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PLANEJAMENTO DIETÉTICO PARA O PRÉ-‐ESCOLAR E ESCOLAR Professora: Daniele Castelo CARACTERIZAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA • Pré-‐ escolar – 2 a 6 anos • Escolar – 7 a 10 anos A alimentação saudável é fundamental para o bom desenvolvimento Ssico,psíquico e social das crianças PRÉ-‐ESCOLAR • A educação nutricional deve ser direcionada à mãe e para a criança. Processo de crescimento é menor ou ponderal com relação ao anterior , que era extremamente alto. No pré-‐escolar, admite-‐se que a denAção está completa e modifica-‐se a textura e consistência da alimentação. PRÉ-‐ESCOLAR GRUPO VULNERÁVEL Altas necessidades nutricionais SusceNvel à doenças infectocontagiosas PRÉ-‐ESCOLAR • A redução da velocidade de ganho de peso e estatura, observada nesta fase da vida, condiciona a uma redução do apeAte; • Neste período o apeAte é irregular, apresentando flutuações diárias ou até mesmo de uma refeição para outra PRÉ-‐ESCOLAR • A maturidade neurológica e capacidade de deambular permite que o pré-‐escolar: • Explore o mundo que o rodeia • Busque o alimento por si só • Expresse a aceitação ou recusa por alimentos; • Atenção voltada para outros esNmulos PRÉ-‐ESCOLAR • SeleAvidade alimentar: Imposição de preferências • Reação defensiva em relação a conduta dos pais • Apelo visual – Alimentos coloridos • Facilidade de acesso aos alimentos • Diminuição do apeAte natural ou por doenças e verminoses PRÉ-‐ESCOLAR A desnutrição é comum nesta idade, acarretando alterações Ssicas e psíquicas irreversíveis. É a faixa etária que apresenta maior índice de mortalidade infanZl ( Brasil, MS, IBGE, 2005) PRÉ-‐ESCOLAR • Sistema metabólico e digesZvo – funções comparáveis ao do adulto, volume gástrico ainda é médio (200 a 300 ml) • Boa progressão do peso e estatura representa uma boa nutrição, mesmo que o consumo habitual da criança não aparente tal adequação. INAPETÊNCIA VERDADEIRA • Ingestão alimentar insuficiente, baixo peso em relação à estatura, diminuição do ritmo de crescimento. • Deficiência de micronutrientes-‐ Atenção especial ao Ferro INAPETÊNCIA • Alimento que não agrada o paladar • Forma de expressar os senAmentos, recusando o alimento e chamando a atenção dos pais. • Deficiência na masAgação e digestão, dependendo da preparação • Patologias envolvidas ESCOLAR • Na fase escolar, o crescimento é lento e constante sendo maior em membros inferiores que na região do tronco; • Na composição corporal, há pequenas diferenças entre os sexos, sendo que meninos apresentam maior massa magra que meninas; • Ocorre a parAr dos 7 anos de idade aumento do tecido adiposo em ambos os sexos como preparo para o esArão puberal; • Em algumas crianças pode-‐se iniciar o aparecimento de caracteres sexuais secundários na fase escolar. ESCOLAR • Em relação ao desenvolvimento, o escolar apresenta maior maturidade nos aspectos psicomotor, emocional, social e cogniAvo; • A criança passa a ser mais independente, decidindo por si mesma, seus gostos, preferências e aversões; ESCOLAR AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO Desenvolvimento = É produto de interação entre maturidade e aprendizagem, entre potencial individual e o meio social; Fatores ambientais que influenciam sobre o crescimento e desenvolvimento são os principais responsáveis pelo grande nº de crianças que não alcançam seu potencial genéAco: nutricionais e infecciosos ORIENTAÇÕES GERAIS • A saúde, na idade pré-‐escolar e escolar, se refleArá definiAvamente na adolescência e vida adulta; • Sendo fundamental que sejam atendidas as exigências nutricionais nestas faixas etárias; • A desnutrição nesta idade pode levar a alterações gsicas, funcionais e anatômicas ORIENTAÇÕES GERAIS 1. Proporcionar uma roAna saudável à criança 2. Determinar horários ( brincar, estudar, comer, etc) 3. Não oferecer alimentos entre as refeições. Evite as lambiscadas e guloseimas entre as refeições. A criança deve chegar com fome á mesa ORIENTAÇÕES GERAIS 4. Quando a criança se recusar a comer a principal refeição, NÃO OFERECER OUTRO ALIMENTO PARA SUBSTITUIR. Aguarde ½ hora e ofereça a mesma refeição. NÃO A FORCE A COMER! ORIENTAÇÕES GERAIS 5. Colocar a comida no prato de acordo com a sua capacidade gástrica 6. Procurar a manter a coerência com exemplos pessoais e não apenas doutrinários, fazendo da alimentação um ato consciente. ORIENTAÇÕES GERAIS 7. Não faça compensações oferecendo á criança àquilo que ela deseja comer: Salgadinhos, bolachas recheadas, sanduíche, etc. 8. Não tenha na despensa alimentos inadequados com acesso fácil 9.Tornar a ida ás lanchonetes “Um programão” 10.Oferecer sempre o mesmo alimento para criança ORIENTAÇÕES GERAIS ATITUDES NEGATIVAS ATITUDES POSITIVAS “ Se comer rápido tem sorvete” “OK, amanhã você come cenoura” “Se não comer vai pra cama agora” “ Eu nem preciso dizer que comer salada ajuda a crescer porque você é inteligente e sabe disso” “Só vai sair da mesa quando comer tudo” “Você não é obrigado a comer, mas ajuda a crescer e ficar forte” Orientações Gerais • Reduzir a ingestão hídrica durante as refeições • Horários regulares para refeições e lanches • Não oferecer alimentos fora do horário • Colocar pouca alimentação no prato • Não oferecer outros alimentos em caso de recusa. Oferecer o mesmo alimento depois • Ser firme e manter a calma ORIENTAÇÕES GERAIS • PermiAr que a criança controle o tamanho da refeição • Diversificar alimentos, esAmulando o aspecto sensorial da alimentação • Evitar alta concentração energéAca e calorias vazias, principalmente próximo às grandes refeições ORIENTAÇÕES GERAIS • Não oferecer sobremesa como recompensa ou reArá-‐la como punição, para evitar a supervalorização deste Apo de alimento. • Deixar a criança manipular o alimento • Oferecer alimentos novos • Não forçar nem casAgar a criança ORIENTAÇÕES GERAIS • O horário da refeição deve ser agradável e exclusivo para esta ação • Aumentar o consumo de frutas e hortaliças in natura e oferecer alimentos gordurosos com moderação • Evitar alimentos industrializados quando possível ORIENTAÇÕES GERAIS Pastel de carne com legumes, coxinha de galinha, pastel de banana, sanduíches e outras receitas que podem ter seu valor nutricional aumentado dependendo da preparação USAR A CRIATIVIDADE Exemplos de receitas Almôndegas de frango com salada de alface • 500 gr de peito de frango desossado cozido(s) e desfiado(s) 1 dente(s) de alho amassado(s) 1 unidade(s) de cebola picada(s) finamente 1 unidade(s) de pão francês amanhecido(s) 1 unidade(s) de ovo 1/2 xícara(s) (chá) de cheiro-‐verde picado(s) quanto baste de sal quanto baste de pimenta-‐do-‐reino branca 1 pé(s) de alface americana picado(s) • Misture todos os ingredientes (menos a alface) e molde bolinhas. Asse em forno médio, numa grelha colocada sobre uma assadeira, de modo que toda a gordura escorra. Quando esAverem douradas, reAre do forno e coloque num prato. Preencha todo o restante do prato com alface picada. Exemplos de receitas GelaZna de frutas 4 caixinha(s) de gelaAna sabor abacaxi 6 xícara(s) (chá) de água quanto baste de laranja em cubos pequenos quanto baste de cereja em conserva em cubos pequenos quanto baste de manga em cubos pequenos 2 caixinha(s) de creme de leite 4 colher(es) (sopa) de açúcar Dissolva 2 caixinhas de gelaAna em 2 xícaras (chá) de água fervente. Junte 2 xícaras (chá) de água fria e as frutas e misture. Despeje numa fôrma previamente umedecida com água gelada, leve à geladeira de um dia para outro. Dissolva os outros 2 pacotes em 2 xícaras (chá) de água fervente. Bata muito bem no liquidificador com o creme de leite e o açúcar. Despeje este creme sobre a gelaAna e retorne à geladeira para endurecer. Exemplos de receitas Salada de macarrão 3 colher(es) (sopa) de maionese 1 xícara(s) (chá) de presunto sem capa de gordura picado(s) 2 colher(es) (sopa) de azeite 400 gr de farfallini colorido quanto baste de sal quanto baste de salsinha picada(s) quanto baste de cebolinha verde picada(s) 1º Passo -‐ Cozinhando o macarrão: coloque a água com sal numa panela e leve ao fogo. Quando ferver coloque o macarrão para cozinhar. Esse procedimento você pede para a mamãe fazer.Reserve. 2º Passo -‐ Preparando a receita:pegue uma vasilha e coloque a maionese,o presunto picado,a salsinha e a cebolinha picada,o azeite e o sal.Misture bem.Peça para um adulto picar os ingredientes. 3º Passo -‐ Finalizando:junte o macarrão cozido na vasilha e misture tudo muito bem.Sirva gelado. ORIENTAÇÕES GERAIS • Estar atento ao apelo do markeAng da indústria de alimentos Recomendações nutricionais • A recomendação de gordura: 20 e 30% do VET • Menos de 10% deve ser proveniente de gordura saturada; (= ao adulto) • O consumo de colesterol não deve exceder 300 mg/dia; • QuanAdade deve permiAr crescimento e desenvolvimento normal e, ao mesmo tempo, reduzir o risco de doença ateroscleróAca. DIETA • ObjeZvos: Consumo adequado de calorias Crescimento e desenvolvimento adequado Evitar carências nutricionais eexcesso de peso Prevenir doenças no futuro Oferecer proteínas de alto valor biológico DIETA PRÉ-‐ESCOLAR • 3 a 4 refeições grandes ( 1 a 2 lanches por dia) • Evitar condimentos fortes • Sobremesas: frutas e cremes • Preparações simples, alimentos básicos e suaves • Monitorar a alimentação na escola DIETA ESCOLAR • 5 a 6 refeições dia • Maior apeAte-‐ volumes maiores • Dieta semelhante ao do adulto • Preocupação com alimentação na escola • Maior variedade de alimentos Alimentos Ocasionais • Possuem maior quanAdade de gordura saturada e açúcares. • Devem ter o consumo controlado Recomendações de Energia Recomendações de Proteína Recomendações de Carboidratos • O hábito alimentar das crianças mostra uma tendência de aumento no consumo de carboidratos simples; • O consumo elevado de CHO simples tem sido relacionado com a deficiência de consumo de micronutrientes, especialmente ferro, zinco, vitamina D; • Uma vez que o alto consumo de CHO simples está associado ao baixo de leite, carnes e vegetais; • A recomendação de carboidratos deve ser de 55% a 60% Recomendações de Fibras • Recomenda-‐se que crianças maiores de 2 anos devam ter uma ingestão de fibras equivalente à sua idade adicionada de 5 gramas por dia; • Ex: criança de 4 anos deve ingerir 4 (idade) + 5g = 9g de fibras por dia. • EsAmular o consumo de frutas e hortaliças. • VITAMINAS E MINERAIS • ʹ′AAngir as RDAS para garanAr a manutenção de funções bioquímicas e metabólicas. Avaliação da qualidade da dieta • Observar as DRI para a faixa etária • Relação Cálcio-‐ Fósforo • NDPcal % -‐ 6 a 10 % • Proteína de AVB-‐ 2/3 da recomendação Ideal de 1,1 ou 0,9-‐1,15
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