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POSTAGEM DE CASOS CONCRETOS DO 1° AO 4° DP I

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DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
SEMANA 1 
Descrição 
 
Caso concreto 
 
Luana, Vanessa e Isabela, jovens de 22 e 23 anos, após terem sido demitidas da 
empresa de propaganda na qual trabalhavam resolveram alugar um imóvel e dividir as 
despesas do mesmo. Passados alguns meses sem que conseguissem novo emprego, 
decidiram trabalhar por um tempo como ?garotas de programa? para seu sustento. A fim 
de evitar chamar a atenção de amigos e familiares resolveram utilizar a sua própria 
residência como local dos encontros. Para tanto, acordaram que Luana ficaria 
responsável pela ?administração? do local, recebendo parte do dinheiro obtido por suas 
colegas com o serviço sexual, utilizando-o no pagamento do aluguel, anúncios, 
empregada e outras despesas necessárias à mantença do local. No mais, as próprias 
colegas agendavam e negociavam os programas que realizavam. Passados alguns 
meses do início das ?atividades?, após diversas notificações às jovens reclamando sobre 
o excessivo movimento de ?estranhos? no edifício, o síndico, desconfiado das atividades 
lá realizadas, notifica os fatos à autoridade pública, bem como a ocorrência de pequenos 
delitos no local. Após detalhada verificação de todos os fatos, inclusive através de 
interceptações telefônicas deferidas judicialmente, restou demonstrada a habitualidade 
das condutas de Luana, Vanessa e Isabela. 
 
Dos fatos, as jovens restaram denunciadas pela prática da conduta descrita no art.229, do 
Código Penal (Casa de prostituição. Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro, 
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito de lucro ou 
mediação direta do proprietário ou gerente: Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e 
multa). 
 
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal e 
suas características, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as possíveis 
teses defensivas a serem apresentadas por Luana, Vanessa e Isabela? 
 
Questão objetiva. 
 
O Direito Penal é uma ferramenta de controle social, na medida que visa coibir condutas 
lesivas. Porém, num Estado Democrático de Direito, ainda que em um olhar garantista a 
análise do bem jurídico é de suma importância critério limitador do poder punitivo do 
Estado. Assim, analisando a função do Direito Penal, marque a opção correta: 
 
a) O Direito Penal visa garantir todos os bens jurídicos, por isso deve ser o mais amplo 
possível. 
 
b) A pena é uma característica do Direito e, por isso, é definida como sanção em todos os 
ramos jurídicos. 
 
c) A pena, exclusiva do Direito Penal, como visa ressocializar, seu uso é sempre salutar, 
devendo ser utilizada mesmo nos conflitos mais simples. 
 
d) Em razão da gravidade da pena, o Direito Penal só deve ser aplicado nos casos 
de grave violação nos bens jurídicos de maior relevância. 
 
 
Desenvolvimento 
 
As citadas Luana, Vanessa e Izabel, não poderão ser penalizadas, pois, em nenhum 
momento elas cometeram crime de prostituição, não constrangeram ninguém e não se 
utilizou do emprego de violência, fraude ou grave ameaça. O fato de utilizar o imóvel para 
pratica de sexo com pessoas, não se subentende casa de prostituição. Tendo em vista 
que no momento da locação do imóvel, ambas trabalhavam em uma empresa de 
propaganda. Após um período desempregadas buscaram meio de sanar suas despesas, 
mas em nenhum momento as acusadas utilizaram do seu corpo para ofender a dignidade 
dos moradores do apartamento. As rés são maiores de idade e não envolveram em suas 
relações sexuais pessoas menores de 18 anos, logo se subentende que não pode 
configurar-se crime de prostituição. ,não é moral, porém o comportamento delas não fere 
o bem jurídico. As mesmas não poderão ser enquadradas nos Arts. 229 e 230 do CPB. 
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
SEMANA 2 
Descrição 
Caso concreto. 
Leia a notícia abaixo e responda às questões formuladas. 
 
Plenário do Supremo julgará caso de furto de chinelo de R$ 16 
Homem foi condenado a um ano de prisão, mas ministro suspendeu punição. 
 
Mariana Oliveira 
 
Do G1, em Brasília, 05/08/2014, disponível em: 
http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/08/plenario-do-supremo-julgara-caso-de-furto-
de-chinelo-de-r-16.html 
 
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar, em data a ser definida, um 
processo no qual um homem foi condenado a um ano de prisão e dez dias-multa pelo 
furto de um par de chinelos avaliado em R$ 16. Como era reincidente, a Justiça de Minas 
Gerais determinou que a punição deveria ser cumprida em regime semiaberto, pelo qual o 
preso pode deixar o presídio para trabalhar durante o dia. 
 
Com base nos estudos realizados sobre os princípios norteadores, limitadores e 
garantidores de Direito Penal, responda de forma objetiva e fundamentada: quais as 
possíveis teses defensivas a serem apresentadas? 
 
Questão objetiva. 
 
Acerca dos princípios básicos do direito penal brasileiro, assinale a opção correta. 
 
a) O princípio da fragmentariedade ou o caráter fragmentário do direito penal quer 
dizer que a pessoa cometerá o crime se sua conduta coincidir com qualquer verbo 
da descrição desse crime, ou seja, com qualquer fragmento de seu tipo penal. 
b) O princípio da anterioridade, no direito penal, informa que ninguém será punido 
sem lei anterior que defina a conduta como crime e que a pena também deve ser 
prevista previamente, ou seja, a lei nunca poderá retroagir. 
c) É possível que uma lei penal mais benigna alcance condutas anteriores à sua 
vigência, seja para possibilitar a aplicação de pena menos severa, seja para 
contemplar situação em que a conduta tipificada passe a não mais ser crime. 
d) O princípio da insignificância no direito penal dispõe que nenhuma vida humana 
será considerada insignificante, sendo que todas deverão ser protegidas. 
e) O princípio da ultima ratio ou da intervenção mínima do direito penal significa que a 
pessoa só cometerá um crime se a pessoa a ser prejudicada por esse crime o 
permitir. 
Desenvolvimento 
 
RESPOSTAS: 
Tendo em vista o valor do bem jurídico, pode ser enquadrado no princípio da 
insignificância (ou crime de bagatela); pois seu valor é mínimo. E o fato do réu ser 
reincidente, não deveria ser considerado para a caracterização de crime. 
O princípio da insignificância é um preceito que reúne quatro condições essenciais para 
ser aplicado: 
1) A mínima ofensividade da conduta, 
2) A inexistência de periculosidade social do ato, 
3) O reduzido grau de reprovabilidade do comportamento 
4) A inexpressividade da lesão provocada. 
 
Em resumo, o conceito do princípio da insignificância é o de que a conduta praticada pelo 
agente atinge de forma tão ínfima o valor tutelado pela norma que não se justifica a 
repressão. Juridicamente, isso significa que não houve crime algum. 
 
Processos envolvendo o princípio da insignificância têm-se tornado cada vez mais 
corriqueiros no STF. 
Ao conceder um pedido de Habeas Corpus para anular uma ação penal, o relator do 
processo, ministro Gilmar Mendes, ressaltou que o princípio da insignificância se firmou 
“como importante instrumento de aprimoramento do Direito Penal, sendo paulatinamente 
reconhecido pela jurisprudência dos tribunais superiores, em especial pelo Supremo 
Tribunal Federal”, após passar por um “longo processo de formação, marcado por 
decisões casuais e excepcionais”. 
Segundo ele, “não é razoável que o direito penal e todo o aparelho do Estado-Polícia e do 
Estado-Juiz movimentem-se no sentido de atribuir relevância típica a um furto de pequena 
monta”. 
 
DIREITO PENAL I – CCJ0007 
Título 
SEMANA 3 
Descrição 
 
Caso concreto 
 
Leia a notícia abaixo e responda àsquestões formuladas. 
 
Embriaguez ao volante causa morte em União da Vitória 
 
10 de janeiro de 2017 , disponível em: http://www.vvale.com.br/seguranca/embriaguez-
ao-volante-causa-morte-em-uniao-da-vitoria/ 
 
Na madrugada desta terça-feira-, 10, por volta das 2h30 a equipe da Polícia Militar 
registrou um acidente de trânsito na Rua Wilkys Amazonas Correia, bairro São Braz de 
União da Vitória, para prestar atendimento a um acidente de trânsito do tipo 
atropelamento. No local a equipe constatou uma vítima, identificada como José Batista de 
Oliveira, 40 anos, conhecido “Tatu”. A equipe do Corpo De Bombeiros prestou o 
atendimento inicial conduzindo a vítima para hospital. Segundo as informações da Policia 
Militar o condutor do veículo Fiat Palio envolvido no acidente estava no local e relatou que 
a vítima lançou-se embaixo do seu veículo sem que o mesmo tivesse tempo de reação 
para desviar e evitar o atropelamento. Entretanto o condutor apresentava alguns sintomas 
de embriagues e foi submetido ao teste etilométrico o qual acusou a quantia de 0,39 mg/l 
de álcool, que configura embriaguez. Diante dos fatos o condutor e o veículo foram 
conduzidos até a 4ª SDP para as providências cabíveis. A vítima acabou vindo a óbito no 
Hospital. 
 
A partir da premissa de que o condutor do veículo restou denunciado pelos crimes de 
embriaguez ao volante e homicídio culposo e que houve o denominado conflito aparente 
de normas, responda às seguintes questões: 
 
1) O que se entende por conflito aparente de normas e quais princípios são adotados 
para solucioná-lo? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
 
2) Identifique os princípios a serem utilizados para a solução do referido conflito. 
Responda de forma objetiva e fundamentada indicando a correta capitulação, bem 
como se serão adotadas as figuras típicas do Código Penal ou do Código de 
Trânsito Brasileiro (CTB. Lei n.9503/1997). 
 
Questão objetiva. 
 
Henrique, não aceitando o fim do relacionamento, decide matar Paola, sua ex-namorada. 
Para tanto, aguardou na rua a saída da vítima do trabalho e, após, desferiu-lhe diversas 
facadas na barriga, sendo estas lesões a causa eficiente de sua morte. Foi identificado 
por câmeras de segurança, porém, e denunciado pela prática de homicídio consumado. 
Em relação ao crime de lesão corporal, é correto afirmar que Henrique não foi denunciado 
com base no princípio da: 
 
a) Especialidade. 
 
b) Subsidiariedade expressa. 
 
c) Alternatividade. 
 
d) Subsidiariedade tácita. 
 
e) Consunção. 
 
 
Desenvolvimento 
 
RESPOSTA: 1) O conflito aparente de normas penais ocorre quando há duas ou mais 
normas incriminadoras descrevendo o mesmo fato. Sendo assim, existe o conflito, pois 
mais de uma norma pretende regular o fato, mas é aparente, porque, apenas uma norma 
é aplicada à hipótese. 
Princípios que solucionam o conflito aparente de normas são: princípio da especialidade, 
da consunção, da subsidiariedade e o da alternatividade. 
Estas evitam o chamado bis in idem. 
 
RESPOSTA: 2) A norma especial absorve a norma geral, pois o crime de trânsito é regido 
pela norma especial. A norma primária (homicídio), que descreve o ‘todo’, absorverá a 
menos ampla (a subsidiária - dirigir alcoolizado), tendo em vista que, esta ‘cabe’ dentro da 
primeira. Princípio da especialidade. 
DIREITO PENAL I - CCJ0007 
Título 
SEMANA 4 
Descrição 
 
Caso concreto 
 
No dia 25 de fevereiro de 2014, na cidade de Ariquemes, Felipe, nascido em 03 de março 
de 1996, encontra seu inimigo Fernando na rua e desfere diversos disparos de arma de 
fogo em seu peito com intenção de matá-lo. Populares que presenciaram os fatos 
avisaram sobre o ocorrido a familiares de Fernando, que optaram por transferi-lo de 
helicóptero para Porto Velho, onde foi operado. No dia 05 de março de 2014, porém, 
Fernando não resistiu aos ferimentos causados pelos disparos e veio a falecer ainda no 
hospital de Porto Velho. Considerando a situação hipotética narrada e as previsões do 
Código Penal sobre tempo e lugar do crime, é correto afirmar que, em relação a estes 
fatos, responda às questões formuladas: (Questão de Concurso Público – MODIFICADA) 
 
a) Felipe será responsabilizado pela conduta de acordo com as regras do Código 
Penal ou do Estatuto da Criança e Adolescente (Lei n.8069/1990)? Responda de 
forma objetiva e fundamentada. 
 
b) Identifique e explique as teorias adotas no caso concreto sobre tempo e lugar do 
crime. 
 
Questão objetiva. 
 
Em razão do aumento do número de crimes de dano qualificado contra o patrimônio da 
União (pena: detenção de 6 meses a 3 anos e multa), foi editada uma lei que passou a 
prever que, entre 20 de agosto de 2015 e 31 de dezembro de 2015, tal delito (Art. 163, 
parágrafo único, inciso III, do Código Penal) passaria a ter pena de 2 a 5 anos de 
detenção. João, em 20 de dezembro de 2015, destrói dolosamente um bem de 
propriedade da União, razão pela qual foi denunciado, em 8 de janeiro de 2016, como 
incurso nas sanções do Art. 163, parágrafo único, inciso III, do Código Penal. 
Considerando a hipótese narrada, no momento do julgamento, em março de 2016, deverá 
ser considerada, em caso de condenação, a pena de: 
 
A) 6 meses a 3 anos de detenção, pois a Constituição prevê o princípio da retroatividade 
da lei penal mais benéfica ao réu. 
 
B) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei temporária tem ultratividade gravosa. 
 
C) 6 meses a 3 anos de detenção, pois aplica-se o princípio do tempus regit actum 
(tempo rege o ato). 
 
D) 2 a 5 anos de detenção, pois a lei excepcional tem ultratividade gravosa. 
 
Desenvolvimento 
 
RESPOSTAS: 
A) Felipe será responsabilizado de acordo com as regras do Estatuto da Criança e do 
Adolescente, pois no dia da ação atípica este era menor de idade. Embora o fato 
só tenha se consumado quando ele já tinha 18 anos, o que conta é a sua idade no 
dia do fato ocorrido. Felipe não cometeu o crime de homicídio, mas sim um fato 
análogo ao crime de homicídio e sofrerá medida sócioeducativa. 
B) O Art.4º CPB, considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, 
ainda que outro seja o momento do resultado; logo, há de se mencionar que a 
teoria adotada pelo Direito Penal pátrio é a da atividade. Sendo assim, pouco 
importa o momento do resultado, sendo somente levado em conta o momento da 
conduta considerada típica. 
O código penal adota a Teoria da atividade para definir o tempo do crime, 
enquanto que o lugar do crime é definido pela teoria da Ubiquidade, A Teoria mista 
ou da ubiquidade é adotada pelo Código Penal brasileiro, de acordo com o art. 6º: 
“Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no 
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.

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