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SÍNDROME DA IMOBILIDADE
Síndrome – Conjunto ou complexo de sinais e sintomas que ocorrem ao mesmo tempo, que individualizam uma entidade mórbida e podem ter mais de uma etiologia.
Imobilidade – Ato ou efeito resultante da supressão de todos os movi-mentos de uma ou mais articulações, impedindo a mudança de posição ou translação corporal.
Síndrome da imobilização – Complexo de sinais e sintomas resultantes da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da incapacidade da mudança postural.
	Um dos papéis mais importantes do fisioterapeuta na unidade hospitalar é o da retirada precoce do paciente do leito evitando, assim, diversas patologias associadas ao longo decúbito como úlceras de pressão (escaras) e pneumonia. 
	Algumas classificações são consideradas para este tipo de restrição. Acredita-se que de 7 a 10 dias seja um período de repouso, 12 a 15 já é considerado imobilização e a partir de 15 dias é considerado decúbito de longa duração.
1) Critérios para identificar a síndrome de imobilização:
O critério maior seria déficit cognitivo médio a grave e múltiplas contraturas. No critérios menor consideramos sinais de sofrimento cutâneo ou úlcera de decúbito, disfagia leve a grave, dupla incontinên-cia e afasia.
Define-se um paciente com SI quando ele tem as características do critério maior e pelo menos duas do critério menor.
2) Causas da imobilidade
- Equilíbrio precário, quedas, limitação da marcha, perda da independência e imobilidade o leito.
3) Conseqüências da Síndrome da imobilidade
Estudos controlados mostram alta taxa de mortalidade entre os idosos imobilizados no leito, sendo em torno de 40%.
Evolui para problemas circulatórios, gastrointestinais, metabólicos, endócrinos, dermatológicos, respiratórios e muitas vezes psicológicos.
	A causa mortis é devida à falência múltipla dos órgãos. Por vezes, uma causa específica pode ser encontrada, sendo a pneumonia, a embolia pulmonar e a septicemia as mais comuns.
a) Sistema Tegumentar
	A pele senil apresenta um declínio na produção das células epiteliais, causando adelgaçamento de 20 a 30 % na espessura da epiderme, redução do número, tamanho e secreção da glândula sudorípara e escasso tecido de sustentação. A derme se desidrata, perdendo seu vigor e elasticidade, assim como ocorre uma diminuição na vascularização. Esses fatores combinados tornam a pele menos elástica e mais friável, facilitando as lesões dermatológicas do paciente acamado.
b) Tecido Articular
	O líquido sinovial lubrifica e nutre a cartilagem, mas necessita do movimento para que haja circulação dos nutrientes, síntese e degradação da matriz e estímulos aos senores elétricos e mecânicos da articulação. Com a inatividade, há atrofia da cartilagem com desorganização celular nas inseções ligamentares, proliferação do tecido fibrogorduroso e conseqüentemente levam ao espessamento da sinóvia e fibrose capsular.
	Em conseqüência dos processos neuromusculares primários que levam à flexão das articulações, principalmente do quadril, do joelho, punhos e cotovelo, surgem com o passar do tempo as contraturas que podem ser definidas como a “limitação da amplitude do movimento articular a ponto de impedir um desempenho normal de sua função”.
c) Tecido Muscular
- Diminuição do nível de glicogênio e ATP, diminuindo a endurance;
- A redução na atividade muscular pode comprometer a irrigação sanguínea com baixa tolerância ao ácido láctico e débito do oxigênio com conseqüente diminuição na capacidade oxidativa;
- Atrofia das fibras musculares tipo I e II;
- Diminuição da força muscular de 10 a 15% por semana, com um grau maior que o de atrofia; Acredita-se que atrofia e perda de força sejam decorrentes da perda das unidades motoras excitáveis, já que o potencial de ação destas unidades libera substâncias tróficas para o músculo;
- Incoordenação pela fraqueza generalizada, resultando em má qualidade de movimento;
- Dor ou desconforto após imobilização sugere que a imobilidade induz a um processo inflamatório tecidual com liberação de substâncias que estimulam os receptores locais de dor;
d) Alterações cardiovasculares
	Há um comprometimento do desempenho cardiovascular com aumento da freqüência cardíaca de repouso, onde o pulso aumenta um batimento por minuto a cada 2 dias, refletindo a diminuição da eficiência cardíaca. Diante dessas alterações, podemos esperar algumas complicações como hipotensão postural e trombose venosa profunda.
e) Sistema respiratório
	Fisiologicamente, ocorre diminuição do movimento diafragmático e da excursão torácica com posterior perda da função muscular. Quando se associa déficit do mecanismo de tosse e do movimento ciliar, causa um padrão respiratório superficial, dificultando a eliminação de secreções e criando um terreno propício para o desenvolvimento de infecções e conseqüentemente de atelectasias.
f) Hipotensão postural (HP)
	Considera-se hipotensão postural quando se tem uma queda da PA em posição ortostática. Observa-se em 20-30% dos idosos, sendo que esta freqüência é mais elevada em idosos fragilizados.
	Na SI o idoso fica em posição supina por várias horas ou dias, e isto faz com que os barorreceptores percam sua sensibilidade ou reflexo.
	A desidratação, desnutrição, drogas hipotensoras (diuréticos, antidepressivos, antihipertensivos, antiparkinsonianos, etc), diabetes mellitus, doença de Parkinson, etc, também levam a hipotensão postural.
	Previne-se esta complicação deixando o paciente, enquanto no leito, com a cabeceira elevada e sentando-o na beirada da cama antes de assentá-lo em outras cadeiras. Verificar sua hidratação e evitar drogas que possam baixar a PA.
4) Abordagem terapêutica nas alterações do sistema osteomuscular e articular
	O posicionamento adequado no leito associado a um programa de cineioterapia dirigida é fundamental para a prevenção de contraturas. Utilizando o auxílio de coxins, travesseiros, camas adequadas para manter os segmentos corpóreos e articulações o mais próximo possível da postura normal.
	O tempo de repouso no leito deverá ser diminuído progressiva-mente, levando-se em conta a condição clínica do paciente.
	Desde a fase aguda durante a hospitalização, deve-se realizar mudanças de decúbito de 2\2 hs, procurando em cada decúbito (dorsal, lateral ou ventral) o posicionamento adequado, no sentido de aliviar a pressão sobre proeminências ósseas mais suscetíveis, utilizando-se de dispositivos se necessário.
	As mudanças de decúbito devem ser freqüentes (ideal a cada 15 minutos), visando estimular músculos do tronco e abdome e prevenir úlceras de decúbito.
	A cinesioterapia deve ser aplicada para manutenção (quando contratura já fixa) ou ganho de ADM, através de alongamentos passivos, autopassivos (20 a 30 min, 2 sessões ao dia para contraturas leves).
	Para a necessidade de se manter um alongamento por tempo prolongado, pode-se utilizar de órteses, as quais se deve treinar o paciente para a sua colocação e retirada quando da realização de exercícios no decorrer do dia.
	A fraqueza muscular deve-se prevenir através de contrações musculares diárias.
	Para ganho de força muscular, deverá ser realizado exercícios com este objetivo, com aumento progressivo da carga, respeitando a capacidade individual de cada paciente.

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