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Aula 18 Adenite Equina

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DOENÇAS INFECCIOSAS
Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica
Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4
Adenite Equina
Definição:
Garrotilho ou Adenite Equina
Abcessos de linfonodos da cabeça
Enfermidade contagiosa do trato respiratório superior dos equinos, é uma doença enfermidade contagiosa mucopurulenta do trato respiratório superior dos equídeos, causa pelo Streptococcus equi (S. equi subespécie equi). De evolução febril com inflamação das mucosas do Trato Respiratório Superior e com supuração dos gânglios linfáticos regionais. 
Sinonímia:
Adenite Estreptocócica Equina, Garrotilho
Agente Etiológico:
Streptococcus equi, uma bactéria gram positiva, do grupo C de lancerfield, crescem em ambientes anaeróbicos. São beta hemolíticas, causa hidrólise da arginina positiva e hidrólise do hipurato positiva. São bactérias presentes no corrimento nasal e nos abcessos, pode ser feito então o isolamento da bactéria nesses locais como formas de diagnóstico. 
Epidemiologia:
Afeta equídeos, acomete animais de qualquer faixa etária, principalmente entre 2 meses e 5 anos. 
Idade 37,5% potros, 47,5% sobreano, 17,6% adultos + resistentes.
Pode ocorrer em surtos ou em casos individuais depende da prevenção. 
Surtos após o tempo frio e úmido (chuvas), alta morbidade e baixa mortalidade, distribuição mundial. 
Espécies sensíveis: solípedes (equinos, asininos e muares), tem período de incubação de 3 a 6 dias, não é uma zoonose. Curso clínico de 2 a 4 semanas. Morbidade de 40 a 80%, e mortalidade de 5 a 10%. Predisposição animais de sobreano. 
Importância: 
Médica: não há relatos de contágio humano
Econômica: quando um único animal de um plantil é acometido, logo haverá a disseminação da doença para todo plantel. 
No Brasil e em todo o território nacional, acomete principalmente animais jovens. 
Fontes de Infecção:
Ar, contato direto, corrimento nasal, contaminação das pastagens e água de beber, tratadores, estábulos e fômites. 
Separar os doentes, e evitar a aglomerações de animais, pois é um fator predisponente. 
Epidemiologia dos surtos:
Equinos introduzidos clinicamente afetados / Portadores introduzidos e residentes / Fômites Contato direto e indireto disseminação da infecção. 
Grupos de Alto Risco: potros, desmamados, sobreanos, equinos não expostos previamente.
Grupos de Baixo Risco: adultos previamente expostos, animais vacinados imunes. 
Ciclo no organismo: via de penetração
Aerógena digestiva via linfática gânglios regionais via sanguínea linfática.
Generalização: articulações, tendões, vísceras, endocardite bacteriana. 
Patogenia: 
Infecção do trato respiratório superior, faringite e rinites agudas, ocasionalmente pode causar processos supurativos nos rins, cérebro, fígado, baço, bainhas tendinosas e articulações. 
Sintomatologia Clínica:
Período de incubação 3 a 6 dias, febre de 39,5 a 41ºC, anorexia, apatia, corrimento nasal seroso em 2 a 3 dias purulento, tosse úmida, cabeça estendida, linfadenite dos linfonodos submandibulares e retrofaríngeos (quentes, enfartados e dolorosos). 
Alopecia na região inflamada, abscedação e ruptura de linfonodo. 
Anatomia patológica:
Inflamação das mucosas do trato respiratório superior, enfartamento e abcesdação de linfonodos.
Formação de Abcessos focos purulentos disseminados, afecções inflamatórias agudas e crônicas de todos os órgãos, e cavidades (bolsa gutural), artrites. 
Sequelas:
Paralisia do nervo laríngeo recorrente – cavalo roncador.
Paralisia do nervo facial 
Empiema de bolsas Guturais
Púrpura hemorrágica
Abcessos bastardos
Miocardites autoimunes
Diagnóstico:
Presuntivo: epidemiologia, manifestações clínicas, e quadros anátomo-patológicos característicos inflamação purulenta e aguda do trato respiratório superior.
Definitivo: cultura e identificação, detecção do DNA bacteriano por PCR
Diagnóstico Diferencial:
Viroses
Influenza (surtos explosivos, corrimento nasal + seroso, tosse seca e grave)
Rinovirose (doença discreta)
Rinopneumonite equina (associada a abortos)
Bacterioses: mormo
Prevenção e Controle da adenite Equina
Vacinação de potros nascidos no inverno, isolamento dos potros, manejo, identificação da fonte de infecção. 
Isolamento de todos os animais que entram na propriedade, rigorosa observação, vacinação prévia e realizar a quarentena. 
Manejo: higiene, grupos etários isolados, reduzir a lotação, reduzir a taxa de animais. 
Cultura para o diagnóstico: swab nasal ou faringeano, 3 culturas com intervalos de 1 semana, detecção de 60%. Já o PCR causa detecção de 90%. 
Água e sabão + água sanitária para desinfecção de ambientes e fômites. 
Imunidade: 
75% dos doentes desenvolvem imunidade IgG, IgA a principal imunoglobulina de proteção é a IgA. 
Vacinação: potros equinos suscetíveis, áreas de alto risco, animais que entrar para residir na propriedade. 
Intramuscular – imunidade local ineficiente
Intranasal – IgA (ainda não tem boa eficiência)
Tratamento: 
Isolar os doentes, monitorar diariamente os susceptíveis: temperatura, inapetência, descarga ocular e nasal. Antimicrobianoterapia, quando não houver enfartamento dos linfonodos. 
Penicilina 18.000 e 22.000 Ul/Kg
Sulfa/Trimetoprim 20mg/kg de 5 a 10 dias
Em linfonodos infartados usar pomadas rubefacientes (que melhorem o fluxo sanguíneo) e a curetagem química. 
Prognóstico:
Quando tratado corretamente é favorável, quando não tratado, gera inflamações pulmonares crônicas, paralisias musculares e nervosas, etc. i

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