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Teoria Constitucional Metodo AutoCoach

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Blog de Constitucional: www.direitoconstitucional.blog.br 
 2
Blog de Constitucional www.direitoconstitucional.blog.br 
Teoria Constitucional Método Auto-Coach® de Estudo 1a Edição ® Esta obra esta protegida por direito autorais, qualquer reprodução ou comercialização sem autorização do autor estará sujeita às devidas sanções penais e civis. 
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 3
Índice: 
 
Leia antes de começar ...................................................................................................... 6 
Cronograma sugerido ................................................................................................... 10 
Cronograma livre ........................................................................................................... 12 
1. Constitucionalismo .................................................................................................... 14 
Ficha 1 – Definição e Evolução Histórica ................................................................. 15 
Ficha 2 – Constitucionalismo Moderno e Contemporâneo ................................. 16 
Ficha 3 – Legislação simbólica .................................................................................... 17 
Ficha 4 – Constitucionalização simbólica ................................................................ 18 
2. Conceitos de Constituição ........................................................................................ 19 
Ficha 5 – Conceitos sociológico e político de Constituição.................................. 20 
Ficha 6 – Conceito jurídico de Constituição e outros conceitos ......................... 21 
3. Classificação das Constituições .............................................................................. 22 
Ficha 7 – Quanto à origem ............................................................................................ 23 
Ficha 8 – Quanto ao conteúdo e à forma .................................................................. 24 
Ficha 9 – Quanto à mutabilidade e extensão .......................................................... 25 
Ficha 10 – Quanto à sistemática, sistema e função ............................................... 26 
Ficha 11 – Quanto à forma de elaboração, decretação e dogmática................. 27 
Ficha 12 – Quanto ao critério ontológico e outras classificações...................... 28 
4. Elementos da Constituição ...................................................................................... 29 
Ficha 13 – Elementos orgânicos e limitativos ........................................................ 30 
Ficha 14 – Elementos sócio-ideológicos, de estabilização e aplicabilidade ... 31 
5. História das Constituições Brasileiras ................................................................. 32 
Ficha 15 – Constituição de 1824: organização político-administrativa .......... 33 
Ficha 16 – Constituição de 1824: divisão de poderes ........................................... 34 
Ficha 17 – Constituição de 1891: organização político-administrativa .......... 35 
Ficha 18 – Constituição de 1891: divisão de poderes e garantias ..................... 36 
Ficha 19 – Constituição de 1934: contexto histórico ............................................ 37 
Ficha 20 – Constituição de 1934: organização político-administrativa, 
direitos e garantias ........................................................................................................ 38 
Ficha 21 – Constituição de 1934: tripartição de poderes .................................... 39 
Ficha 22 – Constituição de 1937: contexto histórico ............................................ 40 
Ficha 23 – Constituição de 1937: organização político-administrativa e 
direitos e garantias ........................................................................................................ 41 
Ficha 24 – Constituição de 1937: organização dos poderes ............................... 42 
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 4
Ficha 25 – Constituição de 1946: contexto histórico ............................................ 43 
Ficha 26 – Constituição de 1946: organização político-administrativa, 
direitos e garantias ........................................................................................................ 44 
Ficha 27 – Constituição de 1946: organização dos poderes ............................... 45 
Ficha 28 – Constituição de 1967: contexto histórico e organização político-
administrativa ................................................................................................................. 46 
Ficha 29 – Constituição de 1967: organização dos poderes ............................... 47 
Ficha 30 – Constituição de 1967: direitos e garantias.......................................... 48 
Ficha 31 – Constituição de 1967: emendas constitucionais ............................... 49 
Ficha 32 – Constituição de 1988: contexto histórico e elaboração ................... 50 
Ficha 33 – Constituição de 1988: organização político-administrativa, 
direitos e garantias ........................................................................................................ 51 
Ficha 34 – Constituição de 1988: organização dos poderes ............................... 52 
6. Hermenêutica constitucional ................................................................................. 53 
Ficha 35 – Reforma e mutação constitucional ........................................................ 54 
Ficha 36 – Regras e princípios: distinção e complementariedade ................... 55 
Ficha 37 – Regras e princípios: distinção segundo Dworkin e Alexy ............... 56 
Ficha 38 – Regras e princípios: "derrotabilidade" das regras ........................... 57 
Ficha 39 – Princípios constitucionais de interpretação das normas I ............. 58 
Ficha 40 – Princípios constitucionais de interpretação das normas II ........... 59 
Ficha 41 – Métodos de interpretação das normas constitucionais I ................ 60 
Ficha 42 – Métodos de interpretação das normas constitucionais II ............... 61 
Ficha 43 – Teoria dos poderes implícitos ................................................................ 62 
Ficha 44 – Limites na intepretação das normas constitucionais I .................... 63 
Ficha 45 – Limites na intepretação das normas constitucionais II ................... 64 
Ficha 46 – Estrutura da Constituição de 1988: Preâmbulo ................................ 65 
Ficha 47 – Estrutura da Constituição de 1988: natureza jurídica do ADCT ... 66 
Ficha 48 – Estrutura da Constituição de 1988: classificação das normas do 
ADCT .................................................................................................................................. 67 
Ficha 49 – Sociedade aberta dos intérpretes da Constituição ........................... 68 
7. Poder constituinte ..................................................................................................... 69 
Ficha 50 – Conceito, titularidade e manifestação .................................................. 70 
Ficha 51 – Poder constituinte originário: definição e características ............. 71 
Ficha 52 – Poder constituinte originário: subdivisão e manifestação ............. 72 
Ficha 53 – Poder constituinte derivado reformador ............................................ 73 
Ficha 54 – Poder constituinte derivado revisor .................................................... 74 
Ficha 55 – Poder constituinte derivado decorrente ............................................. 75 
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 5
Ficha 56 – Poder constituinte difuso e supranacional ......................................... 76 
Ficha 57 – Recepção de normas pré-constitucionais............................................ 77 
Ficha58 – Repristinação, desconstitucionalização e recepção material ........ 78 
Ficha 59 – Retroatividade de norma constitucional ............................................. 79 
8. Eficácia das normas constitucionais ..................................................................... 80 
Ficha 60 – Normas de eficácia plena e contida ....................................................... 81 
Ficha 61 – Normas de eficácia limitada .................................................................... 82 
Ficha 62 – Diferença entre aplicação e aplicabilidade ......................................... 83 
Ficha 63 – Normas supereficazes, de eficácia plena e relativa .......................... 84 
Ficha 64 – Normas de aplicação, integração e de eficácia exaurida ................. 85 
Questões de concurso ................................................................................................... 86 
Gabarito comentado .................................................................................................... 117 
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 6
Leia antes de começar Se você está se preparando para algum concurso público, ainda tem muito 
conteúdo para estudar e pouco tempo disponível para isto, e além disso está com dificuldade para memorizar tudo o que já estudou, esse manual é para você. Esses, na verdade, são os maiores desafios de qualquer concurseiro: muita matéria, pouco tempo, e memória para lembrar de tudo na hora da prova. Os editais, de tanto conteúdo, assustam. O tempo é escasso e difícil de conciliar com outras atividades, como o trabalho e a família. Fora aquela sensação frustrante de não se lembrar direito do conteúdo que você, com muito esforço, no pouco tempo que teve, conseguiu estudar. Se você está nessa situação, não se preocupe. Existe um método de estudo para que você não só aproveite ao máximo seu tempo disponível (mesmo que não seja muito), como também retenha toda a informação estudada, evitando aqueles "brancos" na hora da prova. Esse método compreende apenas três etapas: resumo, 
revisão e exercícios. 
Resumo A primeira etapa desse método de estudo é a elaboração de resumos do conteúdo estudado. Muitos concurseiros acham que eles são perda de tempo, mas estão enganados. De fato, somente a leitura do conteúdo será bem mais rápida que ler e resumir. Porém, a taxa de retenção das informações que você leu e, logo em seguida, resumiu é consideravelmente maior. O tipo de resumo mais recomendado, porém, não é na forma de texto corrido. O mais eficiente é o resumo estruturado em tópicos, porque possibilita uma melhor compreensão do conteúdo e uma releitura bem mais rápida. Além disso, o resumo estruturado é fundamental para a próxima etapa do método: a revisão. 
Revisão Para se dar bem na prova, é fundamental que você consiga guardar na memória uma grande quantidade detalhes sobre várias matérias. Para isso, não é suficiente apenas o resumo estruturado do conteúdo. É preciso "refrescá-lo" frequentemente na memória por meio das revisões. O resumo é essencial para uma melhor compreensão do conteúdo. Mas é a revisão, feita periodicamente e em espaços de tempo definidos, que vai fazer você 
reter as informações na memória por bastante tempo. Não tem outro jeito: o cérebro humano somente é capaz de guardar uma grande quantidade de informações se estiver frequentemente em contato com elas. 
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 7
Caso contrário, elas vão se perder na memória, causando o clássico "branco" na hora da prova. 
Exercícios A última etapa do método para um estudo realmente eficiente para concursos exige a resolução de exercícios. Mais especificamente, de questões de 
provas de concursos públicos passados, que frequentemente se repetem, às vezes com ligeiras alterações, em várias outras provas. A resolução de exercícios não só testa o que você aprendeu estudando a teoria, como necessariamente te faz revisar mais uma vez o conteúdo. Além disso, você vai conhecer e se habituar com a forma que o examinador costuma cobrar o conhecimento dos candidatos. É resolvendo questões de concurso, por exemplo, que você não cairá nos famoso "pegas" ou "cascas de banana" das provas, colocadas lá com apenas um objetivo: te fazer errar a questão! Uma notícia boa e uma ruim quanto isso. A ruim é que a grande maioria dos candidatos realmente caem nos "pegas" e erram essas questões. A boa é que, se você resolver uma quantidade suficiente de questões durante seus estudos, vai fugir dessas "armadilhas" e acertar as questões mais difíceis, e que a maioria erra. É assim que você vai disparar na classificação, deixando um mar de candidatos para trás. 
Como estudar pelo manual Você tem em mãos um manual de Teoria Constitucional, conteúdo certeiro em provas de Direito Constitucional, matéria essencial em qualquer concurso. Esse conteúdo está estruturado para te proporcionar a forma mais eficiente possível de estudar, que, como vimos, inclui resumos, revisões periódicas e a resolução de questões de concursos de provas passadas. Neste manual, os resumos já estão prontos, o que já vai te economizar um tempo considerável que seria necessário para escrevê-los. Eles estão todos separados em fichas numeradas e agrupadas por assunto, e foram elaborados na forma de tópicos, para agilizar a leitura e a compreensão. 
 Fichas numeradas contendo resumos em tópicos 
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 8
 Caso você queira se aprofundar um pouco mais no conteúdo de uma determinada ficha, você pode sempre acessar o Blog de Constitucional na Internet (www.direitoconstitucional.blog.br). Lá você encontra todos os assuntos deste manual em textos detalhados, e que podem ser usados como leitura 
complementar sempre que você achar necessário. Acesse o blog no endereço acima e procure o texto correspondente ao assunto, há um campo para pesquisa lá. Além dos resumos, este manual possui também um cronograma sugerido de estudo e revisões das fichas. O método de revisão funciona assim: após a leitura inicial de cada ficha, sugerem-se mais 3 revisões. A primeira em 24 (vinte e 
quatro) horas após a leitura inicial; a segunda 7 (sete) dias depois, e a última 28 
(vinte e oito) dias depois. Essa periodicidade possibilita que o seu cérebro processe as informações e as retenha na memória por bastante tempo. A distribuição das fichas pelo cronograma sugerido foi feita de forma que você não gaste mais do que 15 a 20 minutos por dia para estudar o conteúdo deste manual. O restante do tempo você utiliza para estudar as outras matérias, que não são poucas. Para melhor controle das revisões, recomenda-se a impressão em papel do cronograma. À medida que as leituras e revisões forem sendo realizadas, elas devem ser riscadas no cronograma (ver figura abaixo). Este cronograma, no entanto, é apenas uma sugestão e pode ser alterado caso você queira dedicar mais tempo à matéria. Basta montar o seu próprio cronograma com um número maior de fichas diárias. Há um modelo em branco do cronograma acompanhando este manual, para você preencher seguindo a mesma metodologia de estudo e revisões (revisão das fichas em 24 horas, 7 dias e 28 dias após a primeira leitura). 
 Risque as fichas no cronograma à medida que for lendo (L1) e revisando (R1, R2 e R3) Finalmente, ao final do manual há uma lista de 173 questões de concursos públicos, todas cuidadosamente selecionadas para mostrar como o conteúdo é cobrado em prova. O gabarito comentado de todas elas está logo a seguir. O cronograma de estudo e revisões inclui um dia por semana reservado apenas para a resolução de questões. Anote em uma folha de papel as suas respostas para as questões e depois confira o gabarito, sempre lendo os comentários. Lembre-se: a resolução de questão também serve como revisão da matéria, ajudando a reter ainda mais o conteúdo! 
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 9
O cronogramatambém reserva um dia semana para o seu descanso, porque ninguém é de ferro! Esse descanso é fundamental para ajudar o seu cérebro a reter ainda mais o conteúdo estudado durante a semana. Aproveite-o para recarregar suas baterias e se preparar para a semana seguinte. 
Por que método Auto-Coach®? O método de estudo deste manual foi batizado de Auto-Coach® porque com ele você estuda de forma organizada, programada e otimizada para obter o melhor aprendizado no menor tempo possível. Ou seja, justamente como um bom coach de estudos para concursos faria com você. Seguindo esse método, estudando e revisando as fichas conforme o cronograma, VOCÊ é o seu próprio coach! E eu tenho certeza que, dessa forma, você conseguirá aproveitar muito melhor o seu tempo de estudo, aprendendo muito mais e com bem menos esforço. E chegando mais rápido ao seu objetivo final, que é a aprovação e nomeação. Bom estudo e mãos à obra! O autor1. 
 1 Gustavo Sousa é graduado em Ciência da Computação e Direito pela Universidade de Brasília. Foi aprovado em vários concursos públicos, tendo exercido os cargos de técnico em informática do SERPRO, técnico judiciário do Superior Tribunal de Justiça e analista do Banco Central do Brasil. Hoje é Perito Criminal Federal e se encontra em preparação para concursos das carreiras jurídicas (juiz, procurador, promotor, dentre outros). É usuário e criador do método Auto-Coach® de estudo. 
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 10
Cronograma sugerido Imprima, anote as datas e risque as fichas estudadas e revisadas. L1 = 1a leitura; R1 = 1a revisão (24h); R2 = 2a revisão (7 dias); R3 = 3a revisão (28 dias); 
Semana 1 
Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6 Dia 7 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso F01 F02 F03 F04 
- F05 F06 F01 F02 F03 F04 
F07 F08 F09 F05 F06 F10 F11 F12 F07 F08 F09 F13 F14 F15 F16 
F10 F11 F12 001 a 022 
 
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 - - - - - - - - - - 
Semana 2 
Dia 8 Dia 9 Dia 10 Dia 11 Dia 12 Dia 13 Dia 14 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso F17 F18 F13 F14 F15 F16 
F19 F20 F21 F17 F18 F22 F23 F24 F19 F20 F21 F25 F26 F27 F22 F23 F24 F28 F29 F30 F31 
F25 F26 F27 023 a 044 
 
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 F01 F02 F03 F04 
- F05 F06 - F07 F08 F09 - F10 F11 F12 - F13 F14 F15 F16 
- 
Semana 3 
Dia 15 Dia 16 Dia 17 Dia 18 Dia 19 Dia 20 Dia 21 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso F32 F33 F34 F28 F29 F30 F31 
F35 F36 F37 F38 
F32 F33 F34 F39 F40 F41 F42 
F35 F36 F37 F38 
F43 F44 F45 F39 F40 F41 F42 
F46 F47 F48 F43 F44 F45 045 a 066 
 
R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 F17 F18 
 
- F19 F20 F21 - F22 F23 F24 - F25 F26 F27 - F28 F29 F30 F31 
- 
Semana 4 
Dia 22 Dia 23 Dia 24 Dia 25 Dia 26 Dia 27 Dia 28 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso F50 F51 F52 F46 F47 F48 F53 F54 F55 F50 F51 F52 F56 F57 F58 F53 F54 F55 F59 F60 F61 F56 F57 F58 F62 F63 F64 F59 F60 F61 067 a 087 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 F32 F33 F34 - F35 F36 F37 F38 
- F39 F40 F41 F42 
- F43 F44 F45 - F46 F47 F48 - 
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 11
 
Semana 5 
Dia 29 Dia 30 Dia 31 Dia 32 Dia 33 Dia 34 Dia 35 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso F62 F63 F64 - - - - - - - - 088 a 109 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 F50 F51 F52 F01 F02 F03 F04 
F53 F54 F55 F05 F06 F56 F57 F58 F07 F08 F09 F59 F60 F61 F10 F11 F12 F62 F63 F64 F13 F14 F15 F16 
Semana 6 
Dia 36 Dia 37 Dia 38 Dia 39 Dia 40 Dia 41 Dia 42 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso - - - - - - - - - - 110 a 130 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 - F17 F18 - F19 F20 F21 - F22 F23 F24 - F25 F26 F27 - F28 F29 F30 F31 
Semana 7 
Dia 43 Dia 44 Dia 45 Dia 46 Dia 47 Dia 48 Dia 49 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso - - - - - - - - - - 131 a 151 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 - 
 
F32 F33 F34 - F35 F36 F37 F38 
- F39 F40 F41 F42 
- F43 F44 F45 - F46 F47 F48 
Semana 8 
Dia 50 Dia 51 Dia 52 Dia 53 Dia 54 Dia 55 Dia 56 __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso - 
 
- - - - - - - - - 152 a 173 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 - 
 
F50 F51 F52 - F53 F54 F55 - F56 F57 F58 - F59 F60 F61 - F62 F63 F64 
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 12
Cronograma livre Imprima para montar seu próprio cronograma de estudo, com as fichas a serem estudas e revisadas a cada dia. L1 = 1a leitura; R1 = 1a revisão (24h); R2 = 2a revisão (7 dias); R3 = 3a revisão (28 dias); 
Semana ____ 
Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso 
 ______ a ______ 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 
 
Semana ____ 
Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso 
 ______ a ______ 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 
 
Semana ____ 
Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ Dia ___ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ __ / __ / __ 
L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 L1 R1 Questões Descanso 
 ______ a ______ 
 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 R2 R3 
 
 
 
 
 
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 13
 Estude também o Controle de Constitucionalidade pelo método Auto-Coach® 
 Manual completo com: 
 Fichas com conteúdo resumido; 
 Cronograma de estudo e revisão; 
 131 questões de concursos públicos selecionadas, gabaritadas e comentadas. Saiba com adquiri-lo em: http://direitoconstitucional.blog.br/controle-de-constitucionalidade 
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 14
 
 
 
 
 
 
1. Constitucionalismo 
 
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 15
Ficha 1 – Definição e Evolução 
Histórica 
 
Constitucionalismo pode ser definido como: 
 a) um movimento histórico b) uma teoria normativo-política 
Fundamento do constitucionalismo: 
 Estabelecer limites ao poder de governar, com finalidade de: a) evitar surgimento de sistemas políticos arbitrários; b) garantir direitos fundamentais (finalidade garantística). 
 Finalidades concretizadas por meio de uma Constituição. Na Idade Antiga, traços de constitucionalismo identificados: a) Entre os hebreus: 
o Estado teocrático limitava atos dos governantes que extrapolassem os desígnios divinos b) Na Grécia antiga: 
o Cidades-estados regidas por democracias diretas plenas, sem diferenças entre governantes e governados Na Idade Média: 
 Constitucionalismo tem como marco a Magna Carta de 1215, na Inglaterra. 
o Limitava o poder da monarquia por um acordo de vontades 
o Não é uma Constituição sob a concepção moderna Na Idade Moderna: 
 Símbolos de constitucionalismo: vários “Acts” (ou pactos)assinados na Inglaterra, dentre eles: a) o Petition of Rights (1628): garantia direitos e liberdades dos súditos da Coroa b) o Bill of Rights (1688): marcou o início da monarquia constitucional inglesa c) o Act of Settlement (1707) d) e o Habeas Corpus Amendment Act (1769): contra prisões arbitrárias. 
 Destacam-se também: 
o Contratos de colonização na América do Norte (próprios colonizadores estabeleciam a regras de organização e governo das colônias). 
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 16
Ficha 2 – Constitucionalismo 
Moderno e Contemporâneo 
 Constitucionalismo Moderno: a) Marcos históricos do surgimento: 
o Constituição Americana (1787) 
o Constituição Francesa (1791) 
o Iluminismo (contra o Absolutismo) b) Constitucionalismo liberal: 
o Individualismo 
o Não intervenção estatal (Estado mínimo) 
o Propriedade privada c) Resultado do Liberalismo: 
o desigualdade e exclusão social exacerbadas; 
o surgimento da ideia de direitos sociais (direitos de 2a geração) d) Constitucionalismo social: 
o Constituição Mexicana (1917) 
o Constituição Alemã de Weimer (1919) Constitucionalismo contemporâneo: a) Forte conteúdo social b) Relação direta com Constituição Pragmática (ou Dirigente) 
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988 Constitucionalismo pós-moderno (Neoconstitucionalismo): a) Origem: pós-guerra (queda de regimes autoritários na Europa ocidental) b) Desenvolve-se: com redemocratização dos países na segunda metade do século XX. c) Constitucionalismo deve buscar: 
 não só: limitar o poder político e garantir direitos (em tese) 
 mas também: efetiva concretização de direitos fundamentais. d) Aspecto central: visão substancialista da Constituição 
 Intensa carga valorativa e conteúdo axiológico (não apenas descritivo) 
 Efetiva concretização dos valores nela estabelecidos. 
 Resguarda patamares mínimos de direitos. 
 Força normativa ampliada ( “Supremacia da Constituição”) e) Hermenêutica constitucional (forma de interpretação): 
 Constitucionalização: regra e princípios f) Segue: filosofia pós-positivista 
 Reaproximação do direito com: ética, moral e justiça. 
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Ficha 3 – Legislação simbólica Teoria em que: 
 Atividade legislativa (e leis): voltadas apenas para seu significado 
simbólico 
 Simbolismo: ofusca sua instrumentalidade na solução concreta de conflitos sociais. Tipos de simbolismo: 1) Legislação: apenas confirma determinados valores sociais: 
 Privilegia: posição valorativa de determinado grupo social 
 Efeitos concretos: têm menor importância que seu valor simbólico em favorecer determinados valores em detrimentos de outros. 2) Legislação álibi: surge para dar apenas uma rápida resposta a determinado anseio social 
 Oferece uma solução aparente para o problema 
 Dá a impressão (muitas vezes falsa): de que o Estado tem capacidade de responder prontamente às demandas sociais. 
 Uso abusivo pode gerar desconfiança em relação ao Estado. 
3) Legislação: apenas adia a solução de conflitos por meio de compromissos 
dilatórios 
 Propõe soluções a serem implementada em prazo indeterminado. 
 Reconhece impossibilidade de solucionar de imediato o conflito e estabelece compromisso futuro de tratar a questão. Efeitos negativos da legislação simbólica: a) Não concretização de seus preceitos. b) Provoca a sobreposição indesejada de questões políticas sobre as questões jurídicas. 
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Ficha 4 – Constitucionalização 
simbólica 
 Base da teoria: 
 Proeminência da função simbólica dos textos constitucionais em detrimento da efetiva concretização jurídico-normativa de seus preceitos. Constituição deve: a) Constituir mecanismo de interpenetração entre a política e o direito. b) Proporcionar, ao mesmo tempo: 
 soluções jurídicas para questões políticas 
 soluções políticas para questões jurídicas. Processo de constitucionalização simbólica gera: a) sobreposição do sistema político sobre o jurídico, b) falta de concretização normativo-jurídica do texto constitucional. Constitucionalização simbólica: a) Negativa: 
 texto constitucional é insuficiente para a concretização de seus preceitos. b) Positiva: 
 texto constitucional desempenha mero papel político-ideológico 
 encobre problemas sociais, impedindo sua solução e, em último caso, a transformação social. Simbolismo constitucional exacerbado: 
 Motiva surgimento de movimentos sociais que lutam pela concretização de valores constitucionais 
 Pode levar a uma ruptura da ordem de poder estabelecida. Estudo da constitucionalização simbólica: 
 Ponto de partida na identificação de mecanismos para a concretização dos preceitos constitucionais. 
 Exemplo de mecanismos: ativismo judicial 
o Poder Judiciário, por meio de suas decisões, busca: a) efetiva implementação das normas constitucionais b) superação do caráter meramente retórico de seus preceitos. 
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2. Conceitos de Constituição 
 
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Ficha 5 – Conceitos sociológico e 
político de Constituição 
 Conceito Sociológico: 
 Elaborado por Ferdinand Lassale (político alemão) 
 Constituição: 
 Decorre da soma dos fatores reais de poder dentro de uma sociedade. 
 É a representação das forças sociais que constituem o verdadeiro poder dentro de uma sociedade. 
o Essas forças são a base da legitimidade da Constituição. Conceito Político: 
 Elaborado por Carl Schmitt (jurista alemão) 
 Constituição: 
o Decisão política fundamental de uma nação referente: 
 forma de organização do Estado e de suas instituições 
 direitos a serem garantidos constitucionalmente 
o Não se confunde com as leis constitucionais: 
 demais aspectos inseridos no texto constitucional não relacionados à decisão política fundamental 
 Distinção entre: 
o Constituição material: 
 Regra estruturais de uma sociedade 
 Independe da forma legislativa em que são materializadas no ordenamento jurídico. 
o Constituição formal: 
 Toda a matéria tratada pelo legislador constituinte original e 
estabelecida na Constituição 
 Matérias que o legislador constitucional escolheu tratar no momento da promulgação da Constituição 
 Independe do conteúdo tratado 
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Ficha 6 – Conceito jurídico de 
Constituição e outros conceitos 
 Conceito jurídico: 
 Elaborado por Hans Kelsen: 
o Jurista e filósofo alemão 
o Maior representante da Teoria Pura do Direito. 
 Constituição: 
o Fruto de uma mera decisão humana, sem qualquer relação com concepções filosóficas, políticas, sociológicas ou culturais. 
o Constituição pertence ao mundo do “dever-ser” (mundo das leis), não do “ser” (mundo natural). 
o Desconsidera a existência de uma “matéria constitucional” 
 Não há temas que sejam próprios de uma Constituição 
 Aproxima-se do conceito de Constituição formal. 
 Constituição no sentido jurídico-positivo: 
o Lei suprema de uma nação: disciplina a forma de elaboração de todas as suas demais leis, dando-lhes validade. 
o Constituição ocupa o topo da pirâmide hierárquica de normas (acima de todas as outras). 
 Constituição no sentido lógico-jurídico: 
o “Norma hipotética fundamental” que dá validade à Constituição jurídico-positiva. 
o Conceito abstrato: 
 Posicionada logo acima da Constituição jurídico-positiva. Outros conceitos: 
 Constituição cultural: 
o Norma fundamental que é condicionada e condiciona determinada cultura (relação de via dupla). 
o Fruto não somente de fatores históricos, sociais e espirituais, mas também da vontade humana (tudo combinado). Constituição aberta: 
o Traz a ideia de flexibilidade material da ordem constitucional. 
o Objetivo: manter a compatibilidade da constituição com as mudanças sociais ao longo do tempo 
 Reduz o risco da perda de sua força normativa. 
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3. Classificação das Constituições 
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Ficha 7 – Quanto à origem 
 Constituição outorgada: 
o Constituição imposta (instituída de forma unilateral) pelo poder constituinte originário (ou revolucionário), sem qualquer espécie de legitimação popular. 
o Constituições brasileiras outorgadas: 
 Constituição de 1824 (Constituição do Império); 
 Constituição de 1937 (outorgada por Getúlio Vargas durante o Estado Novo); 
 Constituição de 1967 (Ditadura militar): 
 Oficialmente promulgada, na prática imposta pelos militares. 
 Constituição promulgada (democrática ou popular): 
o Constituição originadas dos trabalhos de uma Assembleia 
Constituinte, legitimamente eleita pelo povo para atuar em seu nome. 
o Constituições brasileiras outorgadas: 
 Constituição de 1891 (Primeira República); 
 Constituição de 1934; 
 Constituição de 1946; 
 Constituição de 1988. 
 Constituição cesarista: 
o Constituição tem origem em um projeto autoritário, mas é submetida a plebiscito ou referendo popular antes de viger. 
o Meio-termo entre: constituição outorgada e a promulgada. 
 Não propriamente outorgada (submetida ao crivo popular); 
 Tampouco democrática (surge de um projeto autoritário). 
 Constituição pactuada: 
o Constituição resultado de um acordo entre 2 ou mais titulares do poder constituinte originário. 
o Classificação de valor apenas histórico: 
 Não se coaduna com a noção moderna de unidade do poder constituinte. 
o Exemplo histórico: 
 Magna Carta Inglesa (garantiu participação política de determinados grupos sociais em acordo com o poder real). 
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Ficha 8 – Quanto ao conteúdo e 
à forma 
 Quanto ao conteúdo: 
 Constituição material: 
o Abrange apenas conteúdo relacionado à: 
 Estrutura e organização do Estado 
 Direitos e garantias fundamentais. 
o Exemplo único (no Brasil): Constituição do Império de 1824 
 Somente constitucional: dispositivos a respeito dos “limites e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e individuais dos Cidadãos“. 
 Demais dispositivos NÃO eram considerados matéria constitucional (mesmo estando em seu texto). 
 Alteráveis pelo processo legislativo ordinário. 
 Conteúdo do dispositivo o definia como constitucional (não sua forma). 
 Constituição formal 
o Inclui toda e qualquer matéria disposta em seu texto, lá colocada pelo legislador constitucional (independente do seu conteúdo). 
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988 
 Todos os dispositivos: formalmente matéria constitucional (mesmo quando não tratam de organização do Estado ou de direitos fundamentais) Quanto à forma: 
 Constituição escrita (ou instrumental): 
o Regras estão sistematizadas e dispostas em um documento escrito 
e solene. 
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988. 
 Constituição não escrita (costumeira ou consuetudinária): 
o Regras não estão codificadas em um documento escrito e unificado. 
o Constituição composta por usos, costumes e documentos esparsos (incluindo decisões e precedentes judiciais). 
o Exemplo clássico: Constituição Inglesa 
 Observação: atualmente tem algumas regras e princípios constitucionais escritos, sendo apenas parcialmente não escrita. 
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Ficha 9 – Quanto à mutabilidade 
e extensão 
 Quanto à mutabilidade, rigidez ou forma de alteração: 
 Constituição rígida: 
o Exige, para alteração de seus dispositivos, um processo legislativo 
mais difícil e solene em relação ao processo de alteração das normas infraconstitucionais. 
o Exemplo: Constituição de 1988 
 Constituição semirrígida: 
o Para determinados dispositivos é exigido um processo mais difícil de alteração. Para outros, a alteração se dá pelo procedimento comum 
de alteração da legislação não constitucional. 
 Constituição flexível: 
o Os dispositivos, indistintamente, podem ser alterados pelo mesmo 
procedimento da legislação ordinária, não exigindo qualquer procedimento especial e diferenciado. 
 Constituição fixa: 
o Somente pode ser alterada pelo poder constituinte originário, 
vedada qualquer modificação pelo poder constituinte 
reformador. 
 Constituição “super-rígida”: 
o exigir procedimento legislativo mais difícil de alteração, e alguns de seus dispositivos são absolutamente imutáveis, mesmo por meio desse procedimento. Quanto à extensão: 
 Constituição sintética: 
o Conteúdo é resumido, conciso, dispondo apenas de forma geral sobre a estrutura básica do Estado e seus princípios fundamentais. 
o Tende a se prolongar ao longo do tempo (já que se adapta mais facilmente a novas interpretações). 
o Exemplo: Constituição dos EUA (promulgada em 1787 e vigente até hoje) 
 Constituição analítica: 
o Documento extenso que trata de forma detalhada tanto de matéria propriamente constitucional quanto de qualquer assunto que o legislador constituinte decidiu nela incluir. 
o Exemplo: Constituição brasileira de 1988 
 Nela foram colocados os mais variados institutos para maior garantia de eficácia e concretização 
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Ficha 10 – Quanto à sistemática, 
sistema e função 
 Quanto à sistemática: 
 Constituição codificada, reduzida ou orgânica: 
o Suas regras estão reunidas em apenas um documento ou código. 
 Constituição legal, variada ou inorgânica: 
o Seus preceitos estão distribuídos por vários textos legais de caráter constitucional. 
 Constituição Brasileira: codificada 
 OBSERVAÇÃO: entende-se atualmente que constitucionais brasileiras não se concentram mais em um só texto. 
o Tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos aprovados pelo legislativo pelo mesmo quórum de aprovação das Emendas Constitucionais têm status de norma constitucional (art. 5º, § 3º) 
 Exemplo: A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (serve de paradigma para o controle de constitucionalidade). 
o “Bloco de constitucionalidade”: parâmetro para avaliação da constitucionalidade das leis não se limita mais ao texto da 
constituição. 
 Inclui: princípios, direitos fundamentais e os tratados internacionais de direitos humanos internalizados como normas constitucionais. Quanto ao sistema: 
 Constituição principiológica: 
o Prevalência de princípios: normas constitucionais com alto grau de 
abstração, focadas em valores, e cuja concretização carece de normatização regulamentadora. 
 Constituição preceitual: 
o Predominam as regras: normas constitucionais menos abstratas, voltadas para a concretização dos princípios, e de aplicação mais imediata, prescindindo de regulamentação. Quanto à função: 
 Constituição provisória (pré-constituição ou constituição revolucionária): 
o Define regras de elaboração da constituição que será definitiva. 
o Organiza o poder político durante o período de transição. 
 Constituição definitiva: 
o Resulta do processo constituinte e instituídas por um prazo de 
duração indeterminado. 
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Ficha 11 – Quanto à forma de 
elaboração, decretação e dogmática 
 Quanto à forma de elaboração: 
 Constituição dogmática: 
o Elaborada a partir de dogmas, ideologias e teorias pré-concebidas e aceitas contemporaneamente. 
o Surge em momento determinado no tempo, por intermédiode uma 
assembleia constituinte, sendo necessariamente escrita. 
o Exemplo: Constituição Brasileira de 1988 
 Constituição histórica: 
o Elaborada de forma gradual, por meio de um processo contínuo em que são reunidos, ao longo do tempo, aspectos históricos e tradicionais de uma nação. Quanto à forma de decretação: 
 Constituição heterônoma: 
o Decretada por outro Estado que não o próprio Estado por ela regido, ou ainda por organizações internacionais. 
o Constituição que vem de fora do Estado em que tem vigência. 
o Exemplos históricos: 
 Primeiras constituições das ex-colônias britânicas quando da independência (aprovadas pelo Parlamento britânico) 
 Constituições impostas pela ONU a alguns países africanos. 
 Constituição autônoma: 
o Elaborada dentro do próprio Estado, quando do seu surgimento, restauração ou transformação, sem interferências externas. 
o Exemplo: Constituição Federal de 1988. Quanto à dogmática: 
 Constituição ortodoxa: 
o Conteúdo é baseado em apenas uma ideologia. 
o Exemplo: Constituição da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, de 1917 (baseada exclusivamente na ideologia socialista). 
 Constituição eclética: 
o Elaborada a partir da conjunção de várias ideologias, procurando conciliá-las entre si. 
o Aproxima-se da constituição compromissória: resultado de um 
compromisso entre as forças políticas e sociais. 
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Ficha 12 – Quanto ao critério 
ontológico e outras classificações 
 Quanto ao critério ontológico: 
 Define a constituição conforme a compatibilidade de seus dispositivos com a realidade política do país. 
 Constituição normativa: 
o Limites ao poder político, estabelecidos em seu texto, são de fato 
respeitados na realidade. 
o Constituição característica de regimes democrático de direito. 
 Constituição nominalista (ou nominativa): 
o Embora contenha regras delimitadoras do poder político, essa 
delimitação não se concretiza na realidade. 
 Constituição semântica (ou instrumentalista): 
o Não possui pretensão à limitação do poder político, servindo apenas para conferir legitimidade formal aos detentores desse poder. 
o Constituição característica de regimes autoritários. 
 Constituição Brasileira de 1988: 
o Alguns doutrinadores classificam como nominalista (diante dos desmandos de poder ainda presentes na política nacional) 
o Outros doutrinadores classificam como constituição que “pretende 
ser” normativa (ainda falha na concretização dos limites ao poder político). Manoel Gonçalves Ferreira Filho: 
 Constituição garantia: 
o Objeto: limitação do poder, com vistas à garantia da liberdade. 
 Constituição balanço: 
o Busca delimitar os estágios da organização do poder político dentro de um regime. 
o Comum nos regimes soviéticos (organizava estágios do socialismo ao comunismo) 
 Constituição dirigente: 
o Estabelece um plano político futuro, por meio de normas 
pragmáticas. 
 Constituição Brasileira de 1988: garantia e dirigente. André Ramos Tavares: 
 Constituição liberal (ou negativa): 
o Prega: igualdade formal e a não intervenção do Estado (típica de regimes liberais puros) 
 Constituição social (ou positiva): 
o Prega a igualdade substancial, a ser garantida pela atuação estatal 
positiva, com ênfase aos direitos de 2ª geração. 
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4. Elementos da Constituição 
 
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Ficha 13 – Elementos orgânicos 
e limitativos Definição elaborada por: José Afonso da Silva 
 Agrupa os dispositivos constitucionais tendo como base a finalidade de cada um deles. 
 Categorias: 
o Elementos orgânicos; 
o Elementos limitativos; 
o Elementos sociológicos; 
o Elementos de estabilização; 
o Elementos de aplicabilidade. Elementos orgânicos: 
 Relacionam-se aos dispositivos constitucionais que regulam a estrutura do 
Estado e do poder. 
 Exemplos na Constituição Brasileira de 1988: 
o Título III – Da organização do Estado; 
o Título IV – Da organização dos Poderes e do Sistema de Governo; 
o Título V, Capítulo II – Das Forças Armadas; 
o Título V, Capítulo III – Da Segurança Pública; e 
o Título VI – Da Tributação e do Orçamento. Elementos limitativos: 
 Referem-se às normas protetoras dos direitos e garantias fundamentais e que limitam o poder do Estado. 
 Exemplos na Constituição Brasileira de 1988: 
o Título II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais (exceto: Capítulo II - Dos Direitos Sociais). 
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Ficha 14 – Elementos sócio-ideológicos, 
de estabilização e aplicabilidade 
 Elementos socioideológicos: 
 Incluem as normas que expressam o compromisso constitucional entre: 
o Estado individualista (liberal) e o 
o Estado intervencionista (social). 
 Exemplos na Constituição de 1988: 
o Título II, Capítulo II – Dos Direitos Sociais; 
o Título VII – Da Ordem Econômica e Financeira; e 
o Título VIII – Da Ordem Social. Elementos de estabilização: 
 Referem-se às normas voltadas: 
o à defesa da Constituição, do Estado e de suas instituições, 
o à solução de conflitos constitucionais, com vistas a garantir a paz social. 
 Exemplos na Constituição de 1988: 
o Título V, Capítulo I – Do Estado de Defesa e do Estado de Sítio; 
o Título III, Capítulo V – Da Intervenção; 
o Título IV, Capítulo I, Seção VIII, Subseção II - Da Emenda à Constituição; e 
o Artigos 102 e 103 (referentes à jurisdição constitucional). Elementos de aplicabilidade: 
 Incluem as normas constitucionais que regulam a sua aplicação. 
 Exemplos na Constituição de 1988: 
o Preâmbulo; 
o Dispositivos do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias; 
o Art. 5º, § 1º: normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. 
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5. História das Constituições 
Brasileiras 
 
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Ficha 15 – Constituição de 1824: 
organização político-administrativa 
 Constituição Política do Império do Brasil: 
 Constituição: semirrígida 
 Outorgada pelo: Imperador D. Pedro I (25 de março de 1824). 
 Projeto: elaborado por um Conselho de Estado instituído pelo Imperador 
o Assembleia Constituinte prévia: 
 Dissolvida por ter elaborado projeto de caráter liberal, contrário às pretensões totalitárias do Imperador. Organização político-administrativa: 
 Governo: 
o Monárquico; 
o Hereditário; 
o Constitucional; e 
o Representativo. 
 Forma de Estado: Unitária 
o Forte centralização político-administrativa na figura do Imperador. 
 Províncias: 
o Criadas a partir das capitanias hereditárias: 
o Totalmente subordinadas ao poder central. 
o Coordenadas por “presidentes” nomeados pelo Imperador. 
 Capital do Império e a sede da monarquia. 
o Município do Rio de Janeiro. 
o Considerado “município neutro”: 
 Diretamente subordinado ao poder central, não à província do Rio de Janeiro. 
 Religião oficial do Império: 
o Católica Apostólica Romana. 
o Outras religiões: permitidas 
 Manifestações: deviam se limitar ao local do culto. 
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Ficha 16 – Constituição de 1824: 
divisão de poderes 
 Divisão de poderes: 
 Quadripartite: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador Poder Moderador: 
 Exercido privativamente pelo Imperador. 
 Responsável pela longevidade do Império (durou mais de 60 anos). 
 Imperador: legitimidade para intervenção direta em qualquer dos demais poderes 
o Nomeava senadores, convocava assembleiageral extraordinária, sancionava e vetava proposições legislativas, dissolvia a Câmara dos Deputados, nomeava e demitia ministros e suspendia magistrados Poder Legislativo: 
 Formado: pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. 
 Deputados: eleitos para mandatos temporários, por meio de eleições 
indiretas e voto censitário. 
 Senadores: eram vitalícios e nomeados pelo Imperador. Poder Executivo: 
 Exercido pelo Imperador, por meio de seus Ministros de Estado. 
 Durante 2o Reinado: criado o cargo de Presidente do Conselho de 
Ministros 
o Nomeado pelo Imperador (espécie de "primeiro-ministro" parlamentarista). 
o Responsável por escolher os Ministros de Estado (necessariamente de confiança dos Deputados e do próprio Imperador). Poder Judiciário: 
 Juízes: aplicavam a lei 
o Vitalícios 
o Não gozavam de inamovibilidade. 
 Jurados: pronunciavam os fatos. 
 Relações: julgavam causas em 2a e última instância nas províncias. 
 Supremo Tribunal de Justiça: órgão de cúpula (composto do juízes provenientes dessas “Relações”). 
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Ficha 17 – Constituição de 1891: 
organização político-administrativa 
 
Proclamada por: Marechal Deodoro da Fonseca (15 de novembro de 1889): 
 Movimento essencialmente militar e sem manifestações populares expressivas. 
 Período de vigência: Primeira República ou República Velha. 
 Governo provisório (da proclamação e até 1891): 
o País liderado pelo próprio Marechal Deodoro. 
o Objetivo: consolidação do novo regime e a promulgação de uma nova constituição. 
 Projeto da nova constituição: 
o Elaborado por uma assembleia constituinte eleita em 1890 (relatoria: senador Rui Barbosa). 
o Forte influência: Constituição Americana de 1797 
 Constituição rígida: 
o Alteração de qualquer dispositivos: exigia procedimento solene e difícil. Organização político-administrativa: 
 Forma de Estado: federativa. 
 Sistema de governo: presidencialista. 
 Forma de governo: república, sob regime representativo 
 União indissolúvel e perpétua das antigas províncias imperiais (que passaram a constituir os Estados Unidos do Brasil). 
 Município neutro do Rio de Janeiro (sede do Império): 
o Transformado em Distrito Federal e capital da União, mantendo a natureza de município neutro. 
 Atribuída à União: propriedade de área a ser demarcada futuramente, e para onde seria transferida a Capital Federal. 
o Território só foi demarcado anos mais tarde, com a construção de 
Brasília. 
 Separação: Estado da igreja 
o País leigo, laico e não-confessional. 
o Retirou o efeito civil do casamento religioso 
o Proibiu o ensino religioso nas escolas públicas. 
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Ficha 18 – Constituição de 1891: 
divisão de poderes e garantias 
 Divisão de poderes na Constituição de 1891: 
 Tripartição clássica de poderes (teoria de Montesquieu) 
 Extinto: Poder moderador Poder Legislativo: 
 Bicameralismo federativo: 
o Câmara dos Deputados: composta por deputados federais, representantes do povo, eleitos pelo voto direto, mandato de 3 anos. 
o Senado Federal: composto por senadores, representantes dos Estados e do DF, eleitos para mandato de 9 anos, com renovação trienal de 1/3 de sua composição. 
 Bicameralismo também adotado em âmbito estadual por alguns Estados 
o Exemplo: São Paulo e Pernambuco (possuíam um Senado Estadual) Poder executivo: 
 Exercido pelo Presidente da República, eleito por voto direto (com o Vice), para mandato de 4 anos, vedada a reeleição. 
o Assessorado pelos Ministros de Estado, nomeados e demitidos livremente por ele (ad nutum). 
 Primeiro Presidente: M.al Deodoro da Fonseca (Vice: M.al Floriano Peixoto) 
o Eleitos indiretamente, por determinação da Constituição (disposições transitórias) Poder judiciário: 
 Órgão máximo: Supremo Tribunal Federal (composto por 15 juízes). Direitos e garantias: 
 Abolidas: penas de banimento e morte no país (esta última admitida apenas em tempos de guerra) 
 Proteção a direitos individuais, civis e políticos. 
o Não houve previsão de proteção a direitos trabalhistas. 
 Habeas corpus: 
o Regulado pelo Código Criminal de 1830 (durante Império) 
o Previsão constitucional expressa (pela primeira vez) 
 Reforma constitucional em 1926: 
o HC: cabimento restrito à proteção da liberdade de locomoção. 
o Hipóteses de intervenção federal: restringiu a autonomia dos estados federados (centralização do poder central) 
 
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Ficha 19 – Constituição de 1934: 
contexto histórico 
 Fim da República Velha: 
 Causas: 
o Intensa fraude eleitoral em benefício das oligarquias dominantes; 
o Crise econômica de 1929; 
o Ascensão da uma nova burguesia no país; 
o Surgimento de uma classe operária (processo de industrialização); 
o Movimentos militares (como o Tenentismo). 
 Estopim da Revolução de 30: 
o Assassinato de João Pessoa, na Paraíba: candidato à Vice-Presidente da república na chapa de Getúlio Vargas (candidato à Presidente). Governo Provisório: 
 Instalado pela Revolução de 1930; 
 Liderado por Getúlio Vargas; 
 Medidas: 
o Poder legislativo: 
 Todos os órgãos dissolvidos (federais, estaduais e municipais) 
 Passou a ser exercido pelo executivo (por decretos) 
o Estados: 
 dirigidos por interventores nomeados por Vargas 
 Movimentos: 
o Surgimento (motivo): métodos arbitrários do governo provisório 
o Pressionavam por promulgação de uma nova constituição federal 
o Destaque: Revolução Constitucionalista (São Paulo, 1932) 
 Código Eleitoral (1932): 
o Criou a Justiça Eleitoral 
o Instituiu o voto feminino e o sufrágio universal, direto e secreto. Constituição de 1934: 
 Vertente liberal; 
 Forte caráter social; 
 Influência: Constituição Alemã de Weimer (1919) 
o Célebre pela sua proteção a direitos de segunda dimensão. 
 
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Ficha 20 – Constituição de 1934: 
organização político-administrativa, 
direitos e garantias 
 
 Organização político-administrativa: 
 Preservou diversos princípios fundamentais estabelecidos pela Constituição de 1891, mantendo: 
o Tripartição de poderes 
o Sistema presidencialista 
o Regime representativo. 
o República Federativa do Brasil: 
 Formada pela união indissolúvel e perpétua dos Estados, Distrito Federal e Territórios, reunidos nos Estados Unidos do Brasil. 
o Distrito Federal como capital da República, com sede na cidade do 
Rio de Janeiro, administrada por um prefeito. 
 Disposições transitórias: previu a transferência da capital da União para a região central do Brasil 
 Localidade a ser definida por uma comissão que seria nomeada pelo Presidente de República. 
 Após a transferência da Capital, o novo Distrito Federal seria transformado em Estado. 
 Segunda Lei Orgânica do Distrito Federal (1936): ampliou a sua autonomia e o equiparava aos Estados-membros. 
o Separação entre o Estado e a igreja: país como leigo, laico e não confessional. 
 Garantiu a liberdade de crença e o livre exercício de cultos. 
 Passou a admitir o efeito civil dos casamentos religiosos (inovação em relação à Constituição anterior) Direitos e garantias: 
 Manteve direitos clássicos já garantidos pela constituição anterior (caráter: Constituição social); 
 Dispôs sobre a ordem econômica e social do estado, a família, a cultura e a educação; 
 Abriu espaço para a legislação trabalhista e a representação de classes; 
 Proteção constitucional ao voto secreto e ao voto feminino com o mesmo valor do masculino (instituídos pelo Código Eleitoral de 1932); 
 Previsão (pela primeira vez): ajuizamento de mandado de segurança e de 
ação popular. 
 
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 39
Ficha 21 – Constituição de 1934: 
tripartição de poderes 
 Alterações na estrutura da tripartição de poderes: 
 Poder Legislativo 
o Rompimento com o bicameralismo paritário: 2 casas legislativas (Câmara e Senado) exerciam as mesmas funções. 
o Estabelecido ao bicameralismo desigual: 
 Senado: entidade colaboradora da Câmara dos Deputados. 
 Competência reduzida basicamente a matérias relacionadas à Federação (exemplo: iniciativa de leis de interesse de mais de um Estado da federação). 
o Deputados federais: mandato passou a ser de 4 anos. 
 Parte eleita por sufrágio direto, igualitário e universal, e sistema proporcional. 
 Outra parte eleita indiretamente por organizações profissionais indicadas em lei (representação corporativa ou profissional, de influência fascista). 
o Senadores: mandato passou a ser de 8 anos. 
 Eleitos por sufrágio direto, igual e universal dentre brasileiros natos com mais de 35 anos. 
 Cada Estado e o Distrito Federal: representados por 2 
senadores, com renovação pela metade a cada 4 anos, em eleição conjunta com a da Câmara dos Deputados. 
 Poder executivo: exercido pelo Presidente da República com o auxílio de seus Ministros de Estado. 
o Presidente eleito por sufrágio direto, universal e secreto, juntamente com o Vice, para mandato de 4 anos, vedada a reeleição. 
 Poder judiciário (órgãos): 
o Corte Suprema: sede na capital da república, composta por 11 ministros 
o Juízes e tribunais federais, militares e eleitorais. 
o Garantias (juízes): vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos. 
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Ficha 22 – Constituição de 1937: 
contexto histórico 
 
 Getúlio Vargas: segundo mandato como Presidente da República (Duração: de 1934 a 1938) 
 No período: 
o Forte oposição política entre: 
 Direita: defendia um estado brasileiro autoritário (influência: fascismo italiano) 
 Esquerda: a favor do socialismo e do comunismo. 
 Vargas decreta estado de sítio (1935): 
o Motivo: "Ameaça" da Intentona Comunista: 
 Movimento liderado pelo Partido Comunista Brasileiro com apoio de militares. 
 Objetivo do movimento: derrubar o governo de Vargas e instalar o socialismo no país. 
 Golpe (com a instalação de uma ditadura): 
o Motivo: 
 Divulgação do chamado Plano Cohen (plano para instalar o comunismo no país, forjado pelo próprio governo) 
 Regime autoritário: visava defender o país da "ameaça comunista". 
o Golpe acompanhado da outorga da Constituição de 1937: 
 Apelidada de “Polaca” devido influência da Constituição Polonesa de 1935 (de caráter fascista) 
o Medidas: 
 Congresso Nacional fechado 
 Dissolução dos partidos político (por Decreto) 
 Domínio sobre o poder judiciário 
 Criada polícia política 
 Implantada a censura por meio do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). 
o Para angariar apoio popular ao novo regime: 
 Implantada política populista com garantia de direitos sociais e trabalhistas. 
 Exemplo: Consolidação das Leis do Trabalho (1943). 
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Ficha 23 – Constituição de 1937: 
organização político-administrativa 
e direitos e garantias 
 
 Organização político-administrativa: 
 Forma de governo republicana (povo é o titular do poder e o exerce por meio de representantes eleitos) 
 Forma federativa de estado (formado pela união indissolúvel dos entes federativos) 
 Regime federativo: enfraquecido pela ditadura de Vargas. 
o Estados: governados por interventores 
 Nomeados por Vargas 
 Cumpriam as determinações do regime 
o Resultado prático: Estado centralizado. 
 Município do Rio de Janeiro: 
o Continuou sendo o Distrito Federal 
o Sede do governo federal e a capital do país 
o Administrado pela União 
o Prefeito: também nomeado pelo Presidente da República. Direitos e garantias: 
 Cerceados vários direitos garantidos constitucionalmente, dentre eles: 
o Direito de livre manifestação do pensamento (restringido por 
censura prévia dos meios de comunicação) 
o Greve e lock-out (proibidos sob o argumento de nocividade às relações de trabalho e à produção nacional). 
o Pena de morte (admitida para crimes políticos e homicídios cometidos por motivo fútil ou com perversidade excessiva). 
o Omitidos: 
 Mandado de segurança e da ação popular 
 Princípios da reserva legal e o da irretroatividade das leis. 
 Tortura: utilizada como forma de repressão aos opositores políticos. 
 Avanços: 
o Área trabalhista 
o Expansão capitalista (fomentada pelo governo) 
o Nacionalização da economia (controle de diversas áreas estratégicas nos setores de produção, aço, mineração e petróleo). 
o Criadas estatais, como a Companhia Vale do Rio Doce 
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Ficha 24 – Constituição de 1937: 
organização dos poderes 
 
 Mantida: tripartição de poderes, porém: 
o Legislativo e Judiciário: esvaziados pelo regime ditatorial. 
 Poder Legislativo: 
o Dissolvidos todos os órgãos (em âmbito federal, estadual e municipal) 
o Estabelecida: Parlamento Nacional composto por: 
 Câmara dos Deputados 
 Deputados Federais: mantido mandato de 4 anos. 
 Conselho Federal (substituiu o Senado Federal). 
 10 membros nomeados pelo Presidente da República. 
 Mandatos com duração de 6 anos. 
o As eleições do Parlamento Nacional: 
 Seriam marcadas pelo Presidente de República (o que nunca ocorreu durante a ditadura de Vargas) 
 Competências legislativas da União acabaram a cargo do próprio Presidente (exercida por meio de decretos-leis) 
 Poder executivo: 
o Presidente da República: autoridade suprema do Estado. 
o Eleições: indiretas (mandato de 6 anos). 
 Poder Legislativo: 
o Justiça Eleitoral: extinta! 
o Composição: 
 Supremo Tribunal Federal (órgão de cúpula) 
 Juízes e Tribunais dos Estados, Territórios e do Distrito federal 
 Juízes e Tribunais militares. 
o Dispositivos constitucionais que enfraqueceram o judiciário (inviabilizando atuação): 
 Decisão de inconstitucionalidade de lei sem efeito se: 
 Presidente da República considerasse lei necessária ao interesse nacional. 
 Voto de 2/3 do Parlamento quando o Presidente submetesse a decisão a reexame. 
o Parlamento Nacional nunca eleito: deliberação exclusiva do Presidente. 
 Atos praticados durante períodos de estado de exceção: 
não poderiam ser apreciados pelo judiciário. 
 
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Ficha 25 – Constituição de 1946: 
contexto histórico 
 
 Constituição de 1946: promulgada por uma Assembleia Nacional Constituinte 
 Influência: 
o Ideias liberais (herdadas da Constituição de 1981) e ideais sociais (estabelecidos na Constituição de 1934). 
 Fatos políticos prévios: 
o Em 1943: Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos países Aliados (frente militar: Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e União Soviética). 
 Posicionou-se contra os países do Eixo (Alemanha de Hitler, Itália de Mussolini, e o Japão). 
o Governo de Vargas entrou em grande contradição política (enfraquecendo o regime): 
 Lutava contra regimes autoritários no campo internacional 
 Mantinha regime autoritário internamente. 
o Em 1945: Vargas convoca eleições para Presidente (sendo um dos candidatos). 
 "Queremismo": movimento de apoio à candidatura de Vargas (slogan: “Queremos Getúlio”). 
 Articulações políticas não democráticas para garantir manutenção no poder: 
 Deposto pelas Forças Armadas (lideradas pelos: G.als Eurico Gaspar Dutra e Pedro Aurélio de Goés Monteiro) 
o Ministro José Linhares (Presidente do STF): encarregado de chefiar o executivo até as eleições do novo Presidente (em 1946). Extinguiu: Tribunal de Segurança Nacional e do Conselho de Economia Nacional (instituídos pelo Estado Novo) 
 Revogou: 
 Estado de emergência (que vigorava no país) 
 Perda dos efeitos de decisões do STF, em controle constitucionalidade, a critério de Presidente da República e do Parlamento Nacional 
o General Gaspar Dutra: eleito Presidente da República em 1946. 
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Ficha 26 – Constituição de 1946: 
organização político-
administrativa, direitos e garantias 
 
 Organização política administrativa: 
 Restaurou: 
o Forma republicana de governo; 
o Forma federativa de estado: 
 Constavam do texto da Constituição anterior (1937), mas na prática foram abolidas. 
 Distrito Federal e capital da União: Cidade do Rio de Janeiro. 
o ADCT: determinava a transferência da capital da União para o 
planalto central. 
 Estudo técnico: feito por comissão nomeada pelo Presidente da República. 
 Estudo encaminhado ao Congresso Nacional para início da delimitação da área. 
o Mudança da Capital para Brasília em 1960: 
 Ocorrida na gestão de Juscelino Kubitschek. 
o Após a transferência: 
 Território da cidade do Rio de Janeiro transformado em 
Estado da Guanabara. 
 Em 1975: fundido ao Estado do Rio de Janeiro. 
 O país continuou leigo: sem uma religião oficial Direitos e garantias: 
 Restabeleceu o mandado de segurança e a ação popular. 
 Consagrou: princípio da inafastabilidade do controle judicial. 
o Nenhuma lei poderia excluir da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito. 
 Reconhecido o direito de greve. 
 Abolidas penas: 
o De morte (ressalvada as disposições da legislação militar em tempo de guerra com país estrangeiro) 
o Banimento 
o Confisco 
o De caráter perpétuo. 
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Ficha 27 – Constituição de 1946: 
organização dos poderes 
 
 Poder executivo: 
o Presidente da República: 
 Eleito por voto direto (juntamente com Vice). 
 Mandato de 5 anos. 
o Vice-presidente: acumulava a função de presidente do Senado Federal. 
o Período de regime parlamentarista: 
 Ocorreu por ocasião da renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 1961. 
 Os militares tentaram impedir a posse de João Goulart (Vice): suspeito de ter ligações com o comunismo. 
 Congresso Nacional (para fazer frente ao militares): decidiu instaurar o parlamentarismo: 
 Poder executivo exercido pelo Presidente da República e por um Conselho de Ministros. 
 Referendo em 1963: decidiu-se pelo retorno ao presidencialismo (perdurou até o golpe militar de 1964). 
 Poder legislativo: 
o Volta ao bicameralismo federal: 
 Congresso Nacional dividido em Câmara dos Deputados e Senado Federal. 
o Câmara dos Deputados: 
 Composta pelos representantes do povo. 
 Eleitos pelo sistema proporcional para mandato de 4 anos. 
o Senado Federal: 
 Formado por representantes dos Estados (3 para cada um). 
 Eleitos pelo sistema majoritário para mandato de 8 anos. 
 Renovação a cada 4 anos, na proporção alternada de 1/3 e 2/3 dos seus membros. 
o Partidos políticos foram constitucionalizados. 
 Consagrando: pluripartidarismo. 
 Vedados: partidos com ideais contrários ao regime democrático. 
 Poder judiciário: 
o Justiça Eleitoral (criada e extinta na era Vargas): restabelecida. 
o Órgãos do judiciário: 
 Supremo Tribunal Federal 
 Tribunal Federal de Recursos 
 Juízes e Tribunais Eleitorais, Militares e do Trabalho. 
 
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Ficha 28 – Constituição de 1967: 
contexto histórico e organização 
político-administrativa 
 
 Contexto histórico: 
 Outorgada pelo regime militar (na prática): 
o Embora formalmente aprovada pelo Congresso Nacional 
o Congresso: 
 Fechado no ano anterior (1966) 
 Reaberto apenas para aprovar a nova constituição 
 Não teve qualquer liberdade para alterar o projeto. 
 Do golpe militar em 1964 até outorga em 1967: 
o País governado por meio de atos institucionais: 
 Decretos editados durante regime militar com força normativa superior a todas as leis e à constituição. 
o Constituição de 1946 (vigente): dispositivos suplantados pelos atos institucionais. 
 Golpe militar (1964): 
o Tirou do poder o presidente João Goulart (acusado de ligações com o comunismo internacional) 
o Militares baixaram o primeiro ato institucional (o AI-1/64) 
 Tomava medidas restritivas ao regime democrático. 
o AI-2 e AI-3: 
 Estabelecidas: eleições indiretas para Presidente da República e Governadores dos Estados. 
o Primeiro Presidente da República do regime militar: o General 
Humberto de Alencar Castelo Branco (um dos líderes do golpe de 1964). Organização político-administrativa: 
 Forte centralização de poder no executivo federal. 
o Embora garantisse (no texto): forma republicada de governo e a forma federativa de estado, sob o regime representativo 
 Semelhante a Estado unitário: 
o Atribuiu amplos poderes ao Presidente da República 
o Reduziu significativamente a autonomia dos Estados e Municípios. 
 Capital da União: permaneceu sendo Brasília. 
 País: continuou leigo (sem religião oficial). 
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Ficha 29 – Constituição de 1967: 
organização dos poderes 
 
 Constituição previa formalmente a tripartição de poderes 
o Porém: poder quase integralmente concentrado no executivo federal. 
 Poder executivo: 
o Presidente da República: 
 Eleito indiretamente: por Colégio Eleitoral 
 Mandato de 4 anos. 
 Poder de legislar por meio de decretos-lei. 
o Decretos-Lei: 
 Editados em caso de urgência e interesse público relevante. 
 Deveriam ser aprovados ou rejeitados pelo Congresso Nacional em até 60 dias (vedada emenda). 
 Caso não deliberados nesse período: automaticamente aprovados por decurso de prazo. 
 Poder legislativo federal: 
o Congresso Nacional: composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. 
o Deputados: representantes do povo 
 Eleitos pelo sistema proporcional 
 Mandatos de 4 anos. 
 Representação de Estados menores fortalecida 
 Constituição previa limite máximo de deputados para cada Estado com base no tamanho da população 
o Senadores: representantes dos Estados 
 Eleitos pelo sistema majoritário: 3 para cada Estado 
 Mandato de 8 anos 
 Renovação de 1/3 e 2/3, alternadamente, a cada 4 anos. 
 Poder judiciário federal (órgão): 
o Órgãos: 
 Supremo Tribunal Federal 
 Tribunal Federal de Recursos e juízes federais 
 Tribunais e juízes eleitorais, militares e do trabalho. 
o Previsão da Justiça Estadual. 
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Ficha 30 – Constituição de 1967: 
direitos e garantias 
 
 Diversos direitos suspensos (após o golpe militar de 1964 e durante a vigência da Constituição de 1967) 
o Justificativa: proteção à segurança nacional. 
 O Ato Instituição nº 1 (de 1964): 
o Conferiu ao Comando da Revolução o poder de (autonomamente): 
 Instituir o estado de sítio ; 
 Aposentar civis e militares (a seu critério); 
 Suspender direitos políticos por 10 anos; 
 Cassar mandatos legislativos. 
o Todos os atos: imunes à apreciação judicial. 
 Ato Instituição de nº 5 (de 1969): 
o Presidente Costa e Silva (na data da publicação do ato): fechou o Congresso por meio de ato complementar. 
o Deu poderes ao Presidente da República para: 
 Decretar recesso dos órgãos do legislativo federal, estadual e municipal (a qualquer tempo) 
 Somente poderiam voltar a funcionar quando convocados pelo Presidente. 
 Cassar mandatos eletivos 
 Suspender direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos. 
 Decretar estado de sítio e intervençãofederal sem qualquer dos limites constitucionais 
 Confiscar bens dos ocupantes de cargos e funções acusados de enriquecimento ilícito. 
o Suspendeu a possibilidade de habeas corpus em casos de: 
 Crimes políticos 
 Crimes contra: segurança nacional, ordem econômica e social e economia popular. 
o Todos os atos institucionais e complementares: excluídos da apreciação do poder judiciário. 
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Ficha 31 – Constituição de 1967: 
emendas constitucionais 
 
 Objetivos: 
o Endurecer regime e reprimir manifestações contrárias a ele. 
 Emenda Constitucional nº 1 de 1969 (de maior destaque): 
o Editada por junta militar formada pelos Ministros das Forças Armadas (determinação do AI-12): 
 Junta: exercia governo interino (Congresso Nacional: fechado). 
 Presidente (Gal. Costa e Silva): afastado por motivos de saúde 
o Manteve a validade de todos os AIs baixados e constitucionalizou o seu uso. 
o Mandato do Presidente de República aumentado de 4 para 5 anos (mantida: eleição indireta) 
o Operou muitas alterações na Constituição de 1967 
 Alguns doutrinadores: verdadeira manifestação de poder constituinte originário. 
 Governo do General Emílio Médice: 
o Período de crescimento econômico 
 General Ernesto Geisel (governo seguinte) 
o Forte crise econômica 
 Consequência: expressiva derrota do governo nas eleições legislativas de 1974 
o Lei Falcão: restringiu propaganda política (prejudicando oposição) 
o Pacote de Abril de 1977 (medidas para fortalecer executivo federal): 
 Dissolveu: Congresso Nacional. 
 Mandato do Presidente da República: aumentado para 6 
anos. 
 O quórum para aprovação de emendas constitucionais: 
reduzido de 2/3 para maioria absoluta 
 Possibilidade de avocação de causas de qualquer juízo ou Tribunal (a pedido do PGR) para suspensão de efeitos. 
 Emenda Constitucional nº 8 de 1977: 
o 1/3 dos senadores: eleito por colégios eleitorais estaduais. 
o Partido do governo (ARENA): maioria em quase todos os Estados 
o Resultado: nomeação de senadores pelo executivo (“senadores 
biônicos”) 
 Pacote de Julho de 1978: 
o Inicia: processo de redemocratização do país. 
o Revogou o AI-5. 
o Suspendeu: cassação de direitos políticos. 
o Extinguiu: poder do Presidente de suspender do Congresso Nacional 
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Ficha 32 – Constituição de 1988: 
contexto histórico e elaboração 
 Contexto histórico: 
 Transição gradual do regime militar para a democracia: 
o Iniciada com edição do Pacote de Julho (em 1978) 
 Dentre outras medidas: extinguiu o Ato Institucional nº 5 
o Lei de Anistia (em 1979): 
 Concedeu perdão aos crimes políticos do regime militar. 
o Reforma eleitoral (também em 1979): 
 Extinguiu bipartidarismo e oficializou 
pluripartidarismo. 
 Voto direto: governadores de Estado 
 Eleição de Tancredo Neves: 
o Primeiro Presidente civil após regime militar. 
o Realizada por voto indireto (resquício do regime militar) 
 Voto direto para Presidente: somente em 1989 (com eleição de Fernando Collor de Mello). 
o Morte antes da posse: 
 Sarney (eleito Vice-Presidente): assumiu a presidência. Processo de elaboração: 
 Decreto (1985): José Sarney instituiu Comissão Afonso Arinos: 
o Comissão provisória (objetivo): realizar pesquisas e estudos para auxiliar e embasar a elaboração da nova constituição. 
 Anteprojeto da Comissão (1986): rejeitado por Sarney 
o Principal motivo: opção pelo sistema parlamentarista (reduzia poderes do Presidente da República). 
 Assembleia Nacional Constituição: 
o Convocada pela Emenda Constitucional nº 26 de 1985. 
o Iniciou elaboração do zero (sem projeto). 
o Composição: diversas comissões e subcomissões 
 Cada uma: tema específico; 
 Elaboravam anteprojetos parciais (encaminhados a uma comissão de sistematização). 
o Processo de elaboração: 
 Intenso lobby: diversos grupos da sociedade civil (procurando garantia constitucional de seus interesses). 
o Constituição promulgada em 5 de outubro de 1988. 
o Falta de coordenação entre comissões e grande abrangência dos temas: 
 Resultado: Constituição extensa, detalhista e prolixa. 
 
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Ficha 33 – Constituição de 1988: 
organização político-
administrativa, direitos e garantias 
 
 Organização político-administrativa 
 Forma de governo: republicana 
 Sistema de governo presidencialista. 
o Opções foram confirmadas pela população (plebiscito em 1993): 
 Monarquia constitucional e parlamentarismo: derrotados. 
 Forma federativa de estado: mantida e ampliada 
o Aumento da autonomia: Estados, Municípios e Distrito Federal. 
 Criado: Estado do Tocantins. 
 Territórios: 
o Amapá e Roraima transformados em Estados. 
o Fernando de Noronha incorporado ao Estado de Pernambuco. 
 Distrito Federal: deixou de ser simples autarquia federal 
o Passou a ter status de ente federativo (com autonomia e competências tanto estaduais como municipais) 
 Capital Federal: Brasília. 
 País permaneceu leigo, laico e não confessional: sem religião oficial 
o Embora com menção a Deus no seu preâmbulo. Direitos e garantias: 
 Ampliação significativa: direitos individuais e coletivos com garantia constitucional. 
 Ampliou os remédios constitucionais, com criação de: 
o Ação de descumprimento de preceito fundamental (ADPF) 
o Mandado de segurança coletivo 
o Habeas data 
o Mandado de injunção 
o Ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão. 
 Ampliou: direitos trabalhistas. 
 Tortura e racismo: crimes inafiançáveis. 
o Racismo: imprescritível. 
 Proteção ao Meio Ambiente: tratada em capítulo próprio 
 Ministério Público (competência): 
o Instauração de ação civil pública em defesa do patrimônio público, do meio ambiente, do interesse dos índios e demais interesses difusos e coletivos. 
 Criada: Defensoria Pública. 
o Orientar e defender juridicamente os necessitados. 
 Ordem social e ordem economia: 
o Tratadas em separado (ordem econômica inserida no capítulo sobre o sistema financeiro nacional) 
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Ficha 34 – Constituição de 1988: 
organização dos poderes 
 
 Tripartição clássica de poderes (novamente estabelecida na prática): 
o Sistema de freios e contrapesos (avanço no equilíbrio e controle entre poderes). 
 Poder executivo: 
o Exercido pelo Presidente da República (auxílio: Ministros de Estado). 
 Mandato: alterado de 5 para 4 anos (Emenda Constitucional de revisão). 
 Permitida uma reeleição subsequente. 
 Poder legislativo: 
o Exercido pelo Congresso Nacional dividido em: 
 Câmara dos Deputados (casa dos representantes do povo). 
 Senado Federal (casa dos representantes dos Estados). 
o Deputados federais: 
 Voto direto, secreto e universal (sistema proporcional). 
 Mandato: 4 anos. 
o Senadores: 
 Voto direto, secreto e universal (sistema majoritário). 
 Mandatos: 8 anos (renovação alternada de 1/3 e 2/3 de seus membros, de 4 em 4 anos). 
 Poder judiciário: 
o Criados: 
 Superior Tribunal de Justiça (responsável por zelar pelo cumprimento das leis federais). 
 Supremo Tribunal Federal: passou a tratar apenas de temas constitucionais. 
 Conselho Nacional de Justiça, por Emenda (responsável pelo controle administrativo dos demais órgão do judiciário). 
o Extinto: Tribunal Federal de Recursos. 
o Órgãos: 
 Supremo Tribunal Federal; 
 Superior Tribunal de Justiça; 
 Conselho Nacional de Justiça; 
 Tribunais Regionais Federais e os Juízes Federais; 
 Tribunais e Juízes Eleitorais, Militares e do Trabalho; 
 Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal. 
 
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