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AULA 1 - Introdução à Segurança. Higiene e Medicina do Trabalho

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Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
Diogo Sergio César de Vasconcelos
1
Introdução
2
Introdução
Insumos;
Processamento;
Processamento;
Processamento;
Produto final;
Consumidor.
Meios de Trabalho & Força de Trabalho
PERDAS
6
 Materiais;
 Meios de trabalho;
 Mão-de-obra.
Quantidade X
Quantidade X
Introdução
LUCRO = RECEITA - CUSTOS
ACIDENTE DE TRABALHO
ACIDENTE DE TRABALHO
=
MAIORES CUSTOS
=
PREJUÍZOS
O Brasil perde, por ano, o equivalente a 4% do PIB (R$ 102.320.000.000,00) por causa dos acidentes de trabalho. Segundo dados do último Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho foram registrados em 2012, em todo o País, 705.239 acidentes de trabalho (2.731 mortes). 
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que, no mundo, 6.000 trabalhadores morrem a cada dia devido a acidentes e doenças relacionadas com o trabalho, cifra que está aumentando. Além disso, a cada ano ocorrem 270 milhões de acidentes de trabalho não fatais (que resultam em um mínimo de três dias de falta ao trabalho ) e 160 milhões de casos novos de doenças profissionais.
O Brasil é o 8º país em maior número de Acidentes do Trabalho no mundo e um dos quatro piores em óbitos;
Fonte: Ministério da Previdência Social e 
Fundacentro - Fundação Jorge Duprat Figueiredo 
de Segurança e Medicina do Trabalho
Introdução
1) Ao trabalhador
assegura qualidade de vida 
evita perda de rendimentos 
mantém sua auto-estima 
trabalho como prazer, alegria, motivação para vida
A QUEM INTERESSA A SEGURANÇA DO TRABALHO?
2) Ao empregador
ganhos de produtividade 
preservação da imagem da empresa perante à comunidade 
redução dos custos diretos e indiretos 
diminuição de litígios trabalhistas 
menor rotatividade da mão-de-obra
3) A sociedade/governo
menores encargos previdenciários 
imagem positiva da nação perante organismos internacionais 
valorização do ser humano por meio de políticas públicas 
Introdução
Introdução
Histórico
8
"Eu jamais vi ferreiros em embaixadas e fundidores em missões. O que vejo sempre é o operário em seu trabalho; ele se consome nas goelas de seus fornos. O pedreiro, exposto a todos os ventos, enquanto a doença o espreita, constrói sem agasalho; seus dois braços se gastam no trabalho; seus alimentos vivem misturados com os detritos; ele se come a si mesmo, porque só tem como pão os seus dedos. O barbeiro cansa os seus braços para encher o ventre. O tecelão vive encolhido - joelho ao estômago - ele não respira. As lavadeiras sobre as bordas do rio são vizinhas do crocodilo. O tintureiro fede a morrinha de peixe, seus olhos são abatidos de fadiga, suas mãos não param e suas vestes vivem em desalinho.”
Papiro egípcio, o "Papiro Seller II", de 2360 a.C.
Não se sabe ao certo quando se iniciou a preocupação com a preservação da saúde e conservação da segurança no ambiente de trabalho. 
De um modo geral acredita-se que este anseio certamente já existia bem antes de Cristo, haja vista que grandes obras foram realizadas anteriormente ao seu nascimento como as Pirâmides, por exemplo.
Histórico
Acidentes anteriores ao séc. IV a.C. não foram registrados, não tendo assim importância para história.
O homem pré-histórico procurava proteção contra animais ferozes adestrando-se na caça e vivendo em cavernas. Inicialmente, a maneira com a qual subsistia e enfrentava os perigos era devida à sua astúcia, inteligência superior e uso de suas mãos.
Com a descoberta do fogo e das armas e a própria organização tribal com maior planejamento e ação grupal, o homem evoluiu cientificamente e obteve maior proteção, porém, novos riscos foram introduzidos. 
A invenção do machado de pedra, um avanço para assegurar alimentação para si e sua família, incorria em graves acidentes devido à práticas inseguras em seu manejo. 
Portanto, tanto o homem pré-histórico quanto o da Idade da Pedra já estavam constantemente expostos a perigos na vida diária, em sua luta pela existência. 
Histórico
A informação mais antiga sobre a preocupação com a segurança do trabalho está registrada num documento egípcio, o papiro de Anastacius V, que fala da preservação da saúde e da vida do trabalhador e descreve as condições de trabalho de um pedreiro. 
Também no Egito, no ano 2360 a.C., uma insurreição geral dos trabalhadores, deflagrada nas minas de cobre, evidenciou ao faraó a necessidade de melhorar as condições de vida dos escravos.
Na Bíblia, mais precisamente em Deuteronômio (um dos livros do Antigo Testamento), no Capítulo 22, versículo 8, encontra-se: “Quando construíres uma casa, farás uma balaustrada em volta do teto, para que não derrame sangue sobre tua casa, se visse alguém a cair lá de cima”. 
Outra referência bíblica à Segurança do Trabalho é a causa da morte de José, pai de Jesus. Segundo historiadores ele havia sido designado, como encarregado de obra, a reconstruir uma cidade, quando caiu de um andaime e faleceu três dias depois, em função da gravidade do acidente.
Histórico
Ou seja, é praticamente impossível afirmar quando se iniciou a Segurança do Trabalho na história da humanidade. 
Porém, pode-se claramente afirmar que Segurança do Trabalho tem sua história dividida em três fases bastante distintas. 
A primeira fase, conhecida como a fase da Medicina, remonta à Antiguidade (século IV a.C.), período de surgimento dos filósofos gregos e ascensão da civilização romana. 
A segunda fase, ou a fase do Direito, teve início durante a Revolução Industrial quando surgem as primeiras leis trabalhistas. 
E a terceira fase, ou a fase da Engenharia, inicia-se no século XX com a utilização de técnicas de Engenharia no combate aos acidentes de trabalho.
Histórico
1ª FASE (séc. IV a.C.): Medicina
Hipócrates (pai da Medicina) foi o 1º a relacionar trabalho com acidente.
Plínio e Galeno observaram as doenças ligadas à metalurgia.
Histórico
Platão (que associou certas deformações do esqueleto, ao exercício de certas profissões) e Aristóteles (que fez referências às doenças profissionais dos corredores e a maneira de como evitá-las).
1ª FASE (séc. IV a.C.): Medicina
Com o declínio da civilização grega e ascensão da civilização romana (cuja cultura era de trabalho escravo e as pessoas não tinham muitos direitos reconhecidos, principalmente relacionados ao trabalho) houve uma estagnação das publicações sobre Segurança do Trabalho.
Apenas no séc. XIV, com a Revolução Mercantil, médicos como Ellembog, Paracelso e Bauer voltaram a publicar estudos sobre ST.
Histórico
Apesar da importância destes estudos, os mesmos permaneceram ignorados por mais de um século, não sendo feito nada a respeito da proteção e saúde do trabalhador. 
1ª FASE (séc. IV a.C.): Medicina
Apenas em 1.700, quando o italiano Bernardino Ramazzi publicou o livro De Morbis Artificum Diatriba ("As Doenças dos Trabalhadores") foi que se chamou atenção para as doenças profissionais. Nesta obra, ele descreve, uma série de doenças relacionadas com mais de 50 profissões diferentes. Diante disso, Ramazzi foi cognominado o "Pai Medicina e Segurança do Trabalho", e às perguntas clássicas que o médico faz ao paciente na anammese clínica foi acrescentada mais uma: "Qual a sua ocupação?".
Mesmo sendo um marco para a Segurança do Trabalho, a obra de Ramazzini foi praticamente ignorado por quase um século, pois na época ainda predominavam as corporações de ofício com número pequeno de trabalhadores, com sistema de trabalho peculiar e, por este motivo, com pequena incidência de doenças profissionais.
Histórico
2ª FASE (Revolução Industrial): Direito
Antes da Revolução Industrial, com o artífice individual e ainda quando a força usada era em geral a humana ou a tração animal, os acidentes mais graves eram devidos à quedas, queimaduras, afogamentos, lesões devidas a animais domésticos. 
Com a aplicação da energia hidráulica à manufatura, seguida da aplicação da máquina a vapor e eletricidade, ocorreu uma evolução grandiosa na invenção
de novas e melhores máquinas que acompanhassem a industrialização, incorporando novos riscos e tornando os acidentes de trabalho maiores e mais numerosos.
Histórico
2ª FASE (Revolução Industrial): Direito
O desenvolvimento tecnológico e o domínio sobre forças cada vez mais amplas deram nascimento a uma extensa gama de situações perigosas em que a máquina, as engrenagens, os gases, os produtos químicos, a poeira, etc., vem envolvendo o homem de tal forma que obrigam-no a agir com cautela enquanto trabalha, uma vez que está suscetível, a qualquer momento, de sofrer uma lesão irreparável ou até mesmo a morte.
Histórico
2ª FASE (Revolução Industrial): Direito
Ou seja, com o advento da Revolução Industrial e a expansão do capitalismo, o número de acidentes do trabalho cresceu vertiginosamente, como conseqüência das péssimas condições de trabalho existentes nas fábricas daquela época. 
A situação se agravou a tal ponto que até mesmo a continuidade do processo de industrialização ficou ameaçada. 
Eram tantos os trabalhadores mortos ou mutilados pelos acidentes de trabalho, que se temeu faltarem braços para continuar empurrando as fronteiras do capitalismo.
Histórico
2ª FASE (Revolução Industrial): Direito
Surgem as primeiras leis trabalhistas:
1802 – Lei da Saúde e Moral (Jornada Máxima de 12 Horas);
1833 – Lei das Fábricas (Idade mínima para o trabalho – 09 anos).
O direito do trabalho começa, enfim, afirmar-se em praticamente todos os países, independentemente de sua estrutura econômica, política ou jurídica, como uma necessidade de regramento das relações do trabalho.
O direito trabalhista, no seu contexto contemporâneo, passou a desempenhar também, além da função de tutelar o trabalhador, a função de coordenar os interesses entre o capital e o trabalho.
Histórico
TEORIAS JURÍDICAS SOBRE O ACIDENTE DE TRABALHO :
As leis de proteção à saúde do trabalhador, que a partir do séc. XIX foram elaboradas, seguiram basicamente quatro teorias jurídicas, cada uma das quais encerra uma forma distinta de encarar o evento acidente de trabalho.
Histórico
Teoria da Culpa:
O acidente de trabalho era aqui encarado como um crime qualquer que poderia ter sido cometido pelo empregador – através das condições inseguras – ou pelo empregado acidentado e/ou alguns de seus colegas – através dos atos inseguros. Aquele que fosse culpado deveria arcar com o pagamento das indenizações decorrentes do acidente de trabalho. Isto demandava sempre uma ação jurídica;
TEORIAS JURÍDICAS SOBRE O ACIDENTE DE TRABALHO :
Histórico
b) Teoria do Risco Profissional
Esta teoria encarava o acidente de trabalho como fruto do exercício de uma determinada atividade profissional, explorada por um empresário com fins lucrativos a quem, enfim, caberia o ônus de pagar as indenizações em caso de acidente de trabalho. Para pagar estas indenizações, os empresários contratavam seguros e repassavam seus custos aos seus consumidores. 
De acordo com esta teoria, cada trabalho inclui seus riscos profissionais. Nesta concepção, todos os acidentes de trabalho passaram a ser indenizáveis, independente de ações jurídicas e/ou da identificação de culpados.
TEORIAS JURÍDICAS SOBRE O ACIDENTE DE TRABALHO :
Histórico
c) Teoria do Risco Social
Os acidentes de trabalho passaram a serem encarados como decorrentes de processos produtivos que visavam garantir a reprodução e ao bem-estar de toda uma coletividade. De acordo com esta abordagem, o acidente de trabalho ocorre em virtude de uma atividade produtiva que é socialmente necessária. 
Os pagamentos das indenizações passaram a ser encargo de um sistema previdenciário que reunia três grupos de contribuintes: os empregadores, os empregados e o estado. 
Esta teoria é a base da atual legislação brasileira sobre acidentes de trabalho.
TEORIAS JURÍDICAS SOBRE O ACIDENTE DE TRABALHO :
Histórico
d) Teoria da Responsabilidade Objetiva
As empresas são civilmente responsáveis por qualquer acidente de trabalho que venha a ocorrer, pois o acidente é uma prova concreta de que, ativa ou passivamente, a empresa não cumpriu com a legislação (Constituição, Código das leis Trabalhistas, Normas Regulamentadoras, etc.).
3ª FASE (séc. XX): Engenharia
Já no século XX, com o desenvolvimento da Administração Científica, a preocupação com os acidentes de trabalho foi incorporada pelos gerentes industriais para que não se comprometesse o processo produtivo.
Administração Científica do trabalho (Frederick W. Taylor): utilização de métodos científicos na administração de empresas. Seu foco era a eficiência e eficácia operacional na administração industrial;
Histórico
3ª FASE (séc. XX): Engenharia
Então passou-se a utilizar, de uma forma mais constante, técnicas de Engenharia para a criação de sistemas de prevenção ou controle de infortúnios, tais como equipamentos de proteção individual, sistemas de ventilação industrial, etc., o que gerou a Engenharia de Segurança do Trabalho (EST).
Nesta fase, diversos autores como Heinrich, Bird, Fletcher e Hammer, se destacaram e desenvolveram importantes estudos buscando uma melhor compreensão dos problemas relativos à segurança, propondo metodologias para mudança no estilo de abordagem e trabalhando na obtenção de melhores resultados. 
Histórico
3ª FASE (séc. XX): Engenharia
Vale destacar que esses estudos já mostravam que não havia um modelo único de segurança aplicável às diversas condições existentes nas empresas e, ao mesmo tempo, preconizavam a necessidade de se estabelecer uma estrutura básica fundamentada em alguns critérios comuns, dentre eles:
Comprometimento da alta direção;
Participação de todos os envolvidos;
Valorização das pessoas;
Ação pró-ativa;
Interação da HST com o setor de qualidade , de custos e de produção;
Criação de uma a política de segurança;
Analisar a situação atual da empresa considerando os programas de prevenção existentes;
 Adequar os programas de prevenção de acidentes à realidade da empresa. 
Histórico
Histórico
Histórico no Brasil
O Brasil, como o restante da América Latina, teve sua Revolução Industrial ocorrendo bem mais tarde do que nos países europeus e norte-americanos, por volta de 1930, e embora tivéssemos em menor escala a experiência de outros países, passamos pelas mesmas fases;
As transformações que ocorriam na Europa e a elaboração de normas de proteção ao trabalhador em diversos países foram fatores externos que influíram no direito do trabalho brasileiro. Além disto, o ingresso do Brasil na Organização Internacional do Trabalho, criada no Tratado de Versalhes, em 1919, fez com que se tivesse o compromisso de observar normas trabalhistas.
Histórico
Histórico no Brasil
Trabalho escravo;
Posteriormente surgiram as primeiras greves em busca de melhores salários e redução da jornada de trabalho, porém elas eram esporádicas e de pouca repercussão;
Déc. 30, durante o governo de Getúlio Vargas, começaram a surgir as primeiras leis trabalhistas;
A Constituição Federal da República de 1988 marca a inclusão da saúde do trabalhador no ordenamento jurídico nacional, passando a considerá-la como direito social e, conseqüentemente, garantindo aos trabalhadores a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde e segurança.
CONCLUSÃO:
As atividades laborativas nasceram com o homem e sempre houveram condições e atos inseguros. O problema dos acidentes e doenças profissionais acompanha o desenvolvimento das atividades do homem através dos séculos. 
Partindo da atividade predatória, evoluiu para a agricultura e o pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial, sempre acompanhado de novos e diferentes riscos que afetavam e ainda afetam sua vida e saúde. 
Na época atual, o trabalho humano vem se desenvolvendo sob condições em que os riscos são em quantidade e qualidade mais numerosos e mais graves do que aqueles que há mais de cem anos eram ameaça ao homem na sua busca diária de prover a própria subsistência. 
Histórico
Nos tempos modernos, uma das grandes preocupações nos países desenvolvidos é com respeito à saúde e proteção do trabalhador no desempenho de suas atividades. 
Com a evolução O acidente passou a ser visto de forma mais ampla, onde sem relegar os acidentes com lesões pessoais, passaram a ser considerados acidentes todas aquelas situações que de forma direta ou indireta viessem a comprometer o bom andamento do processo produtivo, quer pela perda de tempo, pela quebra de equipamento ou qualquer outro incidente envolvendo ou não o homem, provocando ou não lesão, mas que tenha provocado desperdício, ou seja, perdas tanto a nível monetário quanto pessoal.
Histórico da HST
Esquema Brasileiro de Prevenção
O Esquema Brasileiro de Prevenção de Acidentes é a forma pela qual a sociedade brasileira se organiza e distribui encargos e responsabilidades;
Esquema Brasileiro de Prevenção
APOIO
Normativo
Fiscalizador
Mediador
Assistencial
Educativo
Congresso
Presidência
Ministériodo Trabalho e Emprego
SuperintendênciaRegional do Trabalho
Justiça do Trabalho
Previdência Social (INSS)
Fundacentro
Escolas Técnicas
Universidades
Unidades Produtivas
Trabalhadores e Empregados
(reunidosem CIPA e SESMT)
Sindicatos Patronais
Sindicatos Trabalhistas
FUNÇÃO NORMATIVA:
Editam leis, decretos e portarias que nada mais são do que balisas norteadoras do trabalho prevencionista.
FUNÇÃO FISCALIZADORA:
Encarregada de verificar o cumprimento das normas estabelecidas pelos órgãos acima citados.
FUNÇÃO JUDICIAL:
Encarregada de dirimir as dúvidas em torno do assunto.
FUNÇÃO ASSINTENCIAL:
Dar apoio médico ou pecuniário àqueles que se vejam impossibilitados de continuar trabalhando em decorrência de AT.
FUNÇÃO EDUCATIVA:
Função através da qual conhecimentos sobre o infortúnio laboral são aprofundados e disseminados.
Esquema Brasileiro de Prevenção
Esta forma de distribuir responsabilidades não é a única possível, e outros países adotam outras estruturas;
Existem outras inúmeras instituições (ABNT por exemplo) que podem compor esse esquema;
O “Esquema Brasileiro de prevenção de Acidentes” se caracteriza pelo excessivo peso assumido pelo aparelho estatal (monopólio nas funções normativa, fiscalizadora e judicial; participação obrigatória na função assistencial; e participação ativa na função educativa).
Esquema Brasileiro de Prevenção
Legislação Brasileira
TÍTULO II - Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 
CAPÍTULO II - DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 7º : São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança.
TÍTULO II - Das Normas Gerais de Tutela do Trabalho
CAPÍTULO V - Da Segurança e da Medicina do Trabalho
Arts. 154 a 223
Consolidação das Leis do Trabalho de 1943
PORTARIA Nº 3.214, DE 08 DE JUNHO DE 1978 aprova as Normas Regulamentadoras - NRs
Regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança no trabalho no Brasil.
Total de 36 NRs;
As Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho, de acordo com o seu alcance, podem ser classificadas em:
NRs genéricas;
NRs específicas transversais; e
NRs específicas não transversais;
Normas Regulamentadoras
NRs genéricas
São Normas que tratam de temas gerais acerca de Segurança e Saúde no ambiente de trabalho (em regra, Normas de gestão de SST) e são de observância compulsória em diferentes setores econômicos.
NR 1 Disposições Gerais; NR 2 Inspeção Prévia; NR 3 Embargo ou Interdição; NR 4 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT); NR 5 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA); NR 6 Equipamento de Proteção Individual; NR 7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional; NR 8 Edificações; NR 9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; NR 15 Atividades e Operações Insalubres;  NR 16 Atividades e Operações Perigosas; NR 28 Fiscalização e Penalidades.
Normas Regulamentadoras
NRs específicas transversais
São Normas que tratam de temas específicos de Segurança e Saúde no Trabalho e seu campo de aplicação não está restrito a determinado setor econômico. A obrigação pelo cumprimento de seu conteúdo deve ser observada em todas as empresas.
NR10 Instalações e Serviços em Eletricidade; NR 11 Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; NR 12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; NR 13 Caldeiras e Vasos de Pressão; NR 14 Fornos; NR 17 Ergonomia; NR 19 Explosivos; NR 20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis; NR 21 Trabalhos a céu aberto; NR 23 Proteção contra incêndios; NR 24 Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho; NR 25 Resíduos Industriais; NR 26 Sinalização de Segurança; NR 33 Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados; NR 35 Trabalho em Altura.
Normas Regulamentadoras
NRs específicas não transversais
São Normas que tratam de temas específicos de Segurança e Saúde no Trabalho e seu campo de aplicação está restrito a setor econômico específico.
NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção; NR 22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração; NR 29 Segurança e Saúde no Trabalho Portuário; NR 30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário; NR 31 Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura; NR 32 Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde; NR 34 Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval; NR 36 Abate e Processamento de Carnes e Derivados.
Normas Regulamentadoras
Se temos um dos melhores esquemas prevencionistas do mundo e uma legislação satisfatória, por que ocorreram tantos acidentes de trabalho nos últimos anos?
Definição
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Segurança do Trabalho: é um conjunto de ciências e tecnologias que tem o objetivo de promover a proteção do trabalhador no seu local de trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Higiene do Trabalho: é um conjunto de medidas preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.
Medicina do Trabalho: é a ciência que estuda os acidentes de trabalho e as doenças ocupacionais através da promoção e preservação da saúde do trabalhador, 
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Definição
ACIDENTES DO TRABALHO
DOENÇAS OCUPACIONAIS
PROMOÇÃO
PROTEÇÃO
PRESERVAÇÃO
 É um conjunto de ciências e tecnologias que tem o objetivo de promover a proteção do trabalhador e a preservação de sua saúde no seu local de trabalho, visando a redução de acidentes e  de doenças ocupacionais.
45
Definição
SEGURANÇA
HIGIENE
MEDICINA
DO TRABALHO
Objetivos
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OBJETIVOS DA SEGURANÇA, HIGIENE E MEDICINA DO TRABALHO
Cabe à SHMT, juntamente a outros conhecimentos afins (ergonomia, psicologia, administração, etc.), identificar/reconhecer os fatores de riscos que levam à ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais, avaliar seus efeitos na saúde do trabalhador e propor medidas de intervenção técnica a serem implementadas nos ambientes de trabalho.
Objetivos
“Um conjunto de fatores interdependentes, materiais ou abstratos, que atua direta e indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados dos seus trabalhos.”
O ambiente de trabalho é composto por um conjunto de fatores. Quando um deste fatores ou um conjunto deles fogem ao controle, seja pelos níveis permitidos ou pelos processos que desencadeia, torna o ambiente de trabalho suscetível ao desenvolvimento das chamadas patologias do trabalho (acidentes do trabalho, doenças profissionais e doenças do trabalho).
Ambiente de trabalho
Ambiente de Trabalho
AMBIENTE DE TRABALHO
Conjunto de fatores (ferramentas, máquinas, posturas assumidas, etc.) que influem sobre os trabalhadores durante a realização do seu trabalho.
Colocam
os trabalhadores à mercê de oportunidades de danos à integridade física e à saúde.
Na vida fora do trabalho, no descanso, na saúde.
Acidentes de trabalho e doenças profissionais
Identificação dos Riscos
IDENTIFICAR É:
Ter conhecimento prévio dos agentes do ambiente de trabalho, ou seja, saber reconhecer os riscos presentes nos processos, materiais, operações associadas, manutenção, subprodutos, rejeitos, produto final, insumos;
Estudar o processo, não apenas com os dados existentes na empresa, mas também conhecendo a literatura ocupacional específica a respeito deles;
Transitar e observar incessantemente o local de trabalho, observando o que lhe é mostrado e o que não é.
Se um agente não for devidamente identificado, não será avaliado nem controlado.
Avaliação dos Riscos
AVALIAR É:
Em forma simples, é poder emitir um juízo de tolerabilidade sobre uma exposição a um agente ambiental.
De acordo com a NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
A avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores é etapa obrigatória de um PPRA.
Comparar a informação de exposição ambiental com um critério adequado. O critério é genericamente denominado de “limite de tolerância”.
Medidas de Controle
CONTROLAR É:
Adotar medidas de engenharia sobre as fontes e trajetória do agente, atuando sobre os equipamentos e realizando ações específicas de controle;
Intervir sobre operações, reorientando-as para procedimentos que possam eliminar ou reduzir a exposição;
Definir ações de controle no indivíduo, o que inclui — mas não está limitado — a proteção individual.
Responsabilidade X Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho
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Somos todos responsáveis também pela saúde e segurança do trabalhador!!!
RESPONSABILIDADE CIVIL E CRIMINAL
Responsabilidade
RESPONSABILIDADE CIVIL:
Comprovando-se a responsabilidade da empresa, esta é obrigada a reparar o dano pagando indenização arbitrada pelo juiz considerando-se as lesões ou morte do trabalhador.
Pena: Indenização monetária
RESPONSABILIDADE PENAL (OU CRIMINAL):
Procura responsabilizar pela morte ou dano à saúde do trabalhador os prepostos da empresa que têm como função cargos de chefia e como consequência serem divulgadores e cumpridores das normas de segurança. Estão nessa condição: Profissionais do SESMT; Gerentes; Supervisores; Chefes; Mestres; Encarregados; etc.
Pena: de 2 meses a 3 anos de prisão.
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Responsabilidade

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