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08. Anticonvulsivantes

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Anticonvulsivantes
Fármacos que são tratados epilepsia 
Epilepsia 
Transtorno neurológico crônico que atinge 0,5% - 1% da população 
Caracterizada por crises súbitas, espontâneas e recorrentes associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células nervosas 
O sítio de descarga e sua extensa são fatores determinantes da sintomatologia clinica apresentada, isto é, se é focal ou generalizada e a partir daí definir a terapêutica 
Varia desde a perda da consciência por poucos segundos até crises generalizas prolongadas. As crises tônico-clônicas tendem a demorar mais tempo. O mau epiléptico pode chegar a 30 minutos 
Causas prováveis: 
-Genética 
-Infarto cerebral 
-Anomalia vascular 
-Tumor 
-Infecção geralmente quando cursam com febre 
-Trauma 
-Doença degenerativa 
-Paciente usuário de droga ou álcool e realiza retirada abrupta (crise de abstinência, super estimulação do simpático)
70 a 75% das crises são tratáveis farmacologicamente – uso de antiepiléticos 
Tratamento cirúrgico: quando não é possível com medicamentos controlar a propagação de impulso. Desconectar a região de propagação anormal com normal
Convulsão: propagação sincrônica e descontrolada da atividade elétrica 
Epilepsia – Diagnóstico 
Diagnóstico clinico: história, testemunha ocular, aura (premonição), frequência das crises 
Exames complementares: EEG (localização foco), RM e TC (suspeita de causas estruturais) 
Classificação das crises epiléticas 
Parciais (focais ou locais) 
-Simples 
-Complexas 
Generalizadas (ambos os hemisférios) 
-Tônico-Clônicas (grande mal) 
-Ausência (pequeno mal)
Convulsões parciais 
Convulsão parcial simples 
-Os sintomas variam, dependendo da localização da atividade anormal no cérebro: movimento repetitivo involuntário (córtex motor), parestesia (córtex sensorial), luzes piscando (córtex visual) etc. 
-A consciência é preservada 
Convulsão parcial complexa (epilepsia do lobo temporal)
Tratamento 
Farmacológico 
Cirúrgico 
Estimulação do nervo vago: aumentar a ação do parassimpático, liberação de ACh 
Objetivo: controle das crises e diminuir efeitos adversos afim de melhorar a qualidade de vida 
Mecanismo de ação das drogas antiepiléticas
Aumento da atividade sináptica inibitória 
Diminuição da atividade sináptica excitatória 
Controle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica 
Obs.: Gaba transaminase: enzima que degrada o Gaba 
Clínica 
Monoterapia!! 
Vantagens:
-Diminui interações 
 	 --Fenobarbital e Carbamazepina: indutores de CYPs
-Toxicidade 
-Melhora adesão 
-Facilita avaliação do tratamento 
Indicações clinicas dos agentes antiepilépticas 
Convulsões tônico-clônicas (grande mal) 
-Carbamazepina: preferida em virtude da baixa incidência de efeitos colaterais 
-Fenitoína e Valproato 
-Agentes mais recentes: Vigabatrina, Iamotrigina, felbamato, gabapentina 
Convulsões parciais (focais) 
-Carbamazepina 
-Valproato 
-Clonazepam (BDZ) e Fenitoína (alternativas)
Crise de ausência (pequeno mal) 
-Etossuximida (fecha canais de Ca) 
-Valproato: utilizado quando as crises de ausência coexistem com convulsões tônico-clônicas
Estado de Mal Epiléptico 
-Deve ser tratado como emergência com diazepam IV, em lactentes sem veias acessíveis, por via retal 
-Utilizar de 30 a 60 minutos após inicia da crise para prevenir lesão neuronal 
Duração do tratamento 
Período de avaliação = 3 meses (dose máxima)
-Após os três meses, diminui 
Remissão das crises – 2 anos sem crise em tratamento sem alteração de dose 
- Quando o paciente passa dois anos sem ter nenhuma crise, mantem-se o tratamento na dose atual. 
Identificar situações de risco: luzes intermitentes, privação de sono e abuso de álcool
Na prática clinica 
Idosos: preferência por antiepiléticos não indutores do metabolismo hepático (Fenitoína e Carbamazepina); evitar politerapia anticonvulsivante 
Pacientes com depressão e ansiedade: pode-se fazer uso de medicação concomi
Novos Agentes:
Vigabatrina
-Atua ao inibir a Gaba transaminase (GABA-T)
-Eficaz em pacientes que não respondem a fármacos 
Lamotrigina 
-Atua ao inibir canais de Na 
-Perfil terapêutico amplo, não tem ação muito boa nas crises de ausência 
-Principais efeitos adversos: crise de hipersensibilidade 
Felbamato 
-Múltiplos mecanismos de ação: inibição de receptores NMDA 
-Perfil terapêutico amplo
-Uso restrito aos casos intratáveis, devido ao grave risco de hipersensibilidade 
Gabapentina 
-Análogo estrutural do GABA, porem como antiepilético – mecanismo de ação desconhecido. Hipótese: inibição e canais de Ca ativados por voltagem 
-Absorção saturável (saturação do transportador), sendo portanto segura em superdosaem 
-Relativamente isenta de efeitos adversos 
Tiagabina 
-Inibidor da captação do GABA 
-Efeitos colaterais: confusão, sedação, amnésia e ataxia 
Topiramato 
-Ações complexas que não estão totalmente esclarecidas 
-Semelhante a fenitoína, porem com menos efeitos adversos 
-Analgesia, enxaqueca, alguns transtornos de ansiedade 
-Riso de teratogênese

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