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Saúde Coletiva

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INTRODUÇÃO
 Este trabalho tem como finalidade a pesquisa e levantamento de referenciais teóricos, a respeito da saúde do trabalhador com uma abordagem histórica das principais características deste tema em diversos lugares do mundo.
 A saúde e a segurança no trabalho consistem numa disciplina de âmbito alargado, que envolve muitas áreas de especialização, dentre elas: a promoção e a manutenção dos mais elevados níveis de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores de todos os setores de atividade, a proteção dos trabalhadores no seu emprego perante os riscos resultantes de condições prejudiciais à saúde e a colocação e a manutenção de trabalhadores num ambiente de trabalho ajustado às suas necessidades físicas e mentais.
 Para serem bem-sucedidas, as medidas de saúde e de segurança no trabalho exigem a colaboração e a participação tanto de empregadores como dos trabalhadores nos programas de saúde e segurança, obrigando a equacionar questões relacionadas com a medicina do trabalho, a higiene no trabalho, a toxicologia, a educação, a formação, etc.
REVISÃO DE LITERATURA
 Rio e Pires (1999) relatam que na Grécia e na Roma antiga o trabalho era reservado para escravos, sendo considerado indigno de seres humanos livres. Trabalho em português, travail em francês tem sua origem na palavra latina tripallium, que designava instrumento de tortura, destinado a domesticar seres humanos para o trabalho.
 Freud (1887) destaca que apesar de não ter concentrado seus estudos sobre o trabalho, considerou que a felicidade se constituía, fundamentalmente, na capacidade de amar e trabalhar. A partir de uma perspectiva psicológica, considerou o trabalho como uma das duas bases mais fundamentais para a realização humana.
 Segundo Camelo e Angerami (2008) apud Lipp Men (1996) o Programa de Saúde da Família é uma estratégia do Ministério da Saúde na qual se observa que são delegadas aos profissionais variadas tarefas com alto grau de exigências e responsabilidades. Essas, dependendo do ambiente e da organização do trabalho para a sua realização e do preparo para exercer seu papel, podem levar o profissional a enfrentar um desequilíbrio biológico que afeta não só a ele como pessoa, mas também à comunidade assistida. Esse desequilíbrio biológico, com componentes físicos e psicológicos conhecido como estresse, manifesta-se em forma de absenteísmo, alcoolismo, problemas emocionais, mudanças inexplicáveis na eficiência, desempenho irregular, impaciência com a população com quem lida e outros sérios problemas.
 De acordo com Possibom (2001), os órgãos governamentais têm se interessado no âmbito de oferecer melhores condições de trabalho aos trabalhadores usando de suas atribuições, como o Ministério do Trabalho e Emprego-MTEO que tem o papel, entre outros, de realizar a inspeção e a fiscalização das condições e dos ambientes de trabalho em todo o território nacional, visando garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.
 A Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, em vigor desde 2004, visa à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. Suas diretrizes, descritas na Portaria nº 1.125 de 6 de julho de 2005 compreendem a atenção integral à saúde, a articulação intra e intersetorial, a estruturação da rede de informações em Saúde do Trabalhador, o apoio a estudos e pesquisas, a capacitação de recursos humanos e a participação da comunidade na gestão dessas ações.
 A otimização do trabalho é um fator fundamental para o sucesso de pessoas e organizações, num mundo de alta competição, cuja saúde e excelência de desempenho, são aspectos fundamentais (RIO; PIRES, 1992).
“O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos”.
Eleanor Roosevelt
SAÚDE DO TRABALHADOR.
 Desde os tempos da Revolução Industrial, tem iniciado uma maior atenção para a saúde dos trabalhadores do mercado formal e informal em todo o mundo. No Brasil, mais precisamente a partir do século XX, é que veio à tona como um desafio a ser enfrentado em termos psicossociais e legal, onde as empresas tiveram que mudar as práticas de gerir seus colaboradores para atender as necessidades físicas e emocionais dos mesmos.
 Recentemente, os desafios enfrentados pelos indivíduos por causa do excesso de trabalho, alto índice de estresse e constantes acidentes de trabalho, fez o governo repensar as formas de melhoria na saúde pública devido aos altos gastos ocasionados aos cofres públicos para conseguir atender a essas pessoas, passando assim a ser de interesse do mesmo investir em ações preventivas e assistencialistas. Diante de reflexões, procura-se entender as grandes mudanças do mercado de trabalho nos últimos anos e trazer soluções para melhoria e prevenção de doenças ocasionadas pelo trabalho, como também acidentes de trabalho, trazendo reuniões, congressos, conferências, com finalidade de discutir novas formas de treinar, capacitar e desenvolver o pessoal na conscientização do uso de Equipamentos de Proteção Individual.
 A Organização Internacional do Trabalho (OIT), afirma ocorrer todos os anos cerca de 270 milhões de acidentes do trabalho em todo o mundo, sucedendo que desse número, cerca de 2 milhões são fatais. O Brasil está no 4º Lugar no ranking mundial onde esses acidentes com vítimas fatais ocorrem (ZINET, 2012).
 As iniciativas no Brasil em forma de ações dentro da sociedade vêm se consolidando como políticas públicas de atenção integral em Saúde do Trabalhador (ST) como as ações assistenciais, promocionais e de vigilância e prevenção das doenças agravantes ligadas ao trabalho. No entanto, ainda existe grandes barreiras à consolidação de programas e ações contribuintes efetivamente para poder assumir avanços nos indicadores nacionais, colocando o país em uma situação considerada crítica quando, em termos comparativos, observa-se as nações socialmente mais desenvolvidas.
 Segundo Chiavegatto (2010), a atenção à Saúde do Trabalhador é contemplada por meio da atuação da vigilância dos perigos e riscos inerentes ao trabalho, a assistência à saúde e a abordagem e a conduta apropriadas aos determinantes sociais, individuais ou de grupos, que podem impactar de modo negativo na saúde dos trabalhadores. Com os avanços dos programas, foram criadas algumas normas regulamentadoras com finalidades exclusivas para cuidar da saúde do trabalhador. Dentre elas, as que mais possuem características de intervenções políticas dentro das empresas e passiveis de multa caso haja descumprimento, são as normas regulamentadoras 04, SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), que se expressa no Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), conhecida por compor a NR 07, e a NR 09, com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), cuidando dos impactos ambientais e redução e controle dos riscos (MIRANDA; DIAS, 2004).
 A saúde do trabalhador tem assumido novos caminhos focando na prevenção e promoção da saúde, necessitando de planejamento estratégico para o alcance dos objetivos. Nesta nova perspectiva de produção de indicadores, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem o papel de assumir na geração de dados enquanto instância com acesso maior aos riscos referentes aos trabalhadores no mercado informal.
SAÚDE DO TRABALHADOR NO BRASIL.
 A atenção à saúde da classe trabalhadora no Brasil se desenvolveu a partir de um modelo excludente, privilegiando os trabalhadores do setor formal da economia e vinculada aos interesses do capital de controle da força de trabalho. Inicialmente, o setor saúde tinha uma participação muito limitada nessa área. No final da década de 1970, novos modelos de atenção à saúde do trabalhador começaram a ser experimentados em serviços da rede pública de saúde, porém,foi apenas no processo de redemocratização do país, a partir de meados da década de 1980, que movimentos sindicais, populares e de trabalhadores da saúde forjaram uma proposta de modelo de atenção à saúde do trabalhador para o SUS, nas Conferências Nacionais de Saúde e nas Conferências de Saúde do Trabalhador. 
 Apesar das resistências, essa proposta vem sendo institucionalizada pelo Ministério da Saúde. O modelo de atenção proposto deveria ser coordenado pela saúde, existindo a indicação para a integração com os demais setores, trabalho e previdência, de modo a articular ações e evitar duplicidade de competências. Neste estudo, esse modelo de atenção à saúde do trabalhador foi analisado, partindo da hipótese que cada setor envolvido teria seu modelo, lógica e compromissos particulares, havendo dificuldades para integrá-los na prática. Optou-se por desenvolver a análise em dois planos: o teórico-conceitual, implementada a partir de fontes documentais. E, o plano empírico-concreto, realizado através da análise das práticas dos serviços dos setores governamentais envolvidos. Para tanto, foi escolhido o município de São Paulo (SP), por suas características socioeconômicas e por ter serviços locais dos três setores estudados. 
 A análise do desenvolvimento institucional e dos projetos teóricos e da prática dos setores saúde, trabalho e previdência mostrou que, historicamente, eles evoluíram orientados por referenciais distintos e assumiram compromissos também distintos. Nesse sentido, constatou-se que, no Brasil, coexistem pelo menos três modelos de atenção à saúde do trabalhador, que se relacionam de forma "harmonicamente conflituosa". E, ainda, em função da magnitude e significado das diferenças entre esses modelos de atenção, avaliou-se ser impossível qualquer integração entre os mesmos. Apesar do avanço e consistência representado pelo modelo de atenção proposto para o SUS, foram constatadas limitações importantes no plano empírico-concreto. 
 Entre essas limitações, pode-se destacar o fato de que esse modelo vem sendo implementado quase exclusivamente por meio de serviços especializados, sem o efetivo envolvimento da rede básica de serviços e que a vigilância em saúde nessa área ainda não foi efetivamente assumida.
OS TRABALHADORES NO SUS.
 
 No Brasil, a Saúde do Trabalhador, entendida como campo de práticas apoiadas no Modelo da Saúde Pública, se disseminou mais intensamente com o Movimento da Reforma Sanitária e se desenvolveu mais amplamente a partir da promulgação da nova Constituição do País em 1988 e a implementação do Sistema Único de Saúde (SUS). 
 Todavia, como a responsabilidade institucional da Saúde do Trabalhador no país é exercida de modo compartilhado entre os Ministérios da Saúde, do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, as ações se desenvolvem focalmente ou em âmbito universal, ou ainda intersetorialmente.
 Na primeira metade do século XIX, durante a Revolução Industrial teve início o primeiro serviço de Medicina do Trabalho na Inglaterra, com a função de prover assistência médica aos trabalhadores.
 Nesta mesma época, em resposta a pressões do movimento trabalhista, foi criada a “Inspetoria de Fábricas” que era um órgão estatal responsável pela verificação de como a saúde do trabalhador estava sendo protegida contra os agentes de risco e agravos.
 Entretanto, essas atividades foram sendo apropriadas por empresas, principalmente com a organização e incorporação da Medicina do Trabalho, que assumiram a responsabilidade pelas ações de diagnóstico e tratamento, de prevenção de fatores de riscos e de proteção à saúde dos trabalhadores. Neste contexto, coube ao Estado o papel de regulador das condições e das relações de trabalho, desenvolvendo políticas centradas na inspeção dos locais de trabalho. 
 No Brasil, antes da criação do SUS, o cuidado à saúde dos trabalhadores era predominantemente assistencial. 
 De acordo com relatos da época, grande parte dos problemas de saúde dos trabalhadores eram as chamadas “doenças da pobreza”, consideradas como fator de comprometimento da produtividade. O crescimento do processo de industrialização e a necessidade de garantia de produtividade de parte dos empresários, juntamente com a grande mobilização dos trabalhadores, organizados em sindicatos, levaram a que esses serviços se expandissem dando origem às Caixas de Aposentadorias, precursoras dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP’s). 
 Estes, além de prover atenção médica, também concediam benefícios relativos à compensação securitária. A ideia de prevenção era mínima, focalizada na realização de exames médicos admissionais para a garantia da seleção dos mais saudáveis.
 Em 1943, foi assinada a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que estabeleceu dispositivos sobre a garantia da Segurança e Medicina do Trabalho, tornando-os obrigatórios nas empresas de grande porte, contribuindo para a expansão desses últimos serviços. 
 Todavia, a incorporação destes serviços foi lenta, como demonstrado em um estudo de 1954, segundo o qual dentre 3.001 fábricas apenas 4,1% contavam com médico na empresa. 
 Na década seguinte, outro estudo com empresas relatou que apenas 72,4% tinham Comissões Internas de Prevenção dos Acidentes (Cipa’s), e somente 39,2% realizavam investigação de acidentes de trabalho e adotavam medidas de prevenção.
 As Cipa’s, geralmente coordenadas por representantes do patronato, eram descritas como de papel apenas cartorial, comumente cooptadas pelos empregadores. Naquele contexto histórico, os trabalhadores tinham limitado poder de pressão devido à força das ameaças de retaliações.
 Posteriormente, nos anos 70, a atenção à saúde do trabalhador continuava polarizada pela provisão de assistência médica e a concessão de benefícios sociais, que à época, estavam sob a responsabilidade do recém-criado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), órgão instituído a partir da junção dos diversos IAP’s.
 Em seguida, criou-se o Instituto Nacional de Assistência e Previdência Social (Inamps), responsável pela assistência médica dos trabalhadores segurados e financiador da maioria da assistência médica do país (90%), seja por meio de serviços próprios, contratados ou conveniados. Oferecia ainda, ações de proteção social, através de um sistema de compensação salarial para incapacidade para o trabalho, ocupacionais ou de outras causas.
 Essa ampla participação na provisão de serviços assistenciais, como era de se esperar, não redundava em bons indicadores de saúde dos trabalhadores. O Brasil apresentava um grande número de vítimas de acidentes e doenças do trabalho, levando o INPS a exigir maior atuação do Ministério do Trabalho na fiscalização das empresas, focalizando, especialmente, medidas de prevenção.
SAÚDE DO TRABALHADOR NO PARANÁ.
 De acordo com a superintendência de vigilância em saúde e a Secretaria de Saúde do estado do Paraná a primeira conferência estadual de saúde do trabalhador ocorreu em 1986, já a elaboração do Programa de Saúde relacionado ao trabalho ocorreu de 1990 a 1992.
 Em 1995 houve a segunda conferência estadual do trabalhador e a criação da coordenação de saúde do trabalhador, ligada a Diretoria de Vigilância e Pesquisa. 
 Nos anos de 1996 criaram em parceria com a Prefeitura Municipal de Curitiba, o Centro Metropolitano de Apoio à Saúde do Trabalhador (CEMAST) com abrangência macrorregional, sendo referência para 45 municípios. Em 1997 implantaram o Comitê Estadual de Investigação de Óbitos e Amputações Relacionadas ao Trabalho e em 1999 a criação da Divisão de Saúde no Trabalho, na estrutura do Centro Estadual de Saúde Ambiental. A terceira conferência aconteceu nos anos 2000 e a quarta em 2004.
 Até 2008 haviam no estado somente dois CEREST’s (Centro de Referências Especializados em Saúde do Trabalhador) que apresentavam várias dificuldades, principalmente em realizar ações em municípios e regionais da área de abrangência que se estabelecem fora do município sede. 
 Diante dessa situação e considerando-se que o estadotem uma regionalização suficientemente consolidada, propôs-se a estadualização da gestão da RENAST (Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador) no Paraná, através de um CEREST estadual e 8 macro-regionais, constituídos por 22 núcleos regionais cobrindo todos os municípios do estado, exceto Curitiba, onde foi implantado um CEREST municipal. 
 As 22 regionais articulam a mobilização dos municípios através das Comissões Intergestores Bipartites Regionais e realizam as ações de pactuação dos indicadores, monitoramento, apoio e suporte para ações na região. O estado iniciou o processo de gestão dos recursos da RENAST com a proposta de CERESTS macrorregionais, constituídos por núcleos regionais, com destaque a intervenções dentro destas.
 Atualmente esses núcleos estão vinculados a Divisão de Vigilância em Saúde regional, na Seção de Vigilância Sanitária, Ambiental e Saúde do Trabalhador, onde os profissionais possuem credencial de autoridade sanitária.
 Os objetivos diante destas condições eram o de promover a regionalização das ações de saúde do trabalhador no interior do SUS, o fortalecimento de núcleos regionais estimulando os atos de saúde nos municípios (princípio da descentralização e hierarquização do SUS), consolidar o aspecto transversal da saúde da pessoa que trabalha em relação a vigilância epidemiológica, sanitária, ambiental, atenção primária, secundária e terciária. 
 A partir do Sistema Único de saúde (SUS) o serviço de saúde pública tem dado prioridade em suas ações por meio do desenvolvimento de sistemas de informações como é o caso de doenças como diabetes, hipertensão arterial sistêmica, HIV entre outras. Na área de saúde do trabalhador as informações são escassas com os cálculos a partir de dados da Previdência Social, por meio da comunicação de acidente de trabalho (CAT), sendo pouco abrangente e não consegue alcançar dados precisos da questão, pois possui o caráter de seguridade especialmente para trabalhadores formalmente vinculados ao mercado de trabalho. Mesmo assim consegue-se algumas notificações, principalmente em doenças relacionadas ao trabalho que acabam não sendo diagnosticadas como tal. Outro problema de notificação é o trabalho informal que encobre os acidentes, mortes e invalidez. 
 Considerando a necessidade da disponibilidade de informação consistente e ágil sobre a situação da produção, perfil dos trabalhadores e ocorrência de agravos relacionados ao trabalho para orientar as ações de saúde, a mediação nos ambientes e condições de trabalho, subsidiando o controle social, e pela constatação de que essas informações estão dispersas, fragmentadas e pouco acessíveis, na área do SUS é que foi publicada a portaria nº 777/GM de 28 de abril de 2004, que utiliza os procedimentos técnicos para a notificação compulsória de 11 agravos da saúde do trabalhador em rede de serviços específicos no SUS. Em atendimento a esta portaria a coordenação nacional de saúde do trabalhador (COSAT) a partir de abril de 2006 reuniu para a capacitação sobre SINAN NET um representante de cada Estado e assim dar início ao processo de construção para a implantação da vigilância epidemiológica em saúde do trabalhador. Em 20 de julho de 2006 uma técnica do SINAN Nacional e um do DATASUS nacional estiveram no Estado do Paraná implantando o SINAN NET para oficializar a digitação e envio de dados da Saúde do trabalhador através das unidades definidas no projeto. 
 O projeto foi elaborado com a participação de vários técnicos do CEST, Hospital do Trabalhador, Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, SINAN Estadual e 2ª Regional de Saúde e a contribuição do CEREST de Londrina. As atribuições estabelecidas na portaria 2437de 07 de dezembro de 2005 que utiliza a ampliação e o fortalecimento da RENAST no SUS que dispõe sobre o poder no nível local, municipal, regional, estadual e nacional. Dando continuidade ao cronograma definido no Projeto Estadual de Implantação da Vigilância epidemiológica em Saúde do trabalhador. 
 Depois, como resultado foi estabelecido a Rede de Informação em Saúde do Trabalhador que se constitui em três níveis:
Primeiro - Unidade Sentinela: passam a ser unidades notificadoras todas as unidades cadastradas no CNES (Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde);
Segundo - Unidades que realizam análises de situações;
Terceiro - Unidades de referência para o atendimento: unidades especializadas nos agravos como fonte notificadora e recebe os casos para estabelecimento de diagnóstico.
 Atualmente o estado do Paraná possui um Centro Estadual de Saúde do Trabalhador (vinculado a Superintendência de Vigilância à Saúde), um CEREST estadual, 8 CEREST’s macro regionais, um CEREST municipal em curitiba e um Núcleo Municipal de Saúde do Trabalhador em Londrina.
SAÚDE DO TRABALHADOR AO REDOR DO MUNDO.
A saúde do trabalhador envolve diversas áreas de especialização. Essas especializações procuram seguir alguns objetivos, sendo eles: promoção e manutenção dos mais elevados níveis de bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores, prevenção para os efeitos adversos a saúde decorrente das suas condições de trabalho, proteção no emprego perante os riscos resultantes de condições prejudiciais à saúde, colocação e manutenção de trabalhadores em um ambiente de trabalho ajustado às suas necessidades físicas e mentais, e adaptação do trabalho ao homem.
 Ao longo deste tema, precisamos recordar da saúde do trabalhador e das pessoas que possuem algum tipo de deficiência, na qual deve ser disponibilizado um melhor atendimento e prioridade.
 O trabalho desempenha um papel crucial nas vidas das pessoas, considerando que a maioria dos trabalhadores exercitam suas atividades pelo menos oito horas por dia no local de trabalho, quer seja em uma plantação, escritório, fábrica, entre outros. Desta maneira, os ambientes laborais devem ser seguros e saudáveis. Mas, na verdade, essa não é a realidade para muitos operários.
 Na Europa, os trabalhadores fazem do seu estado de saúde as suas práticas de absentismo e a sustentabilidade do seu trabalho, medida pelo número de proletários que poderão continuar desempenhando o trabalho atual ao atingir 60 anos de idade. 
 De modo geral, os operários europeus avaliam positivamente o seu estado de saúde, mas, na análise da relação entre trabalho e saúde, são os que mais consideram os seus impactos negativos. Condições adversas de trabalho continuam na origem de efeitos indesejáveis sobre a saúde de um número significativo de trabalhadores.
CONCLUSÃO
 Ao realizar este trabalho, compreende-se que é necessário o reconhecimento da saúde geral dos trabalhadores, elencando os problemas mais comuns e listando um estudo individualizado para descobrir de que forma estão ou não relacionados às rotinas de trabalho de cada um, sendo importante nesta fase o auxílio de profissionais preparados para esta compreensão.
 Conforme analisado, deve-se agir tentando eliminar os fatores de risco e caso isso não seja possível, deve-se proteger os colaboradores dos riscos, muitas vezes adotando uso de EPI’s mais adequados, orientações de forma de trabalho e suscitando este indivíduo de recursos de proteção direcionada, e por último, após todas estas ações deve-se investir num mecanismo de defesa e preparo para a função, adaptando o indivíduo.
 Portanto, a maneira mais eficaz de impedir o acidente é conhecer e controlar os riscos. Isso se faz com uma política de segurança e saúde dos trabalhadores que tenha por base a ação de profissionais especializados, antecipando, reconhecendo, avaliando e controlando todo o risco existente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://renastonline.ensp.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/paginas/Oral%201.pdf acessado em 12/11/2016 às 15:33.
http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/print.php?conteudo=323 acessado em 12/11/2016 às 16:01.
http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000188437 acessado em 08/11/2016às 20:56.

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