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NOVO CURSO PARA CARREIRA JURÍDICA 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
1 
 
CARREIRA JURÍDICA
Direito Penal
Rogério Sanches
 
 
 
DIREITO PENAL: CONCEITO
a) Aspecto Formal / Estático: Direito Penal é o
conjunto de normas que qualifica certos
comportamentos humanos como infrações penais,
define os seus agentes e fixa sanções a serem-
lhes aplicadas.
b) Aspecto Material: O Direito Penal refere-se a
comportamentos considerados altamente
reprováveis ou danosos ao organismo social,
afetando bens jurídicos indispensáveis à própria
conservação e progresso da sociedade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVO CURSO PARA CARREIRA JURÍDICA 
Direito Penal 
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2 
 
c) Aspecto Sociológico/Dinâmico (TJ/PR)?
 
 
 
Aprofundando o enfoque sociológico
- A manutenção da paz social demanda a
existência de normas destinadas a estabelecer
diretrizes.
- Quando violadas as regras de conduta, surge
para o Estado o dever de aplicar sanções (civis
ou penais).
- Nessa tarefa de controle social atuam vários
ramos do Direito.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVO CURSO PARA CARREIRA JURÍDICA 
Direito Penal 
Rogério Sanches 
3 
 
- Quando a conduta atenta contra bens
jurídicos especialmente tutelados, merece
reação mais severa por parte do Estado,
valendo-se do Direito Penal.
- O que diferencia a norma penal das demais é
a espécie de consequência jurídica (pena
privativa de liberdade).
 
 
 
ATENÇÃO! 
IMPORTANTE DIFERENCIAR (MP/MG):
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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4 
 
DIREITO PENAL: MISSÃO
1- MISSÃO MEDIATA
a)
b)
 
 
 
2- MISSÃO IMEDIATA
A doutrina diverge: (MP/MG - 1ª fase)
1ª Corrente:
2ª Corrente:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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5 
 
DIREITO PENAL: CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA
1- DIREITO PENAL SUBSTANTIVO x DIREITO PENAL ADJETIVO
9
DIREITO PENAL SUBSTANTIVO DIREITO PENAL ADJETIVO
Corresponde ao Direito penal 
material (crime / pena).
Corresponde ao Direito 
processual penal (processo / 
procedimento).
 
 
 
2- DIREITO PENAL OBJETIVO x DIREITO PENAL SUBJETIVO
10
DIREITO PENAL: CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA
DIREITO PENAL OBJETIVO DIREITO PENAL SUBJETIVO
Positivo Negativo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVO CURSO PARA CARREIRA JURÍDICA 
Direito Penal 
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6 
 
CUIDADO!
O DIREITO DE PUNIR ESTATAL NÃO É
ABSOLUTO / INCONDICIONADO / ILIMITADO:
LIMITES DO DIREITO DE PUNIR ESTATAL:
1- Quanto ao MODO: O direito de punir
estatal deve respeitar direitos e garantias
fundamentais.
 
 
 
2- Quanto ao ESPAÇO: Em regra, aplica-se a lei
penal aos fatos ocorridos no território nacional
(Princípio da Territorialidade – art. 5º C.P.).
“Art. 5º, C.P. - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional.”
3- Quanto ao TEMPO: O direito de punir não é
eterno (a maior prova dessa afirmação é a
prescrição – limite temporal do direito de
punir).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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7 
 
OBS.: O direito de punir é monopólio do 
Estado, ficando proibida a justiça privada.
A justiça privada pode caracterizar o crime de
exercício arbitrário das próprias razões (art.
345 C.P.).
“Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos,
para satisfazer pretensão, embora legítima,
salvo quando a lei o permite:
 
 
 
CUIDADO! Há um caso que o Estado tolera a
punição privada paralela à punição estatal:
ESTATUTO DO ÍNDIO (art. 57 da lei nº 6001/73)
“Art. 57. Será tolerada a aplicação, pelos grupos
tribais, de acordo com as instituições próprias, de
sanções penais ou disciplinares contra os seus
membros, desde que não revistam caráter cruel ou
infamante, proibida em qualquer caso a pena de
morte.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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8 
 
O TPI é exceção ao monopólio do direito de 
punir do Estado? 
- O TPI não representa exceção à
exclusividade do direito de punir do Estado.
- O artigo 1º do Estatuto de Roma consagrou
o PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE,
segundo o qual, o TPI será chamado a
intervir somente se e quando a justiça
repressiva interna falhar, se tornar omissa ou
insuficiente.
 
 
 
“Estatuto de Roma - Artigo 1º - O Tribunal - É
criado, pelo presente instrumento, um Tribunal
Penal Internacional ("o Tribunal"). O Tribunal
será uma instituição permanente, com
jurisdição sobre as pessoas responsáveis
pelos crimes de maior gravidade com alcance
internacional, de acordo com o presente
Estatuto, e será complementar às jurisdições
penais nacionais. A competência e o
funcionamento do Tribunal reger-se-ão pelo
presente Estatuto.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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9 
 
3- DIREITO PENAL DE EMERGÊNCIA x DIREITO PENAL
PROMOCIONAL / POLÍTICO / DEMAGOGO
17
DIREITO PENAL: CLASSIFICAÇÃO 
DOUTRINÁRIA
DIREITO PENAL DE EMERGÊNCIA DIREITO PENAL PROMOCIONAL /
POLÍTICO / DEMAGOGO
Atendendo as demandas de
criminalização, o Estado cria normas
de repressão ignorando garantias do
cidadão.
O Estado, visando a consecução dos
seus objetivos políticos, emprega
leis penais desconsiderando o
princípio da intervenção mínima.
Finalidade: devolver o sentimento
de tranquilidade para a sociedade.
Finalidade: usar o direito penal para
a transformação social.
Exemplo: lei dos crimes hediondos
(lei nº 8.072/90) – sequestro do
Abílio Diniz (pressão da mídia).
Exemplo: Estado criando
contravenção penal de mendicância
(revogada) para acabar com os
mendigos ao invés de melhorar
políticas públicas.
 
 
 
DIREITO PENAL SIMBÓLICO
A LEI, NECESSÁRIA, NASCE SEM QUALQUER
EFICÁCIA SOCIAL.
EX: CRIA-SE O TIPO PENAL COM PENA
DESPROPORCIONAL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Penal 
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VELOCIDADES DO DIREITO PENAL
Idealizadas por Silva Sánchez.
Trabalha com o tempo que o Estado leva para
punir o autor de uma infração penal mais ou
menos severa.
1ª VELOCIDADE:
 
 
 
2º VELOCIDADE:
3º VELOCIDADE: Mescla a 1ª velocidade e a 2ª
velocidade.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Curiosidade - para alguns doutrinadores há, ainda a 4ª VELOCIDADE do Direito
Penal:
A 4ª (quarta) velocidade do Direito Penal está ligada ao Direito Internacional.
Para aqueles que uma vez ostentaram a posição de Chefes de Estado e como
tais violaram gravemente tratados internacionais de tutela de direitos
humanos, serão aplicadas a eles as normais internacionais (TPI). Nessa
velocidade, há uma nítida diminuição das garantias individuais penais e
processuais penais desses réus, defendida inclusive pelas ONGs.
21
VELOCIDADES DO DIREITO PENAL: Quadro
Comparativo
1ª VELOCIDADE 2º VELOCIDADE 3º VELOCIDADE
Pena privativa de liberdade Penas alternativas Pena privativa de liberdade
Procedimento garantista Procedimento flexibilizado Procedimento flexibilizado
Ex: C.P.P. Ex: lei nº 9.099/95 Ex:lei nº 9.034/95
(organizações criminosas)
 
 
 
FONTES DO DIREITO PENAL
Lugar de onde vem (fonte material) e como se
exterioriza (fonte formal) o Direito Penal.
1- FONTE MATERIAL (“fábrica”)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“Art. 22. Compete privativamente à União
legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual,
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico,
espacial e do trabalho;”
 
 
 
IMPORTANTE!
Lei complementar pode autorizar o Estado a
legislar sobre Direito Penal incriminador no
seu âmbito.
“Art. 22, parágrafo único. Lei complementar
poderá autorizar os Estados a legislar sobre
questões específicas das matérias
relacionadas neste artigo.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- FONTE FORMAL (“propagar o produto fabricado”)
É o instrumento de exteriorização do Direito Penal, o modo como as
regras são reveladas (fonte de conhecimento ou cognição).
25
FONTES DO DIREITO PENAL
Fonte FORMAL 
(Doutrina CLÁSSICA)
Fonte FORMAL 
(Doutrina MODERNA)
IMEDIATA: Lei IMEDIATAS:
- Lei
- Constituição Federal
-Tratados Internacionais de Direitos
Humanos
- Jurisprudência
- Princípios
-Atos administrativos
MEDIATAS:
- Costumes
- Princípios gerais do Direito
MEDIATA: Doutrina
 
 
 
2- FONTES FORMAIS
a) Imediatas (Doutrina Moderna)
a.1) LEI
-Fonte formal imediata.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a.2) CONSTITUIÇÃO FEDERAL
- Fonte formal imediata.
- Muito embora não possa criar infrações
penais ou cominar sanções, a C.F. nos revela o
Direito Penal estabelecendo patamares
mínimos (mandado constitucional de
criminalização) abaixo dos quais a intervenção
penal não se pode reduzir.
 
 
 
# Pergunta (fase oral MP/SP):
Se a C.F. é superior à lei, porque ela não pode
criar infrações penais ou cominar sanções?
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXEMPLOS DE MANDADOS 
CONSTITUCIONAIS DE CRIMINALIZAÇÃO:
“Art. 5º, XLII, CF - A prática do racismo
constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito à pena de reclusão (patamares
mínimos), nos termos da lei; (a lei é quem cria
o crime de racismo e comina a sua pena).”
 
 
 
“Art. 5º, XLIV, CF - Constitui crime inafiançável
e imprescritível (patamares mínimos) a ação de
grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado
Democrático;”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Existem mandados constitucionais de 
criminalização implícitos? (MP/GO) 
- De acordo com a maioria, existem mandados
constitucionais de criminalização implícitos,
com a finalidade de evitar a intervenção
insuficiente do Estado.
 
 
 
- Ex: O legislador não poderia retirar o crime
de homicídio do ordenamento jurídico,
porque a C.F./88 garante o direito à vida.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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a.3) TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
- Fonte formal imediata.
- Podem ingressar no nosso ordenamento jurídico de 2 formas:
Os T.I.D.H. (com status constitucional ou supralegal) não podem criar
infrações penais ou cominar sanções para o Direito interno – mas
apenas para o Direito Internacional Penal (julgado no TPI).
33
CF/88
TIDH - status 
constitucional 
(quórum EC)
TIDH - status 
supralegal (quórum 
comum)
LEI ORDINÁRIA
2- FONTES FORMAIS
a) Imediatas (Doutrina Moderna)
 
 
 
ATENÇÃO!
Antes da lei nº 12.694/12 (que definiu
organização criminosa), o STF, no julgamento
do HC 96.007, decidiu pela proibição da
utilização da definição de Organização
Criminosa dada pela Convenção de Palermo,
reafirmando que os Tratados Internacionais
não podem criar infrações penais ou cominar
sanções para o Direito interno – mas apenas
para o Direito Internacional Penal.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- FONTES FORMAIS
a) Imediatas (Doutrina Moderna)
a.4) JURISPRUDÊNCIA
-Fonte formal imediata.
 
 
 
Ex: “Art. 71 C.P. - Quando o agente, mediante
mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou
mais crimes da mesma espécie e, pelas
condições de tempo (jurisprudência propõe 30
dias), lugar, maneira de execução e outras
semelhantes, devem os subseqüentes ser
havidos como continuação do primeiro, aplica-
se-lhe a pena de um só dos crimes, se
idênticas, ou a mais grave, se diversas,
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a
dois terços.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- FONTES FORMAIS
a) Imediatas (Doutrina Moderna)
a.5) PRINCÍPIOS
- Fonte formal imediata.
-Não raras vezes, os Tribunais absolvem ou
reduzem penas com fundamento em
princípios.
Ex:
 
 
 
a.6) ATOS ADMINISTRATIVOS
- Fonte formal imediata quando
complementam norma penal em branco.
- Ex:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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2- FONTE FORMAL 
b) Mediata (Doutrina Moderna)
b.1) DOUTRINA
# COSTUMES?
 
 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
O ato de interpretar é necessariamente feito
por um sujeito que, empregando determinado
modo, chega a um resultado.
1- Interpretação quanto ao SUJEITO
(ORIGEM)
a) Interpretação autêntica (ou legislativa)
- É aquela fornecida pela própria lei.
-Ex:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“Art. 327, C.P. - Considera-se funcionário
público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública.
 1º - Equipara-se a funcionário público quem
exerce cargo, emprego ou função em entidade
paraestatal, e quem trabalha para empresa
prestadora de serviço contratada ou
conveniada para a execução de atividade típica
da Administração Pública.
 
 
 
b) Interpretação doutrinária (ou científica)
- É a interpretação feita pelos estudiosos.
- Ex:
c) Interpretação jurisprudencial
- É o significado dado às leis pelos Tribunais.
- Ex:
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CUIDADO!
Exposição de motivos do Código Penal 
É exemplo de interpretação doutrinária –
feita pelos doutos que trabalharam no
Projeto do C.P. (não é interpretação
autêntica / legislativa).
≠ da Exposição de motivos do C.P.P.: é
feita por lei (interpretação autêntica /
legislativa).
 
 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
2- Interpretação quanto ao MODO
a) Gramatical / Filológica (TJ/ MS) / Literal
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23 
 
b) Teleológica
c) Histórica
 
 
 
d) Sistemática
e) Progressiva (ou evolutiva)
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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NOVOCURSO PARA CARREIRA JURÍDICA 
Direito Penal 
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24 
 
INTERPRETAÇÃO DA LEI PENAL
3- Interpretação quanto ao RESULTADO
a) Declarativa / Declaratória
É aquela em que a letra da lei corresponde
exatamente àquilo que o legislador quis dizer
(nada suprimindo, nada adicionando).
 
 
 
b) Restritiva
A interpretação reduz o alcance das palavras
da lei para corresponder à vontade do texto.
c) Extensiva (+ cai no concurso)
Amplia-se o alcance das palavras da lei para
que corresponda à vontade do texto.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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RELEMBRANDO AS ESPÉCIES DE 
INTERPRETAÇÃO
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AO SUJEITO
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AO MODO
INTERPRETAÇÃO QUANTO 
AO RESULTADO
1- Autêntica
2- Doutrinária
3- Jurisprudencial
1- Literal
2- Teleológica
3- Histórica
4- Sistemática
5- Progressiva
1-Declarativa
2-Restritiva
3 Extensiva
49
 
 
 
ATENÇÃO! A doutrina cita, ainda, duas 
espécies de interpretação:
1- INTERPRETAÇÃO “SUI GENERIS”
Se subdivide em:
a) EXOFÓRICA: o significado da norma interpretada
não está no ordenamento normativo.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo: art. 20 C.P. (“tipo”) – quem define o
que é tipo legal é a doutrina – e não a lei.
“Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo
legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por
crime culposo, se previsto em lei.”
 
 
 
b) ENDOFÓRICA : o texto normativo interpretado
empresta o sentido de outros textos do próprio
ordenamento normativo (interpretação muito
utilizada nas normas penais em branco).
Exemplo: art. 237 C.P. – a expressão “impedimento
para casamento” é interpretada de acordo com o
Código Civil.
”Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a existência de
impedimentoque lhe cause a nulidade absoluta:
Pena - detenção, de três meses a um ano.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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27 
 
2- INTERPRETAÇÃO CONFORME A
CONSTITUIÇÃO

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