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Trabalho Salum Deglutição

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Questão 9
Deglutição
Em relação às fases da deglutição, encontra-se na literatura autores que citam como tendo três fases – oral, faríngeana e esofagiana; outros consideram que existem cinco fases – uma primeira que seria o comando do sistema nervoso central quando sentimos o cheiro de algum alimento e começamos a nos preparar para deglutir – em segundo viria a fase preparatória, a oral, a faríngea, a esofágica. Estas divisões ocorrem somente para fins didáticos, pois todo processo ocorre muito rápido. Aqui usaremos a divisão mais utilizada pelos autores que são quatro fases: preparatória, oral, faríngea e esofágica. 
Características da fase I – preparatória 
Fase voluntária da deglutição e que constituiria uma fase intermediária entre o final da mastigação e o início da deglutição. O alimento que está na boca é transformado em bolo alimentar coeso, permanecendo na boca momentaneamente, enquanto é preparado para o transporte. Nesta fase a língua se prepara para a deglutição, formando uma depressão na sua superfície. As bochechas e os lábios também colaboram para impulsionar o bolo para a fase seguinte. A fase preparatória ocorre na deglutição alimentar, quando há formação do bolo alimentar. Nesta fase o nervo trigêmeo, facial e hipoglosso participam, comandando os músculos que vão atuar. 
Características da fase II – oral 
Fase ainda voluntária e um pouco mais demorada que a anterior e “é caracterizada pela propulsão intraoral que determina um fluxo baixo de transporte sobre a própria superfície da língua.” A sequência de movimentos que ocorre nesta fase é: o ápice da língua é projetado para cima e para trás, seguida da formação de uma concavidade que forma uma espécie de colher, processo ondulatório da parte posterior para a base da língua, com isso o bolo alimentar é deslocado no sentido da faringe. Esta fase é considerada “como a formação de um êmbolo lingual que pressiona o bolo alimentar para trás, formando-se um sistema de pistão propulsor do bolo.” 
Esta fase é finalizada com a abertura do esfíncter glossopalatino, que é determinado pelo aumento do diâmetro posterior da boca por abaixamento da base da língua e levantamento do véu palatino. Os nervos protagonistas desta fase são o trigêmeo e o hipoglosso, sendo que o plexo faríngeo começa a assumir um papel relevante. Na figura 6b temos a representação esquemática de corte sagital da boca, faringe e laringe, assinalando por números o local das quatro fases da deglutição. 1- fase preparatória, 2- fase oral, 3- fase faríngea e 4- fase esofágica. 
Características da fase III – faríngea 
Considera-se a fase faríngea a mais complexa da deglutição, devido ao grande número de estruturas atuantes e da necessária coordenação temporal entre as funções, respiratória e digestória. Esta fase é considerada involuntária, e tem início quando a resposta de deglutição foi desencadeada e o bolo alimentar passa pelo véu palatino elevado, pela epiglote e pela região laringotraqueal protegida, atravessando o esfíncter esofágico superior, trajeto que dura entre 0,7 a 1,0 segundo. 
De acordo com Corbin-Lewis, a passagem do bolo alimentar pelos receptores sensoriais das fauces anteriores e da base da língua, desencadeia esta terceira fase da deglutição. Consiste em: “fechamento velofaríngeo, inversão da epiglote sobre a entrada da laringe, deslocamento anterior e superior do complexo hiolaríngeo, fechamento das pregas vocais verdadeiras e falsas, contração progressiva da faringe e abertura do esfíncter esofágico (EES).” Toda essa sequência de movimentos, “consiste numa série de eventos involuntários de proteção das vias aéreas e propulsão do bolo alimentar.” 
Nessa fase ocorre apneia de aproximadamente um segundo, facilitando assim, a passagem do bolo alimentar para o esôfago e não para as vias respiratórias. 
Características da fase IV – ou esofágica 
Esta fase é inconsciente, involuntária e mais lenta, demorando por volta de seis segundos na deglutição de bolo alimentar e mais rápida na deglutição de líquidos. O bolo alimentar entra no esôfago após a abertura do músculo cricofaríngeo, e é levado ao estômago através dos movimentos peristálticos de caráter descendente ou aboral reflexos, que empurram o bolo alimentar do esôfago para o estômago. 
Nessa fase, no esôfago “ocorrem ondas peristálticas primárias e secundárias sequenciais, iniciadas pelos constritores da faringe. Quando a onda peristáltica primária alcança o esfíncter inferior do esôfago, este relaxa, permitindo a passagem do bolo alimentar ao estômago, encerrando-se assim o processo da deglutição.” 
O esôfago é o tubo aonde o alimento vai para o estômago, também permite o movimento inverso durante o vômito e a eructação. O alimento é transportado através de ondas peristálticas sincronizadas, sendo que, podemos dizer que o peristaltismo é a “compressão sistemática do segmento muscular que ficou para trás do bolo alimentar, com relaxamento simultâneo do segmento que está a sua frente.” Este movimento provoca uma espécie de estiramento do bolo na faringe e no esôfago. 
O esôfago tem dois esfíncteres – o esfíncter esofágico superior e o inferior. O EES não é um anel muscular completo, é composto por fibras constritoras cricofaríngeas e inferiores e tem a forma de “C” na parte posterior, inserindo-se anteriormente, na cartilagem cricóidea. O esfíncter esofágico inferior (EEI) abre-se no estômago, no local em que o bolo alimentar é retido e onde se inicia a digestão. 
É considerada uma barreira importante ao movimento inverso do conteúdo gástrico. Sua morfologia é diferente do EES, sendo que é formado pelo aumento da espessura e pela mudança de características histológicas das fibras musculares circulares do esôfago na região. Esses anéis circulares completos não se inserem em cartilagem (como o EES), mas ficam “cercados pelas fibras do centro tendíneo do diafragma, que podem auxiliar em seu fechamento em casos de aumento da pressão, como na inspiração profunda, tosse ou expiração forçada com a glote fechada.” O EEI relaxa quando aonde peristáltica chega à porção média do esôfago. Vimos às fases da deglutição, e pudemos verificar a importância da faringe e a região próxima a ela, por isso vamos conhecer um pouco mais estas estruturas. 
A faringe tem a forma de um tubo que vai da base do crânio, atrás da cavidade nasal, até o esfíncter esofágico superior, na verdade, não é um tubo completo, mas sim um semicírculo fechado na parte de trás. É um órgão com grande complacência, podendo adquirir graus variados de distensão de acordo com a quantidade do bolo alimentar ingerido. É recoberta por uma membrana mucosa. A parede posterior da faringe está posicionada contra a face anterior das vértebras cervicais, porém, separadas totalmente pelas camadas de fáscia, com isso, ela fica livre para se encurtar ou se alongar verticalmente. 
Esse tubo formado pela faringe e pelas estruturas anteriores não é liso e uniforme, mas é composto de dois recessos pelos quais o bolo alimentar passa durante o percurso na faringe – as valéculas e os seios piriformes (conforme podemos observar na figura 6d que apresentamos uma vista posterior dos recessos faríngeos em secção coronal). Inicialmente, o bolo alimentar passa pelos espaços em “L” das valéculas, seguindo para os seios piriformes, em seguida desloca-se por canais laterais da laringofaringe. 
As valéculas localizam-se entre a base da língua e a epiglote. Seguindo pelo tubo, mais abaixo, de cada lado da cartilagem tireoide, estão os seios piriformes, eles se formam à medida que as fibras do músculo constritor inferior se curvam para alcançar a cartilagem tireoide anterior. Tanto as valéculas como os seios piriformes são visíveis no exame de videofluoroscopia, porém, difíceis de visualizar sem auxílio do contraste de bário.
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