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Aula 16 Anemia Infecciosa Equina

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DOENÇAS INFECCIOSAS
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Anemia Infecciosa Equina
Provoca a restrição do transito de animais
Causada por um retrovírus
Doença Vitalícia (infecções permanentes) 
Abate do animal
Destruição dos eritrócitos, e o vírus se replica na medula óssea.
Acomete equídeos (ricos e pobres) - equinos asininos e muares
É transmitida por vetores dípteros hematófagos (moscas e mosquitos)
Não é uma zoonose, pode comer a carne do animal 
Sinonímia:
Maladie de Valleu, Swamp fever, AIDS do cavalo, Anemia Perniciosa Progressiva, AIE, Febre dos pântanos.
Importância
Médica: não é uma zoonose, sendo restrita aos equídeos.
Social: cavalos usados como força de trabalho
Econômica: Falta de indenização aos proprietários, é diferente da brucelose e tuberculose, área endêmica não é obrigatório o sacrifício do animal, diminui a força de trabalho. Ele é utilizado para esporte ou tração.
Ex.: pantanal - se tira o cavalo, há muito prejuízo econômico para o local. Deve-se fazer um trabalho diferenciado, separar os positivos dos negativos, trabalha um dia só com a positiva, e no outro com os negativos. 
Distribuição mundial, no BR é endêmica no pantanal, MT e MS, AM, Roraima, no norte do estado de MG e em fronteiras com BH, GO, ES.
No RJ apenas na região serrana (polo principal de criação) em Bom Jardim, Teresópolis, Petrópolis ou no Sul do estado: Parati e Angra dos Reis. 
Etiologia
Família Retroviridae
Gênero Lentivírus
Vírus esférico pleomórfico 80 a 100mm, envelopado com espículas (8nm), nucleocapsídeo eicosaédrico.
Genoma: 
Consiste de um dímero (2 fitas de RNA fita simples);
Tamaho 9200 nt.
4 genes principais 5’-gag-prop-pol-env-3’.
Genes adicionais proteínas envolvidas na regulação e síntese, RNA viral e outras funções replicativas.
Sensibilidade e resistência do vírus:
Destruído 30 a 60 seg a 58ºC ou 15 a 20 seg a 100ºC
Sobrevive 4 dias nas seringas hipodérmicas, 3 meses a 5ºC, vários anos a -20ºC. 
Resistente a luz ultravioleta
Rapidamente inativado por desinfetantes comuns que contenham detergentes: sensível ao lisol 2-4%, hidróxido de sódio, hipoclorito de sódio, solventes orgânicos.
Presença de resíduos orgânicos: aumento da resistência.
pH ácido (3) ou alcalino (11)
Pode ser conservado por mais de um ano em presença de glicerina 20%.
Resistente: urina, fezes, sangue ressecado e soro.
Persiste por vários meses a temperatura ambiente.
Sazonalidade: estações chuvosas, elevada UR, regiões alagadas.
Modelos de transmissão: mecânica
Vetores naturais: tabanídeos - Tabanis fuscicostatus, Stomoxys spp (principalmente em locais com muitas fezes). Logo a higiene do curral e uso de esterqueira são métodos de controle. 
Insetos Hematófagos - Chrysops flavideis, Tabanus, Fidena, Culcoides spp, Psorophora columbiae. 
Equídeo + mosca vetora 
O repasto é interrompido e ela vai para outro equídeo, ou outra mosca vetora vem.
O vírus pode permanecer infectante no aparelho bucal da mosca por até 4h
Fatores naturais predisponentes:
Clima e estação, atratividade do hospedeiro, proximidade de pântanos, matas, lugares fechados (abrigo do hospedeiro), distância entre os equinos - 200m de distância no mínimo de um equídeo para o outro (infectado de um não infectado) para medidas de segurança.
Transmissão Iatrogênica: 
Fômites, material cirúrgico, material de correção dentária, casqueamento, sonda nasogástrica, agulhas, durante procedimento cirúrgico. Todos esses objetos ou entram em contato com o sangue ou entram em contato com alguma secreção. Sangue e outros fluídos nas fômites servem como contaminação. 
Transmissão vertical: 
Intrauterina, transplacentária, colostro (Ag ou Ac), leite (Ag). 
Nem todo potro de égua positiva vai nascer positivo.
Logo quando o potro nasce de mãe positiva, oferece colostro (leite pasteurizado ou fervido de outra fêmea lactante negativa). Testa o potro da mãe positiva quando ele tiver 6 meses de idade. Período de incubação é lento, mas quando aparecem os sintomas é rápido, podendo chegar rapidamente à morte. 
Transmissão Horizontal:
Cobertura garanhão + com égua – / garanhão – com égua +. 
Muco, saliva, lágrimas, sangue, colostro e leite, secreção respiratória (vírus presente)
Fígado, baço e medula óssea (2ª viremia), pulmões, rins e linfonodos (2ª viremia)
O vírus produz uma resposta imunológica muito intensa.
Muco, saliva, lágrimas urina, fezes, leite, colostro e sangue.
Sinais clínicos: causando icterícias, ascite (extravamento de líquidos), edema, petequias, hemorragias de extensão, edema ventral bem evidenciado, glomerulonefrite, pouco sangue circulante, oscilação de batimentos cardíacos, levando ao choque circulatório (pouco sangue circulante), mucosas pálidas a hemorrágicas. 
Prova:
Legislações no quiosque, AIE normas para prevenção e controle, Mormo (idem).
Até 30 dias para providenciar o abate e destino da carcaça do animal positivo que deve ser marcado com a letra A, e na paleta do lado esquerdo com ferro incandescente. 
Pode enterrar o animal em qualquer lugar, a propriedade fica interditada, testa todos os animais e em até 30 dias se refaz o teste em 30 a 60 dias, se der 2X teste NEGATIVO, a propriedade está liberada. 
Patogênese:
Penetração do vírus 1ª viremia multiplicação em células reticulo endoteliais fígado, baço e medula óssea / pulmões, rins e linfonodos 2ª viremia (2 semanas) Anticorpos soro neutralizantes, fixadores do complemento e precipitantes imunopatologia depressão da medula óssea hematopoiética / hemólise intra e extravascular e imunomediada anemia e trombocitopenia. 
Patogenia:
Penetração sangue disseminação macrófagos latência febre, petéquias nas mucosas, perda de peso, edemas, anemias, e diminuição das hemácias // febre, fraqueza, anemia, icterícia, fezes sanguinolentas, taquipneia, petéquias nas mucosas. 
Formas de apresentação:
Forma hiperaguda: morte de 3 a 5 dias
Forma aguda: febre de início súbito e curta duração (< 24h) doença clínica recorrente ou recuperação.
Pode ir a morte por 2 a 3 semanas ou permanecer portador. 
Forma Crônica: convalescente 42ºC
Sinais clínicos: Dependem da quantidade e virulência do vírus, resistência do hospedeiro, fatores de estresse concomitantes, uso de imunossupressores (corticoides). 
Sinais clínicos da forma aguda:
Febre ou súbitas flutuações de temperatura, aumento da transpiração, rápida perda de peso, olhos vermelhos e com lacrimejamento, edema nas patas e abdomem, membranas mucosas pálidas ou ictéricas, batimentos cardíacos irregulares e ou pulso fraco, hemorragias petequiais nas mucosas, depressão, fadiga, fraqueza, aborto em éguas, fezes sanguinolentas, inapetência, taquipneia, cólica, anemia severa. 
Diagnóstico laboratorial:
Isolamento: equinos ou cultura de células. 
Sorologia IDGA e Ac precipitantes
Elisa. 
Resultados positivos/negativos – fraco + / falso + / falso –
Diagnóstico diferencial:
Babesiose equina, leptospirose, Estrongiloidose, Púrpura hemorrágica (após infecção estreptocócica). 
AIE (legislação)
Portaria 200, de 18 de agosto de 1981.
Inclui a AIE entre as doenças passiveis de aplicação das medidas previstas no regulamento de defesa sanitária animal.
Instrução Normativa DAS nº45 de 15/06/2004, normas para a prevenção e controle da AIE. 
Detectado foco de AIE, deverão ser adotadas as seguintes medidas: marcação permanente dos equídeos portadores da AIE, por meio da aplicação do ferro incandescente na paleta do lado esquerdo com um A contido em um círculo de 8 cm de diâmetro seguido da sigla UF.
Resultado positivo:
Notificação obrigatória ao serviço oficial
Sacrificial do equino pelo MV oficial
Isolamento do animal por baia telada por exemplo. Pede-se a contra-prova, havendo a confirmação, deve-se realizar o sacrifício do animal positivo. Interdição da propriedade. Bloqueio do transito. 
Prevenção e controle: Evitartransito e permanência de equinos estranhos, introduzir apenas animais com atestado negativo na propriedade, isolar por 30 dias e proceder o reteste, controlar as moscas hematófagas, desinfecção constante de estábulos e baias. 
Fômites (agulhas, seringas estéreis e descartáveis). Exigir atestado negativos na compra, venda ou cobertura de animais. Não existe vacina.

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