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Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 DECISÕES A RESPEITO DE CAPACIDADE Determinar os limites competitivos da empresa Dar a taxa de resposta da empresa ao mercado Oferecer a estrutura de custos Dar a composição da força de trabalho Definir os níveis de tecnologia Exigir modelos de gestão atualizados Definir a estratégia geral dos estoques Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 DECISÕES SOBRE CAPACIDADE Planejamento de capacidade - definir qual o nível de capacidade que irá satisfazer as demandas de mercado. Estratégias de capacidade Capacidade máxima Capacidade inadequada Equilíbrio de capacidade Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 ESTRATÉGIAS DE CAPACIDADE Proativa - antecipar o crescimento futuro de modo que as novas instalações estarão concluídas quando a demanda for maior. Minimiza o custo de oportunidade. Volume (unidades) Tempo Demanda Capacidade da Planta Capacidade de Excesso Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Neutra - capacidade adicional torna-se disponível quando a demanda chega a 50 % da capacidade total. Volume (unidades) Demanda Capacidade da Planta Capacidade de Excesso ESTRATÉGIAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Reativa - quando a demanda se iguala a 100 % da capacidade. Tempo Demanda não Atendida Volume (unidades) DemandaCapacidade da Planta ESTRATÉGIAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 CAPACIDADE MÁXIMA Utilizar a atividade que oferece maior quantidade produzida por período. Quando houver uma grande diferença de tempo entre as atividades, é preciso utilizar uma média, para compensar as diferenças e possibilitar equilíbrio. Tarefas mais rápidas no início do processo tendem a estrangular o processo no final. Tarefas mais lentas no início, tornam ocioso o final. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 MONTAGEM E ACABAMENTO DE AQUECEDORES ATIVIDADES: Colocação da capa Fixação de parafusos da capa na armação Colocação da grade de proteção Fixação de parafusos da grade de proteção Testes de funcionamento Colocação na embalagem - caixa de papelão Fechamento da embalagem Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 3 empregados por turno de 8 horas Produção nesta fase: 25 unid./hora/pessoa Produção por turno - 25 x 8 x 3 = 600 unid. Produção diária (3 turnos): 1.800 unidades. MONTAGEM E ACABAMENTO DE AQUECEDORES Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 CONCEITOS E DEFINIÇÕES BÁSICAS Capacidade inadequada = problemas para a organização inadequada - perde clientes pela lentidão excessiva - pode subutilizar sua força de trabalho, reduzir preços para estimular a demanda, promoções, etc., mas sempre representará elevação de custos. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 CAPACIDADE INADEQUADA PARA MENOS: Perde-se clientes, pela lentidão do processo, falta de cumprimento dos prazos, por não atender as exigências dos clientes... Permite-se a entrada de novos competidores no mercado. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 PARA MAIS: A empresa precisa estimular a demanda, reduzindo preços, promoções Subutilização da força de trabalho Produzir para estoques - em excesso Buscar produtos adicionais, menos lucrativos CAPACIDADE INADEQUADA Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 EQUILÍBRIO DE CAPACIDADE Definir pelo menos 03 estágios de capacidade Estágio 01 - Quantidades pouco acima do ponto de equilíbrio. Estágio 02 - Quantidades acima do ponto de equilíbrio em torno de 20 %. Estágio 03 - Quantidades acima de 50 % do ponto de equilíbrio. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 CONCEITOS IMPORTANTES MELHOR NÍVEL OPERACIONAL É definido como sendo a capacidade onde o custo unitário médio seja mínimo. Está sempre relacionado com a demanda. Christopher Lovelock (1992) Clientes satisfeitos e insatisfeitos Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Nível Operacional 0 500 1000 1500 2000 1 7 13 19 25 Meses Q ua nt id ad es Quant. Cap. Ótima Cap. Máx. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 GARGALOS - O QUÊ FAZER ? Dentro da empresa oferecer horas-extras gerar estoques de amortecimento Locar máquinas Rearranjo do espaço físico Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 GARGALOS - O QUÊ FAZER ? Fora da empresa Subcontratar Compartilhar Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 FATORES QUE AFETAM A CAPACIDADE FATORES EXTERNOS FATORES INTERNOS Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 FATORES EXTERNOS Legislação - trabalhista, tributária, segurança, defesa do meio-ambiente, reciclagem de insumos, uso de energia, etc. Acordos e negociações - fornecedores, sindicatos, órgãos de classe, governo e outros Política econômica e cambial Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 FATORES INTERNOS Projeto do produto ou do serviço Questões de pessoal e empregos - treinamento, motivação, aprendizado, satisfação com emprego e métodos de trabalho Arranjo físico da planta e fluxo do processo Administração de materiais - armazenagem de insumos e peças acabadas Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 FATORES INTERNOS Capacidade de manutenção de equipamentos Sistemas de controle rígidos ou muito soltos Controle da qualidade Modelo de administração Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 TECNOLOGIA UTILIZADA PROCESSO MANUAL Número de produtos produzidos Número de atividades em cada produto Número de empregados Horas de trabalho por dia Número de tarefas realizadas por hora por empregado Número de produtos produzidos por dia/por hora por empregado Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 PROCESSO AUTOMATIZADO N° de produtos produzidos N° de atividades em cada produto N° de atividades por máquinas N° de empregados Horas de trabalho por dia N° de produtos produzidos por dia/por hora por máquina % de erros - falta de conformidade TECNOLOGIA UTILIZADA Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 TECNOLOGIA UTILIZADA PROCESSO ROBOTIZADO Volume de investimentos x N° de atividades desenvolvidas pelo robô (variação do custos fixo e variável) N° de produtos padronizados Quantidade de peças produzidos por período Treinamento necessário para operação dos robôs Aspectos construtivos e instalações especiais Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 PROCESSO ROBOTIZADO VANTAGENS: Racionalizam mão-de-obra Evitam acidentes de trabalho Evitam desperdício Oferecem mais segurança e precisão Exigem mais treinamento e qualificação Exigem mais investimento inicial Aumentam a produtividade Reduzem o tempo de execução das tarefas Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Possibilitam redução de estoques Possibilitam maior controle em todos os pontos do processo de produção Integração com fornecedores Redução do custo variável PROCESSO ROBOTIZADO VANTAGENS: Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 MEDIDA DE CAPACIDADE Medida de capacidade é a quantidade de serviço ou produto ou mesmo insumo disponibilizado num período. Produto - resultado do processo produtivo. Insumo disponibilizado é usado para serviços e quando é variável o tipo de serviço, qualificando-se de vários atendimentos, utiliza-se o insumo que mais caracterize o serviço. - Ex. assento em avião por trecho ou número do voo. Variáveis - número de pessoas trabalhando, jornada de trabalho, número de peças produzidas por período. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 MEDIDAS DE CAPACIDADE Há duas formas para medir a capacidade: Através da produção Através dos insumos Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 MEDIDAS DE CAPACIDADE Através da produção Medidas comuns aos tipos de produto Exemplo: 300 liquidificadores 300 batedeiras Total 600 peças produzidas Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Através de Insumos A capacidade é dada pelos insumos utilizados É mais utilizado para serviços MEDIDAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Numa fábrica, no departamento de montagens: Se 5 empregados trabalhando 8 horas diárias, realizando montagem de um componente a razão de 20 montagens por hora e por empregado. A capacidade do departamento será dada pelo número de montagens por hora = 800 montagens/h. 1 x 8 x 20 = 160 montagens/hora 5 x 160 = 800 montagens/hora MEDIDAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Num serviço: Se uma loja for planejada para atender 200 clientes/dia, mas está atendendo 120, a loja estará operando em 60 %, abaixo da capacidade de 100 % , pois 120/200 x 100 = 60 % Para atuar acima de 100 % alguma variável deve ter sido alterada. No caso da loja para ter capacidade operacional acima de 100 %, pode-se ter alterado: número de balconistas, o tempo médio gasto por cliente, número de horas de funcionamento da loja. MEDIDAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 A diversidade de produtos altera a capacidade, quanto mais padronizados os produtos, melhor a utilização da capacidade. Tempos de preparação de equipamentos - capacidade aumentada ou diminuída Para produtos diferentes, usa-se unidades produzidas, por exemplo: 600 rádios + 300 televisões = 900 unidades MEDIDAS DE CAPACIDADE Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 EMPRESA Siderúrgica Refinaria de Petróleo Montadora de Automóveis Cia. De Papel Cia. De Eletricidade Fazenda Pecuária MEDIDA toneladas de aço/período litros de gasolina/óleo n° de veículos/período toneladas de papel/período megawatts/hora tonelada de grãos/período cabeças/mês MEDIDAS DE CAPACIDADE EXEMPLOS Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 MEDIDAS DE CAPACIDADE EXEMPLOS EMPRESA Cia. Aérea Restaurantes Hotel Teatro Hospital Escola MEDIDA n° de assentos/período ou n° de passageiros/período n° de lugares/período ou n° de refeições/período n° de quartos ou leitos n° de assentos/período n° de leitos/período n° de vagas/período Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 EXPANSÃO DE CAPACIDADE A expansão de capacidade não se dá de forma contínua, mas aos saltos. Os saltos têm limites, fazendo com que a empresa procure novas instalações construindo alugando quando houver espaço solução temporária Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 EXPANSÃO DE CAPACIDADE Outras formas de expansão em uma fábrica: a) procedendo um rearranjo físico; b) utilizando a capacidade ociosa de equipamentos ou substituí-los por outros mais modernos; c) utilizando outros métodos de programação e controle de produção; d) reduzindo áreas de estoques. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 EXPANSÃO DE CAPACIDADE Na área de serviços: a) procedendo um rearranjo físico para aumentar o número de atendentes; b) administrando as filas de espera; c) criar novos horários; d) alterando os métodos de trabalho. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Há várias técnicas, a mais comum é: CUSTO X VOLUME ou PONTO DE EQUILÍBRIO Este método estabelece uma relação entre RECEITAS, CUSTOS e QUANTIDADE PRODUZIDA O objetivo é verificar como se comportam os custos e a receita diante de diferentes volumes de produção. Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Receita - Todos os recursos que são incorporados na empresa advindos de produtos vendidos ou serviços prestados. Custos - É o efetivo consumo ou aplicação de bens ou serviços - gastos na produção de bens ou serviços. Perda - É o consumo de bens ou serviços sem reflexo produtivo. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Custos Fixos - São aqueles que permanecem constantes, qualquer que seja a quantidade produzida. Exemplos: Aluguel, impostos prediais, depreciação de máquinas e instalações, manutenção das instalações, mão-de-obra da administração, energia elétrica, todas as despesas não envolvidas diretamente na produção. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Custos Variáveis - São aqueles que variam diretamente com o volume de produção. Exemplos - matéria-prima, insumos, mão- de-obra direta, etc... Há casos em que o custo variável aumenta linearmente em relação à produção - matéria-prima de alto custo e/ou proporção da matéria-prima no produto. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Custos totais - É a somatória dos custos fixos e custos variáveis. CT = CF + CV q = Quantidade produzida - bem ou serviço CF NÃO DEPENDE DE q CV DEPENDE DE q CV = Custo variável unitário = CVu q AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 CT = CF + qCVu onde: CT = Custo Total CF = Custo Fixo q = quantidade produzida qVu = Custo Variável unitário Dividindo tudo por q: CT/q = CF/q + CVu CT/q = custo total por unidade AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Se não houver uma variação no CVu CVu = parcela fixa que somada a CF/q (CFu) será tantomenor quanto maior seja a quantidade produzida. O CT será menor, quanto maior for a capacidade de produção. AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 PONTO DE EQUILÍBRIO É o ponto onde a Receita se iguala aos Custos, é expresso pela equação: q = Custo Fixo PV - CVu Onde q = quantidade produzida PV = Preço de venda CVu = Custo Variável unitário AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Como se obtém esta equação ? Se R = CT então: R = PV x q e CT = CF + CV CT = CF + CVu x q PV . q = CF + CVu . q - CF = - PV. q + CVu . q (-1) CF = PV . q + Cvu . q CF = q . (PV - Cvu) q = CF (PV - CVu) AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 A nova quantidade a ser produzida q¹ pode estar acima ou abaixo da quantidade no ponto de equilíbrio q. Então: Se q¹ for < a q = Prejuízo Se q¹ for > a q = Lucro AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 Um projeto industrial apresenta CF R$ 100 milhões e CVu na ordem de R$ 15 mil por unidade produzida. O PVu é de R$ 19 mil. a) Qual o ponto de equilíbrio ? b) E se há uma expectativa de lucro de R$ 16 mil, qual a nova quantidade ? AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Prof: André Luís Martins Planejamento e Controle da Produção Capacidade Pág. 1 a) Q = 100.000.000,00 = 25.00unidades 19.000 - 15.000 b) Lucro = Receita – Custo então L=q(PVu-CVu) - CF 16.000 = 4.000 q – 100.000.000 q=25.004 AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE ALTERNATIVAS DE PRODUÇÃO Continua...
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