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DIREITO ADMINISTRATIVO ESQUEMATIZADO
Maricy Fideles
Sumário: 1. Agentes Públicos; 2
1. AGENTES PÚBLICOS – 37-40 CF
Conceito: pessoa física que presta serviços ao Estado e às pessoas jurídicas da Administração Indireta (Di Pietro). Atua em nome da administração pública. Inclui qualquer pessoa com vinculo funcional à Administração pública. Também entram nessa classificação aqueles que desempenham funções temporárias ou não remuneradas (ex. jurados; mesários; estagiário). 
Classificação: 
Agentes políticos
Agentes administrativos
Servidores públicos
Empregados públicos
Militares 
Agentes temporários
Particulares em colaboração com o poder público
Obs.: estrangeiros não podem ser agentes públicos, mas equiparam-se a servidores para fins penais. A lei de improbidade administrativa não abrange os funcionários estrangeiros. Somente os agentes públicos.
2. AGENTES POLÍTICOS
Conceito: titulares de cargo estruturais à organização política do país (Bandeira de Mello). Ocupam cargo de natureza política. São: chefes do executivo em âmbito federal, estadual e municipal (Presidente, Governador e Prefeito) e seus auxiliares diretos (Ministros e Secretários); e parlamentares (Senador, Deputado, Vereador).
Obs.: há dissenso na doutrina sobre esta classificação. Uns entendem que membros do Ministério Público e da Magistratura também integram o grupo de agentes políticos. 
Forma de investidura: eleição. Exceto para os cargos de Ministro e Secretário que são de livre escolha pelos chefes do executivo mediante nomeação.
Obs.: Reclamação 2138/DF - não se aplica lei de improbidade administrativa aos agentes políticos, mas a lei de crimes de responsabilidade. Apenas aos servidores públicos podem ser processados pela lei de improbidade. 
3. AGENTES ADMINISTRATIVOS
Conceito: têm vínculo permanente com a Administração. Pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às Entidades da Administração Pública indireta com vínculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos (Di Pietro).
Classificação:
Servidores públicos: de provimento efetivo e de provimento em comissão. 
Vinculo legal: nomeados por portaria/decreto; empossados. 
Estatutários: Lei 8112/90; 
Ocupam cargo público;
Estabilidade: após 3 anos de estagio probatório. (2 anos para juízes). Avaliação de desempenho;
Regime especial de previdência: 40 CF.
Empregados públicos e empregados temporários:
Vinculo contratual: só existem nas PJ de direito privado da Administração Pública (fundações públicas de direito privado, empresas públicas, sociedades de economia mista, consórcios públicos de direito privado).
Celetistas: seguem regra da CLT;
Ocupam emprego público;
Sem estabilidade: Art. 173, §1º, II CF.
Regime de previdência comum.
Militares
Possuem estatuto próprio
Sem direito a greve, mas direito a constituir sindicatos.
Regime de previdência diferenciado
Agentes temporários
Vínculo temporário: contrato por tempo determinado. Processo seletivo simplificado. 
Nem celetistas nem estatutários: vinculados à administração pública por um regime funcional de direito público, de natureza jurídico-administrativa (e não trabalhista).
Ocupam função pública
Apenas para atender uma necessidade excepcional do interesse público. 
Obs.: cargos públicos: são as mais simples e indivisíveis unidades de competência de um agente. Previstas em número limitado, com denominação própria, retribuídas por pessoas jurídicas de direito público e criadas por lei. Submetem-se ao regime estatutário ou institucional (não contratual).
Obs.: empregos públicos: núcleos de encargos de trabalho permanentes exercidos por agentes contratados para desempenhá-los, com relação trabalhista. Regime contratual, comportando exceções. Forma de contratação própria das PJ públicas de direito privado.
Obs.: funções públicas: funções de confiança exercidas pelos agentes públicos contratados por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Sem concurso público.
4. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO 
Conceito: não possuem vinculo funcional com a Administração Pública
Classificação: 
Agentes honoríficos: desempenham função pública de natureza cívica. Não remunerados. Ex.: jurados, mesários, conselheiros de conselhos de políticas públicas.
Agentes credenciados: são os tradutores, intérpretes, leiloeiros, tabeliães, notários.
 
5. ACESSO A CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICOS – 37 CF
Princípio da universalidade: todos os brasileiros (natos e naturalizados) que cumpram requisitos legais
Estrangeiros: apenas com autorização legal específica.
Cargos privativos de brasileiros natos: Presidente e vice; Presidente da Câmara e do Senado; Ministro do STF; carreira diplomática; oficial das forças armadas; Ministro de Estado e Defesa. 
Obs.: IFES podem contratar professores/técnicos/pesquisadores/cientistas estrangeiros. Também professor visitante estrangeiro pode ser contratado.
Exigência de aprovação prévia em concurso público: 37, II, CF. 
Não abrange cargos em comissão (livre nomeação e exoneração) nem contratação por tempo determinado (processo seletivo simplificado). 
Razoabilidade das exigências: passível de controle judicial. 
Obs.: não é passível de controle judicial os gabaritos das provas, posto que se trata de controle de mérito administrativo, o que é inadmissível. 
Espécies: 
Prova: geralmente nos cargos de natureza intelectual. 
Provas e títulos: titulação do profissional soma pontos classificatórios. 
Prazo de validade do concurso público: 37, III, CF. Período que a administração tem para nomear ou contratar os aprovados. 
2 anos, prorrogável por mais 2 uma única vez. 
Decisão discricionária. 
Direito subjetivo à nomeação: candidato aprovado dentro do número de vagas indicado no edital tem direito à vaga, quando o cargo for preenchido sem observância da classificação. Regra comporta exceções em casos excepcionalíssimos. 
Novo concurso no prazo de validade original do primeiro sem preenchimento das vagas: impossível. 
Novo concurso no prazo de validade dilatado do primeiro sem preenchimento das vagas: possível, mas aprovados no primeiro têm prioridade de nomeação. 
Obs.: concurso deve ser homologado 3 meses antes das eleições.
Cargos em comissão x Função de confiança: 37, V. Só devem existir para as funções de chefia, direção e assessoramento (EC 19/98). 
Função de confiança: só pode ser preenchida por servidor efetivo. Há cumulação de funções: a de confiança e a função que já exerce. Dispensa livre, a critério da autoridade competente. 
Cargos em comissão: pode ser preenchido por qualquer pessoa, mesmo que não sejam servires, mas há percentual mínimo para preenchimento de agentes em carreira. Não há cumulação de funções, mas troca. O servidor deixa de exercer sua função para exercer um cargo em comissão. 
Nepotismo: Sumula Vinculante nº. 13. 
Não se pode nomear para cargo em comissão e função de confiança, parente até 3º grau de quem já ocupa cargo e comissão no órgão; 
Nepotismo cruzado: um servidor nomear parente de outro servidor e vice-versa. 
Nepotismo de empresas terceirizadas: proibição da dispensa de licitação de empresas que tenham como sócios parentes de ocupantes de cargos em comissão ou função de confiança
Não alcança nomeação de cargos políticos. Comporta exceções. 
Direito de Associação Sindical e Direito de Greve: 
Impossibilidade de celebração de acordo/convenção coletiva para aumento de salario dos servidores, mas deve ser feito por lei;
Competência para processar litígios: Justiça Comum e não Justiça do Trabalho.
Possibilidade de associação sindical 
Direito de greve: existe direito, mas ainda não regulamentado. Usa-se as normas de greve do setor privado. Não é autoaplicável, posto que não existe lei regulamentando. 
Poder público pode ‘cortar o ponto’ de grevistas estatutários. 
Reserva de vagas: 
Portadores de deficiência: Lei 8.112/90. Até 20%.
Negros: Lei 12.990/14. Até 20%. (mais de 3 vagas)
Direito à vaga: 
Candidato preterido na ordem de nomeação:ordem de nomeação deve ser ordem de aprovação. Administração não pode anular nomeação pela teoria dos motivos determinantes (se há ‘x’ nomeações, ‘x’ são necessárias, nenhuma pode ficar vaga).
Fixação do numero de vagas pelo edital: se há ‘x vagas, ‘x’ aprovados devem ser nomeados.
Desistência de candidato nomeado: candidato subsequente passa a ter o direito a nomeação.
Cadastro de reserva: excepcionalidade. Apenas possível para cargos administrativos e de apoio operacional. 
Acumulação remunerada de cargos/emprego/função pública: em regra é proibida. Inclusive para acumulação de aposentadorias. 
Exceções: deve haver compatibilidade de horários. Pode cumular aposentadorias apenas de em atividade, puder também acumular os cargos. 
2 cargos de professor
1 cargo técnico e + 1 professor
2 cargos de profissionais da saúde com profissão regulamentada
Obs.: acumulação de proventos não inclui os cargos eletivos, nem cargos em comissão. Também não há óbice à percepção simultânea de provento e remuneração de cargos cuja acumulação seja lícita. Não há óbice também à acumulação de proventos em regime geral. 
6. SISTEMA REMUNERATÓRIO
Tipos:
Remuneração: vencimento básico + vantagens pessoais (adicionais e gratificações)
Obs.: vantagens pessoais não se incorporam à aposentadoria.
Subsídios: estipêndio fixado em parcela única. Vedado acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, exceto indenizações. Apenas para servidores de carreira. Proibição de qualquer acréscimo.
Qualquer cargo em carreira pode ser pago por subsidio, mas deve ter autorização legal.
Obrigatoriedade de pagamento por subsidio: algumas carreiras recebem por subsidio. São eles: membros de poder (presidentes, governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores); detentor de mandato eletivo; ministros; secretários estaduais e municipais; membros do MP, TCU, AGU; Procuradores e Polícias.
Obs.: Única forma de aumentar salário é aumentando o próprio salário. 
Limites de remuneração dos servidores públicos:
Teto nacional: ministros do STF. Vale para casos de acumulação, inclusive. Verbas indenizatórias são computadas fins de teto
Obs.: quem já ganha acima do teto não terá reajuste até que haja equiparação dos ministros do STF. 
Membros do STJ: máximo de 95% do subsidio de Ministro do STF.
Membros dos TJ’s/TRF’s/TRT’s: máximo de 95% de Ministro do STJ
Estados:
Membros do executivo: máximo do subsídio do governado
Membros do legislativo: máximo do subsídio do deputado estadual (75% do subsídio do deputado federal)
Membros do judiciário: máximo do subsídio dos desembargadores
Municipal: máximo do subsídio do prefeito.
Vencimentos de membros do legislativo e judiciário não podem ser superiores aos vencimentos dos membros do executivo: havendo o mesmo cargo nos três poderes, o executivo estabelece o teto. 
Proibição de equiparação e vinculação salarial: 37, XIII, CF. Proibida indexação a qualquer coisa. Evita reajustes automáticos. 
Proibição de computação de acréscimos para acréscimos posteriores: evita capitalização de acréscimos. Não se calcula acréscimo sobre acréscimo, mas sobre o vencimento básico. 	
Irredutibilidade dos vencimentos: impossibilidade de redução. Há revisão anual, mas não há compromisso de superação de índices inflacionários, etc. 
Aplica-se a cargos efetivos e cargos em comissão. 
Não impede majoração de tributos incidentes sobre os vencimentos ou subsídios.
7. REGIME PREVIDENCIÁRIO – 40 CF
Conceito: regime especial de aposentadoria para servidores de cargos efetivos. 
Ocupantes em cargos em comissão não tem regime diferenciado. 
Regime único para servidores efetivos.
Vedação de diferenciação de aposentadoria: 40, §§4º, §5º, CF. e
Exceção: mulheres, portadores de deficiência, aqueles que exercem atividades de risco ou que prejudiquem saúde/integridade física; e professores de ensino infantil, fundamental e médio (redução de 5 anos de contribuição). 
Tipos de aposentadoria: 
Por invalidez permanente: em caso de acidente/doença incapacitante. Necessária perícia. Isenção de IR. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se invalidez decorrer de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei.
Compulsória: 70 anos para homens e mulheres. Proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
Voluntária: requisitos cumulativos
Tempo mínimo de exercício efetivo no serviço público: 10 anos 
Tempo mínimo de exercício efetivo no cargo em que se dará a aposentadoria: 5 anos (não necessariamente ininterruptos – STF)
Homens: 60 anos de idade + 35 de contribuição
Mulheres: 50 anos de idade + 30 de contribuição
65 anos se homem e 60 se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição.
Teto da aposentadoria: 40, §2º, CF. Remuneração do respectivo servidor na ativa. 
Paridade entre servidores ativos e inativos: inexiste. Suprimida pela EC 41/2003. Permanece reajuste de benefícios, mas não equiparação aos ativos. 
Teto de contribuição e previdência complementar: criada pela Lei 12.618/2012. 
Teto do INSS
Gerenciamento de contribuição complementar pela Empresa Pública de Previdência Complementar, que funciona semelhante à previdência privada (aposentado, pode sacar toda a contribuição ou receber parcelas). 
8. LICITAÇÕES PÚBLICAS
Conceito: procedimento administrativo que objetiva selecionar um contratante para obras, serviços, compras e alienações. Obrigatória para a administração pública.
Objetivos: 
Selecionar proposta mais vantajosa
Transparência
Isonomia
Desenvolvimento nacional sustentável: 
Caráter normativo: 
Base constitucional: 37, XXI, CF. 
Fundamentação legal: Lei 8.666/93 - Lei geral de licitação e contratos.
Competência legislativa: privativa da União para normas gerais. Estados e Municípios podem ter normativos próprios de licitação
Obs.: doutrina entende que a Lei 8.666/93 só é obrigatória no que se refere a normas gerais, podendo as especificas serem criadas por outros entes. Surge o problema de verificar a generalidade e especificidade dos dispositivos. 
Obrigados a licitar: administração pública direta e indireta. 
Exceções:
Empresas concessionarias de serviços públicos. (ex. empresa de ônibus)
Nos contratos de sub-concessão devem licitar. 
Pseudoexceções: seguem as normas genéricas 
Agencias executivas: pode ter normativos próprios
Petrobrás: não segue a lei 8.666/93
Paraestatais do sistema ‘s’: seguem apenas princípios da administração pública
Organizações sociais e OSCIPs: necessidade de licitação na modalidade especifica de pregão.
Obs.: todos os órgãos e entidades da administração pública estão sujeitos à lei 8.666. contudo, jurisprudência admite que entidades estatais que explorem atividades econômicas em sentido estrito não se sujeitem à licitação. 
Princípios da licitação:
Isonomia: contratantes em mesma condição: dupla vertente. Contratantes devem ser tratados isonomicamente e deve-se permitir contratar quem tenha condições de cumprir o contrato.
Modos de flexibilização:
Critérios de desempate
Preferência a bens e serviços produzidos no país;
Preferencia a bens e serviços produzidos ou prestados por empresas brasileiras;
Preferencia a bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que invistam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no país.
Margem de preferencia em favor das empresas que produzem no BR.
Deve-se considerar condições equivalentes de prazo de entrega, suporte de serviços, qualidade, padronização, compatibilidade e especificação de desempenho e preço.
Preferencia a MPEs ♥
Vinculação ao edital/instrumento convocatório: administração deve seguir o edital, que a vincula. É possível impugnar o edital por motivo de ilegalidade. 
Julgamento objetivo: critérios de julgamento devem estar descritos no edital. 
Menor preço: geralmente usado. Permite objetivação maior.
Melhor qualidade: valoração subjetiva da proposta. 
Competividade: proibição de direcionamento demarca, exceto necessidade comprovada. 
Modalidades de licitação:
Concorrência
Tomada de preço
Convite
Leilão
Concurso
?. CONTRATAÇÃO DIRETA
Conceito: contratação direta com o fornecedor. É exceção disposta nos art. 17, 24, 25 Lei 8.666/93. 
Procedimento para licitação e sua dispensa: Solicitação de setor interessado para chefia chefia autoriza abertura de licitação autuação nomeação de comissão pela autoridade superior (formada por 3 servidores estáveis – 1 presidente e 2 vogais – com mandato de até 1 ano) verificação de dotação orçamentária para obra/serviço/produto pelo ordenador de despesas minuta de edital e/ou contrato planilha orçamentária parecer jurídico 
Tipos:
Licitação inexigível: 25, Lei 8.666/93. Licitação é juridicamente impossível, pela impossibilidade de competição, por não haver pluralidade de proponentes. 
Fornecedor é único: necessidade de atestado 
Serviços de natureza singular de profissional especializado: notória especialização;
Serviços técnicos de parecer e perícias;
Profissional artístico. 
Licitação dispensada: licitação possível, mas lei permite dispensa. Quando administração deseja vender ou dar bens móveis ou imóveis. 
Licitação dispensável: licitação é possível, mas existe interesse público que justifica a contratação direta, com dispensa da licitação. Relação taxativa do art. 37 da Lei 8.666/93
Requisitos da dispensa
Motivação obrigatória do ato administrativo que dispensa ou inexige licitação: a qual hipótese se refere 
Fundamentação da escolha do fornecedor
Motivação do preço pago
Motivos mais comuns de dispensa
Baixo valor do contato
Para compras e serviços: R$ 8.000,00
Para obras e serviços de engenharia: R$ 15.000,00
Obs.: costuma-se fracionar as despesas para promover a contratação direta. Assim, deve-se levar em conta todo o gato com determinado produto/serviço no exercício financeiro, para evitar fraudes.
Calamidade pública, urgência ou emergência: 
Obra urgente: concluída em 180 dias no máximo. 
Obs.: costuma-se fabricar urgências para promover a contratação direta. 
Licitação deserta/fracassada: todos os proponentes foram desclassificados.
Prazo para sanar irregularidades: 8 dias úteis. Se não resolver, pode contratar direto. 
Contratação direta para obra remanescente: apenas de empresa aceitar terminar pelo mesmo valor já licitado. Se não, faz-se nova licitação. 
?. REGIME DIFERENCIADO DE CONTRATAÇÃO 
Conceito: criadas inicialmente para a Copa do Mundo e Olímpiadas, foi estendido ao PAC, e também para obras de educação e saúde. 
Características: 
Inversão de etapas: primeiro ocorrem lances e depois a habilitação.
Obs.: caso o edital não queira que ocorra essa inversão, deve expressamente dizê-lo.
Possibilidade de contratação integrada: mesma empresa para planejar e executar um projeto
Permite contratação por melhor técnica
Sigilo da planilha de custos: para evitar preços próximos ao teto. Planilha torna-se pública no fim do procedimento
?. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
Conceito: contrato celebrado por proponente ganhador da licitação (ou contratação direta) e poder público. Firmado nos termos estipulados pela própria administração em conformidade com o interesse público, e sob regência predominante do direito público.
Contratos da administração x contratos administrativos: 
Contratos da administração: todo contrato em que a administração seja parte. 
Contratos administrativos: contratos regidos pelo regime de direito administrativo.
Características: dotada de prerrogativas características de direito público.
Cláusulas exorbitantes: 
Alteração e rescisão unilateral: adequação aos interesses públicos, inadimplemento contratual inescusável do contratado. 
Rescisão unilateral: art. 78, I a XII, XVII e XVIII.
Rescisão amigável/judicial: art. 78, XIII a XVI. Situações de descumprimento contratual por parte da administração.
Alteração: abrange somente cláusulas regulamentares/de serviços ou de execução. Cláusulas econômico-financeiras não podem ser modificadas unilateralmente. 
Poderes de fiscalização de contrato: permite contratação de terceiros especializados para auxilio. 
Aplicação de sanções: quando irregularidades sejam realizadas. 
Exigência de garantias do contratado; 
Aplicação parcial da exceção do contrato não cumprido
Intangibilidade do equilíbrio econômico financeiro
Consensuais (embora se trate de contratos de adesão): proponente aceita regras da administração. 
Formais: não há contrato verbal na administração pública. 
Instrumento contratual: obrigatório na tomada de preço, dispensas e inexigibilidades.
Carta-contrato:
Nota de empenho: para contratos de menor valor
Contratos verbais: nulo, salvo se de pequenas compras de pronto pagamento (até R$ 4.000, 00 feitas em regime de adiantamento).
Obs.: a figura do ‘suprimento de fundos’ é um adiantamento da remuneração do servidor para arcar com despesas emergenciais, hipótese de exceção à regra do formalismo. 
Onerosos e comutativos 
Intuitu personae: dotado de pessoalidade. Execução condicionada a pessoa física ou jurídica. 
Impossível subcontratação, exceto parcial, se prevista no edital e no contrato e mediante autorização da administração. Para serviços técnicos especializados é vedado completamente. 
Fim do contrato com morte da PF/extinção da PJ
Duração do contrato: sempre determinado. Em regra, não passa de um exercício financeiro. 
Exceção:
Obras do PPA
Serviços de natureza continuada: geralmente terceirizados. Ex. limpeza. Prazo máximo de 5 anos, prorrogável por mais 6 meses extraordinariamente. 
Contratos de locação de programas de informática
Contratos celebrados por licitação dispensável.
Parcerias público-privadas: prazo de vigência maior ou igual a 5 anos e menor ou igual a 35 anos. 
Precedidos de licitação, exceto casos de inexigibilidade e dispensa.
~ ~ ~ A PARTIR DAQUI SÃO AS AULAS DA RAFA ~ ~ ~
?. MODALIDADES DE LICITAÇÃO 
Concorrência – para licitações de alto valor. A própria lei estabelece os limites. Só se usa para compras acima de 650 mil reais ou para obras acima de 1,5 milhão. Art. 23.
É a mais complexa das modalidades de licitação. Presta-se a contratação de obras, serviços e compras, de qualquer valor. Seja qual for o valor do contrato que a adm pretenda firmar, a concorrência, em tese, pode ser utilizada. 
Em relação ao valor do contrato, há hierarquia entre a concorrência (contratos sem limites de valor), a tomada de preços (contratos até determinado valor, intermediário) e o convite (contratos de valor reduzido). Por isso, quando for possível o convite, será, alternativamente, possível usar a tomada de preços ou a concorrência; quando for possível a tomada de preços, será possível, alternativamente, utilizar a concorrência.
Uma das características da concorrência é possuir uma fase de habilitação preliminar, após a abertura do procedimento (publicação do resumo do edital).
Tomada de preço – para contratos de vulto médio. Serve para compras de 80 mil até 650 mil e para obras de 150 mil até 1,5 milhão. 
Aqui, a habilitação, que corresponde ao próprio cadastramento, é previa à abertura do procedimento.
Presta-se à celebração de contratos relativos a obras, serviços e compras de menor vulto do que os que exigem a concorrência.
Convite – para licitações de baixo valor. Para compras de 8 a 80 mil e para obras de 15 a 150 mil.
Modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.
Leilão – serve para alienações de bens apreendidos, penhorados ou moveis inservíveis. 
Modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para a venda, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, de bens móveis inservíveispara a administração até o valor de 650mil; produtos legalmente apreendidos ou penhorados; bens imóveis da adm, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento.
Concurso – para premiar trabalho técnico, cientifico ou artístico. Esse concurso é uma premiação.
Modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, cientifico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 dias. Portanto, o que determina a necessidade de realizar a licitação na modalidade concurso é a natureza do seu objeto, não o valor do contrato.
Obs.: Concorrência, convite e tomada de preço servem para contratação de serviços, execução de obras ou compra.
Não trataremos nem de leilão e nem de concurso.
E quando a compra/obra for abaixo de 8 mil? Dispensa-se e procede-se a contratação direta.
Quanto mais alto o valor, mais complexo se torna o procedimento. O procedimento fica mais amplo, se torna mais detalhado. Em relação a concorrência, por exemplo, os demais são mais sumários.
O administrador não tem discricionariedade para criar modalidades licitatórias. Isso só acontece mediante lei. ele não pode substituir uma modalidade por outra, nem misturar modalidades.
Posteriormente, foi criada por medida provisória uma outra modalidade, o pregão, atualmente regulado pela lei 10.520/2002. Ao lado dessas, cumpre registrar ainda a existencia de uma sétima modalidade, a denominada consulta.
5.1 Procedimento da concorrência 
A concorrência é a mais complexa das modalidades de licitação e, por essa razão, é aquela em que todas as etapas são bem definidas. Assim, o estudo adotará como parâmetro as etapas do procedimento ordinário de concorrência.
O procedimento da concorrência tem algumas etapas: 
O procedimento tem inicio dentro do órgão ou entidade que realizará a licitação. Trata-se da denominada fase interna, segundo o art. 38: “o procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo, devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa.”.
Mais importante, todavia, é o conhecimento da denominada fase externa, a qual começa no momento em que se torna pública a licitação.
1) Abertura do procedimento: 
É a abertura da licitação. Começa com a publicação do instrumento convocatório do edital. Na verdade, o edital todo é muito grande, então não se publica inteiro. O que se publica é o aviso do edital. Esse aviso, no caso da concorrência, tem que ser publicado pelo menos uma vez no diário oficial e em um jornal de grande circulação.
O aviso é uma nota contendo:
- Qual o órgão que está licitando;
- Qual o procedimento (modalidade) e o número;
- Qual o tipo de licitação - não se confunde com modalidade. É o julgamento, podendo ser: melhor técnica, melhor preço, etc.;
- Qual o objeto;
- Qual o local onde acontecerá a sessão publica de licitação, além da data e da hora;
- Contato para dizer onde se pode obter informações e onde se pode pegar o edital completo (aonde ele estiver a disposição dos interessados).
Pode cobrar taxa para participar de licitação? Não pode haver. A participação na licitação é gratuita. Mas para obter uma copia do edital pode cobrar e esse custo está limitado ao preço da cópia: não se pode cobrar nada além do valor da cópia.
Embora se possa cobrar pelo edital, comprar o edital não é condição obrigatória para participar da licitação. Uma empresa pode participar da licitação sem ter a copia, porque o órgão responsável pela licitação deve disponibilizar uma copia no lugar onde ocorrerá esta.
A lei estabelece um prazo mínimo entre a publicação do aviso e a sessão de licitação. Que prazo é esse?
Prazo: 
45 dias para as modalidades concurso; concorrência, quando o contrato for de melhor técnica/melhor preço.
30 dias para as modalidades concorrência; tomada de preço, quando for melhor técnica/melhor preço.
15 dias para as modalidades tomada de preços; leilão.
8 dias para o pregão.
5 dias para o convite.
Edital: é a lei interna da licitação. Traz em detalhe tudo o que vai acontecer no procedimento (prazos, recursos, documentação). Traz as regras do procedimento e alguns anexos obrigatórios. Existem três anexos obrigatórios:
- Projeto básico: detalhamento do serviço de engenharia que a licitação pretende. Se não for serviço de engenharia, detalha todo o processo que a administração precisa. Ex.: serviço de manutenção de rede – tem-se que detalhar se a empresa disponibilizará a equipe no local ou se colocará serviço a disposição, mas a distancia. Etc.
- Planilha orçamentaria: traz todos os itens da compra/serviço que serão obtidos, pelo valor global e individual.
- Minuta do contrato.
Além de outras declarações.
Passada a fase de abertura a administração fica aguardando o envio das propostas. 
2) Habilitação prévia:
Os licitantes aparecem com as propostas em dois envelopes lacrados (porque as propostas são sigilosas), com etiquetas. No envelope numero 1, tem-se documentos da empresa, com o objetivo de provar a capacidade técnica e econômica da empresa. No outro envelope, a proposta propriamente dita da empresa. Na fase de habilitação, se abre o envelope numero 1.
Se faz uma checagem de todas as empresas participantes para verificar se possuem capacidade para realizar o contrato.
Nessa fase, a empresa não pode esquecer nenhum documento. Se ela esqueceu, acaba ficando de fora da concorrência. Por essa razão, os concorrentes ficam observando pra ver se os demais não esqueceram nenhum documento.
Esses requisitos de habilitação, a documentação exigida já está prevista na lei. Um tipo de fraude comum na licitação é colocar tantos documentos que somente uma empresa é capaz de fornecer.
A fim de garantir a maior competitividade possível à disputa, a lei 8.666 proíbe qualquer exgencia supérflua ou desnecessária. Somente poderá ser exigida dos interessados, para habilitação nas licitações, documentação relativa a:
Habilitação jurídica: mostrar que a empresa está regularmente constituída. Nesse caso, necessário se faz, no caso de pessoa jurídica, o ato constitutivo (contrato), o CNPJ e o registro em cartório da empresa.
Qualificação técnica: saber se a empresa possui capacidade técnica, pessoal habilitado e conhecimento para exercer as funções do contrato. Pode-se exigir, por exemplo, uma comprovação de experiência, desde que seja limitada a apenas uma comprovação (ex.: de que a construtora já fez alguma obra).
Não se admite: exigir que a empresa tenha sido constituída no MA (mas posso exigir que, na hipótese de não ser daqui, tenha um escritório aqui montado); não se pode exigir que a empresa esteja constituída a determinado tempo.
Pode-se exigir equipamentos, desde que moderadamente, razoavelmente. Ex.: não posso exigir um equipamento extremamente moderno e qualificado que somente uma empresa tem. Isso seria direcionamento, fraude.
Qualificação econômico/financeira: aqui eu quero saber se a empresa tem lastro financeiro, capacidade financeira de suportar o ônus do contrato. Aqui é onde acontecem diversos problemas.
Se pede os balanços das empresas, os demonstrativos contábeis. Pode ser exigido também, no caso de contratos de alto custo, alguns índices de patrimônio liquido, ILC (índice de liquidez corrente), declaração negativa de falência ou de recuperação judicial.
Nos contratos de alto risco e alta complexidade, é possível se exigir das empresas uma garantia de proposta. Essa garantia é limitada em até 5% do valor estimado da contratação. Essa garantia serve para cobrir eventuais prejuízos da adm publica pela não execução do contrato, ou pelo contrato mal executado.
Regularidade fiscal e trabalhista: atestar que a empresa não está em debito com a Fazenda Pública e nem com o FGTS/INSS. É uma regularidade fiscal e trabalhista.
Esses requisitos de qualificação tem que ser mantidonão só durante a licitação, mas durante todo o cumprimento do contrato. Até porque a adm pública pode ser responsabilizada por eventuais faltas das empresas, a exemplo do não pagamento do FGTS.
A ata de habilitação conterá a relação dos que foram habilitados e os que foram inabilitados. Estes receberão o envelope da proposta lacrado. Da inabilitação cabe recurso administrativo, no prazo de 5 dias, coom efeito suspensivo.
Uma empresa pode recorrer contra a sua própria inabilitação (para que ela seja habilitada) ou poderá recorrer contra a habilitação de outra empresa (para que essa seja inabilitada).
Tal recurso é a etapa mais demorada.
Obs.: A etapa da habilitação é comum na concorrência. Nas outras modalidades, habilita-se somente o ganhador.
E se todos forem inabilitados? Trata-se de licitação fracassada. Só é fracassada quando TODOS são inabilitados.
Para isso, dá-se o prazo de 8 dias para regular a documentação. Esgotado o prazo, faz-se uma nova habilitação. Se continuar fracassada, pode-se contratar mediante dispensa de licitação. Obs.: conta-se com prazo processual.
3) Classificação
Só participam aqueles que foram habilitados. Aqui, se abre o segundo envelope (o das propostas).
O que se quer saber é se as propostas estão de acordo com o que foi pedido no edital e se o preço é aceitável, exequível.
Faz-se dois testes: 1) de conformidade com a proposta; e 2) de exigibilidade de preço. No segundo, eliminam-se os preços altos e também os preços baixos demais.
A lei não da margem de discricionariedade quando o preço é muito baixo. Ela estabelece um cálculo. 
O edital pode exigir que os licitantes forneçam amostra. O problema é que, na maioria das vezes, a amostra é boa, mas o fornecimento em massa não.
Sai uma ata de classificação relacionando os que foram classificados e os que foram desclassificados. Cabe recurso administrativo em 5 dias, com efeito suspensivo.
Se nenhuma empresa for classificada, licitação fracassada. Mesma coisa da habilitação.
4) Julgamento
Ranking das propostas (da melhor para a pior). Geralmente, em ordem crescente de preços.
Existem 3 tipos de licitação: a lei privilegia a do menor preço, mas ainda temos a da melhor técnica e a da melhor técnica e preço.
As modalidades “melhor técnica” e “melhor técnica e preço” são para atividades muito intelectuais.
Mesma coisa: recurso em 5 dias, coom efeito suspensivo.
5) Adjudicação
Apontar o vencedor da licitação. É um documento formal dizendo qual empresa venceu. Agora o contrato não pode ser feito com nenhuma outra empresa além da adjudicada.
Com a adjudicação, a comissão finaliza o seu trabalho.
6) Homologação
A entidade superior do órgão dá o seu “ok”. Normalmente, precedido de um parecer jurídico da assessoria. A autoridade pode revogar ou anular.
OBS.: O edital pode permitir a participação de consórcios de empresas. É uma empresa formada por outras empresas, uma sociedade de empesas que se unem com o objetivo de participar da licitação. Geralmente, é para executar algum serviço (obra). As empresas não criam logo de inicio o consorcio, mas registram em cartório o compromisso de criação de consorcio, caso ganhem a licitação. Todos os consorciados tem que ser habilitados. Se uma das empresas não passar na licitação, já não poderá mais ocorrer o consorcio. A empresa que está participando da licitação com compromisso de um consorcio não pode apresentar proposta individual.
OBS.: A administração pública pode abrir concorrência para registro de preços. Pode fazer uma licitação não para contratar imediatamente, mas para registrar os melhores preços oferecidos. Para manter um banco de dados e, quando precisar, contratar. Abre-se uma concorrência (ou pode ser por pregão), sempre pelo menor preço, passa por todo o processo e, no fim, em vez de ter um contrato, registra-se uma ata de registro de preço. Aquele que venceu tem o seu preço registrado, junto com o produto e a quantidade. Para adm isso é interessante porque ela não fica obrigada a comprar. Ela pode, inclusive, proceder a outra licitação para comprar o mesmo produto. Nesse caso, ela não poderá licitar por preço maior do que aquele registrado inicialmente. Por outro lado, a empresa fica obrigada a fornecer pelo preço registrado, nos moldes do quantitativo registrado. A lei manda que a ata de registro seja publicada (no diário oficial) e informatizada.
A lei permite que um órgão use a ata de outro órgão. É o que se chama de “carona”.
A ata tem prazo de validade: só vale 1 ano.
TOMADA DE PREÇOS
Modalidade de licitação para contratos de valor médio: para compras e serviços (que não sejam de engenharia) entre 80 mil e 650 mil; e para obras ou serviços de engenharia de 150 mil até 1.500 milhão.
Fica menos tempo disponível, porque o contrato tem valor menor. Entre a publicação do aviso e a sessão pública teremos 15 dias, na tomadas de preço de menor preço. 30 dias quando for de melhor técnica ou de melhor técnica e preço.
A tomada de preços, a principio, não é aberta para qualquer empresa (participante). Inicialmente, só podem participar as empresas que estão devidamente cadastradas no registro cadastral. É através desse registro que se faz a habilitação.
Aqui, em vez de habilitação prévia, como ocorre nos outro procedimentos, temos a habilitação substituída pelo certificado de registro no registro cadastral.
Os órgãos públicos mantem um sistema preferencialmente informatizado contendo um cadastro segmentado por áreas de negócios (empresas de gênero alimentício, material de construção, etc). Se a empresa tem interesse em participar em tomada de preço, ela deve reunir toda a documentação da habilitação e da entrada em um pedido de registro cadastral. Se a papelada tiver em ordem, a empresa ganha o certificado, com validade de 1 ano.
Com esse certificado, é como se a empresa estivesse previamente habilitada para a tomada de preço. Em principio, só pode participar da tomada de preço quem já tem o certificado.
E se eu não me cadastrei? Nesse caso, se eu quero participar, existem algumas possibilidades. São exceções a regra. Os não-cadastrados devem apresentar a comissão de licitação um pedido, contendo toda a documentação da habilitação previa. Esse pedido deve ser realizado até três dias antes da sessão.
O resto do procedimento é igual: classificação, julgamento, homologação.
Obs.: Existe, uma vez por ano, no mínimo, um chamamento publico de empresas para se cadastrarem.
CONVITE
Para contratos menores: compras ou serviços (que não sejam de engenharia) de 8 a 80 mil; e para compras ou serviços de engenharia de 15 a 150 mil.
Pode haver uma certa dúvida quanto ao serviço de engenharia. Como eu defino o que é serviço de engenharia? Normalmente, considera-se aquilo que o CREA exige a presença de um engenheiro. Esse engenheiro é responsável por emitir a anotação de responsabilidade técnica (ART).
O convite se caracteriza pela pouca publicidade. O instrumento convocatório é uma carta-convite. Essa carta será enviada para as empresas que o gestor quiser convidar. A lei não coloca nenhum requisito para o convite essas empresas. A única coisa que se exige é que tais empresas sejam do ramo da atividade a ser exercida. 
Não há, portanto, edital.
Quanto mais empresas se convidar, melhor. Mas o gestor tem que, obrigatoriamente, receber no mínimo 3 propostas. De acordo com a jurisprudência do TCU devem ser 3 propostas válidas, ou seja, que realmente se classifiquem. Porque é muito comum fraude aqui: eu convido três empresas, tenho três propostas, mas somente uma vale.
Obs: A lei recomenda que nas compras a licitação seja feita por itens. Ex.: licitação para material de expediente. A lei recomenda que cada licitação seja feita por item. As empresas que quiserem participar da licitação não precisam mandar propostas para todos os itens. Se eu tenho uma papelaria, por exemplo, e não trabalho com tonner de impressora (um dos itens da lista), eu posso participar da licitação? Se for por preço global não, mas a lei autoriza a licitação por item. O lado bom dissoé que aproveita melhor os recursos. O lado ruim é que dificulta a gestão dos contratos: é mais complicado lidar com diversos fornecedores.
Uma das formas de fraudar é obrigar a fazer uma licitação global. Só pode participar a empresa que fornecer todos os produtos da lista.
A carta-convite não é publicada no diário oficial, porem deve ser afixada no mural do órgão, com ampla visibilidade: tanto para conhecimento da sociedade quanto para conhecimento das empresas não convidadas. Isso porque as empresas que não foram convidadas podem participar: devem manifestar interesse na participação, com ate 24 horas antes do inicio da sessão, apresentando o certificado cadastral.
Tanto na tomada de preço como no convite, é possível que a empresa que, inicialmente, não está participando pode, dentro dos prazos legais, pedir a participação. A comissão é obrigada a aceitar a participação dessa empresa, desde que, por obvio, apresente os documentos necessários.
Detalhe: as empresas convidadas não precisam estar cadastradas, mas a “penetra” precisa.
PREGÃO
Outra regulamentação legal. Regulamentação própria: lei nº 10.520/2002. Aplica-se a lei de licitações de forma subsidiária.
Dentro da modalidade pregão, temos duas espécies: pregão presencial e pregão eletrônico. Cada um deles é regulamentado por um decreto específico.
- Presencial: decreto nº 3.555/2000
- Eletrônico: decreto nº 5.450/2005
Inicialmente, só as agencias reguladoras utilizavam, mas hoje se estende a toda a adm pública. É a forma mais vantajosa. E o eletrônico ainda é mais vantajoso ainda.
Bens e servicos comuns da administração
Serve para aquilo que a lei chama de “bens ou serviços comuns da adm.”. São bens ou serviços que podem ser definidos de forma bastante objetiva no edital, de acordo com especificações usuais de mercado. Na prática, quer dizer que bem de serviço comum é aquele que já encontramos bem na loja (produto de prateleira), que não precisa ser personalizado pela administração.
O que não dá, geralmente, para ser feito por pregão é obra.
O decreto 3555 diz expressamente que não se pode usar pregão pra obra. Por essa razão, a doutrina tradicionalmente assumiu que não poderia. Até que, finalmente, percebeu-se que a lei não diz que não se pode usar para obra, o que está dizendo é um decreto. Ou seja, esse decreto esta restringindo o alcance da lei. Mas ele pode fazer isso? Não. O decreto não pode extrapolar os limites da lei. Essa limitação, portanto, é ilegal.
Podem existir obras que possam ser objetivamente definidas no edital. Ex.: poço artesiano. 
De um modo geral, as obras ou os serviços muito complexos não utilizam pregão. Mas existem exceções, como retrocitado.
Obs.: Todo pregão possui em seu edital um anexo obrigatório = TERMO DE REFERÊNCIA. Seria uma espécie de projeto base: um documento que descreve todas as características do objeto.
Menor preço
O critério do pregão é o menor preço, obrigatoriamente. 
Sem limite de valor
Não existe limite de valor, ao contrario das outras modalidades.
Pregoeiro
Aqui, não existe comissão de licitação. O que existe é um pregoeiro e mais uma equipe de apoio.
A diferença é que todos os atos da licitação são praticados pelo pregoeiro, portanto a responsabilidade é toda sua. A equipe de apoio é só para recolher documentação, orientar os participantes, etc. Somente auxiliar.
A decisão cabe ao pregoeiro. A equipe de apoio não decide nada.
Procedimento 
Abertura: com o edital. A lei estabelece alguns valores com relação a publicidade do edital. O detalhe, aqui, a inovação, é que esse edital tem que estar disponível, além de no diário oficial, também na internet.
O intervalo entre a publicação do edital e a realização do certame é de 8 dias.
Após isso, e aqui vemos a primeira vantagem do pregão, ocorre a INVERSÃO DE ETAPAS DE HABILITAÇÃO E JULGAMENTO. Logo em seguida ao prazo, temos a classificação e o julgamento das propostas.
Credenciamento: todos os participantes se credenciarão, apresentando um documento que prove que aquela pessoa está representando determinada empresa.
Classificação e julgamento: aqui, logo de início se analisam as propostas e as classificam. Somente depois é que se procederá à habilitação.
No julgamento acontece a segunda vantagem do pregão: a ETAPA DE LANCES VERBAIS. Nas licitações que vimos até agora, cada empresa faz somente uma proposta escrita. O julgamento, aqui, tem dois momentos:
Primeiramente, abrem-se as propostas escritas. Somente passarão para a segunda etapa a empresa com o menor preço e aquelas que possuam o preço em até 10% a mais do valor menor. 
Depois, passa-se a etapa de lances. O pregoeiro chama as empresas com proposta acrescidas de 10% e pergunta se a empresa não quer diminuir o lance ou cobrir o lance menor. Depois disso tudo, se ninguém mais quiser nenhum lance, declara-se a empresa vencedora aquela que ofereceu o menor preço.
Obs.: Começou a acontecer uma fraude interessante, porque a lei, inicialmente, na pratica, começou a ser interpretada pelos pregoeiros no sentido de que somente aceitariam lances se fossem menores. Ou seja, não bastava reduzir o preço: tinha que reduzir até ficar menor. Por essa razão, as empresas começaram a fraudar. Duas empresas passavam para a segunda etapa mancomunadas: uma delas baixava infimamente o preço da terceira e a outra baixava muito (de forma a ficar quase inexecutável). Assim, a terceira não cobria o lance muito baixo e acabava perdendo. Todavia, quando chegava na etapa de habilitação, a empresa do preço muito baixo não passava, devendo se proceder ao pregão com a segunda (“parceira” da segunda), impossibilitando a defesa da primeira. 
Habilitação do vencedor: somente o vencedor é que será habiitado, ou seja, a checagem da habilitação só acontecerá daquele que ganhar a licitação. Se o primeiro colocado não se habilitar, procede-se ao segundo e assim por diante. Aquele que tiver o menor lance é o vencedor.
Obs.: Vantagens dessa inversão: economia de tempo, porque não precisa habilitar todos os candidatos; economiza-se litígio, pois não haverá recurso contra a própria habilitação, contra a dos outros, etc.
Adjudicação, realizada pelo pregoeiro.
Homologação.
Diferença do presencial para o eletrônico
O eletrônico acontece pela internet: o cadastro é realizado no site, onde o candidato recebe uma senha e um login e envia sua proposta por e-mail. Na hora marcada, todos devem se logar no site. A adm não é responsável pela qualidade da conexão dos licitantes. Se o pregoeiro, todavia, perder a conexão, o procedimento pode continuar sem ele por até 10 minutos. Se em 10 min não voltar, o pregão é cancelado e marca-se outra data.
A grande vantagem do eletrônico é que dificulta a formação de conluios, pois pode participar empresas de qualquer lugar, tornando difícil para as empresas controlar a licitação e se mancomunar. 
Aviso de fechamento aleatório do sistema: emitido este aviso, a qualquer momento o sistema irá fechar e não será mais possível dar lances. No máximo em 30min o sistema fecha. A ideia é fazer um terror psicológico para que as empresas façam logo seu melhor lance.
A etapa de lances ajuda muito a reduzir os custos.

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