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LITERATURA INGLESA II

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LITERATURA INGLESA II
AULA 1: ROMANTISMO: FUNDO CULTURAL, POLÍTICO, CULTURAL E FILOSÓFICO
O período romântico é o nome dado ao século artístico, literário e intelectual aos primeiros anos do século XVIII. De um modo geral, o romantismo foi uma reação à Era do Iluminismo que veio de antemão. Enquanto os pensadores do iluminismo valorizavam a lógica, a razão e a racionalidade, os românticos valorizavam a emoção, a paixão e a individualidade. 
Romantismo: histórico
A era romântica foi um momento de revolução. Duas grandes revoluções ocorreram e tiveram um efeito profundo naquele tempo: a primeira foi a independência dos EUA em 1776 e a segunda foi a Revolução Francesa. Embora o primeiro movimento aconteceu fora da Europa, teve um impacto direto sobre os britânicos e foi suficiente para explodir sua confiança, ao perceberem que não eram imbatíveis. Essa percepção certamente mudou a maneira de pensar das pessoas da época. O segundo, a revolução francesa, ocorreu em um país vizinho e foi completamente derrubado do governo. Novamente, os britânicos perceberam que mudanças como essa poderiam acontecer em qualquer lugar e a qualquer hora. 
Além dessas duas revoluções, ocorreu outra revolução na sociedade europeia: a revolução industrial. O romantismo foi um período de mudanças fundamentais na agricultura, fabricação de têxteis e metais, transporte, políticas econômicas e a estrutura social na Inglaterra. Essas mudanças originaram uma mudança de mão de obra para máquinas. A revolução industrial também provocou mudanças tecnológicas, econômicas e sociais, entre as quais o uso de novos materiais básicos para fabricação, principalmente de ferro e aço, novos sistemas de transporte e comunicação e a aplicação de princípios científicos à indústria, entre outros. Foi um momento muito importante que transformou toda a sociedade europeia e leva a mudanças sociais radicais e muitas vezes abruptas. Ele criou um efeito tanto em vidas urbanas quanto em países. 
Romantismo: contexto político
Como já foi dito, a revolução francesa foi um movimento que inspirou o romantismo, e poetas e outras artistas foram apanhados pelo espírito democrático que esse movimento trouxe. No entanto, à medida que o movimento se tornou cada vez mais violento, os britânicos começaram a reagir contra ele, e quando Napoleão foi finalmente derrotado em 1814, os líderes britânicos estavam determinados a não deixar que isso incomodasse novamente. Por esta razão, o governo reagiu duramente contra as manifestações da classe trabalhadora urbana e matou várias pessoas desarmadas em Saint Peter’s Field. 
Outro aspecto político importante está relacionado aos movimentos liderados pela urbanização trazidos pela revolução industrial, entre os quais se pode incluir a pobreza urbana e a insatisfação das classes. Alguns dos poetas romenos britânicos mostraram sua insatisfação com a mudança nas relações e paisagens urbanas, já que a natureza era vista como um elemento em extinção. 
Contexto cultural:
Além de colocar um grande valor na beleza da natureza e da região selvagem e muitas vezes enfatizando a sensação de nostalgia por um passado, o movimento romântico também glorificou o período medieval e a cultura popular. Esses conceitos foram expressados em literatura, arte, música, teatro, arquitetura, nacionalismo e política. A arte na era do iluminismo era uma expressão dos gostos refinados da aristocracia. Para essas pessoas, a vida era alegre e linda. Eles queriam mais do que qualquer coisa se divertir, dar prazer aos seus amigos e colecionar os objetos de luxo que os faziam sentir-se felizes, ricos e importantes. 
AULA 2: ROMANTISMO: A POESIA ROMÂNTICA
A poesia romântica é dividida em duas gerações de poetas: a primeira e a segunda geração. Esta divisão em duas gerações corresponde tanto à diferença da idade atual entre os dois grupos quanto a mudanças no contexto onde os poetas escreveram e em certas características de suas obras. 
A primeira geração é caracterizada por uma ênfase no eu e sua relação com a natureza. 
Poetas românticos: primeira geração
A primeira geração é caracterizada por uma mudança de estilo e assunto do neoclássico (que se concentrou em razão, tradição e sociedade). O foco desta primeira geração de poetas era sobre os aspectos particulares de objetos, pessoas e eventos; incidentes e situações da vida real foram utilizados como fontes de inspiração para os artistas. Alguns outros aspectos incluíram:
- Natureza: foi visto como professor e um lugar onde os artistas podem procurar isolamento e inspiração. Os poetas glorificaram a natureza e compararam isso com Deus; estar perto da natureza causaria emoção intensa;
- Sentimentos: seria expresso por meio de espontaneidade e introspecção; ser capaz de expressar os verdadeiros sentimentos levaria o poeta a um estado sublima. Assim, a realidade e o pensamento eram conceitos subjetivos;
- Infância: foi considerado um tempo e um estado de inocência protegida, mas um tempo em que não podia ser protegido do mundo caído e suas instituições;
- Sonhos: foram vistos como uma maneira de esclarecer a realidade. 
Como o poeta queria estar perto da natureza, a vida no campo era extremamente valorizada por sua simplicidade e estilo de vida humilde. Dois dos poetas mais famosos da primeira geração, William Woodsworth e Samuel Taylor Coleridge viveram no melhor lugar da Inglaterra considerando o campo: Lake District, no norte da Inglaterra. Por esta razão, eles são conhecidos como os poetas do lago. 
Três dos mais famosos poetas desta primeira geração foram: 
- William Blake;
- William Woodsworth;
- Samuel Taylor Coleridge.
Poetas românticos: segunda geração
Os poetas da segunda geração sofreram por causa da sociedade e suas injustiças, principalmente por causa da desilusão pós-revolucionária, da violência e da ameaça do império napoleônico. Por esta razão, eles tentaram escapar da realidade viajando pelo mundo. Houve uma recusa do mundo real e uma criação de um mundo diferente em que viviam, geralmente por meio de drogas. Eles não queriam apenas repetir o que os românticos da primeira geração estavam fazendo, mas queria ser diferente e até melhores do que eles. 
Os três poetas mais importantes desta geração viveram vidas curtas, mas intensas:
- George Gordon Byron;
- Percy Bysshe Shelley; 
- John Keats.
AULA 3: ROMANTISMO: A PROSA ROMÂNTICA
Nesta lição vamos nos concentrar nas obras de dois desses escritores de prosa: Jane Austen e Sir Walter Scott. 
Jane Austen: nasceu em 16 de dezembro de 1775 em Hampshire, Inglaterra. Embora ela não fosse amplamente conhecida em seu próprio tempo, suas obras se tornaram populares depois de 1869. Durante o século 20, suas obras se tornaram ainda mais populares e suas novelas são consideradas clássicas literárias. Embora suas novelas tenham sido escritas durante a era romântica, elas já possuem alguma das características que deveria seguir o Romantismo, o Realismo, por sua maneira de descrever a sociedade em que ela estava imersa. Os pais de Jane eram membros respeitados da comunidade em que viviam, e criaram uma família bem próxima, onde as crianças cresceram em um ambiente que encorajava a aprendizagem e o pensamento criativo. Enquanto ainda em uma idade precoce, Jane e seus irmãos foram encorajados a ler da extensa biblioteca do pai. 
Austen é famosa principalmente por seu refinamento da novela inglesa. Em suas obras, ela retratava a sociedade: maneiras, costumes e crenças. Suas obras mais famosas incluem seis romances bem conhecidos: Northanger Abbey, Persuasion, Sense and Sensibility, Pride and Prejudice, Mansfield Park e Emma. Ela trabalhou magia com as realidades comuns da vida. 
Sir Walter Scott: era um escritor e poeta escocês e um dos maiores romancistas históricos de todos os tempos. Ele nasceu em Edimburgo, filho de um advogado, Walter Scott e Anne, filha do professor de medicina. Em 1820, Scott foi criado um baronete e, poucos anos depois, foi o fundador do Bannatyne Club, que publicou documentos escoceses antigos. 
Seusromances incluem os seguintes títulos: Waverly, Guy Mannering, The Antiquary, The Black Dwarf, Old Mortality, Rob Boy, Ivanhoe, entre muitos outros, mas ele também escreveu poesia, histórias curtas e peças de teatro. 
As principais características dos trabalhos de Scott foram:
- A união de tradição e romance: uma combinação entre a novela de maneiras e elementos de romance – costumava combinar os costumes da vida escocesa com a história do passado recente da Escócia. Em alguns de seus romances ele escolheu a França ou a Inglaterra como base para suas histórias e os séculos 15 ou 16 como referências de tempo. Essas novelas estavam muito mais relacionadas ao romanticismo porque estavam escritas na época em que houve o ressurgimento a idade média e os autores se referiram ao passado como fonte de inspiração para suas obras;
- A união de heróis imaginários e eventos históricos: esta é a fórmula que Scott seguiu em suas novelas históricas, onde seus heróis são personagens imaginários ao mesmo tempo, havia um nome histórico muito influente;
- A força do passado: Scott sabia muito sobre a história escocesa e as lendas que suas obras fazem os leitores sentir como se fossem realmente no passado. Seu texto faz com que os leitores sintam o glamour e a magia dos lugares enquanto ele captura o espírito da época sem se aprofundar no próprio evento histórico; seus melhores textos lidam com pessoas humildes, bem-humoradas e excêntricas. 
AULA 4: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS / PROGRESSO E REALISMO: BASE FILOSÓFICA
Durante a segunda metade do século XIX, o paradigma na escrita do romance não era mais o idealismo romântico da primeira parte do século, mas uma nova abordagem do caráter e da matéria, uma escola de pensamento que mais tarde se tornou conhecido como Realismo. O realismo é exatamente o que parece ser: a atenção aos detalhes e um esforço para retratar a verdadeira natureza da realidade de uma maneira que os romancistas nunca tentaram antes. Acredita-se que a função das novelas era simplesmente relatar o que aconteceu, sem qualquer comentário ou julgamento. Por esse motivo, seu objetivo era retratar pessoas e situações contemporâneas reais e típicas com verdade e precisão, não evitando os aspectos desagradáveis ou sórdidos da vida. Trabalhos realistas descreveram a vida comum de pessoas de todas as classes sociais em situações que surgiram no cotidiano. Além disso, muitas vezes refletiu as mudanças trazidas pelas revoluções industriais e comerciais que afetaram a vida do homem comum. 
Contexto histórico: na Inglaterra, o realismo coincidiu aproximadamente com a “Era Vitoriana”, um período governado pela rainha Victória e que significava o auge do império britânico e da revolução industrial. O Reino Unido expandiu suas fronteiras para a América, África, Ásia e Oceania e tornou-se a primeira potência mundial econômica e política da época. 
Revolução Industrial: causas e consequências
A revolução industrial é considera um período de mudanças estruturais aceleradas na economia, envolvendo um aumento rápido na produção industrial, na participação da fabricação em produtos nacionais, na atividade baseada na fábrica, e com base na principal inovação tecnologia. Foi um período de tempo em que ocorreu a substituição do trabalho manual por máquinas, levando a uma grande agitação social: acreditava-se que as máquinas assumiriam o trabalho de milhares de pessoas, fazendo com que buscassem outras formas de vida. As mudanças do tempo eram drásticas para as economias agrícolas que se transformaram em sistemas industriais e urbanos. As consequências foram tão graves que levaram ao surgimento de uma nova estrutura de classe social. Além disso, a natureza da produção estava evoluindo, incluindo o que foi produzido, onde foi produzido e como foi produzido; tudo isso deveu-se ao surgimento de fábricas e à aplicação de tecnologias de energia ao local de trabalho. A introdução de máquinas lideradas por energia aumentou consideravelmente a produtividade e a eficiência técnica. Isso teve duas consequências principais: o crescimento das empresas e o crescimento dos assentamentos urbanos existentes à medida que as populações migraram das áreas rurais para comunidades urbanas em busca de emprego. 
Fatores contribuintes: houve muitos fatores que permitiram a ocorrência da revolução industrial. Em primeiro lugar, a industrialização começou nas áreas rurais, o que levou à ascensão do capitalismo, uma das principais forças motrizes da revolução industrial no campo. Em segundo lugar, houve também uma mudança nos métodos agrícolas, resultado da revolução agrícola. Além disso, o aumento da quantidade de alimentos também levou a um crescimento na população britânica com um número cada vez maior de população jovem todos os dias. Isso levou a um ciclo vicioso: uma tecnologia agrícola melhorada significava que menos pessoas deveriam trabalhar as terras; ao mesmo tempo, havia mais e mais pessoas atingindo idade trabalhando. Isso levou os trabalhadores agrícolas potenciais a procurar emprego em algum outro lugar. Além do desenvolvimento da agricultura, as principais mudanças regionais e institucionais nos setores bancários e financeiro também coincidiram com esse prazo. 
A revolução industrial começou a mudar a Inglaterra e, posteriormente, o resto da Europa, para o mundo moderno em que vivemos hoje em dia. A partir de meados do final do século 18 até o início do século XIX, diferentes meios de transporte começaram a se desenvolver. 
Construção de canais: originalmente, o foco principal era a construção de canais que começaram em uma escala sem precedentes durante esse período. Os canais foram muito funcionais, pois proporcionavam um meio barato para conectar as regiões sem litoral ao mar, onde o comércio poderia ocorrer. Esse crescimento na infraestrutura permitiu conexões aprimoradas de um lugar para outro onde eles anteriormente estavam isolados um do outro. A tecnologia estava em desenvolvimento e, durante o século 19, os trens começaram a substituir canais menores como o método de transporte predominante. Houve investimentos pesados em comboios e, para continuar seu processo, as empresas de trem começaram a comprar canais e a suspender o transporte. Isso permitiu que os trens começassem a monopolizar o mercado de transporte. 
Conhecimento:
- A educação foi um dos campos mais influenciados pela revolução industrial. Esta melhoria pode ser melhor credenciada para o aumento de acessibilidade aos livros e ao esclarecimento ocorrido logo antes. À medida que a tecnologia de impressão e publicação amadurecia, a quantidade de livros e revistas publicadas atingia altos registros;
- Isso levou a uma maior disseminação de novas ideias no grande público. As informações registradas pelos industriais e técnicas do período forneceram uma grande quantidade de informações além das anteriores;
- Houve várias evoluções importantes na aprendizagem e no conhecimento durante este período de tempo. Em primeiro lugar, as melhorias tecnológicas levaram ao desenvolvimento da ciência no sentido moderno. Por sua fé nas novas tecnologias, as pessoas começaram a ver o universo como sendo ordenado. 
Tecnologia e engenharia: com o aumento do conhecimento veio tecnologia melhorada. Ao contrário dos tempos anteriores, as inovações permitiram o aparecimento de energia mecânica sob demanda. O poder homem/animal deixou de limitar a produção; isso tornou-se possível com a invenção e uso de energia de vapor em 1712 com a invenção do motor atmosférico. Particularmente, a energia de vapor aumentou significativamente a eficiência da fabricação de fiação de algodão e ferro. Essas duas indústrias eram as indústrias básicas da época. Foi por causa desses dois campos que o poder de vapor se espalhou por toda a Europa. Esta nova tecnologia permitiu a criação de máquinas motorizadas, automáticas e contínuas, o que significava que a produção industrial já não era feita em pequenas casas, mas em fábricas de grande porte. 
O uso de fábricas melhorou muitoos meios de produção do dia e, até 1850, permeou todas as camadas da indústria e não apenas a produção de ferro e algodão. Enquanto o sistema hidráulico ainda era a norma na maioria das indústrias, a invenção do poder do vapor fazia expansão industrial se espalhar para áreas onde outras formas de poder não podiam fornecer; isso significava que a produção poderia ocorrer longe dos rios em áreas com pouco vento. Esta foi talvez a maior causa da revolução industrial. Novas tecnologias e seu potencial para aumento significativo da produção anunciaram a mudança para vir; o resultado final foi a criação de uma nova classe social inteira, a população urbana. Isso começou uma mudança cultural que continuou bem nos anos 1900 e persiste até hoje em regiões subdesenvolvidas. 
Realismo e as representações culturais: tal redemoinho de mudanças não pode passar despercebido pelos movimentos culturais, e este momento na história da humanidade encontrou diferentes manifestações nos campos das artes. Os pintores começaram a imaginar a realidade como realmente era e suas obras não tinham nada a ver com as peças bucólicas da era romântica. 
AULA 5: REALISMO: BROTË SISTERS & CHARLES DICKENS
Realismo inglês: a era vitoriana
Como estudamos na lição anterior, o Realismo foi o movimento literário que começou na década de 1850 como uma reação contra o romantismo e visando mostrar “a vida como era” na literatura em toda a Europa. Embora o conceito de realismo seja questionado por alguns críticos, é um tempo útil para entender o espírito geral da segunda metade do século XIX: uma reação ao romantismo, um estresse na razão e positivismo e uma fé no poder do artista para mostrar a realidade. 
Curiosamente, alguns dos escritores do romantismo também foram considerados autores realistas devido à maneira como lidam com a realidade em seus livros. Dois dos autores que vamos estudar nesta lição, Charlotte e Emily Brontë, são referidos como escritores românticos e realistas, mas foi nossa escolha lidar com suas obras como representativas do realismo devido ao grau de realismo que adicionaram a eles. 
Charles Dickens, por outro lado, é considerado um verdadeiro representante do que era conhecido como “Realismo crítico” devido à maneira como ele descreveu a sociedade capitalista britânica de seu tempo. De um modo geral, algumas das características do realismo incluem:
- Realidade sendo prestada de perto e em detalhes. É descrito seletivamente com ênfase na verossimilhança;
- Os personagens são mais importantes do que a ação ou a trama e muitas vezes têm que lidar com escolhas complexas e éticas; eles aparecem em sua verdadeira complexidade de temperamento e motivo e estão em relação inexplicável à natureza, ao outro, à sua classe social, ao seu próprio passado;
- Questões sociais retratando diferentes classes sociais; o romance serviu ao interesse e às aspirações de uma classe média em ascensão;
- Traçar lidar com eventos plausíveis que evitam os elementos sensacionais e dramáticos das novelas naturalistas;
- Língua natural, não poética; sendo uma representação real da maneira como as pessoas realmente falaram. 
As irmãs Brontë: eles são bem conhecidos como poetas e romancistas e publicaram seus poemas e romances sob pseudônimos masculinos, seguindo o costumo dos tempos praticados pelas escritoras. 
Muitas das novelas escritas por Charlotte, Emily e Anne foram baseadas em mulheres na Inglaterra vitoriana e as dificuldades que enfrentaram, tais como: poucas oportunidades de emprego, dependência de homens para apoio e expectativas sociais. Os romances de Bronte podem ser vistos como expressões do feminismo inicial, onde a protagonista luta para ganhar independência e autoconfiança. 
 Charlote Brontë e Jane Eyre: Charlotte era a mais antiga das três irmãs. Entre suas obras, encontramos Jane Eyre, Villette, Emma, The Professor e outras peças de poesia. 
Em Jane Eyre, Charlotte Brontë retrata a luta desesperada de uma mulher para alcançar sua identidade na névoa da tentação, isolamento e probabilidades impossíveis. Ela possui uma alma forte, mas ela deve lutar não só contra as forças da paixão e da razão dentro de si mesma, mas a vontade de outros que lhe foram constantemente impostas. Em sua primeira publicação, indignou muitos pelo seu retrato realista da vida durante esse período. Em última análise, a controvérsia do romance de Brontë mentiu em seu realismo, desafiando o papel das mulheres, religião e mortalidade na sociedade vitoriana. Em essência, o romance de Brontë tornou-se um ataque direito à moral vitoriana. A controvérsia baseou-se na sua exposição realista de pensamentos uma vez considerada imprópria para uma dama do século XIX. Emoções que qualquer garota respeitável reprimisse. As mulheres, neste momento, não sentiam paixão, nem eram consideradas seres sexuais. Conceber o pensamento de mulheres que expressam fúria e retaliação flagrante contra a autoridade foi desafiar o papel tradicional das mulheres. 
Jane Eyre enviou polêmica através da comunidade literária, pois não só foi escrito por uma mulher, mas marcou o primeiro uso de personagens realistas. A complexidade de Jane mentiu em que ela não era nem bem, nem mal. Ela era pobre e clara em um momento em que a sociedade considerava “uma mulher feia como uma mancha no rosto da criação”. Ele desafiou a estrutura da classe vitoriana em uma sociedade estritamente hierárquica. Um relacionamento entre uma humilde insidiosa e um nobre rica era simplesmente inaudito. Brontë atraiu críticas por seu ataque à aristocracia que ela considerava hipócrita. Ela assaltou a moral já estabelecida do indivíduo, apresentando um caso plausível para a bigamia; noções que deveriam ter evocado o desgosto e a indignação do seu leitor. No entanto, seu aspecto mais chocante foi o tratamento aberto do amor. Outras características em Jane Eyre incluem:
- Representação de ideias feministas que surpreenderia a sociedade vitoriana;
- Rejeição da doutrina católica do auto sacrifício;
- Um desejo de satisfazer alguns prazeres terrenos. 
Emily Brontë e Wuthering Heights: como as outras irmãs de Brontë, Emily também nasceu em Thornton, Inglaterra. Ela viveu uma vida tranquila em Yorkshire com seu pai, irmão, Branwell Brontë e as duas irmãs, Charlotte e Anne. Sob o pseudônimo de “Ellis Bell”, Emily escreveu Wuthering Heights, que ganhou grande aclamação crítica e comercial. Ela morreu um ano após a publicação de sua primeira e única novela, em Haworth, Inglaterra, em 19 de dezembro de 1848. 
Wuthering Heights é uma novela de vingança e amor romântico. Ele conta as histórias de duas famílias: os Earnshaws que vivem nas alturas, à beira dos pátios, e os Lintons gentis e refinados que vivem no Thrushcross Grange. 
Alguns dos elementos realistas da novela incluem:
- Classes sociais;
- Temas “domésticos” focados em estágios-chaves, relacionamentos, conflitos, fatores socioeconômicos que caracterizam e afetam a vida humana comum;
- A geografia cultural apresentada e a cronologia da história familiar são cuidadosamente elaboradas;
- Detalhes descritivos regionais se acumulam para realisticamente particularizar o tempo, o lugar, a cultura da configuração;
- Enredo: apesar das incursões de excesso irracional em alguns personagens e elementos supernaturais, a trama e os conflitos do romance avançam por uma cadeia plausivelmente lógica de eventos causa-efeito rastreáveis às naturezas dos personagens, escolhas/decisões, interações e suas consequências.
Charles Dickens: Dickens era um escritor inglês e crítico social. Ele criou alguns dos personagens fictícios mais memoráveis do mundo e é considerado um dos maiores romancistas do período vitoriano. Durante sua vida, suas obras gozaram de uma fama sem precedentes, e, no século XX, seu gênio literário foi amplamente reconhecido por críticos e estudiosos. Seus livros ganharam uma enorme popularidade em todo o mundo e foram editados em milhões de cópias, traduzidas para centenas de idiomas. Dickens é um representante do que é conhecido como a literaturarealista criativa, devido principalmente à sua exposição distinta e vigorosa e críticas à realidade. A principal ideia de Dickens era a do humanitarismo capitalista. Ele simpatizava com os oprimidos, embora não pudesse pensar em medidas efetivas para resolver os problemas sociais, exceto que ele esperava que as pessoas pudessem mudar a situação por meio da reforma. Ele em favor da liberdade, da igualdade e da caridade, pensou que a natureza humana decidiu o valor humano. 
Grandes Expectativas é o décimo terceiro romance de Dickens, e o segundo romance a ser totalmente narrado na primeira pessoa. Ele retrata o crescimento e o desenvolvimento pessoal de um órfão chamado Pip. Está situado entre os pântanos de Kent e em Londres desde o início até o meio do século XIX. Desde o início, o leitor enfrenta o terrível encontro entre Pip e Abel Magwitch. Grandes Expectativas é um livro gráfico, com muitas imagens extremas, pobreza, prisioneiros, barreiras e cadeias, e luta até a morte. Ele, portanto, combina intriga e torções inesperadas de detalhes autobiográficos em diferentes tons. Independentemente da sua técnica narrativa, o romance reflete os eventos da época, as preocupações de Dickens e a relação entre sociedade e homem. 
O realismo é um conceito relativo, uma representação da realidade que mantém uma coleção frouxa de convenções. Muitas dessas convenções podem ser encontradas em Grandes Expectativas, uma narrativa que segue a vida e as lutas do protagonista e narrador, Pip. Dickens usa técnicas como uma narrativa cronologia linear, um narrado onisciente, a celebração do ordinário e a resolução do enigma para conduzir as condições morais da existência cotidiana de Pip. Este realismo construído é essencialmente uma representação da realidade baseada na ideologia de Dickens, oferecendo comentários sociais e refletindo os valores e as atitudes da Inglaterra do século XIX. 
A estrutura básica das Grandes Expectativas segue um desenvolvimento cronológico da vida de Pip; desde a inocência da infância até suas expectativas desiludidas, finalmente sua rejeição da vida alta e uma sucessão circular que remonta ao início. Esta estrutura cronologia de que Dickens narra exemplifica o processo de aprendizado de Pip através de sua turbulência moral e emocional e cumpre a oportunidade de gerar um cenário realista. 
AULA 6: DESINTEGRAÇÃO DO MODERNISMO 1: IMPRESSIONISMO DE VIRGÍNIA WOOLF E NOVELA IRÔNICA DE ALDOUS HUXLEY
O modernismo foi o período na literatura britânica que veio imediatamente após o realismo. Como seria de esperar, veio como uma reação contra os realistas e como uma forma de permitir que os indivíduos se expressassem em um momento em que a arte deveria ser uma imagem verdadeira da realidade. O período moderno pode ser dividido em três momentos principais:
- 1901-1910 – Período Edwardian: corresponde ao período que cobre o reinado do rei Eduardo VII; foi o líder de uma elite elegante que definiu um estilo influenciado pela arte e moda da Europa Continental. O período eduardiano às vezes é prolongado além da morte de Edward em 1910 para incluir os anos até o naufrágio do RMS Titanic em 1912, o início da primeira guerra mundial em 1914, o fim das hostilidades com a Alemanha em 1918 ou a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919;
- 1910 – 1914 – Período georgiano: George era um neto da rainha Victória e assumiu após a morte do rei Eduardo VII. Ele foi monarca durante a primeira guerra mundial. Seu reinado viu o surgimento do socialismo, do comunismo, do fascismo, do republicanismo irlandês e do movimento da independência indiana, que mudou radicalmente a paisagem política da época;
- 1914 – 1945 – Período moderno: este período corresponde aos anos após a WII até o final da segunda guerra mundial; abrange o tempo do acidente do mercado de ações em 1929 e os 10 anos de recessão que seguiram e incluíram a segunda guerra mundial. 
O início do século 20 foi um momento de mudanças assustadoras para a Grã-Bretanha intelectual. Victória, que reinou há mais de 60 anos, estava morta. Sigmund Freud estava expondo o funcionamento dos pensamentos e desejos dos indivíduos. Einstein publicou sua teoria da relatividade, enfraquecendo assim a visão newtoniana do universo. Pintores como Picasso estavam separando a forma humana em formas geométricas. 
O automóvel, a gás e a luz elétrica, a fotografia, os fonógrafos, o telefone e a tecnologia do telegrafo mudaram a forma como as pessoas viviam e cada vez mais parecia despersonalizar a existência humana. As mulheres estavam se libertando e exigindo o direito de voto. Eles foram levados para a prisão e brutalmente alimentados pela força quando tentaram ataques de fome. Finalmente, o vasto império britânico testemunhou seus territórios no subcontinente indiano e o sudeste asiático atacar sua própria independência. 
Nesta cultura, onde pareceu ter sido o domínio individualista e para cada homem para si, parecer fácil entender por que isso foi percebido como uma era de isolamento, onde a conexão com os outros, com a sociedade, era quase impossível. Os poetas, os dramaturgos e os romancistas do período se rebelaram contra as convenções vitorianas, desprezaram a leitura da classe média publicamente, tornaram a arte mais obscurecida deliberadamente, e discriminou a escritura alta e a escritura baixa. 
Características do modernismo:
- Características estilísticas: a justaposição, a ironia, as comparações e a sátira são elementos importantes encontrados na escrita modernista. Os autores modernistas usam o impressionismo e outros dispositivos para enfatizar a subjetividade da realidade, e eles veem a narrativa onisciente e os pontos de vista narrativos fixos como formas de proporcionar uma falsa sensação de objetividade. Eles também utilizam narrativas descontínuas e estruturas de tramas fragmentadas; as obras modernistas também são muitas vezes reflexivas e chama a atenção para seu próprio papel como criadores.
- Características temáticas: para o leitor da primeira vez, a escrita modernista pode parecer frustrante e difícil de entender devido ao uso de um estilo fragmentado e à falta de concisão. Além disso, a trama, os personagens e os temas do texto nem sempre são apresentados de forma linear. O objetivo da literatura modernista não era se concentrar em uma audiência particular de forma formal; além disso, a literatura modernista muitas vezes se opõe a, ou deu uma opinião alternativa sobre, um conceito social. 
As preocupações comuns do modernismo foram: a destruição das normas sociais, a rejeição das ideias sociais padrão, os pensamentos e expectativas tradicionais, a rejeição da religião e a ira contra os efeitos das guerras mundiais. Os modernistas tendem a rejeita a história, os sistemas sociais e enfatizar a alienação nas sociedades modernas urbanas e industriais. Este foi o contexto em que os quatro autores que vamos estudar a seguir foram imersos: Virgínia Woolf, Aldous Huxley, D.H. Lawrence e James Joyce. 
Virgínia Woolf: Virgínia Woolf nasceu em 25 de janeiro de 1882 em Kensington, Londres. Ela foi criada por pais de pensamento livro e começou a escrever quando ainda era uma menina. Virginia casou-se com um jornalista político de esquerda, autor e editor Leonard Woolf e eles não tiveram filhos. Ela publicou seu primeiro romances, The Voyage Out, em 1915. Seu estilo de prosa sem forma linear e sem forma ganhou muito louvor na época. Conhecido por seus movimentos de humor e ataques de depressão profunda, ela acabou se suicidando em 1941, com a idade de 59 anos. 
Em 2005, a Sra. Dalloway foi escolhida pela revista Time como uma das cem melhores novelas escritas em inglês desde 1923. A Sra. Dalloway também abriu caminho para o cinema, primeiro com uma adaptação da diretora holandesa Marleen Gorris, em 1997 e depois como uma central elemento no romance e filme posterior, de Michael Cunningham intitulado The Hours. 
Impressionismo de Virgínia Woolf: Virgínia Woolf não se conformo com a forma do romance que prevaleceu no primeiro quarto do século XX, como pareceumuito obscuro ou mesmo inadequado para definir sua experiência. Woolf teve a coragem de descartar a narrativa linear ortodoxa dos eduendianos após suas duas primeiras novelas e usou uma técnica impressionista distinta, caracterizada por intensidade lírica e penetração sutil no fluxo da consciência. 
Sra. Dalloway: a Sra. Dalloway foi uma novela publicada em 1925 e que detalha um dia na vida de Clarissa Dalloway, uma mulher ficcional de alta sociedade na Inglaterra pós primeira guerra mundial. 
Aldous Huxley foi um escritor britânico que se tornou conhecido pelo público principalmente por suas novelas e, especialmente, a sua quinta, Brave New World, escrita em 1931 e publicada em 1931. Huxley passou a ser conhecido principalmente como um romancista e ensaísta, mas também escreveu algumas histórias curtas, poesias, roteiros e até mesmo roteiros de filmes. Em seus romance e ensaio, ele desempenhou o papel de observador crítico de tradições, costumes, normas sociais e ideias aceitas. Mais importante ainda, ele estava preocupado com as aplicações potencialmente nocivas do chamado progresso científico para a humanidade em seus escritos. 
Brave New World: foi escrito em 1931 e publicado no ano seguinte; é um romance distópico ou antiutópico. Nele, o autor questiona os valores de Londres de 1931, usando sátira e ironia para retratar um mundo futurista em que muitas das tendências contemporâneas da sociedade britânica e americana foram levadas a extremos. 
AULA 7: DESINTEGRAÇÃO DO MODERNISMO 2: D. H. LAWRENCE E JAMES JOYCE
Nesta lição, continuaremos focando nos escritores modernistas. Desta vez, nossa atenção se voltará para D. H. Lawrence e James Joyce, duas importantes figuras literárias do século XX. 
D. H. Lawrence: é considerado um dos escritores mais fluentes do século XX. A educação da classe trabalhadora de Lawrence causou uma forte impressão sobre ele e o fez escrever extensivamente sobre a experiência de crescer em uma cidade pobre de mineração. Lawrence desenvolveu uma série de teorias sobre as falhas da civilização moderna que o ajudaram a justificar seus esforços literários. Ele buscava continuamente meios para superar a alienação que era típica da sociedade industrializada através de uma fusão de homem com mulher, homem com homem e homem com a natureza. Lawrence mostrou interesse em relacionamentos entre homens, embora ele desaprovasse fortemente a homossexualidade. Sua teoria da fraternidade de sangue deu ênfase aos poderes regenerativos de uma autêntica amizade masculina e valorizava a intimidade física, mas não sexual entre os homens. 
D. H. Lawrence, o poeta: embora seja mais conhecido por suas novelas, Lawrence também escreveu quase 800 poemas, a maioria deles relativamente curtos. Seus primeiros poemas foram escritos em 1904 e dois de seus poemas estavam entre os primeiros trabalhos publicados. Suas primeiras obras o colocam claramente na escola de poetas georgianos, um grupo de poetas com o nome do monarca reinante. O que tipificava todo o grupo, e os poemas de Lawrence da época, eram tropos poéticos bem usados e linguagem deliberadamente arcaica. Muitos desses poemas mostraram a tendência de atribuir emoções humanas aos animais e até objetos inanimados. 
James Joyce: foi um dos mais preeminentes autores irlandeses do século XX. Conhecido por sua inovação literária, como um estilo narrativo e indireto estritamente focado, Joyce trouxe os métodos de escrita acima mencionados para uma altura sem paralelo. Joyce é conhecida por seu uso experimental da linguagem, paralelos simbólicos e uso extensivo do monólogo. No entanto, durante sua vida, suas obras foram muitas vezes criticadas por críticos literários, rejeitados pelos editores e incompreendidos pelos leitores. 
As obras de Joyce foram consideradas revolucionarias em comparação com os cânones da novela tradicional. Como outros escritores da época, Joyce deu menos importância à ação e mais importância à psicologia dos personagens. As três principais características do trabalho de James Joyce são o fluxo da técnica da consciência, o monólogo interior e as epifanias:
- O fluxo de consciência é uma associação livre de pensamento, impressões, memórias que, de repente, invade a mente dos protagonistas estimulados por um perfume, uma cor, música ou um gesto banal;
- O monólogo interior é a expressão dos pensamentos dos personagens, geralmente expressa pelo próprio personagem;
- A epifania é uma revelação psicológica manifestada repentinamente de forma inesperada, como um gesto, um objeto ou uma situação banal. 
AULA 8: LITERATURA PÓS-GUERRA: GEORGE ORWELL
George Orwell: é o pseudônimo de Eric Blair, que nasceu em 1903. Com seu humor característico, ele descreveria o passado de sua família como “classe média inferior-média”. Durante a maior parte de sua carreira, Orwell foi conhecida por seu jornalismo, tanto na imprensa britânica como em livros de reportagem. 
Os leitores contemporâneos são mais frequentemente apresentados a Orwell como um romancista, particularmente através de seus títulos de sucesso como Animal Farm e Nineteen Eighty-Four. O primeiro é considerado uma alegoria da corrupção dos ideais socialistas da revolução russa pelo estalinismo, e a última é a visão profética de Orwell dos resultados do totalitarismo. 
Estilo de Orwell: ele se baseia em suas experiências ao redor do mundo e em várias situações econômicas. Embora sua experiência o tenha moldado, ele sentiu que havia quatro motivos para escrever: egoísmo, entusiasmo estético, impulso histórico e, finalmente, propósito político. Destes impulsos de escrita, o último dos motivos parece ser o mais importante. Seu estilo é claro, com uma simplicidade e franqueza que é combinada com o humor subjacente para criar obras de arte literária. Mas, através de suas palavras, Orwell criou uma identidade, um rosto para colocar a voz escrita – tão democrática e distante. Ele queria criar novas políticas por escrito, trazer a escrita política para um novo nível e torna-la arte. 
AULA 9: LITERATURA PÓS-MODERNA: UMA VISÃO GERAL
O pós-modernismo é o nome dado ao movimento literário após o modernismo. Estava no pós-1950, um tempo marcado pela guerra fria e os excessos de consumo. Difere do modernismo ao desfocar o limite convencional entre a cultura “alta” e a “baixa”, por uma estrutura completamente afrouxa em tempo e espaço, e por múltiplas aberturas em vez de um fechamento em sim. Ele rejeita em conformidade com o gosto popular e propõe uma combinação de elementos heterógenas, tornando-os mais adequado a um leitor mais sofisticado. O pós-modernismo caracterizou-se por uma tentativa de estabelecer a validade transcultural, afirma que a busca da realidade é inútil, já que o “real” é condicionado pelo tempo, lugar, raça, classe, gênero e sexualidade. 
Tendo começado na segunda metade do século XX, foi amplamente influenciado por uma série de eventos que marcaram esse período. Enquanto o pós-modernismo tinha uma pequena relevância para a poesia e apenas uma influência limitada sobre o drama moderna, teve um enorme impacto na ficção, especialmente no romance. 
AULA 10: TENDÊNCIAS MODERNAS DA LITERATURA BRITÂNICA: POESIA, TEATRO E FICÇÃO
Poesia: desde 1945, a poesia britânica mudou-se do que muitos consideravam uma mudança do paroquial para o internacional. Em pouco mais de cinquenta anos, o verso insular e claro da Grã-Bretanha inglesa continental mudou de ser uma prática centralista e predominantemente masculina, aparentemente acadêmica, para tornar-se um entretenimento cultural pós-moderno, disponível para todos. No final dos anos quarenta, o domínio dos modernistas anteriores à guerra foi derrubado. Poetas como F.S. Flint e os georgianos Walter de La Mare e W.H. Davies usaram seus versos para retratar uma cena rural e domestica desaparecendo. Quando a guerra terminou, a nova poesia que surgiu ainda trazia vestígios do verso da trinta e medíocre, que havia passado antes.

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