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Balanço de pagamentos A – Balança de transações correntes Balança comercial Exportações FOB (free on board, isto é, isenta de fretes e seguros); Importações FOB (free on board, isto é, isenta de fretes e seguros). A balança comercial inclui as exportações que representam entrada de divisas e são registradas com sinal positivo. Já as importações representam saída de divisas e são registradas com sinal negativo. O saldo da balança comercial poderá ser superavitário, se o país exporta mais do que importa, e deficitário, se o país importa mais do que exporta. Tanto as exportações como as importações são registradas no critério FOB (free on board), o que significa pelo valor de embarque sem os custos de frete e seguro que vão ser incluídos na balança de serviços. Balança de serviços Transportes (fretes etc.) e seguros; Viagens internacionais e turismo; Rendas de capital (lucros e lucro reinvestidos, juros); Diversos (royalties, assistência técnica, aluguéis de equipamentos etc.); Serviços governamentais (embaixadas, consulados, representações no exterior). A balança de serviços inclui as transações de compra e venda de serviços, realizadas entre um país e o exterior (outros países). Transferências unilaterais Abrangem os pagamentos e recebimentos sem contrapartida, ou seja, doações de um país a outro, remessas de recursos financeiros de imigrantes, reparações de guerra etc. A soma algébrica dessas três subcontas resulta no saldo em transações correntes. B – Balança de movimento de capitais ou de capitais autônomos Investimentos; Reinvestimentos; Empréstimos e financiamentos de médio e longo prazo; Empréstimos de curto prazo; Amortizações; Capitais de curto prazo. Essa conta abrange as entradas e saídas voluntárias de recursos externos, reunindo contas que representam modificações nos direitos e obrigações de um país em relação ao resto do mundo. É influenciada pela taxa de juros. Se a taxa de juros de um país for mais alta que a internacional, haverá um incentivo à entrada de capitais no país. Os estrangeiros estarão incentivados a trazer recursos financeiros para o país, pois os investimentos estão remunerando mais que em seus países. Caso contrário, isto é, se a taxa de juros de um país for mais baixa que a internacional, haverá um estímulo à saída de capitais no país. Os investimentos e reinvestimentos referem-se aos “capitais de risco” que as empresas estrangeiras aplicam no Brasil (entrada) e que as empresas brasileiras enviam para o exterior (saída). Podem ocorrer no mercado produtivo, no mercado de capitais (bolsas de valores) ou em títulos do mercado financeiro. Os empréstimos de curto, médio e longo prazo são realizados junto aos bancos privados no exterior. As amortizações referem-se a pagamentos (ou recebimentos) do principal da dívida externa ou outros financiamentos. C – Erros e omissões Os erros e omissões são avaliados pela diferença nos dados. Saldo do balanço de pagamentos (A+B+C) Se o saldo do balanço de pagamentos é positivo, significa que as divisas operadas livremente no mercado oficial de câmbio do país superaram as saídas no período considerado. Se negativo, significa que as saídas de divisas foram maiores que as entradas. Então, o balanço de pagamentos pode estar equilibrado (saídas = entradas), superavitário (saídas < entradas) ou deficitário (saídas > entradas). D – Transações compensatórias ou balança de capitais compensatórios Variação de reservas internacionais; Operações de regularização; Atrasados comerciais. No caso de o balanço de pagamentos estar deficitário, o país lançará mão de recursos para equilibrá-lo. Esses recursos são as transações compensatórias. Saldo da conta de transações ou capitais compensatórios = - (saldo da balança de transações correntes + balança de movimento de capitais + erros e omissões). Na conta de erros e omissões, é lançada a diferença ou discrepância de transações com o exterior que não foram corretamente contabilizadas entre o saldo do balanço de pagamentos e o de capitais compensatórios. Na conta de transações compensatórias, estão registrados os empréstimos de regularização do Fundo Monetário Internacional (FMI) destinados a cobrir déficit do balanço de pagamentos, assim como a variação das reservas internacionais. As reservas internacionais são constituídas por: Estoques de divisas estrangeiras e títulos externos de curto prazo que estão em poder do Banco Central; Posição de ouro monetário em poder do Banco Central; Direitos especiais de saque (moeda escritural criada pelo FMI) que os países têm junto ao FMI e que podem ser movimentados, em caso de necessidade dos países e pelas reservas do país no FMI. As operações de regularização referem-se a empréstimos de regularização contratados com o FMI com vistas a cobrir déficits no balanço de pagamentos. Os atrasados comerciais referem-se às contas vencidas no exterior e não pagas pelo país.
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