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UNIDADE 3 SUJEITOS DA REL EMPREGO

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Curso de Direito
Disciplina: Direito do Trabalho I
PROFESSOR LUÍS ALVES DE FREITAS LIMA
Fortaleza, 2015.1
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Unidade III
Sujeitos da 
Relação de Emprego
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Unidade 3 SUJEITOS DA RELAÇÃO DE EMPREGO
3.1. Empregado: definição legal
3.1.1. Empregados urbanos
3.1.2. Empregados rurais
3.1.3. Empregados domésticos
3.2. Empregador: conceito
3.2.1. Empregador, empresa e estabelecimento: conceito e distinções
3.2.2. Poderes do empregador: de comando e disciplinar
3.2.3. Grupo econômico
3.2.4. Sucessão trabalhista: requisitos e efeitos
Conteúdo Programático
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3.1. Empregado: definição legal
3.1.1. Empregados urbanos
Art. 3º, da CLT: Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
	Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
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3.1.2. Empregados rurais
Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário (art. 2º, da Lei n.º 5.889/73)
3.1.3. Empregados domésticos
Aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, aplica-se o disposto nesta lei (art. 1º, da Lei n.º 5.859/72)
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3.2. Empregador: conceito
Art. 2º, da CLT: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
	
	§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
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3.2.1. Empregador, empresa e estabelecimento: conceito e distinções:
Empresa: é o complexo de bens materiais e imateriais e relações jurídicas que se reúnem como um todo unitário, em função de dinâmica e finalidade econômicas fixadas por seus titulares.
Estabelecimento: é uma unidade particularizada da empresa, composta também de um complexo de bens e relações jurídicas que se reúnem como um todo unitário em função das necessidades empresariais.
	
	
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3.2.2. Poderes do empregador: de comando e disciplinar
Direção: o empregador através do contrato de trabalho determina como o empregado deve exercer sua função.
Organização: o empregador organiza e regulamenta as atividades do empregado de acordo com os objetivos da empresa.
Controle: o empregador se reserva no direito de supervisionar as atividades executadas pelo empregado a fim saber se tem o devido retorno produtivo em relação ao salário que paga.
Disciplina: o empregador pode impor, se necessário, “sanções disciplinares” ao empregado, desde que nos termos da lei.
	
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3.2.3. Grupo econômico
Art. 2º, § 2º, da CLT: Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.
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3.2.3. Grupo econômico
Mauricio Godinho Delgado assim define grupo econômico no direito do trabalho: “é a figura resultante da vinculação trabalhista que se forma entre dois ou mais entes favorecidos direta ou indiretamente pelo mesmo contrato de trabalho, em decorrência de existir entre esses entes laços de direção ou coordenação em face de atividades industriais, comerciais, financeiras, agroindustriais ou de qualquer outra natureza econômica”.
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3.2.3. Grupo econômico
O Objetivo essencial ao constituir essa figura foi certamente ampliar as possibilidades de garantia do crédito trabalhista, impondo responsabilidade plena por tais créditos às distintas empresas componentes do mesmo grupo econômico.
Essa figura trabalhista não se submete, rigorosamente, à tipificação legal de grupo econômico que impera em outros segmentos jurídicos (direito comercial/empresarial e direito econômico, por exemplo).
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3.2.4. Sucessão trabalhista: requisitos e efeitos
Sucessão de empregadores é figura regulada pelos artigos 10 e 448 da CLT. Consiste no instituto trabalhista em virtude do qual se opera no contexto da transferência de titularidade de empresa ou estabelecimento, uma completa transmissão de créditos e assunção de dívidas trabalhistas entre alienante e adquirente envolvidos. 
Art. 10, da CLT: Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448, da CLT: A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
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3.2.4. Sucessão trabalhista: requisitos e efeitos
Exemplos de alteração na estrutura jurídica: 
Cisão, 
Fusão,
Mudança de CNPJ, 
Era Ltda. e passa a ser S/A, 
Alienação da empresa.
Quem assume um ponto comercial de restaurante, isso muitas vezes não caracteriza a sucessão. Não mostra-se suficiente a caracterizar a sucessão. 
Caso se utilize os mesmos chef, garçons, maquinários e mesmo ramo da culinária, a sucessão está caracterizada.
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Restrições à sucessão: 
Categoria doméstica 
b) Empregador constituído em empresa individual que falece
A ordem jurídica faculta ao empregado dar por terminado o contrato de trabalho, mesmo que o empreendimento continue por meio dos sucessores (art. 483, 2º da CLT). Caso o empregado continue laborando no empreendimento, a sucessão se opera.
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c) Situação gerada pela Lei n.º 11.101/2005 (falência e recuperação judicial).
A Lei nº 11.101/05, em seu art. 141, II, expressamente ressalvou que quem adquire o ativo da massa falida não responde pela sucessão da empresa falida. Em consequencia, serão tidos como novos contratos de trabalho iniciados com o empregador adquirente, ainda que se tratando de antigos empregados da empresa extinta.
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A Lei de Falência fez uma escolha em estimular o prosseguimento da atividade empresarial, em detrimento da cobrança do crédito trabalhista. A lei teve a intenção de fazer com que a empresa não termine com a falência.
O STF decidiu-se pela interpretação excludente da sucessão trabalhista também nos casos de alienação de ativos de empresa submetida à recuperação judicial (ADI 3934/DF e RE 583.955/RJ).
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