF é de 1,5% incidindo sobre o valor de cada saque. Amortização: o valor principal será amortizado em 20 parcelas semestrais de igual valor, vencendo a primeira dela 6 meses após a realização do último saque. 113 114 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Observe-se que a taxa de juros de 8% ao ano, somada com a comissão do agente, de 2% ao ano, corresponde a uma taxa de 10% ao ano. Como se trata de capitalização semestral e a juros simples, então a taxa de juros será de 5% ao semestre ou 0,83% ao mês. DESPESAS FINANCEIRAS 114 115 PLANILHA FINANCEIRA Data % de Execução Curva S 60% Custo Saques IOF Juros Pagos 30% 1,5% Set 2009 0,3 1.058.700 317.610 4.764 Out. 0,5 1.764.500 529.350 7.940 Nov. 0,7 2.470.301 741.090 11.116 Dez. 1 3.529.001 1.058.700 15.881 Jan 2010 1,3 4.587.701 1.376.310 20.645 Fev. 1,6 5.646.401 1.693.920 25.409 125.657 Mar. 2 7.058.002 2.117.401 31.761 Abr. 2,4 8.469.602 2.540.881 38.113 Mai. 2,8 9.881.202 2.964.361 44.465 Jun. 3,3 11.645.703 3.493.711 52.406 Jul. 3,7 13.057.303 3.917.191 58.758 Ago. 4,3 15.174.704 4.552.411 68.286 783.819 Set. 4,9 17.292.104 5.187.631 77.814 Out. 5,6 19.762.405 5.928.721 88.931 Nov. 6,4 22.585.606 6.775.682 101.635 Dez. 6,9 24.350.106 7.305.032 109.575 Jan 2011 7,1 25.055.906 7.516.772 112.752 Fev. 6,6 23.291.406 6.987.422 104.811 2.354.094 Mar. 6,2 21.879.805 6.563.942 98.459 Abr. 5,8 20.468.205 6.140.462 92.107 Mai. 5,3 18.703.705 5.611.111 84.167 Jun. 4,8 16.939.204 5.081.761 76.226 Jul. 4,4 15.527.604 4.658.281 69.874 Ago. 3,8 13.410.203 4.023.061 60.346 4.242.466 Set. 3,2 11.292.803 3.387.841 50.818 Out. 2,5 8.822.502 2.646.751 39.701 Nov. 1,7 5.999.301 1.799.790 26.997 Dez. 0,9 3.176.101 952.830 14.292 Jan 2012 - - - - Fev. - - - - 5.196.757 Total 100 352.900.088 105.870.026 1.588.050 12.702.794 115 116 PLANILHA AUXILIAR Mês/Ano Saques Taxa de Juros Juros Juros Pagos 0,83% R$ R$ Set 2009 317.610 6 x 0,0083 = 0,0498 15.817 Out. 529.350 5 x 0,0083 = 0,0415 21.968 Nov. 741.090 4 x 0,0083 = 0,0332 24.604 Dez. 1.058.700 3 x 0,0083 = 0,0249 26.362 Jan 2010 1.376.310 2 x 0,0083 = 0,0166 22.847 Fev. 1.693.920 1 x 0,0083 = 0,0083 14.060 125.657 Acumulado 5.716.981 Mar 2010 5.716.981 0,0498 284.706 Mar. 2.117.401 0,0498 105.447 Abr. 2.540.881 0,0415 105.447 Mai. 2.964.361 0,0332 98.417 Jun. 3.493.711 0,0249 86.993 Jul 3.917.191 0,0166 65.025 Ago. 4.552.411 0,0083 37.785 783.819 Acumulado 25.302.936 Set 2010 25.302.936 0,0498 1.260.086 Set. 5.187.631 0,0498 258.344 Out. 5.928.721 0,0415 246.042 Nov. 6.775.682 0,0332 224.953 Dez. 7.305.032 0,0249 181.895 Jan 2011 7.516.772 0,0166 124.778 Fev. 6.987.422 0,0083 57.996 2.354.094 Acumulado 65.004.196 Mar 2011 65.004.196 0,0498 3.237.209 Mar. 6.563.942 0,0498 326.884 Abr. 6.140.462 0,0415 254.829 Mai. 5.611.111 0,0332 186.289 Jun. 5.081.761 0,0249 126.536 Jul. 4.658.281 0,0166 77.327 Ago. 4.023.061 0,0083 33.391 4.242.466 Acumulado 97.082.814 Set 2011 97.082.814 0,0498 4.834.724 Set. 3.387.841 0,0498 168.714 Out. 2.646.751 0,0415 109.840 Nov. 1.799.790 0,0332 59.753 Dez. 952.830 0,0249 23.725 Jan 2012 Fev. 5.196.757 Acumulado 105.870.026 12.702.793 116 117 PLANILHA FINANCEIRA GERAL Data Saldo do Financiamento Saques Acumulados I.O.F. Juros Pagos & Comissão do Agente Comissão de Abertura Amortização do Principal Saldo Devedor Set 2009 105.870.026 1.588.050 Fev 2010 100.153.045 5.716.981 85.755 125.657 Ago. 80.567.090 25.302.936 379.544 783.819 Fev 2011 40.865.830 65.004.196 975.063 2.354.094 Ago. 8.787.212 97.082.814 1.456.242 4.242.466 Fev 2012 105.870.026 1.588.050 5.196.757 Jun. 105.870.026 Jun. 5.272.327 5.293.501 100.576.525 Dez. 5.008.711 5.293.501 95.283.024 Jun 2013 4.745.095 5.293.501 89.989.522 Dez. 4.481.478 5.293.501 84.696.021 Jun 2014 4.217.862 5.293.501 79.402.520 Dez. 3.954.245 5.293.501 74.109.018 Jun 2015 3.690.629 5.293.501 68.815.517 Dez. 3.427.013 5.293.501 63.522.016 Jun 2016 3.163.396 5.293.501 58.228.515 Dez. 2.899.780 5.293.501 52.935.013 Jun 2017 2.636.164 5.293.501 47.641.512 Dez. 2.372.547 5.293.501 42.348.011 Jun 2018 2.108.931 5.293.501 37.054.509 Dez. 1.845.315 5.293.501 31.761.008 Jun 2019 1.581.698 5.293.501 26.467.507 Dez. 1.318.082 5.293.501 21.174.005 Jun 2020 1.054.465 5.293.501 15.880.504 Dez. 790.849 5.293.501 10.587.003 Jun 2021 527.233 5.293.501 5.293.501 Dez. 263.616 5.293.501 0 Total - 105.870.026 68.062.230 1.588.050 105.870.026 117 118 Discriminação 1º ano 2º ano 3º ano Demais Anos 60% 70% 80% 80% CUSTOS DIRETOS 93.441.793 99.772.020 106.102.247 106.102.247 Mão de obra direta 43.661.561 43.661.561 43.661.561 43.661.561 Mat. primas e mat. secundários 37.981.362 44.311.589 50.641.816 50.641.816 Custos Gerais de Fabricação 11.798.870 11.798.870 11.798.870 11.798.870 CUSTOS INDIRETOS 57.220.437 56.165.971 55.111.506 (*) Mão de obra indireta 13.630.675 13.630.675 13.630.675 13.630.675 Despesas Administrativas 467.892 467.892 467.892 467.892 Despesas Financeiras 10.281.038 9.226.753 8.172.107 (*) Depreciação e Amortização 32.840.832 32.840.832 32.840.832 32.840.832 CUSTOS OPERACIONAIS TOTAIS 150.662.230 155.937.991 161.213.753 (*) (*) A partir do terceiro ano de operação o valor dos juros do financiamento vão se reduzindo. Por isto, essas despesas financeiras são variáveis a cada ano. DEMONSTRATIVO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 119 Ano de Operação Custos Operacionais Totais 4º 160.159.287,00 5º 159.104.822,00 6º 158.050.356,00 7º 156.995.891,00 8º 155.941.426,00 9º 154.886.960,00 10º 153.832.495,00 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DEMONSTRATIVO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO COMPONENTES DE UM EVTE – 3ª etapa ESTIMATIVAS DE RECEITAS 120 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) O Faturamento é o simples resultado da multiplicação do preço unitário de venda pela quantidade vendida em um determinado exercício. A Receita Bruta é a entrada que se espera de numerário, proveniente das vendas, no mesmo exercício, considerando as condições estabelecidas para pagamento da parte do comprador. A Receita Líquida é igual à receita bruta menos as deduções que normalmente são feitas, de modo a se ter a entrada efetiva de numerário no caixa da empresa. PRODUÇÃO E VENDAS 121 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 121 As deduções mais comuns são: Devedores Duvidosos e Devoluções: em geral se considera um percentual de 3% sobre o faturamento Descontos: caso a empresa pretenda conceder alguma forma de desconto por pagamento à vista, por exemplo COFINS e PIS : São contribuições obrigatórias que incidem sobre o faturamento, equivalendo respectivamente a 7,60% e 1,65% do valor faturado. O cálculo é feito por dentro: x = [F/(1-a)] – F, em que: x é o valor da contribuição; F é o valor faturado; e a é a alíquota aplicável. PRODUÇÃO E VENDAS 122 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 122 Admite-se que o preço de venda da tonelada de fertilizantes seja de: R$ 502,22 / ton do superfosfato com produção de 180.000 ton e, R$ 712,50 / ton do termofosfato com produção de 80.000 ton a 100%. Admite-se, também, que toda a produção será vendida no mesmo ano e que os pagamentos serão feito à vista, sem desconto. ESTIMATIVA DO FATURAMENTO 123 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 123 124 FATURAMENTO Discriminação Quantidade a 100% Pr. Unitário Pr. Total ton R$/ton a 100% a 60% a 70% a 80% Superfosfato simples 180.000 502,22 90.400.000 54.240.000 63.280.000 72.320.000 Termofosfato 80.000 3.712,50 297.000.000 178.200.000 207.900.000 237.600.000 Receita Bruta Anual 387.400.000 232.440.000 271.180.000 309.920.000 ESTIMATIVA DO FATURAMENTO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Receita Anual Admitindo-se um desconto de 3% a título de devedores duvidosos e devoluções e 7,6% de Cofins e 1,65% de PIS. ESTIMATIVA DE RECEITAS OU ORÇAMENTO DE VENDAS 125 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) RECEITAS ANUAIS Discriminação Níveis de Produção 100% 60% 70% 80% Receita Bruta Anual 387.400.000 232.440.000 271.180.000 309.920.000 Devedores Duvidosos 11.622.000 6.973.200 8.135.400 9.297.600 PIS / COFINS 39.487.052 23.692.231 27.640.937 31.589.642 ReceitaLíquida Anual 336.290.948 201.774.569 235.403.663 269.032.758 125 É o demonstrativo dos gastos diretos com a fabricação dos produtos vendidos no ano, incluindo os custos de mão de obra direta, matérias primas, materiais secundários e os custos gerais de fabricação. CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS 126 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 126 Do quadro demonstrativo dos custos gerais de produção dos primeiros ano de operação da fábrica de fertilizantes considerada nos exemplos anteriores, quando a operação se dá a 60%, 70% e 80% da capacidade instalada, pode-se extrair o seguinte demonstrativo de custos dos produtos vendidos: CUSTOS DOS PRODUTOS VENDIDOS 127 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Discriminação 1º ano 2º ano 3º ano 60% 70% 80% CUSTOS DIRETOS 93.441.793 99.772.020 106.102.247 Mão de obra direta 43.661.561 43.661.561 43.661.561 Materiais 37.981.362 44.311.589 50.641.816 Custos Gerais de Fabricação 11.798.870 11.798.870 11.798.870 127 COMPONENTES DE UM EVTE – 4ª etapa FLUXO DE CAIXA DESCONTADO 128 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 129 Discriminação 1º ano 2º ano 3º ano 60% 70% 80% Faturamento 232.440.000 271.180.000 309.920.000 (-) Devedores Duvidosos 6.973.200 8.135.400 9.297.600 (-) PIS/ Cofins 23.692.231 27.640.937 31.589.642 Receita Bruta 201.774.569 235.403.663 269.032.758 (-) Custo dos Produtos Vendidos 93.441.793 99.772.020 106.102.247 (-) Depreciação do Ativo Fixo 28.230.603 28.230.603 28.230.603 (-) Amortização dos Serviços 4.610.229 4.610.229 4.610.229 Lucro Líquido 75.491.944 102.790.812 130.089.680 (-)Mão-de-obraIndireta 13.630.675 13.630.675 13.630.675 (-) Despesas Administrativas 467.892 467.892 467.892 (-) Despesas de Vendas - - - Lucro Operacional 61.393.377 88.692.245 115.991.113 (-) Despesas Financeiras 10.281.038 9.226.573 8.172.107 Lucro Líquido Operacional 51.112.339 79.465.672 107.819.005 (-) Provisão para a Contribuição Social 4.600.110 7.151.910 9.703.710 (-) Provisão para Imposto de Renda 12.790.863 19.886.284 26.981.706 Resultado Líquido do Exercício 33.721.366 52.427.477 71.133.589 DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Observe-se que o resultado indica o Lucro Contábil final do exercício e não o que restou em caixa, uma vez que o valor da depreciação e da amortização das despesas pré-operacionais não correspondem a desembolsos realizados no exercício. No exemplo teria restado em caixa o valor correspondente à soma: Saldo + Depreciação + Amortização = Saldo Final em Caixa R$ 33.721.366,00+28.230.603,00+4.610.229,00 = R$ 66.562.197 Este valor é o resultado, em caixa, do primeiro ano de operação e é ele que constará do fluxo de caixa do empreendimento para efeito de análise de rentabilidade. DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 130 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 130 131 Exercícios Saldo Final em Caixa Valores em R$ 1º Ano 66.562.197,00 2º Ano 85.268.308,00 3º Ano 103.974.420,00 4º Ano 104.670.104,00 5º Ano 105.365.787,00 6º Ano 106.061.471,00 7º Ano 106.757.154,00 8º Ano 107.452.838,00 9º Ano 108.148.522,00 10º Ano 108.844.205,00 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO As empresas bem administradas já têm um valor definido para seu CUSTO DE OPORTUNIDADE ou TAXA de ATRATIVIDADE. Este custo do capital próprio é dado por uma taxa de juros (em % ao ano) que se aplica sobre o valor total do investimento realizado com capital próprio. Esta taxa de juros representa a remuneração do capital investido pela empresa no empreendimento. TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO 132 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 132 Uma forma comum de definição da taxa de atratividade ou taxa de remuneração do capital próprio é a adoção de uma taxa de juros praticada nas aplicações mais seguras (ou risk free rate), como, por exemplo, as taxas pagas pelo Tesouro Nacional ou a taxa Selic, adicionando-se ainda um spread (de 2% a 5%). Ou seja: Admitindo-se a Selic, atualmente em 14,25% a.a., com um spread de 2%, a taxa de atratividade seria: Taxa = 14,25 + 2,00 = 16,25% TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO 133 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 133 134 TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO Taxa de Equilíbrio de Mercado Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Outra forma de calcular esta taxa é adotar a fórmula abaixo: Taxa = T-10 + Spread + Inflação Sendo: T-10 = Taxa de juros do Título de 10 anos do Tesouro dos EUA; Spread = Prêmio de Risco do JP Morgan; Inflação = Previsão para os próximos 12 meses pelo Boletim Focus “COPOM” – Banco Central Em fevereiro de 2016, Taxa = 1,63% + 4,74% + 6,72% = 13,05% 135 Taxas observadas no mercado no ano de 2015 TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Rentabilidade em 12 meses Data CSI CDB RENDA FIXA POUPANÇA Janeiro2015 10,91 9,96 12,01 7,06 Fev 10,95 10,14 11,76 7,01 Mar 11,26 10,20 12,04 7,12 Abr 11,40 10,24 12,22 7,19 Mai 11,54 10,37 11,75 7,26 Jun 11,82 10,67 12,49 7,39 Jul 12,08 10,78 12,51 7,53 Ago 12,35 11,00 12,47 7,66 Set 12,58 11,35 12,68 7,78 Out 12,77 11,62 12,57 7,88 Nov 13,01 11,98 11,49 7,94 Dez 13,24 12,31 12,45 8,07 136 Taxas Propostas TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Período Poupança % ao ano Previsão Inflação 12 meses FOCUS % Taxa de Juros %aoano Setembro 2014 6,98 6,28 13,26 Out 6,99 6,37 13,36 Nov 7,02 6,45 13,47 Dez 7,08 6,61 13,69 Jan 2015 7,05 6,64 13,69 Fev 7,01 6,57 13,67 Mar 7,12 6,51 13,63 Abr 7,19 6,06 13,25 Mai 7,25 5,96 13,21 Jun 7,39 6,04 13,03 Jul 7,53 5,83 13,36 Ago 7,66 5,64 13,30 Um outro método de cálculo de taxa de remuneração do capital investido é o CAPM que consiste em se determinar uma taxa de juros pela fórmula: Tr = Tf + β (Tm - Tf) Em que: Tr = taxa de remuneração do capital investido Tf = taxa de juros de risco zero Tm = taxa de juros do mercado β = coeficiente beta que é dado pela fórmula: Covariância (Tf, Tm) β = Variância Tm CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL 137 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 137 Na fórmula de β, a Covariância Tm / Tf é dada por: Cov (Tm, Tf) = Σ (Tm – Tm´) * (Tf – Tf´) Onde: Tm = taxa de juros do mercado Tm´ = média das taxas de juros do mercado Tf = taxa de risco zero Tf´ = média das taxas de risco zero CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL 138 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 138 Também na fórmula de β, a Variância Tm é dada por: Σ (Tm – Tm´)² Var (Tm) = n-1 Onde: Tm = taxa de juros do mercado Tm´ = média das taxas de juros do mercado n = número de amostras CAPM – CAPITAL ASSET PRICING MODEL 139 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 139 TAXA DE ATRATIVIDADE OU CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO INVESTIDO – W.A.C.C. 140 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Um método simples de cálculo da taxa de atratividade de uma empresa consiste em se considerar juros que a empresa paga nos empréstimos que obtém a curto e longo prazo e, ainda, as taxas de remuneração do capital vigente no mercado, como fundos de investimento, por exemplo. Passivo Valor Taxa de Juro (%aa) Juros Anuais Empréstimo de Longo Prazo 2.000.000,00 12 240.000,00 Empréstimo de Curto prazo 800.000,00 20 160.000,00 Capitais próprios 3.500.000,00 18 630.000,00 - 6.300.000,00 - 1.030.000,00 No exemplo, o custo do capital da empresa será: Taxa média = R$ 1.030.000,00 / R$ 6.300.000,00 = 16,35 % ao ano 140 A análise da viabilidade econômica de um empreendimento é, usualmente, baseada nos seguintes elementos: Prazo de Retorno do Capital Investido Valor Atual Líquido ou Valor Presente Líquido Taxa Interna de Retorno Ponto de Equilíbrio Taxa de Rentabilidade Taxa de Retorno do Capital Investido ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DO EMPREENDIMENTO 141 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 141 É o tempo necessário para que o empreendimento reponha, através das receitas líquidas, todo o montante de capital investido no projeto. Prazo de Retorno Simples De acordo com este critério, não se considera o custo do capital próprio investido no negócio, ou seja, o custo de oportunidade. PRAZO DE RETORNO OU PAY-BACK PERIOD 142 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 142 Exemplo Seja um determinado empreendimento que compreenda investimentos realizados em dois anos e que venha a apresentar o seguinte fluxo de caixa: PRAZO DE RETORNO OU PAY-BACK PERIOD Pode-se observar que o Retorno ocorrerá no 5º ano de operação Ano Investimento Receitas Líquidas Resultado Acumulado 2004 - 10.658.400,00 - - 10.658.400,00 2005 -17.458.200,00 - - 28.116.600,00 2006 6.615.200,00 - 21.501.400,00 2007 7.890.200,00 -13.611.200,00 2008 8.105.400,00 -5.505.800,00 2009 8.450.200,00 2.944.400,00 2010 8.520.600,00 11.465.000,00 2011 8.780.600,00 20.245.600,00 2012 8.956.500,00 29.202.100,00 2013 9.014.200,00 38.216.300,00 2014 9.105.200,00 47.321.500,00 2015 9.254.300,00 56.575.800,00 143 Neste caso é considerado o custo de oportunidade. Seja o exemplo anterior, em que a taxa de atratividade é de 18% a.a.: Pode-se observar que, a uma taxa de atratividade de 18% ao ano, o retorno do capital investido somente ocorrerá no 7º ano de operação. PRAZO DE RETORNO COM DESCONTO DO CUSTO DO CAPITAL 144 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Ano Investimento Receitas Líquidas Desconto Resultado Resultado Acumulado 2004 - 10.658.400,00 - X 1,18 - 12.576.912,00 - 12.576.912,00 2005 -17.458.200,00 - X 1,00 - 17.458.200,00 - 30.035.511,00 2006 6.615.200,00 : 1,18 5.606.102,00 - 24.429.010,00 2007 7.890.200,00 : (1,18)² 5.666.619,00 - 18.762.391,00 2008 8.105.400,00 : (1,18)³ 4.933.197,00 - 13.829.194,00 2009 8.450.200,00 : (1,18)4 4.358.519,00 - 9 470.675,00 2010 8.520.600,00 : (1,18)5 3.724.433,00 - 5.746.242,00 2011 8.780.600,00 : (1,18)6 3.252.611.00 - 2.493.631,00 2012 8.956.500,00 : (1,18)7 2.811.669,00 318.038,00 2013 9.014.200,00 : (1,18)8 2.398.121,00 2.716.159,00 2014 9.105.200,00 : (1,18)9 2.052.823,00 4.768.982,00 2015 9.254.300,00 :(1,18)10 1.768.168,00 6.537.150,00 144 145 Ano Investimento Receita Líquida Acumulado 2009 - 8.822.502 --- - 8.822.502 2010 - 159.510.840 --- - 168.333.342 2011 - 184.566.746 --- - 352.900.088 2012 --- 66.562.197 - 286.337.891 2013 --- 85.268.308 - 201.069.583 2014 --- 103.974.420 - 97.095.163 2015 --- 104.670.104 7.574.941 2016 --- 105.365.787 112.940.728 2017 --- 106.061.471 219.002.199 2018 --- 106.757.154 325.759.353 2019 --- 107.452.838 433.212.191 2020 108.148.522 541.360.713 2021 108.844.205 650.204.918 PRAZO DE RETORNO SIMPLES Projeto da Fábrica de Fertilizantes 146 Ano Investimento ReceitaLíquida Desconto Resultado Acumulado 2009 - 8.822.502 --- x (1,1575)2 - 11.820.443 - 11.820.443 2010 - 159.510.840 --- x (1,1575) - 184.633.796 - 196.454.239 2011 - 184.566.746 --- x 1,0000 - 184.566.745 - 381.020.984 2012 --- 66.562.197 : 1,1575 57.505.138 - 323.515.846 2013 --- 85.268.308 : (1,1575)2 63.642.268 - 259.873.579 2014 --- 103.974.420 : (1,1575)3 67.044.554 - 192.829.024 2015 --- 104.670.104 : (1,1575)4 58.309.411 - 134.519.613 2016 --- 105.365.787 : (1,1575)5 50.710.118 - 83.809.495 2017 --- 106.061.471 : (1,1575)6 44.099.295 - 39.710.200 2018 --- 106.757.154 : (1,1575)7 38.348.642 - 1.361.558 2019 --- 107.452.838 : (1,1575)8 33.346.472 31.984.914 2020 108.148.522 : (1,1575)9 28.995.566 60.980.480 2021 108.844.205 : (1,1575)10 25.211.304 86.191.784 PRAZO DE RETORNO COM DESCONTO DO CUSTO DO CAPITAL Projeto da Fábrica de Fertilizantes Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) Exemplo: Qual o valor de um título de R$ 1.000,00 no final de um período de 12 meses, sabendo que ele rende juros de 20% ao ano? VP = Valor Presente = R$ 1.000,00 VF = Valor Futuro = ? i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20 VF = VP + i * VP VF = VP ( 1 + i ) Logo, VF = 1.000,00 ( 1 + 0,20 ) VF = 1.000,00 * 1,20 VF = 1.200,00 VALOR FUTURO 147 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 147 Exemplo: Um título de R$ 1.200,00 será resgatado dentro de 12 meses. Sabendo que este título paga juros de 20% ao ano, pede-se o seu valor Presente. VF = Valor Futuro = R$ 1.200,00 VP = Valor Presente = ? i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20 VF = VP + i * VP .... VP(1 + i) = VF VP = VF / (1+i) = 1.200,00 = 1.200,00 (1 + 0,20) 1,20 VP = 1.000,00 VALOR PRESENTE 148 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 148 Exemplo: Um título de R$ 1.200,00 será resgatado dentro de 12 meses. Sabendo que este título paga juros de 20% ao ano, pede-se o seu valor Presente. VF = Valor Futuro = R$ 1.200,00 VP = Valor Presente = ? i = taxa de juros = 20% ao ano = 0,20 VF = VP + i * VP .... VP(1 + i) = VF VP = VF / (1+i) = 1.200,00 = 1.200,00 (1 + 0,20) 1,20 VP = 1.000,00 VALOR PRESENTE 149 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 149 Também chamada Taxa Efetiva de Juros de uma operação de financiamento, é a que se determina a partir do fluxo de caixa decorrente desta operação. Suponha-se a operação representada no quadro abaixo, em que uma compra de R$ 2.000,00 é paga em 4 parcelas mensais e iguais de R$ 600,00 . A taxa efetiva de juros (i) será aquela capaz de satisfazer a seguinte equação: 2.000 = 600 + 600 + 600 + 600 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 TAXA INTERNA DE JUROS 150 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 150 LEMBRETE Derivada de Uma Função A partir da função: Admitindo-se um acréscimo igual a Δx na variável independente x, ter-se-á um aumento igual a Δy, na variável dependente y, ou seja: y + Δy = (x + Δx)2 Desenvolvendo o quadrado perfeito, vem: y + Δy = x2 + 2x .Δx + Δx2 Passando y para o segundo membro, ele se anula com x2, do que resulta: Δy = 2x.Δx + Δx2 Dividindo-se ambos os membros por Δx, vem: Δy = 2x + Δx Δx y = x² 151 LEMBRETE - continuação Uma vez que Δx é muito pequeno e tende para zero, pode-se, então desprezá-lo na equação anterior. Substituindo-se, no termo da esquerda, a simbologia utilizada, tem-se, então que: dy = 2x dx Generalizando, vem que: Se a função é: Então sua derivada será: dy = a.m.xm-1 dx Observe-se que, se a função é da forma: y = _____a_____ (1 + x)m Ela pode ser escrita na forma seguinte: y = a * (1 + x)-m E a sua derivada será: dy = a.m (1 + x)-m-1 dx Ou: dy = ____am_____ dx (1 + x)m+1 y = a . xm Voltando à equação vista anteriormente: 2.000 = 600 + 600 + 600 + 600 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 A solução da equação pode ser encontrada por intermédio do algoritmo de Newton – Ralphson, ou seja: faz-se a transposição dos termos para um mesmo membro e estabelece-se uma função V(i), tal que: V(i) = - 2.000 + 600 + 600 + 600 + 600 1 + i (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 Derivando-se V(i) em relação a i, vem: V’(i) = - 600 - 1.200 - 1.800 - 2.400 (1 + i)2 (1 + i)3 (1 + i)4 (1 + i)5 CÁLCULO DA TAXA INTERNA DA OPERAÇÃO DE CRÉDITO 153 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 153 Para se obter o PRIMEIRO valor aproximado da taxa de juros, substitui-se i por zero em V(i) e V’(i), obtendo-se: V(0) = 400 V’(0) = - 6.000 A primeira aproximação de i será encontrada fazendo-se: i1 = - V(0) = - [400/-6.000] = 0,0667 ou 6,67% ao mês V’(0) APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE NEWTON RALPHSON 154 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 154 Para se encontrar a SEGUNDA aproximação substitui-se i em V(i) e V’(i) por 0,0667. Vem: V(0,0667) = 48 V’(0,0667) = - 4.644 A segunda aproximação do valor da taxa de juros interna será: i2 = i1 - [V(0,0667)/ V’(0,0667)] ou seja: i2 = 0,0667 - (48/ - 4.644) = 0,0667 + 0,0103 = 0,077 ou 7,7% ao mês APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE NEWTON RALPHSON 155 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 155 Para se encontrar a TERCEIRA aproximação substitui-se i em V(i) e V’(i) por 0,077. Vem: V (0,077) = 1 V’(0,077) = - 4.452 A terceira aproximação do valor da taxa interna será: i3 = i2 - [V(0,077)/ V’ (0,077)] ou seja: i3 = 0,077 – (1 / - 4.452) = 0,077 + 0,0002 = 0,0772 ou 7,72% ao mês O processo é repetido até que a variação entre dois valores seguidos da taxa i seja desprezível. APLICAÇÃO DO ALGORITMO DE NEWTON RALPHSON 156 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 156 Este método consiste em se achar o valor atual do fluxo de caixa do empreendimento considerando como taxa de desconto a própria taxa de atratividade. Em outros termos: o método permite o cálculo do lucro (ou prejuízo) final de um projeto em valores de hoje, depois de ter remunerado o investidor pelo capital próprio investido à taxa de juros imposta pelo mesmo investidor para empregar seu capital no empreendimento. VALOR ATUAL LÍQUIDO (VAL) OU VALOR PRESENTE LÍQUIDO (NET PRESENT VALUE) 157 Estudo de Viabilidade Técnico – Econômica (EVTE) 157 A fórmula de cálculo do VAL é: VAL = - I + R1 /(1 + i) + R2/(1 + i)2 + ........... + Rn/(1 + i)n Em que: VAL = valor atual líquido I = valor do investimento inicial R = receita líquida anual n = número de períodos considerados
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