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2 FÍSICA I EXERCÍCIOS DE PORTFÓLIO EXERCÍCIO 1 Considere um sistema de duas partículas, A e B, que se movem no plano xy. A partícula A se move ao longo de uma linha y = 30 m com uma velocidade constante −→v = (3,0 m/s)bi. A partícula B parte do repouso na origem no mesmo instante em que a partícula A passa pelo eixo y. A partícula B move-se com uma aceleração constante −→a = axbi + aybj com ax > 0 e ay > 0. O módulo desta aceleração é a = ��−→a �� = 0,4 m/s2. Qual ângulo θ entre −→a e o eixo positivo y resultaria em uma colisão entre as duas partículas? EXERCÍCIO 2 O vetor posição de uma partícula que se movimenta no plano xy é −→r = ��2 m/s3� t3 − (5 m/s) t�bi+ �(6 m)− �7 m/s4� t4�bj. Qual é o vetor aceleração em t = 2 s? Física I / Aulas 05-08 Exercícios de Portfólio 2 GABARITO EXERCÍCIO 1 Para encontrar esse ângulo θ basta determinarmos os vetores posição −→r A e −→r B das partículas A e B respectivamente e impormos a condição −→r A (t) = −→r B (t) . O vetor posição −→r A da partícula A pode ser escrito como −→r A = (C t + D)bi+ (30 m)bj. Assim, −→v A = d −→r A d t = Cbi =⇒ C = 3,0 m/s pois −→v A = (3,0 m/s)bi. Agora, impondo a condição inicial −→r A (t = 0) = (30 m)bj, temos que −→r A (t) �� t=0 = D bi+ (30 m)bj= (30 m)bj =⇒ D = 0 e, portanto, −→r A (t) = (C t + D)bi+ (30 m)bj= (3,0 m/s) tbi+ (30 m)bj. (1) Queremos agora determinar o vetor posição −→r B (t) da partícula B. O vetor aceleração da partícula B é −→a = axbi+ aybj= asenθbi+ a cosθbj. Da condição inicial −→v B (t = 0) = 0, segue ax = dvx ,B d t =⇒ ∫ vx ,B(t) vx ,B(0)=0 dvx ,B = ax ∫ t 0 d t ′ =⇒ vx ,B (t) = ax t e, de maneira análoga, vy,B (t) = ay t. Impondo agora a condição de contorno para a posição da partícula B no tempo inicial, →r B (t = 0) = 0, temos que vx ,B (t) = drx ,B d t =⇒ ∫ rx ,B(t) rx ,B(0)=0 drx ,B = ∫ t 0 vx ,B � t ′ � d t ′ = ∫ t 0 ax t ′d t ′ = ax t 2 2 , Física I / Aulas 05-08 Exercícios de Portfólio 3 i.e., rx ,B (t) = ax t 2 2 . O cálculo para a componente ry,B é análogo e, assim, ry,B (t) = ay t 2 2 . Logo, o vetor posição →r B (t) é −→r B (t) = � ax t 2 2 �bi+�ay t2 2 �bj= at2 2 senθ bi+at2 2 cosθ bj (2) Para que haja colisão, devemos impor −→r A (t) = −→r B (t) , onde, pelas expressões (1) e (2), tem-se −→r A = (3,0 m/s) tbi+ (30 m)bj, −→r B = at2 2 senθ bi+at2 2 cosθ bj. Consequentemente, (3,0 m/s) t = at2 2 senθ , que implica (3,0 m/s) = � 0,2 m/s2 � tsenθ , pois a = ��−→a ��= 0,4 m/s2. Então (lembrando que neste problema senθ > 0), t = 3,0 m/s (senθ ) (0,2 m/s2) = 15 s senθ . Agora devemos usar este instante de tempo, t = 15 s/senθ , na igualdade para as componentes ry(A,B) dos vetores posição das partículas, ou seja, (30 m) = at2 2 cosθ ���� t=15s/senθ , que acarreta cosθ = (60 m) sen2θ (0,4 m/s2) (15 s)2 = 10 15 sen2θ = 10 15 � 1− cos2 θ� , ou seja, obtém-se a equação quadrática (em x = cosθ ) cos2 θ + 1,5 cosθ − 1= 0. Física I / Aulas 05-08 Exercícios de Portfólio 4 As soluções dessa equação são x = −1,5±Æ(1,5)2 + 4 2 , mas, como neste problema cosθ > 0, escolhemos a raiz positiva cosθ = −1,5+Æ(1,5)2 + 4 2 = −1,5+ 2,5 2 = 1 2 . Portanto θ = arccos 1 2 = 60◦. EXERCÍCIO 2 O vetor velocidade em um instante de tempo t é −→v (t) = d −→r (t) d t = �� 6 m/s3 � t2 − (5 m/s)�bi− �28 m/s4� t3bj. e, assim, o vetor aceleração em um instante de tempo t arbitrário é −→a (t) = d −→v (t) d t = d2−→r (t) d t2 = � 12 m/s3 � tbi− �84 m/s4� t2bj. Portanto, em t = 2 s, temos que: −→a (t)��t=2s = �24 m/s2�bi− �336 m/s2�bj.
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