Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
OBCURSOS PODIVM WWW.CARREIRAFISCAL.COM.BR AULAS ESQUEMATIZADAS PODER LEGISLATIVO BICAMERALISMO DO TIPO FEDERATIVO: Decorre da forma federativa de Estado; Uma das casas representando o povo (CD) e outra os Estados e DF (SF); Bicameralismo aristocrático: Câmara dos comuns e Câmara dos Lordes; Maioria absoluta: O próximo número inteiro superior à metade; Sendo assim, de 50 é 26 e de 51 também é 26; INTEGRANTES MAIORIA SIMPLES (MÍNIMA) MAIORIA ABSOLUTA MAIORIA DE 3/5 PERCENTUAL DE 1/3 CÂMARA 513 129 257 308 171 SENADO 81 21 41 49 27 CÂMARA DE DEPUTADOS (513 membros) SENADO FEDERAL (81 membros) REPRESENTANTES Do Povo Dos Estados e do DF REPRESENTAÇÃO Proporcional mínimo = 8 e máximo = 70 Exceto para Territórios = 4. Paritário= 3 por Estado SISTEMA ELEITORAL Proporcional Majoritário DURAÇÃO DO MANDA- TO 4 anos 8 anos (1/3 e 2/3) SUPLÊNCIA Próximo mais votado no par-tido. 2 suplentes, eleitos na mesma chapa LEGISLATURA X SESSÃO LEGISLATIVA O período denominado legislatura é correspondente a quatro anos (Art. 44 parágrafo único); Sessão legislativa corresponde às reuniões semestrais do Congresso Nacional (Art. 57); Porém, estas podem ser ordinárias ou extraordinárias: Ordinárias: Ocorrem de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1o de agosto a 15 de de- zembro (Art. 57) e se caírem em dias não úteis serão marcadas para o próximo dia útil (§1o), entretanto a data para término poderá ser adiada enquanto não aprovada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (§2o); Extraordinárias (Art. 57 §6o): Convocação do CN pelo Presidente do Senado em caso de decretação do estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido para decretação de estado de sítio e para posse do Presidente e do Vice-Presidente (I); Pelo Presidente da Rpúl- cia, Presidentes da CD e do SF, ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Ca- sas em casos de urgência ou interesse público relevante (II). Em ambos os casos o CN só vo- tará as matérias para as quais foi convocado (§7o) ou para votar MPs (§8o); OBCURSOS PODIVM WWW.CARREIRAFISCAL.COM.BR OUTROS CONCEITOS a) iniciativa legislativa: é o ato pelo qual se inicia o processo legislativo; é a apresentação do Projeto de Lei; b) discussão: nas Comissões e no Plenário; análise da sua compatibilidade; c) deliberação: votação / aprovação ou rejeição dos projetos de lei; d) emendas: constituem proposições apresentadas como acessória a outra; sugerem modifi- cações nos interesses relativos à matéria contida em projetos de lei; e) votação: constitui ato coletivo das casas do Congresso; é o ato de decisão que se toma por maioria de votos, simples ou absoluta, conforme o caso; f) sanção e veto: são atos legislativos de competência exclusiva do Presidente; somente RE- CAEM sobre projeto de lei; VETO é a discordância com o projeto aprovado. SANÇÃO é a adesão ou aceitação do projeto aprovado; g) promulgação: ato que revela os fatos geradores da Lei, tornando-a executável e obrigató- ria; h) publicação: torna pública a EXISTÊNCIA DA NORMA LEGAL. OBCURSOS PODIVM WWW.CARREIRAFISCAL.COM.BR LEGISLATURA 1ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 3ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 1O PERÍODO LEGISLATIVO 2O PERÍODO LEGISLATIVO SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA 01/01 31/12 SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA 15/02 30/06 01/08 15/12 Sessões preparatórias no 1o ano da legislatura 01/02 André Alencar dos Santos Direito Constitucional 4 CÂMARA DOS DEPUTADOS Representam o povo (Art. 45), porém, para que a Lei Complementar possa estabelecer o total de deputados (entre 8 e 70) para cada Estado e DF, será utilizado o critério da proporcionali- dade com base na população (§1o). Estabelece ainda que os territórios terão quatro deputados, número fixo (§2o); EXEMPLO DE UTILIZAÇÃO DO SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL: Bancada de São Paulo= 70 cadeiras (deputados federais) Votos válidos= Votos nos partidos (em candidato + legenda) + votos em branco VOTOS VÁLIDOS = 19.615.000 QE (Coeficiente Eleitoral) = votos válidos / nº de cadeiras= 19.615.000 / 70 QE = 280.214 votos, ou seja, para cada 280.214 votos, um deputado é eleito. QP = Coeficiente Partidário que é a divisão dos votos válidos de um partido pelo Coeficiente Eleitoral. QP = votos do partido (candidatos + votos na legenda) / QE No nosso exemplo, utilizaremos os dados da eleição de 2002 para o Estado de São Paulo, e o caso do Dr. Eneas, que sozinho, conseguiu levar junto com ele mais cinco deputados federais (4 deles com votações inexpressi- vas, abaixo de 600 votos cada). O Dr. Eneas teve 1.570.000 votos e os demais candidatos de seu partido tive- ram, na soma, pouco mais de 20 mil votos. Somando-se os votos na legenda, o PRONA (Partido) atingiu o se- guinte QP: QP = 1.700.000 / 280.212 = 6,06, ou seja, o PRONA teve direito a 6 cadeiras. SENADO FEDERAL Representam os Estados e o DF por meio do princípio majoritário (Art. 46), porém, o número é fixo para cada um, serão eleitos três senadores com mandato de oito anos para cada Estado e DF (§1o); Estabelece ainda que a representação seja alternada entre 1/3 e 2/3 a cada quatros anos (§2o) e, por final, cada senador será eleito com dois suplentes (§3o). Os suplentes substi- tuirão conforme a ordem em que se posicionaram na chapa (primeiro e segundo suplentes); SISTEMA ELEITORAL MAJORITÁRIO Por exemplo, na eleição em que esteja em disputa duas vagas do Senado Federal para cada unidade da Federa- ção. Partido 1: 1800 votos a) Candidato A - 1.000 votos b) Candidato B - 800 votos Partido 2: 1901 votos a) Candidato C - 950 votos b) Candidato D - 951 votos Partido 3: 1210 votos a) Candidato E - 1.200 votos b) Candidato F - 10 votos Neste caso o Partido 2 foi o que obteve o maior número de votos mas, nenhum dos candidatos será eleito. Serão eleitos os Candidatos A e E, que são respectivamente do Partido 1 e 3 (lembre-se que no sistema majoritário não importa o partido e, sim, o número de votos do candidato em particular). André Alencar dos Santos Direito Constitucional 5 MESAS São o conjunto de parlamentares eleitos por seus pares para dirigir os trabalhos legislativos du- rante dois anos. Possuem Presidente e outros membros; A mesa do Congresso Nacional é composta de sete membros: Presidente do Senado, 1º Vice- Presidente da Câmara dos Deputados, 2º Vice-Presidente do Senado, 1º Secretário da Câma- ra, 2º Secretário do Senado, 3º Secretário da Câmara e 4º Secretário do Senado. COMPOSIÇÕES DAS MESAS DO LEGISLATIVO VEDAÇÃO À RECONDUÇÃO (INTERPRETAÇÃO): Art. 57 § 4º - Cada uma das Casas reunir-se-á em sessões preparatórias, a partir de 1º de fe- vereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respecti- vas Mesas, para mandato de dois anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente. Não vale para legislaturas diferentes; Como a função de membro da Mesa da Casa Legislativa é função de natureza executiva e não legislativa, se diz ser função de direção, supervisão, polícia, administração e execução, por isso a proibição de reeleição para outro cargo, é possível a reeleição para cargo diversoou mesmo para legislatura diversa; Exemplo: Mandato de Senador – As setas pontilhadas indicam as possibilidades de ree- leição. Repare que a seta do segundo para o terceiro mandato indica a possibilidade de reelei- ção para o mesmo período subseqüente (porém em legislatura diversa); CÂMARA DOS DEPU- TADOS · Presidente; o 1º Vice-Presidente; o 2º Vice-Presidente; § 1º Secretário; § 2º Secretário; § 3º Secretário; § 4º Secretário; SENADO FEDERAL · Presidente; o 1º Vice-Presidente; o 2º Vice-Presidente; § 1º Secretário; § 2º Secretário; § 3º Secretário; § 4º Secretário; CONGRESSO NACIONAL · PRESIDENTE: Presidente do Senado Federal; o 1º VICE-PRESIDENTE; 1º Vice-Presidente da Câmara dos Deputados; o 2º VICE-PRESIDENTE; 2º Vice-Presidente do Senado Federal; § 1º SECRETÁRIO; 1º Secretário da Câmara dos Deputados; § 2º SECRETÁRIO; 2º Secretário do Senado Federal; § 3º SECRETÁRIO; 3º Secretário da Câmara dos Deputados; MANDATO: 8 ANOS Primeiro mandato Segundo mandato Terceiro mandato Quarto mandato PRIMEIRA LEGISLATURA SEGUNDA LEGISLATURA 2 ANOS 2 ANOS 2 ANOS 2 ANOS André Alencar dos Santos Direito Constitucional 6 ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS IMUNIDADES, IMPEDIMENTOS, INCOMPATIBILIDADES... Art. 53 a 56 da CF (extensível aos Deputados Estaduais, Deputados Distritais e, em parte, aos Vereadores); IMUNIDADES: As imunidades parlamentares surgiram como reforço à democracia – garantir o desempenho livre do mandato; Não podem ser renunciadas, nem mesmo por declaração expressa (é da fun- ção e não da pessoa); Não subsistirão se o parlamentar, espontaneamente, se afastar para exercer cargo executivo; São prerrogativas da função para cumprimento do mandato. Podem ser: a. Material, real ou substantiva (Art. 53 caput): Inviolabilidade – Exclusão da prá- tica do crime (e irresponsabilidade no campo civil) por opiniões, palavras e votos no exercício do mandato; b. Processual, formal ou adjetiva (Art. 53 §1o ao 5o): Estabelece regras sobre pri- são e processo criminal; a) EC 35 começou no Senado e não respeitou o interstício mínimo para votação em dois turnos. Houve MS e o STF entendeu que era matéria interna corporis. IMUNIDADE MATERIAL: Para crimes de opinião ou crimes contra honra; Em razão de suas funções parlamentares, no exercício e relacionadas ao mandato. Local: Pode estar fora da Casa Legislativa, neste caso, analisa-se a relação de pertinência com a atividade parlamentar; Âmbito: Gera irresponsabilidade penal, civil, política (pode gerar perda do mandato por abuso das prerrogativas – Art. 55 II §1o) e administrativa; IMUNIDADE FORMAL: Relacionada à prisão ou ao processo; PARA A PRISÃO (Art. 53 §2o): A partir da diplomação (antes da posse); A diplomação é o a- testado que garante a regular eleição (termo inicial); Âmbito civil: Impede a prisão civil por dívida nas hipóteses constitucionais (Art. 5o LXVI- I); Âmbito penal: Impede a prisão temporária, flagrante delito de crime afiançável, pronún- cia, preventiva e por sentença condenatória recorrível; Cabe ressaltar que o STF admite a prisão se a ordem de prisão for decorrente de sentença transitada em julgado (ver as conseqüências à frente); Não impede a investigação em inquérito policial; EXCEÇÃO: Prisão em flagrante delito inafiançável (exemplo: Art. 5o XLII, XLIII e XLIV), a Casa deliberará em 24horas sobre a manutenção da prisão (Art. 53 §2o). Votação: Aberta ou ostensiva (princípio da transparência); Quorum: Para a soltura do parlamentar exige-se quorum qualificado por maioria absoluta; Conteúdo: Decisão política; não se avaliam as provas até então obtidas; PARA O PROCESSO (Art. 53 §3o): A EC 35 acabou com a impunidade que reinava, ou seja, não se admite mais a impunidade pela falta de deliberação; Ressalte-se que as imunidades nunca impediram a abertura de inquérito, processos de natureza civil, disciplinar e administrati- vo; Funcionamento atual (Art. 53 §3 a 5o) – aplica-se aos processos que estavam em curso: 1. O Judiciário (Congressistas é competência do STF) recebe a denúncia sem prévia licença da Casa (§3o). 2. Dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela re- presentado poderá sustar o andamento da ação (§3o); i. Quorum: Maioria absoluta para a sustação; ii. Tempo: Até a decisão final por parte do judiciário; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 7 3. O pedido será apreciado pelo prazo improrrogável de 45 dias, o prazo só con- tará a partir do momento que a Mesa Diretora receber o pedido de sustação e não a partir do conhecimento do processo; A não deliberação após recebido o pedido gera o mesmo efeito da negativa de sustação (§4o); i. Se sustado: Suspende a prescrição enquanto durar o mandato ou os mandatos sucessivos (§5o); 1. Se houver concursos de agentes o processo será desmembrado para que a prescrição não corra a favor do co-autor ou partícipe; ii. Se não sustado o processo prossegue no Judiciário; A condenação cri- minal transitada em julgado não importa a perda imediata do mandato, apesar da suspensão dos direito políticos (Art. 55 VI cc §2o); Ressalte- se que outra condenações que gerem a perda ou suspensão de direitos políticos gerará a perda automática do mandato (Art. 55 IV cc §3o); Crimes praticados antes da diplomação: Não há qualquer imunidade, portanto o Judiciário nem dá ciência do recebimento da denúncia ou queixa-crime – não cabe sustação; Estado de sítio: Subsistem as imunidades, exceto de dois terços votarem pela suspensão; Suplentes: STF entende que não possuem tais prerrogativas André Alencar dos Santos Direito Constitucional 8 NÃO HOUVE FLAGRANTE PRÁTICA DE ATO DEFINIDO COMO CRIME NÃO PODE SOFRER PRISÕES PROCESSUAIS: § Prisão temporária; § Prisão preventiva; § Prisão por pronúncia; § Prisão por sentença condenató- ria recorrível; ESTENDE-SE, DESDE A EXPEDI- ÇÃO DO DIPLOMA, À: § Senador; § Deputado Federal; o Deputado Estadual; o Deputado Distrital; Para os dois últimos verificar a prer- rogativa de competência na respec- tiva Constituição Estadual ou na Lei Orgânica; HOUVE FLAGRANTE CRIME AFIANÇÁVEL O processo se- guirá seu trâmite perante o STF com o parla- mentar solto; ESTENDE-SE À: § Prisão civil; § Prisão Criminal; NÃO SE ESTENDE À: § Prisão criminal decorrente de decisão final condenatória (trânsito em julgado); O processo se- guirá seu trâmi- te perante o STF com o par- lamentar preso (será substituí- do pelo suplen- te); CRIMES INAFIAN- ÇÁVEIS: § Tráfico de drogas; § Terrorismo; § Tortura; § Racismo; e § Crimes hediondos; Autos devem ser remetidos no prazo de 24h à Casa res- pectiva para delibe- ração sobre a pri- são em votação os- tensiva; A deliberação não é técnico-jurídica, é política, verifica-se a pertinência com o mandato; Casa delibera e atinge a maioria abso- luta dos seus membros; se- rá expedida a ordem de sol- tura; Casa delibera e não atinge a maioria abso- luta dos seus membros pa- ra mandar soltar; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 9 ANTES DA DIPLOMAÇÃO PRÁTICA DE ATO DEFINIDO COMO CRIME STF recebe o processo e dá continuida- de aos atos processuais sem que seja feita a comunicação à respectiva Casa. O parlamentar ganha prerrogativa de função, mas não ganha imunidade aos atos praticados antes da diplomação. ESTENDE-SE À: § Senador; § Deputado Federal; o Deputado Estadual; o Deputado Distrital; Para os dois últimos verificar a prerrogativa de competênciana respectiva Constituição Estadual ou na Lei Orgânica; Para crimes cometidos após a diplo- mação e enquanto durar o mandato, o órgão natural da acusação passa a ser o Procurador Geral da República e o de julgamento o STF. Deliberação por voto secreto e, se atingida a maioria o parlamentar não perderá o mandato; Nenhum partido político com re- presentação na Casa se manifes- ta sobre a susta- ção do processo, Após ó término do mandato o parlamentar perde a prerrogativa de foro e passa a ser julgado e acusado perante o juízo ou tri- bunal natural para o caso; O STF decidiu que todos os processos que estavam aguar- dando a licença da respectiva casa po- deriam continuar o andamento após a EC/35. Após o trâmite regular do processo o STF profere sentença definitiva; ABSOLVIÇÃO CONDENAÇÃO Deliberação so- bre a perda do mandato (Art. 55, VI c/c §2o); CONTI- NUA ATÉ O FINAL DO MAN- DATO, EMBORA PERCA OS DIREI- TOS PO- LÍTICOS; APÓS A DIPLO- MAÇÃO STF recebe a de- núncia e, decidindo pelo cabimento des- ta, inicia o processo e comunica, imedia- tamente, à casa res- pectiva sobre o re- cebimento da de- núncia. Deixe frisado que o STF não pede para abrir o proces- so como antes da EC/35, apenas co- munica a abertura do mesmo. A casa re- cebe a comunica- ção do STF e a- guarda a manifesta- ção de al- gum parti- do político; Algum partido polí- tico com represen- tação na Casa, an- tes da decisão final do STF, faz pedido para que o proces- so seja sustado; A Casa terá o prazo de 45 dias para de- liberar sobre o pedido de sus- tação; PERDE O MANDATO Não se atinge a maio- ria absoluta, necessá- ria para sustação do processo; Se sustado, o STF fará interromper o andamento do pro- cesso e suspenderá a prescrição; § O processo ficará suspenso até que ha- ja licença, afasta- mento ou reeleição; § Ao final do mandato o processo será re- metido ao juízo com- petente; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 10 FUNÇÃO FISCALIZADORA Divide-se em duas: Indagar e questionar, de forma ampla, a respeito de todos os atos do Poder Execu- tivo, inclusive os da administração indireta (Art. 49 X); O CN não pode imiscuir-se na con- veniência e na oportunidade dos atos praticados pela administração; Para efetivação desta competência as Casas do Congresso poderão utilizar do disposto no Art. 50 que é a compe- tência para interrogar Ministros e outras autoridades subordinadas ao Presidente da República; Controle externo: Fiscalização financeira e orçamentária com o auxílio do Tribunal de Contas da União; Art. 70 e 71 – nesta competência o CN fiscaliza o Poder Legislativo, Executi- vo e Judiciário em suas atividades administrativas e qualquer pessoa nos termos do Art. 70 pa- rágrafo único; O Tribunal de Contas é órgão auxiliar do Congresso Nacional e pratica somente atos de natureza administrativa; PROCESSO LEGISLATIVO Lei: É ato normativo produzido pelo Poder Legislativo segundo forma prescrita na Constituição, gerando direitos e deveres em nível imediatamente infraconstitucional. É ato geral; LEI COMUM: Atos normativos que necessitam de promulgação, regulamentação e atos execu- tórios para produzirem seus efeitos; LEIS AUTO-EXECUTÁVEIS: Leis que não necessitam de regulamentação posterior; Necessi- tam somente de promulgação e atos de execução; LEIS DE EFEITOS CONCRETOS: Leis que produzem efeitos concretos – verdadeiros atos administrativos com roupagem de lei; Necessitam somente da promulgação para produzirem efeitos; PRAZOS: Não são contados durante o recesso do Congresso Nacional, se interrompem para prosseguir a contagem após o recesso (vale para todos os atos normativos); FASES A) INTRODUTÓRIA OU INSTAURADORA: A iniciativa é o ato que deflagra o processo de cri- ação da lei. Quanto à matéria que o legitimado pode deflagrar o processo, a iniciativa se classifica em: Geral: Matérias que não são reservadas; Competência concorrente ou comum (não reservada): Presidente, Parlamenta- res, Comissões (SF, CD ou CN), STF, Tribunais Superiores, PGR e Cidadãos; Também a maioria absoluta dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal – projetos rejeitos – Art. 67 Popular: Iniciativa popular: 1% do Eleitorado nacional, em, pelo menos, cinco Esta- dos (0,3%, no mínimo em cada); Privativa e Concorrente: Ministério Público e Presidente da República: 127, §2o c/c 61, §1o, d; Reservada: Presidente da República (61, §1o), SF (52, XIII) e CD (51, IV); STF (93 – LC); STF e Tribunais (96, II, “b” – Também TCU segundo o STF), TJs (125§1o). Segundo o Art. 63, os projetos de lei do Art. 61 I e II, cuja iniciativa seja de competência reservada não poderão sofrer emendas que aumentem a despesa prevista; Michel Te- mer entende que outras emendas, ainda que desvirtuem a proposição inicial poderão ser efetuadas, porque a iniciativa reservada diz respeito à escolha do momento e não da matéria a ser veiculada pela lei; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 11 CASA INICIADORA: Somente as iniciativas por Senador ou comissão do Senado Federal se- rão iniciadas naquela Casa; Entende-se que a iniciativa do Ministério Público é na Câmara dos Deputados; Quanto ao legitimado ser órgão ou pessoa do legislativo: A iniciativa pode ser Parlamentar; Extraparlamentar; B) CONSTITUTIVA: b1) Discussão: Comissão temática Comissão de constituição e justiça O Exame por comissões não é exigência constitucional. b2) Votação: Em regra os projetos são votados por maioria simples ou relativa (Art. 47); A ins- talação da sessão deliberativa se dá com a presença de maioria dos integrantes da Casa (mai- oria absoluta); O presidente poderá fixar prazo de 90 dias (45 em cada casa) para esta votação (Art. 64 §1o e §2o) sob pena de se sobrestar todas as deliberações exceto aquelas que tenham prazo constitucional determinado, portanto não existem aprovações por decurso de prazo o que im- pede os outros entes da federação de adotar tal possibilidade; Pela comissão permanente: Interna corporis (Art. 58 §2o I); CCJ: Verifica a constitucionalidade do projeto em seu aspecto formal e material; Pelo Plenário; A Casa revisora (Art. 65) pode: 1. Aprovar o projeto e o enviar à sanção; 2. Pode arquivar se não concordar com ele; 3. Pode emendar e assim o enviar à Casa iniciadora; a. Em 10 dias as emendas terão que ser analisadas pela Casa iniciadora – ressalte- se que se o processo está no prazo de urgência (90 dias), poderá, então, chegar a 100 dias. A Casa iniciadora poderá (Art. 64 §3o): i. Rejeitar as emendas e assim arquivá-las, enviando o projeto original votado na casa iniciadora (sem as emendas), à sanção presidencial (Art. 65 Parágrafo único), ou; ii. Poderá aprovar as emendas da Casa revisora e enviar o projeto com as emendas à sanção; Há certa preponderância, inicialmente, para a Casa revisora, pois esta poderá ar- quivar o projeto sem ouvir a Casa iniciadora; No entanto, para contrabalancear, a Casa Iniciadora tem o poder de enviar o projeto sem as modificações da casa re- visora à sanção presidencial, prevalecendo então, com a preponderância sobre a decisão dos projetos. Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer das Casas do Congresso Nacional. O texto constitucional se refere à sessão anual e não aos períodos da sessão le- gislativa; Veto: É a discordância com o projeto de lei; Poder ser total ou parcial de acordo com a discordância com parte ou com todo o projeto; a. Art. 66 § 2º - O veto parcial somente abrangerátexto integral de artigo, de pará- grafo, de inciso ou de alínea – evita que o Presidente tenha que vetar todo o pro- jeto por conta de uma “cauda legal” que seriam adições que o Legislativo fazia obrigando o Presidente a concordar com tudo ou sancionar tudo. b. No entanto, repare que o Presidente não poderá vetar uma ou mais palavras (po- derá o STF declarar constitucional reduzindo o texto) – este é o entendimento dominante. Michel Temer entende que pode o veto a palavras e defende que as Casas poderiam derrubar o veto deturpador do sentido da lei, se caso argumen- tassem da necessidade de maioria para derrubar o veto, invertendo-se o querer André Alencar dos Santos Direito Constitucional 12 popular, Michel Temer lembra que qualquer cidadão ou mesmo os Parlamentares poderiam representar perante um legitimado para este propor ADI; c. Logicamente o veto só pode ser juízo de negativa, de discordância, jamais pode ser de acréscimo, de alteração ou de adjunção; Jurídico (constitucionalidade ou forma, que é preliminar ao mérito) ou político (inte- resse público ou mérito): Presidente da República comunica as razões do veto ao Presi- dente do Senado em 48h (Art. 66 §1o – o veto sempre é motivado); O veto será apreciado em 30 dias (ou ficam sobrestados as demais proposições - §6o), em sessão conjunta, por escrutínio secreto, o quorum é de maioria absoluta para rejeitá-lo (§4o); 1. Se rejeitado o veto, a lei será enviada para a promulgação do Presidente da República (prazo de 48h) e se este não fizer o Presidente do Senado poderá promulgar e, se este não fizer, o Vice-Presidente do Senado o fará (§7o) – o objetivo desta prescrição não é impedir que o Presidente faça após as 48h (substituindo a vontade dele) e sim suprir sua inércia; 2. Se o veto for mantido o projeto será arquivado; Sanção: É a aquiescência do Presidente da República aos termos de um projeto de lei – cabe ressaltar que não supre os defeitos do projeto, como o de iniciativa do pró- prio Presidente; i. Expressa: A sanção tácita comporta a concordância do Presidente da Re- pública com o projeto, nos termos do Art. 84 IV; ii. Tácita: Segundo o Art. 66 §3o o Presidente terá 15 dias para manifestar-se sobre o projeto, se não o fizer o projeto será considerado sancionado; A promulgação deverá ser feita em 48h ou dar-se-á prosseguimento à pro- mulgação pelo Presidente do Senado ou pelo Vice-Presidente do Senado (Art. 66 §7o); C) COMPLEMENTAR: c1) Promulgação: Ato que atesta a existência da lei (esta pré-existe). É de competência do Presidente da República, subsidiariamente e respectivamente ao Presidente do Senado (48h) e ao Vice-Presidente do Senado, sendo este último obrigado a fazer; 1. As EC serão promulgadas pelas Mesas do Senado e da Câmara conforme Art. 60 §3o; 2. Decretos Legislativos serão promulgados pela Mesa do Congresso Nacional; c2) Publicação: Ato que dará validade à lei perante a sociedade – visa impedir que se alegue a ignorância da lei; Marca também o momento que a lei passa a ser exigida (mesmo quando a lei indique o início de sua vigência) – no caso de LO ou LC quem promulgou (normalmente o Presidente da República) a fará publicar; 1. Dá-se em órgão de publicação oficial ou nos quadros de avisos da Prefeitura, por exem- plo; 2. Cabe ressaltar que a sanção parcial (ou veto parcial) já fará publicar parte da lei e esta gerará os efeitos decorrentes de sua publicação, entretanto a derrubada do veto e a posterior publicação fazem surgir nova lei e por isso revoga a anterior. André Alencar dos Santos Direito Constitucional 13 LEIS DELEGADAS Delegação externa corporis, para fora do corpo do Poder Legislativo. É formalizada por meio de Resolução do Congresso Nacional (Art. 68 §2o); Só há delegação após a solicitação pelo Presidente da República, não há delegação espontânea; Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional (Art. 49), os de competência privativa da Câmara dos Deputados (Art. 51) ou do Senado Federal (Art. 52), a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre (Art. 68 § 1º): I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plu- rianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. E também a matéria reservada à edição de LC; § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Legitimados para propor PEC: Iniciativa (Art. 60 I, II e III): Não tem a ver com a iniciativa de lei – aqueles que têm legitimidade para tratar determinada matéria por lei não são os únicos legitimados para propor EC na mesma matéria. Sofre de controle quanto à forma (processo de elaboração), quanto à circunstância (impossibilidade de votação durante o estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal) e quanto à matéria (cláusulas pétreas não podem sofrer emenda tendente à a- bolir as matérias elencadas); Quorum qualificado; Impossibilidade absoluta de reapresentação (repetibilidade) de proposta de emenda rejeitada ou prejudicada na mesma sessão legislativa. Promulgação pelas duas Mesas (CD e SF) §3o. Ato que atesta a existência de uma norma no ordenamento jurídico. Enquanto projeto tem status infra-constitucional, após a promulga- ção tem status de norma constitucional; a. Não se submetem à sanção ou veto do Chefe do Executivo (só pode participar na iniciativa). b. Recebe o número de ordem seqüente às anteriores; Publicação: O Texto Constitucional silencia, entende-se que cabe ao Congresso Nacional fazer. A EXPRESSÃO “NÃO SERÁ OBJETO DE DELIBERAÇÃO”: · Pode modificar as matérias das cláusulas pétreas (não se pode reduzir, diminuir, enfra- quecer); DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS: Alcança outros direitos e garantias dispersos na CF (Art. 150, III, “b” como o princípio da anteri- oridade tributária – garantia constitucional do contribuinte); MEDIDAS PROVISÓRIAS Não são leis porque não são emanadas do Poder Legislativo, têm força de lei porque o- briga, cria direitos e obrigações; Não há controle político do Presidente da República, ou seja, não há responsabilidade se a medida provisória não for convertida em lei. Medida Provisória x Lei anterior (sobre a mesma matéria): A edição da matéria provisó- ria paralisa temporariamente a eficácia da lei que versava sobre a mesma matéria. Se a medi- da provisória for aprovada, se opera a revogação. Se a medida provisória for rejeitada, restau- ra-se a eficácia da norma anterior. § Nasce como diploma normativo pela tão-só manifestação do Presidente da República; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 14 § A discussão é posterior, a MP estará em vigor, produzindo efeitos, será submetida de imediato ao CN para apreciação (aprovação ou rejeição) que se dará no prazo de 60 di- as a contar de sua publicação; § A aprovação há de ser expressa, no prazo aludido. o A prorrogação do prazo é possível apenas uma vez (por 60 dias) perfazendo pra- zo máximo de 120 dias quando ainda não foi possível terminar a deliberação so- bre a MP; o Após 45 dias (dentro do período normal de vigência) a MP entra em regime de urgência sobrestando as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando; § O prazo de 45 dias não é para cada uma das casas (o que daria 90 dias além do prazo de vigência de 60 dias da MP); § A aprovação converte a MP em Lei; § A não-aprovação importa a rejeição; o A rejeição impõe ao CN que regule os efeitos decorrentes do prazo em que a MP ficou em vigor por meio de Decreto Legislativo; § A não edição em até 60 dias do Decreto Legislativo faz com que asrela- ções jurídicas sejam reguladas pela MP; o A rejeição impede a edição de nova MP com o mesmo assunto na sessão legisla- tiva atual; § A votação se inicia na Câmara dos Deputados; § Comissão Mista de Deputados e Senadores examinarão e emitirão parecer sobre o a- tendimento dos pressupostos (relevância e urgência); CARACTERÍSTICAS ANTES DA EC 32/2001 APÓS A EC 32/2001 1. Eficácia. Período de 30 dias, improrrogável. Período de 60 dias, prorrogável uma única vez por igual período. 2. Convocação extraordi- nária do Congresso Na- cional para apreciação da MP. Obrigatória, para reunir-se no prazo de cin- co dias. Não há mais previsão de convocação. 3. Reedições. O Presidente da República podia reeditar a MP, não apreciada pelo Congresso Nacio- nal, sucessivas vezes. A MP que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo só poderá ser reeditada em sessão legislativa distinta. 4. Limitações materiais expressas no texto consti- tucionais à edição de MP. Havia, apenas, dois dispositivos que veda- vam a adoção de MP: o art. 25, § 2º, e o art. 246. A nova redação do § 1º do art. 62 da CF enumera uma série de matérias que não poderão ser disciplinadas por meio de MP. 5. Instituição de Impostos sujeitos ao princípio da anterioridade. MP publicada no dia 31/12 era suficiente para fazer cumprir o princípio da anteriori- dade em relação à instituição ou majoração de quaisquer impostos, independentemente de sua conversão em lei. MP que institua ou majore impostos, exceto II, IE, IPI, IOF e IEG, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 6. Pressupostos de rele- vância e urgência. Não havia previsão constitucional expressa que obrigasse o Poder Legislativo a exami- ná-los. A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito da MP passou a depender de juízo prévio sobre o atendimento de tais pressupostos. 7. Apreciação da MP. A apreciação da MP era em sessão conjun-ta do Congresso Nacional. A apreciação passou a ser em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacio- nal, com início obrigatório na Câmara dos Deputados. 8. MPs editadas antes da publicação da EC 32/2001. A continuidade de sua eficácia dependia de reedição pelo Presidente da República a cada trinta dias. Continuarão em vigor até que MP ulterior as revogue ex- plicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional, sem necessidade de novas reedições. 9. O art. 246 da CF. Vedava a regulamentação de artigos da CF cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda constitucional a partir de 1995. Passou a vedar a regulamentação de artigos da CF cuja redação tenha sido alterada por meio de emenda consti- tucional entre 1º de janeiro de 1995 até a promulgação da EC 32/2001. André Alencar dos Santos Direito Constitucional 15 DECRETOS LEGISLATIVOS § A aprovação se dá por maioria simples (Art. 47); § Não passa por sanção Presidencial; § A promulgação é feita pelo Presidente do Senado Federal, que o manda publicar; RESOLUÇÕES § Atos normativos, normalmente definidos pelos regimentos das Casas Legislativas e pelo Regimento do Congresso Nacional. § Iniciativa cabe aos membros do Congresso nacional (regimento); § Discussão se dá no interior da Casa Legislativa que deve expedi-las; § Aprovação se dá por maioria simples; § Não há sanção por ser matéria privativa, ora do Senado, ora do Congresso Nacional; § Promulgação é efetiva pela Mesa da Casa Legislativa que a expedir ou pela Mesa do Senado do Senado quando se tratar de resolução do Congresso Nacional; § A publicação é pela Casa Legislativa de onde emanou; André Alencar dos Santos Direito Constitucional 16 REJEITAR AS EMENDAS PROJETO INICIAL VETO PARCIAL PROCESSO LEGISLATIVO – Lei Ordinária/Complementar CASA INICIA- DORA CD, regra Art. 64 SF - exceção SANÇÃO Art. 84 IV c/c Art. 66 15 DIAS ÚTEIS Art. 66 §3º SANÇÃO (AQUIESCÊNCIA) Art. 66 §1º VETO PAR- CIAL Art. 66 §1º e 2º VETO TOTAL Art. 66 §1º COMUNICAR AS RAZÕES AO Pres DO SF Prazo 48h Art. 66 §1º DELIBERAÇÃO SOBRE O VETO CN EM SESSÃO CONJUNTA E VOTAÇÃO SE- CRETA (CD+SF) Art. 65 §4º c/c Art. 57 §3º IV Prazo 30 dias Art. 66 §6º sob pena de sobres- tamento das de- mais proposições. VETO NÃO SUPERADO (MANTIDO) PROMUGAÇÃO Art. 84 IV ou 66 §7º PUBLICAÇÃO Art. 84 IV APROVA* PARTE NÃO VETADA (SANÇÃO PARCIAL) REJEITAR AS EMEN- DAS E EN- VIAR O PROJETO INICIAL À SANÇÃO PROJETO COM EMEN- DAS – Art. 66 EMENDAS – Retorno à Casa Iniciadora – Art. 65 Parágrafo Único REJEITAR/ARQUIVO IRREPETIBILIDADE RELATIVA – ART. 67 EMENDAS PROJETO COM EMENDAS Iniciativa do projeto (Art 61) CASA RE- VISORA Art. 65 APROVA* Art. 66 PARTE VETADA Promulgação pelo PR ou su- cessivamente pelo Pres do SF ou pelo Vice Pres do SF Art. 66 §7º * Leis Complementares se diferenciam das Leis Ordinária durante o processo legislativo unicamente pelo quorum definido no Art. 69, afastando o quorum geral do Art. 47 PARTE VETADA VETO TOTAL VETO TOTAL SUPERADO VETO PARCIAL SUPERADO André Alencar dos Santos Direito Constitucional 17 PODER EXECUTIVO ELEIÇÕES Somente será considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos. Se tal não se der no primeiro turno de votação, haverá, necessariamente, um segundo turno, com disputa entre os dois candidatos mais votados no primeiro. Neste segundo turno a eleição se dará por maioria simples. A eleição do candidato importa a do Vice; IMUNIDADE PRESIDENCIAL Não é extensível para Estados/DF/Municípios – Art. 86 §4o: Crime comum (infrações penais, delitos eleitorais, contravenções e etc.), durante a execução do mandato, por a- tos estranhos ao exercício de suas funções – Irresponsabilidade penal relativa e provisó- ria – não haverá persecutio criminis durante o mandato por atos estranhos; Crimes comuns ou Crimes de Responsabilidade em função do mandato (“in officio” ou “propter officium”): Imunidade relativa para atos praticados em função do mandato – Art. 86 caput: O Presidente só será submetido a julgamento perante o STF (crimes comum – Art. 86 ca- put 1ª parte) ou perante o Senado Federal (crime de responsabilidade – Art. 86 caput 2ª parte) após a deliberação (controle político ou juízo de admissibilidade) da Câmara dos Deputados autorizando (por dois terços) a instauração do processo (Art. 51 I); ou pelo Senado Federal O Presidente não será preso por infrações comuns (§3o) enquanto não so- brevier a sentença condenatória (não cabem prisões cautelares ou em flagrante); Se a CD entender pelo recebimento do processo (por crime comum: Art. 86 §1o I ou por crime de responsabilidade: Art. 86 §1o II): O Presidente ficará suspenso por prazo máximo de 180 dias (mesmo que o processo não seja concluído) (Art. 86 §2o e 2o); André Alencar dos Santos Direito Constitucional 18 Convocam-se novas eleições e os elei- tos cumprirão o restante do mandato (“mandato-tampão” – Art. 81 §2o); SUCESSÃO E SUBSTITUIÇÃO PRESIDENCIAL MANDATO DE 4 ANOS DOIS PRIMEIROS ANOS ORDEM DE SUBSTITUIÇÃO (TEMPORÁRIA) (NAS AUSÊNCIAS DO PRESIDENTE): 1o Vice-Presidente da República (Art. 79); 2o Presidente da Câmara dos Deputados (Art. 80); 3o Presidente do Senado Federal (Art. 80); 4o Presidente do Supremo Tribunal Federal (Art. 80); SUCESSÃO (DEFINITIVA): Vice-Presidente da República (Art. 79);ORDEM DE SUBSTITUIÇÃO TEMPORÁRIA (30 OU 90 DIAS): (CASO DE VACÂNCIA DOS CARGOS DE PRESIDENTE E VICE-PRESIDENTE – ART. 80) 1o Presidente da Câmara dos Deputados; 2o Presidente do Senado Federal; 3o Presidente do Supremo Tribunal Federal; DOIS ÚLTIMOS ANOS Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Re- pública durante os dois primeiros anos do mandato, far-se-á eleição direta no prazo de noventa dias depois de aberta a última vaga (Art. 81 caput). Durante os 90 dias assumem, su- cessivamente, os substitutos (Art. 80). Se a vacância dos dois cargos ocorrer durante os dois últi- mos anos do mandato, far-se-á eleição indireta pelo Con- gresso Nacional, no prazo de trinta dias depois de aberta a última vaga (Art. 81 §1o). Durante os 30 dias assumem, su- cessivamente, os substitutos (Art. 80). André Alencar dos Santos DIREITO CONSTITUCIONAL 19
Compartilhar