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extrato para citações zaffaroni

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“não se pode dominar sem organizar-se previamente de maneira dominante”.pg.30
“incompatibilidade dos direitos humanos e a idéia inevitável de vingança”. Pg.43
“...toda identificação do inimigo se baseie em um mito.”.pg.58
“diferente do capital produtivo, o capital globalizado não é manejado por empresários, mas sim por administradores de conglomerados, tecnocratas que devem obter o maior lucro possível, para evitar que seus investidores busquem outro tecnocrata mais eficaz a quem confiar seus recursos. É por isso que esses operadores vão perdendo seus escrúpulos, fazendo com que sua atividade entre, com freqüência, numa zona que se confunde com a delinqüência econômica, e algumas vezes caem, vítimas de seus debates com outros competidores, provocando catástrofes financeiras...” pg.62
“a idéia menos difusa de crime organizado equivale a criminalidade de mercado, o que basta para mostrar a enormidade do universo abarcado. A constatação de que a maior parte destas atividades requer o complemento da corrupção pública ...”pg. 63
“tanto o crime organizado como a corrupção são funcionais para habilitar o poder punitivo e a intromissão do Estado em qualquer atividade econômica incômoda ao governo de plantão ou que seja útil para eliminar ou difamar competidores, sem os limites nem as garantias constitucionais para tais intervenções.” pg.63-64.
“... a campanha contra a corrupção parece estar mais preocupada em evitar maiores custos aos investidores estrangeiros em países periféricos....” pg. 64.
“como a identificação de um novo inimigo sempre reflete uma luta de poder entre agências, a que se torna hegemonia acaba impondo seus próprio discurso...”pg.67
 “... num tempo em que a globalização promoveu a livre circulação de capitais e mercadorias, mas não a de seres humanos. Deste modo, os capitais podem produzir onde os custos salariais sejam menores...”pg.69
“o poder punitivo na América Latina é exercido mediante medidas de contenção para suspeitos perigosos, ou seja, trata-se de um direito penal de periculosidade presumida, que é a base para a imposição de penas sem sentença condenatória formal à maior parte da população encarcerada.” Pg. 71
“Nas sociedades mais desfavorecidas pela globalização, como as latino-americanas, a exclusão social constitui o principal problema, pois não costuma ser controlada pela repressão direta, mas sim neutralizada, o que aprofunda as contradições internas. A mensagem vindicativa é funcional para reproduzir conflitos...”pg. 72
“... a polarização da riqueza, acentuada pela economia globalizada deteriorou gravemente...”(...) na media em que a riqueza se polariza, a anomia avança e o discurso vindicativo ganha maior aceitação porque parece compensar a segurança perdida pela globalização...” pg72-73
“o discurso do autoritarismo norte-americano é o que se instala no resto da América, porém sua funcionalidade é tão diferente quanto a realidade do poder repressivo. Enquanto nos Estados Unidos fazem dele uma empresa que ocupa milhões de pessoas, desviando recursos da assistência social para o sistema penal e contribuindo para a resolução do problema do desemprego, na América Latina o sistema penal, longe de proporcionar emprego, serve para controlar os excluídos do emprego...”pg. 73
“Formam-se caixas de arrecadação ilícita que se perdem nas cúpulas das estruturas verticalizadas e cuja eficácia preventiva opera em relação inversa à sua inescrupulosidade.” Pg. 74
“como resultado do autoritarismo cool contemporâneo, produto da difusão midiática do sistema penal dos Estados Unidos, a América Latina impõe um tratamento diferencia às suas classes subalternas, de onde extrai os criminalizados, os policializados e os vitimizados, que se neutralizam politicamente em suas contradições internas, exacerbadas pelo discurso vindicativo dos meios de comunicação.” Pg. 82
“... a história real do poder punitivo demonstra que aqueles que exerceram o poder foram os que sempre individualizaram o inimigo, fazendo dessa forma que melhor conviesse ou fosse funcional – ou acreditaram que era conforme seus interesses em cada caso, e aplicaram esta etiqueta a quem os enfrentava ou incomodava, real, imaginária ou potencialmente. O uso que fizeram deste tratamento diferenciado dependeu sempre das circunstâncias políticas e econômicas concretas...” pg.82

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