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DESAFIO PROFISSIONAL ADILSON BERTI

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
POLO CASTRO
CURSO PEDAGOGIA
Disciplinas norteadoras: 
Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Língua Brasileira de Sinais, Responsabilidade Social e Meio Ambiente e Didática. 
ADILSON BERTI – R.A.3323430277
INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA COMO ESTRATÉGIA PARA MININIZAR PROBLEMAS COMPORTAMENTAIS E DE APRENDIZAGEM IDENTIFICADOS EM ALUNOS SURDOS
NOME DA TUTORA: Me. JoecimaraMiquelino
CASTRO / PARANÁ
2016
1. Apresentação
O tradutor e intérprete da língua brasileira de sinais é a pessoa responsável por interpretar uma língua (língua fonte) para outra língua (língua alvo) o que foi dito. O responsável pela tradução ou como é chamado de Intérprete de Língua de Sinais interpreta uma dada língua de sinais para outra língua, ou desta outra língua para uma determinada língua de sinais. É um sistema de signos compartilhado por uma comunidade lingüística comum. A fala ou sinais são expressões de diferentes línguas, onde a língua se traduz em um fator social, ou seja, um sistema coletivo de uma determinada comunidade lingüística. A expressão lingüística que é tecida em meio a trocas sociais, culturais e políticas. As línguas naturais apresentam propriedades específicas da espécie humana podendo ser: recursivas (a partir de um número reduzido de regras, produz-se um número infinito de frases possíveis), são criativas (ou seja, independentes de estímulos), dispõem de uma multiplicidade de funções (função argumentativa, função poética, função conotativa, função informativa, função persuasiva, função emotiva, etc.) e apresentam dupla articulação (as unidades são decomponíveis e apresentam forma e significado). 
As línguas de sinais são utilizadas pelas comunidades surdas, apresentando propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto reconhecidas enquanto línguas pela Lingüistica. As línguas de sinais são visuais espaciais, captando as experiências visuais das pessoas surdas brasileiras, a Lingüística é a ciência da linguagem humana e LIBRAS é uma das siglas para referir a língua brasileira de sinais, sendo que esta segue os padrões internacionais de denominação das línguas de sinais. É a partir desta que o interprete ouve ou vê para a partir dela fazer a tradução e a interpretação para a outra língua (a língua alvo). Existem modalidades das línguas: oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual. A língua falada é oral-auditiva, ou seja, utiliza a audição e a articulação através do aparelho vocal para compreender e produzir sons que formam as palavras dessas línguas. Uma língua sinalizada é visual-espacial, ou seja, utiliza a visão e o espaço para compreender e produzir os sinais que formam as palavras nessas línguas. Tanto uma língua falada, como uma língua sinalizada, podem ter representações numa modalidade gráfica-visual, ou seja, podem ter uma representação escrita. Modalidades de tradução-interpretação: língua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, português para a língua de sinais oral, escrita para sinais.
Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, pode ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada. A interpretação sempre envolve as línguas faladas/sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e visuais-espaciais. Assim, pode ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais. Vale destacar que o tema tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação. 
O termo ouvinte faz referência a todos aqueles que não compartilham as experiências visuais do mundo. Do ponto de vista clínico comumente se caracteriza a surdez pela diminuição da acuidade e percepção auditivas que dificulta a aquisição da linguagem oral de forma natural. Surdos são as pessoas que se identificam enquanto surdas, sendo que é considerado o sujeito que aprende o mundo por meio de experiências visuais e tem direito e a possibilidade de apropriar-se da língua brasileira de sinais e da língua portuguesa, de modo a propiciar seu pleno desenvolvimento e garantir o trânsito em diferentes contextos sociais e culturais. A identificação dos surdos situa-se culturalmente dentro das experiências visuais. Entende-se cultura surda como a identidade cultural de um grupo de surdos que se define enquanto grupo diferente de outros grupos. Essa cultura é multifacetada, mas apresenta características que são específicas, ela é visual, ela traduz-se de forma visual. As formas de organizar o pensamento e a linguagem transcendem as formas ouvintes. 
O tradutor-intérprete de língua de sinais traduz e interpreta língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral e escrita). A tradução-interpretação simultânea é um processo de tradução e interpretação de uma língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa que o tradutor/intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação. Ao se colocar como tradutor-intérprete, deve-se levar em consideração que para aprender a língua de sinais demanda de muito tempo e não basta apenas saber se comunicar em LIBRAS, existe uma gramática própria, portanto LIBRAS não são sinais que devem ser colocados na frase com a estrutura gramatical da língua portuguesa, mas sim uma língua que está em constante crescimento, tendo seu léxico (vocabulário) aumentado através da criação de novos sinais realizados pela própria comunidade surda. Existe também o fator da criação de certas palavras que não correspondem em LIBRAS, o que não significa que esta seja inferior as línguas faladas, apenas são modalidades diferenciadas, onde qualquer assunto pode ser debatido, falado, “filofofado”. Ás vezes, com um sinal pode se comunicar uma frase que na língua portuguesa corresponderia a 5 ou 6 palavras e o contrário também ocorre, uma palavra na língua portuguesa tem que ser explicada com bem mais sinais, portanto são línguas diferentes e com características específicas. 
2. Justificativa
Diante da necessidade em auxiliar alunos surdos em melhorar seu desempenho escolar, a pesquisa procurou manifestar conhecimentos voltados para a área da deficiência auditiva completa. Criar uma educação inclusiva significa pensar em uma escola que abranja a todos, envolvendo transformações no trabalho, na saúde, na assistência social e principalmente na qualidade de ensino considerando as particularidades de cada um (SOARES, 2013). Pires e Oliveira (2011) defendem que devido ao contexto bicultural em que as pessoas surdas estão inseridas, as conseqüências da surdez não se resume exclusivamente na limitação sensorial, mas também por meio da educação continuada e que a escola se organize e assegure as condições adequadas. 
A grande diversidade existente entre sujeitos portadores de deficiência auditiva não permite determinar uma única proposta educacional, cada uma possui um grau de capacidade de utilização da audição e diferentes níveis de desenvolvimento da linguagem oral. As escolas juntamente com os seus profissionais irão possibilitar uma educação para esses deficientes com o objetivo de promover o bem estar e a formação total, viabilizando o desenvolvimento de suas potencialidades, sendo que a dificuldade na leitura e na escrita dos alunos surdos não é a surdez em si, mas sim um atraso lingüístico em virtude da demora da aquisição da sua primeira língua e da metodologias direcionadas pela oralidade (LOPES, 2010). Isso detona a dificuldade da criança surda, pois se a linguagem e o diálogo são fatores essenciais para o desenvolvimento e sendo esta área afetada no surdo, mostra-se que as conseqüências da surdez devem ultrapassar a dificuldade comunicativa e atingir todas as áreas do desenvolvimento da criança. 
A maioria das crianças, alunos com deficiênciaauditiva tem seu primeiro contato com a LIBRA na escola e esta dependera de adquirir a primeira, faz-se necessário que a escola disponibilize aos alunos o acesso à interação social lingüística e para que isso ocorra, os professores e todos os envolvidos na educação, principalmente nas séries iniciais, precisam ter conhecimento em LIBRAS. Para os ouvintes uma aula só será produtiva através de discussões e atividades, assim também uma aula em exposição em libras associada a reflexão sobre o assunto e a estimulo visual então se tornará uma aula interessante e mais produtiva. Um professor terá melhores condições de trabalhar suas práticas se conhecer a estrutura gramatical e as características particulares da LIBRA. Para isso, propõem-se oferecer ao aluno uma educação oralista com as mesmas condições da comunicação oral oferecidas ao aluno ouvinte, trazendo aulas expositivas, articulando lentamente e com clareza nas palavras pronunciadas e procurando sempre estar à frente do aluno surdo, fazendo registros na lousa das informações fornecidas oralmente aos demais. O aluno deve freqüentar uma escola de ensino regular para estar em contato com falantes da língua oral onde aprenderá por meio de interações com os ouvintes, porém o surdo não adquire a língua oral de maneira natural, ele necessita de condições formais e específicas de aquisição do que ele é como se fosse uma língua estrangeira. A surdez é uma experiência visual, eles se orientam a partir da visão, ainda que com os restos auditivos maiores ou menores às vezes façam o uso de alguns sons, sua organização perceptual fundamental se dá a partir da visão e não da audição. 
3. Objetivos
A educação inclusiva é o direcionamento em que se alinham a condução do papel dos educadores de uma escola que se empenha em auxiliar aqueles que necessitam de atendimento especializado. O professor e o psicopedagogo devem se unir em um trabalho de equipe a fim de gerir um bom aprendizado, principalmente para aqueles alunos inclusos. 
Para Souza e Vasconcelos (2012), o psicopedagogo esta buscando ao longo dos anos por uma definição para a sua formação, atuação e identidade, porém o psicopedagogo é um profissional que poderá ajudar os alunos a superarem suas dificuldades de aprendizagem, compreender o processo escolar e descobrirem o potencial que existe em cada um. Ele também poderá oferecer a possibilidade de resgatar a própria autoestima e a motivação para a aprendizagem mostrando que através do próprio esforço o aluno poderá aprender e se desenvolver com prazer. O ser humano é o objeto central de estudo do psicopedagogo, observando também seus padrões evolutivos normais e patológicos, não excluindo a influência do meio que geralmente é produzida pela família, pela escola e pela sociedade no desenvolvimento humano como um todo, procurando desenvolver seu estudo de atenção e reação do sujeito diante das tarefas levando em consideração: os bloqueios, hesitações, lapsos, repetição, resistências e angústias, cabe ao profissional saber como se constitui o indivíduo, como ele se modifica ao longo das etapas da vida, seus recursos de conhecimento e como aprende. 
A aprendizagem é um processo complexo, por isso muitas vezes surgem dificuldades produzidas por falhas na metodologia utilizadas em sala de aula, porém hoje a maior preocupação do psicopedagogo é evitar ou minimizar o fracasso escolar, facilitando o processo de aprendizagem cognitivo, afetivo e social. Na instituição escolar o psicopedagogo atuará numa ação preventiva, deverá adotar uma postura crítica frente ao fracasso escolar, visando novas mudanças de ações voltadas para a melhoria da prática pedagógica nas escolar, como formação de prevenção onde o professor possa ensinar com prazer e o aluno também aprenda com prazer. O psicopedagogo deve compreender as inter-relações de vários fatores: hereditários, sociais, culturais, pedagógicos, psicológicos e/ou médicos. Tudo isso para compreender de forma global o desenvolvimento da criança e não cometer o erro de fazer avaliações superficiais que estigmatizem o aluno, reforçando suas dificuldades e causando uma baixa autoestima e pré-conceitos do professor com relação a ele. A educação de surdos e a educação regular têm sofrido uma sustentação teórica muito ligada a clinicalização dos fracassos. As crianças são avaliadas por médicos, psicólogos que diagnosticam seus “problemas” e geralmente o professor passivo, não consegue resolver os impasses em sala e aula, por ser um caso médico, na surdez essa tendência se reforça ainda mais, pois os surdos são privados; impedidos por sua deficiência auditiva, esta criança precisa ser normalizada para que sua vida seja mais parecida possível com a dos ouvintes. 
O psicopedagogo deverá ajudar a equipe escolar a transformar o ambiente escolar em um espaço de construção do conhecimento, colaborando na elaboração do projeto pedagógico, visando três questões fundamentais: o que ensinar, como ensinar e para quem ensinar. Escolas, pais e alunos devem confiar no trabalho do psicopedagogo e estar abertos a mudanças no caso sejam necessárias mudanças, em relação de reciprocidade e troca mútua de conhecimentos que poderá favorecer o processo de ensino aprendizagem de muitos educandos. 
 
 
4. Metodologia e estratégias
O aprendizado inicial de crianças deve ser da Língua de sinais – LIBRAS – essa é sua primeira língua, é com ela que ele pensará e construirá seu pensamento. A idade mínima para que a criança possa ser exposta ao aprendizado de linguagem de sinais é a de mais ou menos seis ou sete meses, mesmo que ela só venha a utilizar estes sinais aprendidos após o sétimo ou oitavo ano com maior desenvoltura. Assim sendo, a criança deve ser introduzida desde cedo à língua materna, podendo ainda ser realizadas atividades com bebês surdos visando sempre desenvolver habilidades visuais e ensinar a linguagem de sinais. 
É mediante o contato com os pais que a criança já consegue em dois ou três meses no mínimo para fazer uso e sinalizar de forma que se possa entender e estimular seus pequenos gestos. A escola deve disponibilizar um profissional fluente na Língua Brasileira de Sínais para facilitar o educador a ministrar suas aulas e/ou ainda utilizar-se de recursos didáticos adaptados para o portador de necessidade especial, que hoje já e oferecido pelos órgãos públicos, gratuitamente. 
As pessoas surdas têm as mesmas possibilidades de desenvolvimento das ouvintes. O que se faz necessário é a adaptação dos recursos didáticos a serem utilizados pelos professores, para suprir esta especificidade. Todo surdo tem de ser estimulado para desenvolver sua potencialidade e se integrar na sociedade e participar dos fatos que os cercam e usufruir dos relacionamentos com os outros indivíduos sendo ele ouvinte ou surdo. 
A escola deve respeitar as diferenças e oferecer ao aluno autonomia dentro da sala de aula, pois depois de muitos estudos e pesquisas realizados, observa-se que a Língua Brasileira de Sinais deixa de ser apenas uma “mímica” em sala de aula e passa a ser reconhecida cientificamente como Língua natural do surdo de modalidade gestual. O professor da sala regular é imprescindível, além da sua capacitação profissional ele deve estar, assim como a escola, preparado para receber essa “diferença”. A inclusão não deve acontecer somente fisicamente, mas a aprendizagem desse aluno deve ser significativa. É necessário também o que o professor pensa em relação ao “diferente” e mais importante o que o professor necessita e almeja e como desenvolve sua prática. 
[...] deveremos nos questionar se a escola inclusiva tem essa conotação a partir de adaptações curriculares ou da conscientização dos profissionais envolvidos no processo educativo? Os alunos têm que aprender juntos sempre que possível, mas a instituição de ensino tem que assegurar condições para que esse processo seja concluído. Mas não vamos atribuir toda culpa a escola, pois ela é apenasa ponta do “iceberg”. Os Estados e Municípios deveriam assegurar que essas instituições tivessem condições necessárias para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais. Na fala de um professor entrevistado, o processo da Educação Inclusiva fica caracterizado como “atropelado”. De certa forma, no caso de professores designados pelo Estado, estes chegam até a escola sem ter conhecimento do que vão encontrar. Nesse caso, nota-se a falta de compromisso do órgão gestor, que não se preocupa em garantir que esses educandos tenham um atendimento adequado as suas necessidades. (FREITAS, 2001, P.25)
Isto leva os professores à uma certa resistência quanto aos alunos deficientes, na maioria dos casos, a falta de conhecimento de como lidar com esses alunos, sendo assim eles se sentem despreparados para assumir esse trabalho inclusivo. Sendo assim, com o aumento do número de alunos surdo nas escolas, é fundamental conhecer o professor da escola e como ele vê o aluno surdo, pois não basta saber LIBRAS, mas como ele trabalha com esse aluno e como será a prática pedagógica desenvolvida para tal. 
5. Desenvolvimento
O papel do professor é fundamental para que o processo de ensino-aprendizagem aconteça de forma significativa, o docente envolvido na educação especial deve ter a consciência de que a forma ou método alternativo correto para a mediação para o aprendizado é a LIBRAS, que apresentada de forma correta e atrelada às atividades de sala de aula terá resultados positivos tanto para o professor e principalmente para o aluno surdo e sua socialização, os desafios existem e a escola deve se adequar ás necessidades dos alunos que são inclusos não apenas como está previsto em lei, mas acolher esse aluno na prática no cotidiano escolar e atender as necessidades em todas as deficiências, para assim não ficar alheio ao que está sendo desenvolvido em sala de aula. Deve a coordenação trazer recursos e professores preparados com currículos e especializações, para que esses desafios sejam superados. É um processo longo e demanda tempo e disponibilidade por parte do professor, agindo assim a escola finalmente será uma escola inclusiva. 
Para que a escola seja considerada inclusiva, além do aluno estar presente na sala de aula, existe a necessidade de ter intérpretes de LIBRAS na sala de aula, juntamente aos alunos surdos. A presença do intérprete na sala de aula garantirá ao aluno incluso a comunicação melhorada e também auxiliará na desenvoltura do mesmo na sociedade em geral. 
Além das atividades que são desenvolvidas para as crianças surdas, todos os profissionais das escolas devem participar de cursos e reuniões e atividades de aprendizagem de LIBRAS, pois somente assim pode-se efetivar a inclusão do aluno no ambiente escolar e futuramente a inclusão do aluno na sociedade. Essa real inclusão se dará no momento em que o professor pedir para o aluno buscar algo na biblioteca, na secretaria ou em outro lugar e o funcionário que atendê-lo conseguir compreender sua linguagem.
Não pode-se deixar de citar a questão do bilingüismo, pois ainda é um assunto que gera polêmica nas escolas. 
O bilingüismo apresenta muitas formas e configurações e as diferentes classificações de bilingüismo variam dependendo das dimensões lingüísticas, cognitivas, sociais e de desenvolvimento que são consideradas como foco de atenção (ZIMMER, FINGER, SCHERER, 2008, p.2).
O bilingüismo é uma ferramenta importante de extrema importância na inclusão de crianças surdas na sociedade em geral, infelizmente, os desafios são grandes, já que este assunto é novo e muitos não entendem a questão dos alunos aprenderem primeiramente a língua de sinais, posteriormente a língua portuguesa. Contudo, avanços precisam ser estudados para melhorar o aprendizado dos alunos surdos. 
As instituições de ensino regular necessitam explorar as potencialidades do educando, levando em conta sempre suas especificidades e integrem plenamente na sociedade.
Como todas as outras, as línguas de sinais são vivas, pois estãos em constante transformação com novos sinais sendo introduzidas pelas comunidades surdas de acordo com suas necessidades. As línguas de sinais não são universais. Cada uma tem a sua própria estrutura gramatical e assim, como não temos uma língua oral única, também não tem apenas uma língua de sinais (HONORA, 2009, p.41).
As instituições de ensino têm a obrigatoriedade de sempre que necessário evidenciar que a criança surda é importante e que primeiramente ela terá que aprender sua língua materna a LIBRAS para depois estar apta para adquirir a língua portuguesa escrita e falada. Visando sempre que não será uma tarefa fácil, mas que dependerá do seu desempenho e muita força de vontade.
 
6. Resultados esperados
Com o novo contexto educacional do ensino regular onde recebe crianças com necessidades educacionais especiais, a psicopedagogia tem um papel importante auxiliando os professores, os pais e a equipe escolar no trabalho com a inclusão, pois entendemos que não é suficiente oferecer a vaga ao aluno com necessidades especiais e sim atendê-lo de forma que este desenvolva suas habilidades educacionais, o psicopedagogo institucional junto com a equipe escolar deverá avaliar os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos e suas causas, trabalhar como assessor pedagógico, ouvindo, conversando sobre a escola com os diferentes profissionais que nela atuam: levantamento, compreensão, a análise das práticas escolares em suas relações com a aprendizagem promovendo a construção de novas práticas produtoras de melhor aprendizagem. Deverá englobar todos os trabalhos que dão suporte pedagógico e clínicos realizados no espaço escolar, deverá ser um trabalho de prevenção, ou seja, deverá fazer com que a escola seja a solução e não o problema, pois é nela que crianças e jovens irão adquirir conhecimentos para viverem em sociedade.
Partindo de um contexto mais específico, não se deve querer que o surdo aprenda da mesma forma que o ouvinte, pois ambos são diferentes e possuem particularidades como por exemplo o canal utilizado pelo ouvinte que chamamos de percepção auditiva com interações verbais e escrita fonológica. O surdo possui uma língua viso-espacial que chamamos de LIBRAS. É através desta que o surdo desenvolve sua capacidade lingüística, porém quase sempre possui um atraso em aprender a leitura e a escrita. A grande dificuldade do surdo em desenvolver a linguagem acarreta outros distúrbios específicos de ordem cognitiva, social e emocional, porém o motivo real destes problemas são na realidade os bloqueios no seu desenvolvimento lingüístico devido à falta de audição que pode variar quanto ao grau e o tipo de um indivíduo para o outro. 
O bilingüismo seria a prática mais apropriada ás necessidades da pessoa surda, pois habilita um desenvolvimento adequado e pleno da linguagem de sinais (LIBRAS) e posteriormente da língua portuguesa. Algumas instituições educacionais insistem em considerar que o surdo participe de educação oralista, voltada a práticas pedagógicas para alunos ouvintes e isso pode ocasionar grandes fracassos escolares aos alunos surdos. Neste caso, o melhor mesmo será a língua de sinais – LIBRAS – possibilitando não apenas a comunicação do surdo como também sua interação com os alunos ouvintes. A educação da língua de sinais possibilita a aprendizagem facilitada e não a dificuldade do aluno surdo. 
O objetivo do atendimento ao aluno surdo é propor um currículo diferenciado, que atenda as necessidades específicas deste grupo sem perder a sintonia com as propostas pela educação em si. Para que isso ocorra existe a necessidade da inclusão, no caso dos surdos, o reconhecimento da língua oficial – LIBRAS – e condições de aprendizagens semelhantes à dos ouvintes. 
A inclusão dos surdos na sociedade ainda tem um longo caminho a ser percorrido e grandes desafios a serem transpostos. Um deles é criar uma proposta realeducacional bilíngüe que atinja toda a população por conta da dificuldade na preparação e qualificação dos profissionais envolvidos, e maiores ainda é a dificuldade de preparar as pessoas que não estão ligadas à educação para essa nova proposta. Além disso, as escolas também devem ser reestruturadas para que os professores tenham condições de se capacitarem para entender todos os alunos de modo igualitário, neste sentido, os professores devem estar abertos à compreender as diferenças educacionais dos alunos surdos e ouvintes, a fim de poder auxiliá-los através do desenvolvimento de estratégias pedagógicas que atendam essas diferenças. 
O ideal seria que nas instituições de ensino regular, ou seja, de ouvintes, é que as mesmas se preparassem para dar aos alunos surdos conteúdos pela língua de sinais, através de recursos visuais, tais como figuras, língua portuguesa escrita e leitura, a fim de desenvolver nos alunos a memória visual e o hábito de leitura, que recebam o apoio do professor especialista conhecedor de língua de sinais e enfim, proporcionando interprete de língua de sinais brasileira, para o maior acompanhamento das aulas. Outras possibilidades é contar com a ajuda de professores, interlocutores e monitores surdos, que auxiliem o professor a trabalharem LIBRAS na escola. 
7. Referências bibliográficas
Bock AMB, Furtado O, Teixeira MLT. Psicologias: uma introdução ao estudo de Psicologia. 13ª ed. São Paulo (SP): Saraiva; 1999.
FERNANDES, SUELI DE FÁTIMA. Educação Bilíngüe para Surdos: identidades, diferenças, contradições e mistérios. Curitiba, 2003, Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal do Paraná. Disponível em: acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/24287/T%20-%20FERNANDES,%20SUELI%20DE%20FATIMA%20.pdf?sequence=1.relaize Aceso em 12 nov 2016.
HONORA, M. Livro Ilustrado de Língua de Sinais: desvendando a comunicação usada pelas pessoas com surdez. São Paulo: Ciranda Cultural, 2009. Disponível em: http://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/lingua-brasileira-sinais-no-contexto-escola-bilingue.htm Aceso em: 13 nov. 2016. 
LOPES, T. C. O processo aquisitivo da escrita da língua portuguesa por surdos. Acta Tecnológica, vol.5, nº 2, 2010.
O tradutor de intérprete de língua de sinais e língua portuguesa / Secretaria de Educação Especial; Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos – Brasília: MEC; SEESP. 2004. 94p. : il. Disponível em: portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf Aceso em 12 nov. 2016.
PIRES, E. M.; OLIVEIRA, M. P. 1 curso, em âmbito nacional, de Pós graduação lato sensu em formação de professores para educação de pessoas surdas. Anuário discente, Volume 1, n 1, 2011.
SOARES, C. C. R. Interfaces entre sujeitos da ambientoterapia, psicopedagogia e inclusão escolar, horizontes possíveis. UFRGS, Repositório Digital, lume, 2013.
SOUZA, E.F. VASCONCELOS T.C. O papel do Psicopedagogo no contexto atual. Revista Rebes, Pombal- PB, Brasil, vol.2, n 1, pág. 53-58, 2012.
ZIMMER, M.; FINGER, I,; SCHERER, L. Do bilingüismo ao multilingüismo: intersecções entre a psicolingüística e a neurolingüística. ReVEL. Vol. 6, n. 11, agosto de 2008. ISSN 1678-8931[www.revel.inf.br].

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