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Estudo de caso racismo

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Quando fala-se em preconceito racial em sala de aula, causa bastante polêmica, pois muitos já presenciaram algum tipo de preconceito racial ou já viveu algo parecido, no entanto quando perguntamos se a pessoa é preconceituosa a maioria responde que não; pois as características do tratamento diferenciado ao negro aparecem sempre disfarçadas.
Para Moura (1994. p. 160), O racismo brasileiro [...] na sua estratégia e nas suas táticas agem sem demonstrar a sua rigidez, não aparece à luz, ambíguo, meloso, pegajoso, mas altamente eficiente nos seus objetivos. [...] não podemos ter democracia racial em um país onde não se tem plena e completa democracia social, política, econômica, social e cultural. Um país que tem na sua estrutura social vestígios do sistema escravista, com concentração fundiária e de rendas maiores do mundo [...], um país no qual a concentração de rendas exclui total ou parcialmente 80% da sua população da possibilidade de usufruir um padrão de vida descente; que tem trinta milhões de menores abandonados, carentes ou criminalizados não pode ser uma democracia racial.
Nesse sentido percebemos uma diminuição das expressões racistas, mais as ideias racistas mantem-se na consciência de muitas pessoas, mesmo que tente disfarçar ainda se manifesta e mesmo tendo uma lei que proíbe atos discriminatórios, devido a cor da pele a discriminação continua presente.
No vídeo “Vista a minha pele”, é uma boa base para discutir em sala de aula sobre o racismo e o preconceito, pois é uma história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados. 
Assim após assistir o filme pode discutir em grupo alguns conceitos: ser branco no Brasil, ser negro no Brasil, cenas que mais chamaram a atenção e juntos produzir estratégias e formas de combater as atitudes preconceituosas e discriminatórias no ambiente escolar.
A professora pode também trazer para a sala várias imagens de mulheres negras com cabelos afros e belas, pois a beleza negra atualmente desfila pelas passarelas da moda e das revistas. Fazer uma discussão com os alunos sobre qual é o padrão de beleza, será que existe um?
Segundo Marciléia dos Santos (2016, p.2 ), Nos dias atuais, convive-se ainda sob efeitos de certos estigmas utilizados com relação ao cabelo da mulher negra, na maioria das vezes associado ao tipo crespo, cacheado, dentre outros representados quase sempre de forma negativa, como algo que é inferior, ruim, feio, deixando nas entrelinhas, que tem - se que buscar a todo custo se igualar a outro padrão ideal de beleza bastante associado ao tipo de cabelo liso, supostamente tido como o tipo “natural” para pele clara.
	Neste sentido as pessoas tendem a achar o crespo com negativo, padronizando o cabelo liso como modelo padrão e bonito. Assim cabe a professora construir ideias mais positivas com relação ao cabelo afro, destacando que a beleza está nos olhos de quem vê e a importância de sentir-se bem.

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