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Universidade Comunitária da Região de Chapecó - UNOCHAPECÓ
Área de Ciências Humanas e Jurídicas
Curso: Direito (Noturno)
Disciplina: Teoria Geral do Processo
 Fichamento sobre o livro: Teoria Geral do Processo, Unidade IV, 
 Cap. 1, Princípios Constitucionais Do Direito Processual.
Direito Processual e Direito Constitucional
O aperfeiçoamento do processo tem sido guiado pela disposição metodológica do Direito Processual Constitucional, que dispõe sobre a concentração dos princípios constitucionais do processo de forma metodológica e organizada. A fonte principal de conexão entre Constituição e o processo, está no dever de garantir o acesso à justiça de forma efetiva, adequada e rápida sempre preservando os valores do Estado Democrático de Direito, de modo que seja aplicado, interpretado e que possibilite produzir de forma legislativa a estrutura normativa infraconstitucional.
Para atingir essas metas a Constituição estabelece os princípios básicos que são os princípios constitucionais em matéria de organização judiciária e competência e as funções essências a justiça, para que o Direito Processual consiga atuar de forma adequada, para essa atuação se denomina de tutela constitucional do processo.
O conjunto de instrumentos processuais inclusos na Constituição, tem por finalidade serem eficazes, céleres e adequados para o exercício da jurisdição capazes de afastar qualquer ameaça à democracia e aos direitos humanos, sempre tendo em vista a supremacia da Constituição em relação as normas estatais. É a jurisdição constitucional. A jurisdição constitucional desenvolve mecanismos de controle de constitucionalidade sob os atos e leis administrativas, que impossibilita seu predomínio no que tange a ordem constitucional, quando em conflito. Também a jurisdição constitucional das liberdades dispõe de instrumentos para efetivar os direitos e garantias nela inclusos que são: o habeas corpus, o mandado de segurança, a ação popular, o mandado de segurança coletivo, o habeas data e o mandado de injunção. O Poder Judiciário é o órgão responsável pela atividade jurisdicional do Estado. 
Dessas formas possíveis de relacionamento entre Direito Processual e Direito Constitucional, privilegiar-se-á, neste manual, a primeira, caracterizada no sentido vetorial que se encaminha a Constituição em direção aos institutos processuais fundamentais, âmbito em que se situa o objeto especifico da Teoria Geral do Processo. 
Princípios Constitucionais do Direito Processual
Para o cumprimento eficaz do Direito, precisamos interpretar e compreender os princípios constitucionais que compõe o sistema jurídico. Os princípios constitucionais do processo visam garantir o acesso ao Poder Judiciário, que assegure uma segurança jurídica entre as partes, incluindo os direitos e garantias das partes, que se iniciam com o acesso a justiça até o trânsito em julgado da sentença. 
As garantias podem ser organizadas da seguinte forma: garantias relativas ao ingresso em juízo, de celeridade, de adequação dos procedimentos e de objetivação e efetividade da prestação jurisdicional e garantia de segurança jurídica processual.
Acesso á justiça como metaprincípio constitucional
Os autores descrevem a garantia de acesso a justiça como:
É a garantia de acesso à justiça a garantia maior, sendo apontada por muitos como principal entre direitos humanos, sem o qual nenhum outro poderia ser legitimamente garantindo dentro do Estado Democrático de Direito.
O acesso a justiça busca garantir os meios corretos de acesso, a rapidez dos procedimentos, a resposta apropriada ao problema relatado em juízo, a eficácia do resultado, através do intermédio das ferramentas adequadas para a execução, e a segurança jurídica entre as partes tornando definitivo o resultado final. A garantia ao acesso a justiça não esta presente em apenas um principio constitucional, mas sim em uma extensão de direitos e garantias, desse modo pode ser denominado de um metaprincípio constitucional.
O direito ao acesso à justiça, não se encerra com a simples perspectiva de petição ao Poder Judiciário, mas, sim inclui a necessidade a uma pronta e efetiva resposta, o julgamento por um juiz ou tribunal imparcial, o devido respeito ao processo legal, entre outras garantias constitucionais e processuais.
Garantias de ingresso e acompanhamento em juízo 
Ocorrendo ameaça ou lesão a direito, as partes dispõe do direito de ingressar em juízo para procurar uma solução ao seu litigio, perante um juiz capacitado, e devidamente representadas por advogado. Não desfrutando dos meios necessários para suprir com as despesas decorrentes do processo, existe a possibilidade de buscar o direito a assistência jurídica gratuita e integral.
Inafastabilidade do Poder Judiciário
A garantia da inafastabilidade do Poder Judiciário, está prevista no art.5°, inc. XXXV, da CF: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. Incluindo desse modo o acesso a justiça o direito de ação e de defesa.
Quando um direito for ameaçado ou lesionado, não existe outra forma legitima de protegê-lo senão perante um processo jurisdicional. Em alguns casos podem ocorrer exceções, como na arbitragem, mas com algumas limitações. Com a ameaça de um direito se dirige a uma garantia constitucional das medidas de urgência. 
Resulta da inafastabilidade do controle jurisdicional, o direito de ação de um agente que através de uma garantia inicia a movimentação do Poder Judiciário, e o poder de réu de se proteger, por meio dessa atribuição o juiz deve se manter dentro dos limites legais. Desse modo se garante o direito de acesso a justiça e de sua efetividade. 
O direito de ação resulta da garantia de acesso a justiça, presentes nas normas constitucionais em seus incs. XXXIV, alínea “a”, XXI e LIX do art. 5°, que trata sobre o direito de peticionar aos poderes públicos. 
A garantia da inafastabilidade do Poder Judiciário, busca assegurar a proteção do individuo em face do estado. Desse modo o Estado deve respeitar a autonomia de vontade das partes sempre que ela não ferir um direito fundamental, o interesse da coletividade ou restringir o direito de terceiros. O autor expõe uma critica ao Estado perante a inafastabilidade do Poder Judiciário sobre a vida social da sociedade, e de usa onipotência:
Não é aceitável que o Estado pretenda regular e reger todas as esferas da vida social, mesmo que por meio do Poder Judiciário. A inafastabilidade é uma garantia dos cidadãos e não do Estado; é um limite ao agir do Estado, não ao agir dos indivíduos e coletividades.
Juiz Natural
A proteção do direito do juiz natural está prevista no art. 5°, incs. XXXVII e LIII, da Constituição Federal de 1988, que estabelece “ não haverá juízo ou tribunal de exceção” e que “ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente”
Através do texto constitucional pode-se extrair que o é necessária uma legitimidade do juízo ou tribunal que irá exercer a função jurisdicional, e também do juiz encarregado da mesma. Perante esse principio os autores determinam um significado:
[...] esse principio significa que o Estado não pode criar órgãos com função jurisdicional apenas para o julgamento de fatos ou de pessoas específicos e que a jurisdição só pode ser exercida pelos órgãos competentes e seus legítimos ocupantes, tendo por base, para essa aferição, as normas constitucionais.
A partir dessa exposição se pode perceber que os outros Poderes não podem criar órgãos jurisdicionais não previstos da constituição para apenas um julgamento, destituindo os órgãos titulares, desse modo o instrumento politico impede que isso ocorra. A garantia do juiz natural nos assegura o equilíbrio dos órgãos jurisdicionais como sua independência e a imparcialidade dos juízes, além de previstas constitucionalmente a imparcialidade e a independência dos juízes esta mencionada na Declaração Universal dos Direitos do Homem, em seu art. X:
Todo homem tem direito, emplena igualdade, a uma justa e publica audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Pode se verificar uma significativa diferença de interpretação por parte da imparcialidade e da neutralidade. A imparcialidade por sua vez trata da inexistência de relação ou interesse em um processo por parte do juiz, ou mesmo interesse no objeto demandado ocasionando o impedimento ou a suspensão do juiz. Já a neutralidade dispõe sobre a ausência de postura axiológica.
Assistência jurídica integral e gratuita aos necessitados
Essa garantia esta prevista no art.5°,inc. LXXIV, da Constituição que dispõe: “ O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos”. Esse dispositivo veio para ampliar a assistência aos carentes oferecendo além do ingresso em juízo, a assessoria preventiva e extrajudicial. Incluindo nesse rol, as custas, os emolumentos, os honorários advocatícios e todas as demais despesas decorrentes do processo. 
Os autores ainda elencam outras garantias previstas pela Constituição que são:
[...] independente do pagamento de taxas, o direito de petição aos poderes públicos, tanto para a defesa de direitos contra a ilegalidade ou abuso de poder bem como a obtenção de certidões em repartições públicas, visando a defesa os direitos ou o esclarecimento de situações de interesse pessoal (art.5°, XXXIV, alínea “a”). Também estabelece a gratuidade do acesso nas ações de habeas corpus e habeas data, bem como, na forma que a lei estabelecer, a de todos os demais atos necessários ao exercício da cidadania (art.5°, LXXVII).
Em relação a abrangência dessa garantia, parte da doutrina da jurisprudência entendem que as pessoas jurídicas não tem direito a justiça gratuita. Porém há pessoas jurídicas como as associações sem fins lucrativos, que podem precisar desse dispositivo, por não terem condições de bancar os custos provenientes de um processo. Desse modo pode se buscar da Lei n°1.5060/1950 que dispõe sobre a assistência judiciária aos necessitados, onde se verifica que ela trata dos direitos individuais e coletivos.
Outro fator levado em consideração na justiça gratuita de forma extrajudicial, é a Defensoria Publica presente no art. 134 da Constituição. Onde o legislador trata delas através do papel de praticar a advocacia para aqueles que necessitam mas não podem contratar um profissional do direto. Porém a OAB, através de seu estatuto tenta coibir a essa indispensabilidade por ele mesmo imposta. Tratando de que quando ocorrer impossibilidade da Defensoria Pública de atender a demanda um advogado quando indicado poderá prestar seus serviços, tem direito ao seus honorários fixados pelo juiz, segunda a tabela disponibilizada pela OAB, que serão pagos pelo Estado.
Indispensabilidade e inviolabilidade do advogado
O principio da representação por advogado e a garantia d sua inviolabilidade no exercício de sua profissão está previsto no art.133 da Constituição. A capacidade de peticionar junto ao Poder Judiciário é privativa dos advogados com algumas exceções que a lei determina. Sendo esta condição justificada pela falta de conhecimento técnico-jurídico pelas partes. Em razão disso os autores destacam a importância do advogado na resolução de conflitos :
[...] ressalta-se a relevância técnica da presença do advogado, agindo como instrumento de mediação dos conflitos. Sem sua presença haveria duelo direto entre as partes. Sua mediação impede esse confronto, auxiliando n processo de pacificação. Nessa ótica, constitui ponto importante, no que diz respeito ás garantias processuais das partes, a exigência da presença de advogado em todo e qualquer processo.
 	A indispensabilidade do advogado tem três aspectos a serem apontados. O primeiro trata da impossibilidade econômica da grande parte da população. A segunda dispõe sobre o efetivo acesso a justiça que deve ser feito por um bom profissional, e a terceira dispõe ao aspecto técnico, na obrigatoriedade da presença de um advogado nas várias ações da vida dos cidadãos, nas quais muitas vezes não há necessidade do processo em si, quanto mais de um advogado. Os autores destacam a justificativa para a obrigatoriedade do advogado é:
[...] a tese aceita é de que ela amplia a qualidade e a segurança da defesa dos interesses das partes, tendo em vista a formação técnica que o mesmo possui. Esse é o argumento para sua obrigatoriedade e o fundamento de sua presença na Constituição Federal.
Garantia de celeridade (duração razoável dos processos)
	
	O direito á prestação jurisdicional em uma prazo razoável, já existia antes da Emenda Constitucional n° 45, de 8 de dezembro de 2004. O prazo razoável já esta presente no subprincípio do devido processo legal quando trata da prestação jurisdicional em um prazo razoável. Em âmbito internacional a Convenção Americana de Direitos Humanos, que o Brasil aderiu em 1992, também traz expressamente em seu art.8,inc I, “Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável...”
A Emenda traz pelo menos quatro aspectos relevantes ao tempo, onde a primeira dispõe sobre os dispositivos já expressos em nosso ordenamento, o que os tornam indiscutíveis, a segunda é que o prazo razoável de forma indireta se trata do prazo legal, a terceira a existência da exigência dos instrumentos que garantam a celeridade processual através do texto constitucional e por fim um conjunto de obrigações do Poder judiciário que podem auxiliar no cumprimento da determinação constitucional.
Para analisar se o prazo legal foi respeitado é necessário verificar o caso concreto se ele foi efetivamente respeitado. Quando a demora jurisdicional decorre do comportamento e do desempenho dos litigantes e seus advogados, órgão jurisdicional pode tomar algumas medidas, como a aplicação de penas e o encaminhamento de denúncia. Porém quando a demora partir da atuação do órgão jurisdicional, através do não cumprimento de prazos efetivos, ou o comportamento profissional não se enquadre a função publica exercida, também podem ser tomadas algumas medidas para inibir esses atos junto a corregedoria ou junto ao Conselho Nacional de Justiça. Essa inercia ou omissão pode ocorrer de forma voluntaria ou involuntária como trata os autores: 
 
Ela é voluntária quando o órgão jurisdicional propositalmente não cumpre com os prazos estabelecidos, inverte a ordem de julgamento dos processos, beneficiando alguns litigantes e prejudicando outros [..] É involuntária quando decorre do excesso de trabalho, da falta de material humano e de estrutura e de problemas contidos na própria legislação processual.
	
	Ou seja, quando a demora decorre da forma voluntária a culpa é do Estado, pois ele é encarregado direto dos atos praticados por seus agentes. Quando a demora é de forma involuntária a culpa também é do Estado, porém por vontades alheias a sua. Em ambos os casos, o cidadão quando tiver seu direito lesado deve acionar o Estado, procurando ser indenizado por perda e danos.
	Os autores trazem outras acepções sobre a celeridade do processo:
O processo, quando moroso, pode impedir o alcance de seus objetivos. A justiça lenta não é justiça, além do que a demora do Estado em fazer valer o direito pode levar a novas desobediências e á criação de conflitos sociais generalizados.
Garantias de adequação dos procedimentos e prestação jurisdicional objetiva e efetiva
São denominadas garantias de adequação dos procedimentos e de efetividade na prestação na prestação jurisdicional, o devido processo legal, a isonomia, a publicidade dos atos processuais, o contraditório, a ampla defesa, a licitude das provas, o duplo grau de jurisdição e a fundamentação das decisões. 
Devido processo legal
A garantia do devido processo legal está prevista no art.5°, inc. LIV, da Constituição: “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Ou seja, o processodeve se desenvolver em consonância com as garantias e métodos definidos em lei.
Os autores elencam alguns instrumentos para que essa garantia de fato funcione.
A efetividade dessa garantia, em seu sentido pleno, incluindo seus aspectos processual e material, passa pela existência de instrumentos jurídicos acessíveis, adequados, céleres e efetivos na resolução dos conflitos de interesses que são levados ao Poder Judiciário. 
Proporcionalidade e razoabilidade
Em nosso pais, a proporcionalidade é considerada uma norma que aborda a interpretação dos direitos fundamentais, efetuada de maneira racional e procedimental de valores segundo fatores de adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito. Já a razoabilidade é um principio relacionado a interpretação a importância racional de valores dos direitos fundamentais em sentido estrito em cada caso concreto. Desse modo o principio da razoabilidade bloqueia os excessos do Estado, já a proporcionalidade possui uma função positiva que busca pela melhor condição para os direitos fundamentais.
Isonomia
 A garantia da igualdade processual está prevista no art.5° da Constituição, que trata: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Segundo os autores a isonomia processual é :
A igualdade processual é vista como a igualdade de armas, na feliz expressão de Capelletti e Garth. A aceitação dessa concepção impõe necessariamente a igualdade de oportunidades. Por isso não pode ter como pressuposto a mera igualdade formal, mas sim a igualdade proporcional, que impõe tratamento desigual aos desiguais.
Existem algumas prerrogativas inseridas em nossa legislação que tratam da isonomia como os foros privilegiados, a assistência integral e gratuita, a contagem em dobro dos prazos, a intimação pessoal do advogado entre outras. 
Publicidade dos atos processuais 
A garantia da publicidade dos atos esta prevista no art.5°, inc. LX, e art.93, inc. IX do texto constitucional. A publicidade se torna ampla quando a sociedade em geral pode ter acesso aos autos do processo e assistir julgamentos, e é restrita quando somente as partes e os seus advogados, podem ter acesso aos autos do processo. Essa garantia é um instrumento de fiscalização e de controle tanto para o Poder Judiciário quanto para a sociedade.
Contraditório
 	A garantia do contraditório está mencionada na constituição em seu art.5°, inc. LX. Essa garantia da ao processo o suporte necessário para que ocorra o debate, desse modo os litigantes participam de forma efetiva, dando a oportunidade de intervirem e de serem ouvidas. Existem algumas exceções como quando se tratar de direitos indisponíveis ou que o titular desse direito seja incapaz. Podemos elencar como elementos do contraditório a reação e a informação. Desse modo, se determina a comunicação de todos os atos processuais aos litigantes. Os autores tratam de algumas consequências práticas como: 
[...] em primeiro lugar, a fixação dos limites subjetivos da coisa julgada e em segundo, o fato de que a relação jurídica processual só se completa, nos processos de jurisdição contenciosa, após a citação válida. 
	
Ampla defesa
A garantia da ampla defesa esta prevista no art. 5°, inc. LV. Apesar de se apresentar juntamente com a garantia do contraditório a ampla defesa, ela trata da possibilidade de cooperação das partes tanto na ação quanto na defesa. A ampla defesa pode ser conceituada como a utilização de todos os meios e recursos necessários ao absoluto exercício do direito de defesa. Os autores incluem como maneira de defesa:
[...] inclui primeiramente a conjunto de provas que ambas as partes podem trazer ao processo (ou requerer que sejam produzidas, como no caso das pericias), buscando convencer o julgador de que sua posição é a correta.
Juntamente as provas pode se incluir os recursos processuais das decisões proferidas quando uma das partes não concordar. O direito aos recursos é indispensável para que as partes possam obter a alteração das decisões já proferidas mas não são ilimitados.
Licitude das provas
A garantia do principio da licitude das provas está contido no art.5°, inc. LVI, da Constituição Federal de 1988. Essa garantia se torna limitadora a garantia da ampla defesa. A adequada compreensão dos fatos é o meio pelo qual o juiz possa decidir, desse modo pode s utilizar do principio ético que trata que os fins não justificam os meios.
Segundo os autores para uma melhor resolução de conflitos, diante da colisão entre o principio da licitude das provas e o direito a prova, deve se aplicar o principio da proporcionalidade, sendo que a precedência de um ou do outro dependerá das características o caso concreto. 
Fundamentação das decisões judiciais
A garantia da obrigatoriedade da fundamentação das decisões judiciais está previsto no art. 93, inc. IX. Essa garantia limita as possibilidades do arbítrio por parte do Estado-juiz, e também explica ao perdedor os motivos pelos quais os seus argumento no foram suficientes para o convencimento do juiz. Na fundamentação deve conter as razões fáticas e jurídicas, sem esses requisitos a fundamentação se torna nula.
Segundo os autores existe uma parte da teoria processual que conecta a fundamentação das decisões judiciais ao principio da livre motivação do juiz.
Significa que o juiz tem liberdade de convencimento, dentro dos limites colocados pela lei e pelo que indica a realidade formal dos autos do processo. Não significa, portanto, autorização para que o juiz decida como bem desejar, de acordo com a sua subjetividade.
A amplitude da fundamentação deve ser suficiente para que ambas as partes possam compreender e conhecer as causas pelas quais o juiz se posicionasse daquela maneira na decisão.
Duplo grau de jurisdição
	O duplo grau de jurisdição pode ser embasado em dois dispositivos da Constituição, o primeiro trata da ampla defesa quando assegura os recursos inerentes a ampla defesa e a segunda trata do art. 92 que trata da duplicidade entre tribunais e juízos. 
	A justificativa para que o duplo grau de jurisdição exista ( forma técnica), é a probabilidade da decisão em primeiro grau estar errada, desse modo sendo necessária a existência de um mecanismo para corrigir esse erro. Porem os autores trazem outro fato contra esse principio que se trata:
[...] pode-se dizer que também os órgãos de segundo grau e de cúpula cometem erros, sendo discutível a sua conveniência, dado o costume, nos tribunais brasileiros, de acompanhar-se o relator nos julgamentos colegiados. Também lhe servem de critica os fatos de a sua existência protelar a solução final do litigio, bem como de o recurso de apelação normalmente possuir efeito suspensivo, atrasando a execução provisória e retirando a importância das sentenças em primeiro grau.
O duplo grau de jurisdição não é pleno pela existência do Supremo Tribunal Federal possuir competência originária sendo em que matérias por ele apreciadas não cabem recurso.
Garantia de segurança jurídica processual (coisa julgada)
A garantia da imutabilidade das decisões judiciais ou também coisa julgada, esta prevista no art. 5°, inc. XXXVI, da Constituição Federal. Seu conceito formal esta previsto no art. 6° da LINDB. 
A coisa julgada pode ser conceituada de forma material e formal. Em âmbito material a sentença atribui um grau de imutabilidade maior, impedindo desse modo, a modificação em qualquer processo que envolva as mesmas partes já em âmbito formal trata da imutabilidade apenas dentro do processo especifico protegendo dos recursos preclusos. 
Para Liebman “a autoridade da coisa julgada não é o efeito da sentença, mas uma qualidade, um modo de ser e de manifestar-se dos seus efeitos, quaisquer que sejam, vários e diversos, consoante as diferentes categorias das sentenças”. Desse modo a coisa julgada é uma qualidade de quem pode revestir tais resultados.
Se não fosse o instituto da coisa julgada, a insatisfação por parte dos integrantes da lide quando uma decisão fosse contraria ao seu desejo iriaacarretar na existência de demandas intermináveis. Desse modo esse instituto traz a segurança jurídica para quem teve o reconhecimento de seu direito possa desfrutar dos bens decorrentes da decisão.
A desconstituição da coisa julgada pode ser feita por meios processuais como a ação rescisória, embargos a execução ou ação autônoma. Sentenças que ferem a ordem jurídica protegida pelo Estado Democrático de Direito por meio da norma fundamental, pode ser desclassificada a imunidade da coisa julgada.

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