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RESUMO Ciencia Política Maria Elisa

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V – Elementos constituintes do Estado
Elementos materiais e elementos formais
Elementos materiais = território e povo
Elementos formais = soberania
Se for considerado a finalidade como elemento constitutivo (Dalari), seria um elemento formal.
Povo: conceito demográfico, sociológico, político e jurídico – Povo e o interesse humano é o lastro do Estado; o Estado deve existir para o povo.
Povo e população
Conceito demográfico = evoca a geografia população (análise quantitativa): conjunto de pessoas em um determinado recorte temporal; esta ideia não é a que está vinculada com “povo” como elemento constitutivo do Estado.
Povo e nação
Conceito sociológico = parte da premissa da existência de vínculo subjetivo espiritual entre o indivíduo e o Estado. Só o vínculo que se mostra subjetivo. Evoca a ideia de nação, unidade, patriotismo. Também não é a ideia de “povo” como elemento constitutivo do Estado.
Nacionalidade e cidadania
Nacionalidade não mais remetida à nação.
Conceito político = Cidadania. São aqueles que compõem o corpo eleitoral; que detém os Direitos Políticos. Parte politicamente ativa da população que interfere na ação política do Estado (ACABA SENDO MUITO RESTRITA).
Conceito jurídico = Nacionalidade. Pessoas submetidas de maneira institucional e permanente a um determinado ordenamento jurídico; povo como material humano.
*Apátridas: aquele que não tem nacionalidade.
*Polipátridas: aquele que tem mais de uma nacionalidade.
Pode-se classificar a nacionalidade de duas formas:
Primária: remete ao nascimento do individuo, fato natural, involuntário cidadãos natos (desde o nascimento).
Critérios para a definição da nacionalidade primária:
Jus soli – o lugar onde nasceu define a nacionalidade.
Jus sanguinis – derivado do sangue, dos traços genéticos.
Secundária: remete aos naturalizados circunstâncias voluntárias
Critérios para a definição da nacionalidade secundária:
Jus comunicativo – a nacionalidade dos cônjuges se comunicam.
Jus office – vincula a aquisição da nacionalidade ao trabalho, ao oficio (Vaticano=quem trabalha no Vaticano é cidadão do Vaticano)
*Critérios de concessão de nacionalidade
Território – Um Estado precisa de um território que contenha um Estado.
Base física no âmbito geográfico do Estado.
Teorias
A teoria patrimônio-território: vê o território como patrimônio privado pertencente ao Estado. Críticas: índole privada. Inverte a lógica do Estado. Origem Medieval. (exemplo de dominium)
A teoria território-objeto:como objeto de direito público (o estado não se pode vender, nem alugar).
A teoria território-espaço:é o espaço dentro do qual o Estado exerce seu poder sobre as pessoas (imperium). É o palco da soberania estatal. O território sendo espaço dentro do qual o Estado exerce seu poder; são os limites territoriais onde o Estado exerce os seu poder.
A teoria território-competência: âmbito de validez da norma jurídica no Estado. O espaço jurídico é o lugar de exercício da competência estatal. O espaço onde as normas do Estado valem.
Espécies e partes 
Integros, contínuos, compactos:
Descontínuos, desmembrados, divididos:
Enclavados ou enclaves: território integralmente localizado em outro. Ex: Vaticano
Território solo
*solo (pode ser compartilhado), subsolo (art.20, IX. Pertence à União), ilhas, fronteiras (naturais ou artificiais; esboçadas, vivas ou mortas):
*águas interiores: começam e terminam dentro do território. Ex: lagos, rios
Contíguas: servem de fronteira natural entre os Estados. Não navegável (divide no meio); navegável (divide no meio, a partir da parte navegável do rio).
Sucessivas: o rio que pertence a todos os Estados por onde passa. 
*mar territorial:faixa marítima que banha o Estado; critérios: limite visual, critério defensivo, critérios convencionais (baseado em acordos); primeiras 12 milhas;
*zona contígua: próximas 12 milhas;
*zona de exploração econômica exclusiva: as seguintes milhas (esta é para proteção ambiental);
- Discussões sobre o direito das águas vai além da pesca (petróleo); fins defensivos; direito de passagem inocente válido também para o espaço aéreo (tem anuência internacional; embarcações ou aeronaves civis tripuladas podem passar se não tocarem o solo – aviões tem que avisar para evitar acidentes).
*espaço aéreo: consiste na extensão atmosférica que se sobrepõe ao território de um dado Estado, espaço aéreo limitado à altura de até onde ia a atmosfera;
*território factos, flutuantes: embora não esteja no solo, dar algum suporte para a interação humana e portanto, requer uma vigência legal (estatal) > aeronaves ou embarcações.
Exceções à soberania territorial
Extraterritorialidade; mesmo que geograficamente esteja fora do Estado, o Estado exerce sua soberania. (Critérios para embarcações ou aeronaves militares, civis e agentes diplomáticos).
Poder soberano (poder político, soberania, governo)
Reconhecimento da capacidade de impositividade do Estado naquele âmbito. Soberania: poder acima de tudo e de todos. Aspectos da soberania:
Interno: supremacia, poder superior, nenhum outro poder no âmbito interno é maior que esse;
Externo: não há nenhum outro poder superior ou interior a ele; independência e igualdade perante outros Estados (armas).
4.1 Titularidade( ideia de a quem pertence o poder)
 Duas doutrinas principais:
Doutrina teocrática: origem do governante, investidura divina do governante ou investidura providencial do governante;
Doutrina democrática: compreensão da soberania a partir da autoridade democrática;
Teoria da soberania nacional (Siyes): soberania pertencente à nação;
Teoria da soberania popular (Rousseau): contrato social, o Estado nasce e a soberania advém de uma parcela de concordância do povo a atribuir ao Estado parcelas de liberdade de todos, logo o Estado pertence a todos.
Titularidade estatal: a soberania pertence ao Estado.
Crítica: tese propensa a governos autoritários. O Estado como algo prévio a própria soberania.
4.2. Características
As mesmas do poder político.
4.3 Soberania x Autonomia
* Soberania: capacidade em caráter supremo.
* Autonomia: capacidade de auto gerir, capacidade de criar leis para si mesmo.
No Estado Federal a soberania pertence a União, os estados membros e os municípios têm autonomia que precisa observar a soberania.
Novas realidades internacionais: soberania, globalização, poderes internacionais
Limitações implícitas transcendentes (necessária interação entre os Estados limita a sua própria autonomia suprema)
Interferência internacional (Estado semi-soberano).
Teorias para o futuro dos Estados segundo Dalari:
Estado Global (se tornaria em um);
Estado Zero;
Estado Continental (macroestados de extensão continental);
Estado Social (Estado caro).
VI. Formas de Estado
1. Estado simples ou unitário
É aquele Estado dotado de um único polo emissor de norma. Não tem subdivisões internas autônomas. Tem um único centro de radiação legislativa, sem coletividades internas, interiores (pelo menos não dotados de autonomia). Tem apenas um executivo, um legislativo e um judiciário. São os herdeiros dos Estados Nacionais. Segundo a doutrina, teria duas espécies:
a) centralizado - não há subdivisões; há possibilidade de atribuição de funções, mas o ente apenas cumpre, não é dotado de autonomia.
b)descentralizado -
b.1)descentralizado administrativamente – é o mais frequente órgãos autônomos dentro de um ente.
b.2) descentralizado politicamente – entes dotados de autonomia política. Ex: Portugal (considera-se um Estado unitário, mas reconhece a autonomia política do regime insular. As ilhas dos açores e Madeira são parte dessa autonomia).
Desvantagens:
Maior burocracia;
Menor representatividade;
Sobrecarga ao poder central de responsabilidade não tão importantes;
Retarda a decisão de assuntos administrativos.
Vantagens:
Mais barato;
Extensão de uma só ordem jurídica, politica e administrativa pelo país;
Considerável fortalecimento da autoridade;
Somente um corpo burocrático, com menosgastos para os cofres públicos e mais eficiência e racionalização dos serviços prestados;
Impessoalidade e imparcialidade;
Homogeneidade das decisões políticas.
2. Estado regional?
= Estado descentralizado politicamente; Estado que contém partes territoriais afastadas de sua sede.
3. Estados compostos / uniões de Estados
As uniões podem ser de direito interno, como é o caso da Federação, e podem ser de direito internacional, como no caso das uniões comunitárias, societárias, parentárias, desiguais, pessoal, real, e a própria confederação.
3.1. Uniões de direito internacional e de direito constitucional
a) Uniões de direito internacional - podem tomar tanto a forma comunitária (comunidade), quando criam órgãos comuns de natureza administrativa e judiciária, com a figura de um mesmo chefe de Estado para os Estados-membros, como é o caso da União Real; quanto a forma societária (sociedade), toda vez que o pacto ou acordo engendra organizações interestatais, como a própria Confederação, o FMI, a ONU, a UNESCO.
b) Uniões de direito constitucional – se fundam no ordenamento interno estatal, como é o caso da Federação. Uma única constituição → uma única soberania, dotada de subunidades internas autônomas.
3.2. Uniões por coordenação ou paritárias - As uniões paritárias abrangem duas modalidades: uniões desprovidas de organização (compreendem as comunidades administrativas, que regulamentam assuntos técnicos, como as alianças) e as uniões organizadas (as comunidades administrativas permanentes ou organizadas, como as eu entendem matéria de peso, moeda, tráfego, etc, as Confederações e as Uniões – União Pessoal e União Real). Estão em equilíbrio, paridade. Status semelhante. Pode ocorrer tanto nas uniões de direito internacional quanto nas de direito constitucional. Como exemplo, tem-se:
a) União pessoal – Quando acidental e involuntariamente, as leis de sucessão da coroa fazem por coincidência que um só príncipe ocupe dois tronos, tornando-se assim o titular comum do poder em Estados que conservam, todavia, independentes. Ex: Inglaterra e Hanover; a Alemanha e a Espanha sob Carlos V. Típica de governos monárquicos. Marcel Prélot ainda diz que pode haver União Pessoal nos sistemas republicanos, com a eleição de um só presidente para vários Estados. Assim aconteceu com Bolívar, presidente do Peru, Colômbia e Venezuela.
Associada a monarquia. União de Estados igualmente independentes sob a mesma pessoa.
b) União real - Associação de Estados em que o vínculo proposital e deliberado, fundado na vontade unânime e convergente dos Estados-membros. Ao contrário da União Pessoal que é fruto do acaso. Ressalta Jellinek que a União Real é típica dos governos modernos e surge apenas quando as monarquias, alcançando um grau mais alto de desenvolvimento operam a consolidação da unidade estatal.
Seu traço característico é a presença do mesmo monarca em cuja pessoa se resume a noção dessa forma de pluralidade estatal.
3.3. Uniões por subordinação ou desiguais – diversidade no tratamento. Uns tem mais destaque do que outros. Relação de subordinação. As uniões desiguais implicam sempre laços de sujeição hierárquica da parte de um ou mais Estados. Ex: Estado vassalo, Estado protegido ou protetorado.
Ex1: relação de vassalagem: relação de subserviência ao Estado ao qual pertencia (O Brasil, mesmo se tornando independente de Portugal, sentia-se em dívida com este);
Ex2: clientelismo ou semiprotetorado: interferência pontual, específica (canal do Panamá controlado pelo EUA);
Ex3: Protetorado: interferência mais ampla toda soberania do Estado subordinado está sujeita ao Estado soberano. (Porto Rico em relação aos EUA)
3.4. Uniões comunitárias e societárias de direito internacional– Estados que detém uma relação constante calcada em tratados.
a) Uniões comunitárias – são uniões comunitárias quando criam órgãos comuns de natureza administrativa ou judiciária, tendo a presença de um mesmo chefe para os Estados-membros, como no caso da União Real, modelo comunitário de união de Estado. Também são relações transestatais. 
b)Uniões societárias – são uniões societárias aquelas baseadas em acordos, contratos, que tratam de uma determinada relação, sem interferir em outras instâncias (relação somente na medida da atividade, por isso são relações interestatais). Ex: a Confederação, e outras organizações internacionais como a ONU, o FMI.
OBS: o que as distingue é o nível de aprofundamento. 
3.5. A commonwealth(riqueza comum)
É uma comunidade de Estados que trabalham juntos. É o que sobrou do Império Britânico. Não detém características próprias e definidas de natureza estatal. Não há um ordenamento federativo, dotado de Constituição comum, nem um poder central, muito menos uma organização militar, que defenda seus interesses comuns.
1º etapa: colonialismo
2º etapa: autogovernos locais – transição entre a colônia e a independência
3º etapa: reconhecimento da soberania nas antigas colônias.
No plano simbólico manteve-se o vínculo com a metrópole. Embora soberanos, alguns países ainda considerava rainha da Inglaterra como a sua rainha.Ex: Austrália, Canadá.
Relação susgeneres → Grã-Bretanha: os países que fazem parte possuem independência internacional, mas são vinculados. Ex: País de Gales, Irlanda do Norte, Inglaterra, Escócia (todos pertencem a Grã-Bretanha).
3.6. Estado Federal
É classificado como união de direito constitucional cujos membros são dotados de autonomia e submetidos a uma soberania.Indica uma aliança permanente, definitiva.
Segundo Jellinek, trata-se de um Estado soberano, formado por pluralidade de Estados, no qual o poder emana dos Estados-membros, ligados numa unidade estatal.
1º Estado Federal da história: EUA
3.6.1. Confederação e federação
	Confederação
	Federação
	União de Direito Internacional
	União de Direito Constitucional
	Múltiplas soberanias
	Única soberania/membros autônomos
	Múltiplas nacionalidades
	Única nacionalidade (a do novo Estado)
	Decisões tomadas por unanimidade
	Decisões a partir de um consenso da maioria
	Órgão deliberativo: Dieta
	Órgão deliberativo: parlamento ou congresso (sistema bicameral: Câmara dos deputados representa o POVO e o Senado Federal representa a Federação).
	Podem sair a qualquer momento (possibilidade de secessão)
	Indissolubilidade do vínculo (não há secessão)
3.6.2. Fases de federalismo
A federação americana surgiu de fora para dentro;
A nossa federação é de dentro para fora (vai dando autonomia aos Estados).
1ª fase: reconhecer a amplitude maior da autonomia dos entes federativos (limitava o poder da união e os entes tinham competências residuais). Ênfase ao poder periférico.
OBS: O Brasil não teve essa fase.
2ª fase: Fase do equilíbrio
Tendência a equiparar a quantidade de competências de um outo (União e Estados).
OBS: Federação ainda bidimensional (União e Estados)
3ª fase: ênfase ao poder central União
Relações internacionais começam a ter mais destaque; empoderamento do poder estatal.
Brasil oscila sobre a segunda e terceira fase. Isso porque o país sempre teve uma tendência ao poder central.
3.6.3. Tipologia de Estado federal
Quanto à origem/ à formação do estado federal:
a)Federalismo por agregação – nasce a partir da união de Estados antigamente soberanos que se agregam para formar um novo. (ex: EUA)
b) Federalismo por desagregação – parte do Estado Unitário para uma Federação.
Quanto à relação do poder central - Relação horizontal
a) Federalismo simétrico – se apresenta como uma União paritária entre entes federativos. Equivalentes horizontalmente. Não tem destaque de nenhum ente.
b) Federalismo assimétrico – trata distintamente cada ente.
Quanto à relação do poder central – Relação vertical
a) Federalismo de equilíbrio– ele compara, torna proporcional os poderes dos entes periféricos em relaçãoao ente central.
b) Federalismo orgânico ou de integração – concentra as atribuições nas mãos do poder central tende a converter os entes federativos em órgãos.A autonomia fica enfraquecida, mas ela existe.
Classificações especiais
a) Federalismo centrípeto – parte do periférico para o centro Federação por agregação
b) Federalismo centrífugo – parte do centro para a periferia Federação por desagregação
Ex: No caso do Brasil
Por desagregação (quanto à origem) ---- seria centrífugo
Orgânico ou de integração (quanto à posição do poder central) ----- seria centrípeto
Os EUA seria o contrário.
Quanto ao grau de rigidez da separação entre os entes
a) Federalismo dual ou clássico - tem dois entes que tem as definições de competência. Separação rígida.
b) Modelo cooperativo ou por colaboração – separação mais flexível. Comporta atribuições comuns a mais de um ente federativo (alguns autores dizem que seria uma negação a própria federação).
Ex: Direitos Sociais (determinadas matérias de Direitos Sociais seriam de competência comum. Ex: SUS deve haver solidariedade dos três entes, segundo o STF).
3.6.4. Características e princípios
Varia entre os autores.
O que é preciso para ser considerada uma Federação?
Características:
Indissolubilidade do vínculo (regra, mas não é unânime).
Rigidez constitucional
Existência de um tribunal constitucional neutro (cada um com sua competência)
Justiça estadual----------	justiça federal ------ (as linhas não se cruzam)
Excepcionalidade da intervençãoexistemcritérios específicos para intervenção. (Art. 34 e 35)
Princípios:
Também podem ser chamadas de leis.
Princípio da autonomia reconhecimento da autonomia dos entes federados.
Princípio da participação necessidade de que os entes participem da vontade comum nacional (os munícipios não seguem esse principio crítica à CF/88).
Princípio da repartição de competências distribuir competências. Ainda comporta três subprincípios:
*predominância de interesse (a quem interessa a matéria. Ao coletivo ou apenas às partes?);
*subsidiariedade (interesse de mais de um ente) secundário;
*princípio/doutrina dos poderes implícitos não expressas na CF/88; competências ficam implícitas.
3.6.5. O Estado Federal Brasileiro
1824- Estado Unitário
1891- Estado Federal (Federalismo dual União e Estados-membros). Tendência ao poder central.
1934 – Estado Federal. Tendência ao poder central.
1937 – Estado Unitário na prática, Federalismo na teoria.
1946 – a mais democrática até então. Também a mais federativa. Destaque para os municípios. Mas, este ainda não tinha condição de ente.
1967/69 – pregava o Federalismo. Mas também era centralista.
1988 – Cria pela 1ª vez no mundo, a federação de 3 níveis (União, Estados, Municípios). Mas, ainda não temos um federalismo de equilíbrio. Tende ainda a uma federalismo de integração.
Classificações das competências do Estado Federal
Quanto à forma:
Enumeradas ou Expressas – quando a Constituição Federal estabelece a competência expressamente a determinado ente. Pertence à União e aos Municípios. Ex: art. 21 e 22.
Reservadas, Residuais ou Remanescentes – Compreende as matérias não expressas ou enumeradas no rol de competências dos entes federados. É a competência que sobra a uma entidade após a enumeração das competências das outras pertencente aos estados (no Brasil, sobra pouco para os estados). Diz respeito às competências fim.Ex: art. 25
Implícitas, Inerentes, Resultantes ou Decorrentes - não estão previstas expressamente na CF/88. Resultam das próprias competências fins dos entes. Pertence aos três entes. Diz respeito às competências meio (quem cobra os fins dar os meios).
Quanto ao conteúdo:
Da matéria ou mais geral (materiais o que tem que fazer; legislativas deve dizer como fazer; negativas o que o ente não pode fazer).
Negativas (vedações, Art.19)
Quanto à origem:
Originária: aquela que o próprio constituinte fala.
Delegada: a União por lei complementar delega as competências ao ente. Lastreia-se diretamente na CF. ex: desapropriação
Quanto à extensão:
Exclusiva – somente pode ser realizada pelo titular. Não há delegação. São materiais. (da União, Art.21)
Privativa – pode haver delegação em pontos específicos. Se faz por lei complementar para os estados. São todas legislativas. (da União, Art.22)
Comuns – compete a todos os entes todos devem delegar para garantir o cumprimento. São materiais. (Art.23) estão vinculadas aos direitos de 2ª e 3ª dimensão.
Concorrentes – federalismo cooperativo. Os entes atuam em conjunto para garantir direitos. Conteúdo legislativo. (art. 24)
*regras gerais – cabe à União.
*complementar – a União faz a norma geral e o detalhamento fica por conta dos outros entes.
*suplementar ou supletiva – Os estados detalham e suplementam o que faltar. Não pode ir de encontro. Se a União legislar, e depois vier algo contrário ao que o Estado tinha legislado, por estar na competência da União, a do Estado cai.
Obs: município também pode suplementar e detalhar essas normas. (Art.30).
VII. Formas e Sistemas de governo
Formas de governo
Modo ao qual o governo é estruturado, em sua relação com os governados. Derivou a noção de regime político. A relação entre governante e do governado era vista sob o ponto de vista vertical.
Já o sistema de governo, é um conceito mais moderno, e diz respeito ao modo como o governo se organiza em seu processo de gestão interna. Nesse caso, a discussão não é tanto entre governante e governado, mas sim uma relação mais horizontal.
Classificações históricas
Falar em formas de governo é algo muito tradicional e advém desde a Grécia Antiga. Remete a classificação Aristotélica. Segundo Aristóteles, pode ter 2 tipos de formas: as formas puras e as formas impuras. Deriva do conceito de poder político.
	Formas puras
	Formas impuras
	Ao bom exercício do poder político.
	Um poder político corrompido.
	Monarquia (um só governante)
	Tirania
	Aristocracia (um grupo de governantes)
	Oligarquia (um governo de poucos)
	Democracia*/Politeia ou República
	Demagogia (manipulação) ou Oclocrassia (amontoado de gente)
*depende da tradução entendida pelo autor.
No caso da Democracia, ela poderia ser usada para governos pequenos e pobres. A aristocracia seria para um estado médio, e a monarquia, para um estado grande e mais rico.
Além dessa, há também a visão de Maquiavel, que resumiu as formas de poder em duas: o principado (monarquia) e a república.
Já para Políbio, há também a teoria do ciclo de degeneração, em que o governo iria se degenerando com o passar das fases.
Já Montesquieu, traz o seu conceito de divisão harmônica entre os 3 poderes. Vale ressaltar que teorizações sobre isso, já existiam desde Locke e Aristóteles. Montesquieu inova, quando propõe que os poderes devem ser exercidos por pessoas diferentes, justamente para haver esse equilíbrio, essa harmonia. Assim, cada um dos poderes pode ser associado à determinada forma de governo:
Monarquia executivo
Aristocracia judiciário (representa o grupo de poucos)
Democracia legislativo
(representa o povo)
Outras classificações
Atualmente, não há uma relevância tão grande em saber se é monarquia ou republica. De acordo com Jorge Miranda, há formas de governo mais contemporâneas.
1) Monarquia absoluta; 2) governo representativo clássico ou liberal; 3) democracia jacobina ou radical; 4) governo cesarista; 5) monarquia limitada; 6) democracia representativa/contemporânea; 7) lenista e facista com características totalitárias
Monarquia e República – 
A Monarquia se aponta com a unidade do exercente do poder. Características da monarquia:
Formas de acesso hereditariedade
Vitaliciedade (existe monarquia não hereditária? Sim. O vaticano)
Classificações da monarquia:
Monarquias hereditária ou eletivas
Monarquias absolutas ou constitucionais
Monarquia quanto à visão do governante
Vantagens da Monarquia:
Tempo +duradouro;
Acima das disputas políticas;
Maior preparo do governante;
Previsibilidade (já saber quem é o governante);
Unidade/coesão.
Desvantagens da Monarquia:
Risco de concentração, de abuso de poder;
Não há possibilidade de o povoascender ao poder;
Governo oneroso.
A República é associada a classificação aristotélica (governo do povo). Maquiavel classificou a República os governos que não fossem geridos por um só componente. Características da República:
Forma de acesso: eletividade;
Tempo de exercício do poder: temporiedade ou periodicidade (alteração periódica de poder);
Responsabilidade.
Vantagens da República:
Transitoriedade;
Forma mais democrática.
CRÍTICA: Mandatos curtos dificultam políticas de longo prazo.
2. Sistemas de governo
Um sistema de governo é a forma como o poder político de um país é dividido e exercido. Basicamente, esses sistemas variam de acordo com a distribuição de funções entre os poderes Executivo e Legislativo.
2.1. Concentração, Colaboração, Separação de poderes
Concentração: absolutismo. Não há separação pessoal entre os exercentes da atividade.
Colaboração: seria uma separação com maior relacionamento. Separação flexível; admite alguns pontos de contato; interdependência entre os poderes.
Separação de poderes: necessidade de exercício por pessoas distintas. Separação rígida dos poderes.
2.2. Parlamentarismo
O mais antigo. Surgimento paulatino, gradativo. 
O parlamentarismo surgiu combinado com a monarquia. 
Manuel Jorge caracteriza-o como uma espécie de bicefalismo.
Em resumo, divide as atividades do executivo em dois grupos, na chefia de estado (lidera de fato as ações do poder executivo, tem responsabilidades amplas, geralmente, é indicado pelo parlamento) e na chefia de governo.
Outra característica geral é a colaboração de poderes, uma independência na medida em que haverá algum grau de colaboração. A chefia de estado representação do Estado no âmbito internacional; remete ao poder federativo. A chefia de governo gestão administrativa interna; remete a questão cotidiana.
A partir de um caso histórico da Inglaterra, criou-se o parlamentarismo dual ou clássico, em que o chefe de estado indica um chefe de governo, o qual indica um gabinete (composto pelos seus ministros ajudantes). É feito uma análise no poder legislativo (aprovação ou desaprovação do 1º ministro e seu gabinete). Cumulação de duas vontades a de que nomeou e a de que aprovou.
O chefe de governo não tem mandato. Continua até que sofra uma desaprovação do legislativo. Caso isso aconteça, há duas possibilidades: cai o chefe de governo e seu gabinete, ou o próprio chefe de estado pode dissolvê-lo.
Sistema monista – requer uma única vontade na formação de chefia de governo pelo chefe de estado. Exclui a indicação do chefe de governo pelo chefe de estado. Quem faz a escolha é o legislativo
2.3. Presidencialismo
Sistema de separação de poderes. Poderes independentes entre si.
Características:
Executivo exercido por uma única pessoa (chefe do estado é o mesmo chefe de governo).
O mandato é determinado.
Só é compatível com a república.
O executivo não fica sujeito ao legislativo.
Ampla liberdade para compor seu ministério
Não existe a possibilidade de dissolução do legislativo
Atividades atípicas do presidencialismo (exercício da função de freios e contrapesos)
Veto presidencial: o presidente não sanciona uma lei do legislativo. Pode ainda ser derrubado pelo próprio legislativo (art.65).
Impeachment: Impede a continuidade do mandato. Crime de responsabilidade (condutas expressamente definidas pela CF/88 e regulamentadas em lei – art.85).
Tem duas fases: admissão da denúncia pela câmara para o juízo de admissibilidade com a necessária aprovação de 2/3 dos membros. Depois, seguimento para o senado (enquanto isso o presidente fica afastado 180 dias durante o processo. Caso esse tempo ultrapasse e não haja finalização do processo, o presidente volta), com também a aprovação de 2/3 dos membros.
No julgamento do senado, este será presidido pelo presidente do STF (conotação jurídico-política).
Consequências: perda do mandato, dos direitos políticos, inabilitação por 8 anos.
Caso Collor (cumulatividade das penas)
Caso Dilma (não cumulatividade das penas)
Vantagens:
Possibilidade mais rápida da tomada de decisão
Em tese, seria um sistema mais democrático
Compatibilidade com o pluripartidarismo
Desvantagens:
Tendência ao autoritarismo (concentração ao poder executivo)
Ênfase exagerada a pessoa do candidato, ao exercente (no parlamentarismo o foco é nas ideias)
2.4. Semipresidencialismo
Representa uma mescla entre o parlamentarismo monárquico clássico e o presidencialismo. Tem dois chefes eleitos: o chefe do estado (eleito diretamente) e o chefe do governo (eleito indiretamente).
	Semelhanças com o parlamentarismo
	Semelhanças com o presidencialismo
	Executivo bicéfalo
	Chefe de estado eleito
	Interdependência dos poderes
	Somente é compatível com a república
	Modelo ministerial coeso
	Veto legislativo pelo presidente
	Decisão monista
	Certo poder diretivo
2.5. Governo diretorial
Sistema diretorial, diretorialismo, governo assemblear ou governo convencional. Adotado na Revolução Francesa. É o mais diferente de todos. Representa uma representação parcial de poderes.
Nesse caso, o executivo é exercido por uma assembleia ou diretório do legislativo (executivo-legislativo). Só é compatível com a república. Ex: Suíça.
Não há mandato definido. Eleito indiretamente.
3. Formas e sistemas de governo na história constitucional brasileira
1824– separaçãoquadripartite (instauração do poder moderador). A forma de governo – monarquia, e o sistema de governo – parlamentarismo.
1891– Tripartição de poderes. Republica presidencialista
1934– Tripartição de poderes. Republica presidencialista
1937– Tripartição de poderes destaque do poder executivo em detrimento dos demais
1946 – (EC 4/61) Alteração para o sistema parlamentarista
1963 – votação popular volta a ser presidencialista
1967/1969 – republica presidencialista na teoria
1988 – separação de poderes. Republica presidencialista
*Previu também um plebiscito em 1993. Votação entre monarquia x república e parlamentarismo x presidencialismo. Vence as segundas opções.
VIII. Regime Político Democrático
Democracia e ditadura
O que permite indicar uma democracia? Seja monárquica ou republicana. Parte do tripé que sustentava a democracia grega (isonomia, isotimia, isagoria).
A isonomia era a igualdade perante à lei; já a isotimia referia-se à igualdade no acesso aos cargos e funções públicas (ex: concurso e eleição); e a isagoria equivaleria a igualdade e a liberdade de participação na ágora (espaço onde se tomava as decisões políticas gregas). Assim, ela originou a liberdade de expressão e o voto universal na democracia moderna.
Premissas necessárias ao reconhecimento da democracia:
O direito ao voto universal
Opinião pública livre
Existência de uma Constituição Federal
Existência da divisão de poderes harmônicos
Pluralidade partidária-ideológica
Possibilidade de eleições livres
Classificações de democracia:
Democracia substancial ou material x Democracia formal:
A democracia substancial é aquela que tem matéria substancialmente constitucional democrática. Já a democracia formal, só se afirma democrática, sem que seus elementos apontem nessa direção.
Democracia ideal x democracia real:
Na democracia real as condições materiais de democracia são efetivamente atendidas. Já na democracia real há oligarquias em concorrência, não há voto consciente, mas alienação política.
Democracia liberal x democracia social:
A democracia liberal é um modelo americano. Tem a proteção aos direitos individuais, mas não necessariamente aos sociais. Já na democracia social existe, claro, uma índole social. Condições a todos os aspectos sociais e polticas públicas.
Ditadura a não democracia
Naturezas autoritárias (foca no governante) x naturezas totalitárias (deriva de Estado total para sustentar sua existência).
Características da ditadura:
Ausência de legitimidade
Ausência de periodicidade
Havendo voto, não é livre
Não há pluralidade
Não há opinião publica livre
Não protege osdireitos individuais
Ditaduras conservadoras x ditaduras revolucionárias
As ditaduras conservadoras rompem com o Estado de direito com o objetivo de conservar o poder além do limite legal. Já as revolucionárias rompem com o estado com o objetivo de ascender o poder até por vias legítimas, mas não o alcançando, não se redemocratiza.
Revolução, reforma e Golpe de estado
Segundo Dalari, o processo de modificação do Estado pode ser por mudanças evolutivas (de maneira natural e gradativa; costumam durar mais;) ou por Revolução (de forma brusca, súbita). Segundo Bonavides e Ortega y Gasset, a revolução embora acontecida de forma brusca, não é só o momento. Se dar através de um processo que se manifesta no seu ápice como mecanismo revolucionário.
Revolução – Juridicamente, a revolução corresponde a quebra de um ordenamento, rompendo com a legalidade, visando alcançar a legitimidade. Após estabelecido, o novo governo estabelece um ordenamento que reestabeleça a legalidade.Fases revolucionárias Classificações:
Habule
Fase negativa ou de destruição: fase de ruptura em que se derruba a conjuntura vigente;
Fase positiva ou de reconstrução: fase em que se institui uma nova ordem jurídica, reconstituindo a legalidade. Obs: geralmente o Estado reconstruído trás consigo aspectos do Estado que caiu.
Outra classificação (seu autor específico)
Fase da vitória e ascensão dos extremistas: uma revolução geralmente é feita por extremistas que ascendem ao poder;
Fase do terror ideológico: proibição de pensamentos contrários ao que os revolucionários pregam;
Fase do “terbido”: fase de calmaria, conservadora, de estabilização; expectativa da normalização do Estado;
Fase do predomínio do homem forte:
Reforma: A Revolução em miniatura. É realizada usando os recursos do próprio ordenamento jurídico, em tese, visando aproximar-se da legitimidade. A estrutura política, social e econômica não é derrubada; não rompe com a legalidade. Obs: Uma Reforma bem feita pode evitar uma Revolução; uma Reforma mal feita pode deflagra uma Revolução.
Golpe: Plano específico premeditado por um grupo, sem a intenção de derrubar a superestrutura do Estado, mas apenas o governante; sem teor social; alcance do poder de maneira egoísta; se rompe com a legalidade e com a legitimidade.
Democracia direta, indireta e semidireta
A Democracia é um processo, um regime em construção sujeito a Revoluções, Reformas e Golpes.
Democracia direta: Neste regime, a própria população participa de questões governamentais. Ex: modelo grego;
Democracia indireta: Também chamada de democracia representativa, é a democracia mediada exercida mediante representantes. Historicamente, houveram duas tipificações de mandatos nesse modelo:
Mandato imperativo: vinculação direta do representante e a vontade da população; o representante tem que agir exatamente nos moldes do que lhe é mandado; sujeito ao comando do eleitor.
Mandato representativo: não existe vinculação entre o eleito e os eleitores que lhe elegeram; o mandato do representante é dotado de independência, autonomia, liberdade, generalidade, irresponsabilidade, irrevogabilidade, representatividade de toda população.
Democracia semidireta: Criada a partir da necessidade de uma democracia de maior participação popular. Institutos de democracia semidireta:
Plebiscito: consulta à população a cerca de uma matéria importanterealizada anteriormente a entrada em vigor de uma lei. Obs: deve haver previsão normativa específica para tal; 
Referendum: também é uma consulta à população a certa de uma matéria importante, mas é feita após uma lei passar a vigorar. Também deve haver previsão normativa;
Iniciativa Popular: possibilidade de que a população apresente a Câmara dos Deputados uma lei que deseja ser implementada. Essa lei pode ser enviada à Câmara já pronta, estruturada ou não estruturada, como apenas sobre o que se quer na lei. Há requisitos específicos previstos na Constituição Federal (art. 51, par. 2º): deve ser escrito por no mínimo 1% do eleitorado nacional que deve estar distribuído em no mínimo 5 estados e representar 0,3% do eleitorado de cada estado.
Ação popular: O art. 5º, III da Constituição Federal prevê que cidadão (no sentido político, eleitor) possa garantir a licitude dos atos administrativos pode pedir exclusão ao Judiciário de ato que seja lesivo ao patrimônio público, de entidade que o Estado participe, a moralidade pública, ao meio ambiente ou ao patrimônio histórico-cultural.
Recall: NÃO É INSTITUCIONALIZADO NO BRASIL. Típico da democracia americana, consiste na destituição de autoridades eleitas de quaisquer dos 3 poderes, admitindo-se que o eleito traiu o mandato eleitoral Qualquer pessoa pode solicitar o recall, uma nova eleição é feita tendo inscrição livre, e se o recalled ganhar, o solicitante paga os custos da eleição, por isso é muito pouco usado.
Recall x Impeachment: O impeachment possui requisitos normativos expressos. Não é considerado o envolvimento da população, por isso não é considerado instituição de democracia semidireta.
Sufrágio, eleição e voto
Sufrágio possui definição polissêmica: representa o processo (eleição) e o instrumento (voto).
As teorias das formas de investidura explicam a natureza do sufrágio (se ele é um direito ou um dever), são elas:
Tese da titularidade democrática nacional: pertencente à nação, mas nem todos exercem o poder sufragante voto como um dever (compromisso social com quem não podia votar);
Tese da soberania popular: a soberania popular nasce de parcelas de liberdade da população, logo a soberania pertence ao povo e todos têm direito de exercer voto como um direito.
OBS: No Brasil, o voto é um direito-dever (tese mista).
Classificações:
Quanto à amplitude ou a possibilidade de participação no processo eleitoral
Universal: maior amplitude possível de participação política, sem critérios discriminatórios;
Restrito: contém fatores discriminatórios limitantes irra suáveis. Ex: critérios racistas, sexistas.
Quanto ao sigilo
Secreto: não é possível a comprovação do seu voto;
Aberto: todos podem ver e comprovar em quem votou.
Quanto ao peso
Igual ou paritário: pesos iguais (1 homem, 1 voto);
Plural: possibilidade de um eleitor votar mais de uma vez ou votos com pesos diferentes.
Quanto à obrigatoriedade de ir as urnas
Obrigatório;
Facultativo.
Quanto à mediatidade
Imediato ou direto: o eleitor vota diretamente naquele que vai exercer o cargo; sem intermediários;
Mediato ou indireto: o eleitor primário elege um eleitor intermediário, e este elege quem vai exercer o cargo.
Sistemas:
Majoritário: o eleito é quem obtiver a maioria dos votos, pode ser:
Maioria simples ou relativa: comparação entre o número de votos recebidos por candidato (quem tiver mais, vence);
Maioria absoluta: leva-se em conta o índice de aprovação e o índice de rejeição maior aprovação e menor rejeição. Ex: Segundo turno
OBS: No sistema eleitoral brasileiro os votos nulos e brancos não são considerados.
Proporcional: sistema que permita refletir no órgão representante, a população representada proporcionalmente; (em tese, cada partido político defende uma ideologia). Proporção calculada pelo quociente eleitoral (nº de votos válidos/nº de vagas a preencher). O quociente eleitoral é quem indica quantos candidatos por partido irão se eleger (distribuição de votos). Esse sistema pode ser:
Sistema de lista aberta: sabe-se o nome dos candidatos do partido e vota nominalmente no candidato;
Sistema de lista fechado: vota-se no partido e este distribui os votos.
Distrital: sistema majoritário aplicado geograficamente, localmente; a legislação delega divisões de um espaço e quantos candidatos cada divisão elegerão. Crítica: a depender do modelo, pode gerar um resultado falso.
Partidos políticos e outras formas de representação sociais
Os partidos políticos consistem em agremiações político-ideológicas que constituem uma das poucas novidades modernas no âmbito da política. É compatível com o modelo representativo, pois agrupaos eu pensam semelhantes. Os partidos mediam a população e a sua representação.
Alguns autores dizem que historicamente há indícios de partidos políticos na Revolução Francesa, nas famílias antigas italianas e na Inglaterra. Hobbes era contrário a ideia do partido político, para ele, estes promoviam a desunião, já para Rousseau, os partidos limitavam a democracia.
Elementos dos partidos políticos:
Grupo social;
Vínculo ideológico expresso em um programa partidário (formalização);
Finalidade
Classificações:
Quanto à organização externa
Uni ou monopartidário: apenas um partido político;
Bipartidário: dois polos ideológicos oficiais ou apenas na prática;
Pluripartidário:
Quanto à organização interna (Durverger)
Partidos de quadro: ênfase as qualidades dos membros participantes, calcados no carisma;
Partidos de massa: calcado na quantidade de componentes, buscando angariar o apoio das massas.
Quanto ao seu fator agregador (LenioStreck)
Partidos pessoais: se organizam em torno da figura de determinados indivíduos;
Partidos reais: enfatizam o vínculo ideológico, o pensamento político em comum;
Quanto à motivação (Max Weber)
Partidos de patronagem: os grupos se organizam visando exclusivamente a obtenção do poder;
Partidos ideológicos: em tese, visavam o poder como um meio para concretizar um determinado fim (a ideologia)
Quanto ao âmbito de atuação
Partido de vocação universal: transcendem as fronteiras de um Estado, estendendo as suas atividades por mais de um país. Ex: Partido Comunista;
Partidos Nacionais: se alastra por todo território nacional, respeitando as fronteiras do Estado. O Brasil adota esse.
Regionais e locais: se manifestam apenas em uma região (estado-membro, províncias)
Quanto ao direcionamento ideológico

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