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Aula 02 Hemogasometria

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AULA 02
08/03/2017
Profª. Siane Campos e Prof. Vitor Hugo
Hemogasometria
 Introdução:
 O Fisio X é um programa que simula uma situação que permite a alteração de parâmetros fisiológicos. No caso desse assunto, o foco é as alterações de ácido e base no sangue, fazendo simulações de alterações de pH.
 Hemogasometria é um exame que mede alguns parâmetros relacionados ao pH e o balanço ácido-base, sendo feito em sangue arterial, podendo identificar certas situações o qual o paciente está passando. 
 Nesse estudo, tudo se baseia no controle do pH plasmático. Admitindo-se que o bicarbonato é o principal tampão biológico que controla o pH e que toda alteração ácido-base gira em torno desse, deve-se tomar como base a equação de tamponamento do mesmo:
 O pH considerado normal no sangue do corpo humano é entre 7,35 e 7,45. Para que o controle fino de pH aconteça, o corpo tem sistemas de intervenção nessa equação que vão jogar ela de um lado para o outro, aumentando a sua eficiência tamponante.
 Pode-se alterar o equilíbrio da equação através da respiração, expirando ou inspirando CO2. Existe outra forma do organismo controlar essa equação: excreção ou retenção de bicarbonato ou de prótons.
 Hemogasômetro:
 O sangue arterial, como dito anteriormente, é utilizado para aferir o pH do sangue. Se estiver normal, estará na faixa entre 7,35 e 7,45. Não se utiliza o sangue venoso pelo fato de que este tem uma quantidade maior de CO2. 
 Se o sangue de um paciente estiver com o pH menor que 7,35, o mesmo estará em uma situação de acidose. Caso seja maior que 7,45, chama-se alcalose. Da mesma forma que o organismo usa a respiração e a filtração renal para controlar a acidose e alcalose, distúrbios desses sistemas vão causar o desbalanço ácido-base.
 Uma acidose pode ser advinda por uma causa respiratória, sendo caracterizada como uma acidose respiratória, admitindo-se, então, que tal problema pode ser uma parada respiratória, afogamento, asfixia, asma, enfisema, bronquite crônica, doença pulmonar obstrutiva crônica, ou vários outros problemas que comprometem a ventilação. Por outro lado, uma alcalose respiratória pode ser causada por uma hiperventilação devido a nervosismo, crise de pânico, etc.
 Há outros problemas que podem gerar distúrbio no pH sem ser causa respiratória, sendo caracterizadas como causas metabólicas. Por exemplo: quando um certo tecido muscular não faz a respiração celular devidamente, em uma situação de isquemia por cansaço de alguma atividade física, há a produção de ácido lático, alterando o pH do sangue e deixando o mesmo em um estado de acidose metabólica. Uma alcalose metabólica, por sua vez, pode ser gerada pela diminuição da taxa metabólica: quando o ser humano dorme há uma diminuição do metabolismo; o estado de coma também evidencia alcalose. Quando uma pessoa almoça, há também uma alcalose (alcalose pós-prandial) devido a distribuição de sangue que é redirecionado à região gastrointestinal para fazer a absorção de nutrientes, fazendo com que a atividade metabólica do cérebro e dos músculos diminuam, havendo menor produção de CO2 por esses dois.
 Simulação de causas respiratórias:
 Há a medição do pH e da PCO2 (pressão de CO2 medida em mmHg, já que a concentração de um gás dissolvido em um líquido é medida pela sua pressão parcial, ou seja, a pressão parcial que o gás exerce na superfície de um líquido para sair. Quanto mais concentrado o gás estiver, mais pressão parcial haverá). 
 Quando há uma hiperventilação, mesmo que conscientemente, haverá o aumento do pH plasmático, já que mais CO2 é exalado na expiração, diminuindo a concentração de prótons. Por exemplo: quando um mergulhador em apneia faz hiperventilação para poder carregar o sangue de oxigênio, ele aumenta o pH do sangue, gerando uma leve alcalose, já que quanto mais alcalino estiver o sangue, mais O2 terá e mais tempo o mergulhador aguentará dentro da água. Na hiperventilação, a frequência respiratória continua a mesma, mas a amplitude aumenta, fazendo com que seja inalado mais O2 e exalado mais CO2, diminuindo a PCO2 e resultando no aumento de pH. 
 Vale ressaltar que quando ocorre uma grande hiperventilação, há um momento que o ser humano deixa de respirar, já que há uma grande quantidade de O2 no sangue. Isso é chamado de momento compensatório.
 Quando há uma crise respiratória, há um procedimento extremamente fundamental: botar um saco para a pessoa respirar, porque enquanto a pessoa respira um saco, isso faz com que a mesma inspire o CO2 exalado, amenizando a alcalose instalada no corpo. Uma pessoa que tem uma crise dessas geralmente sente bem-estar quando o CO2 volta para a corrente sanguínea.
 Tanto alcalose quanto acidose, sempre o CO2 será a causa. Então ambos serão casos respiratórios. Se a PCO2 subir (diminui o pH), haverá acidose. Se a PCO2 abaixar (aumenta pH), haverá alcalose.
 Simulação de causas metabólicas:
 Os transtornos advindos do metabolismo formam acidoses metabólicas e alcaloses metabólicas.
 Se houver uma simulação onde houver uma caminhada leve, haverá um aumento na taxa metabólica, fazendo com que a respiração celular aumente e, com isso, haverá a formação de uma maior quantidade de CO2, caracterizando uma acidose metabólica. Essa acidose favorecerá o aumento da frequência respiratória que, por sua vez, compensará a grande quantidade de CO2 com a inalação de uma maior quantidade de O2.
 Já uma maratona, por exemplo, haverá um aumento muito maior na taxa metabólica, fazendo com que a respiração celular e a produção de ácido lático nos músculos aumentem, diminuindo o pH e possibilitando uma acidose muito intensa, caracterizando a fadiga, que “diz” ao corpo humano para parar de correr.
OBS1: tumores produzem muito CO2, devido a intensa atividade metabólica, ou seja, é muito comum que o sangue de uma pessoa com câncer em metástase esteja em acidose.
OBS2: é importante entender que se o problema é respiratório, a causa da acidose ou alcalose é o CO2: se a quantidade de CO2 aumentar no sangue, acidose; se diminuir, alcalose. Mas se o CO2 aumentar e for alcalose? Então não será uma causa respiratória. Isso serve também para o bicarbonato. Se o bicarbonato aumentar, haverá uma alcalose, mas e se o bicarbonato aumentar e for acidose, não será uma causa metabólica.

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