Buscar

MICROCEFALIA DEFORMIDADES

Prévia do material em texto

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO NORTE GOIANO
FACULDADE DO NORTE GOIANO (FNG)
CURSO DE FARMÁCIA 
PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO: microcefalia e doença de Parkinson
Amanda Alves da Silva 
 e outros
Porangatu/GO
Mar./2017
Amanda Alves da Silva 
Esdras Fernandes Rodrigues 
Felipe Lopes de Alencar Amorim 
Hélio Pereira Jorge Júnior
Marcos José Pereira Lopes 
Maria Luísa Pereira Oliveira 
Mayara Crissyna Gomes Coelho 
Nathânia Marques Rocha Ribeiro 
Ranomarcio Guedes dos Santos 
Vanessa Alves Rodrigues 
PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO: microcefalia e doença de Parkinson
Trabalho entregue ao curso de Farmácia como exigência parcial para obtenção de créditos na disciplina de Fisiologia Humana II ministrada pelo professor Paulo Henrique Cavalcante. 
Porangatu/GO
Mar./2017
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1- Criança com microcefalia	7
Figura 2- Doença de Parkinson 	12
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso é uma rede complexa de nervos e células que transportam mensagens de e para o cérebro e a medula espinhal para várias partes do corpo. O sistema nervoso inclui tanto o sistema nervoso central como o sistema nervoso periférico. O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro e medula espinhal e o sistema nervoso periférico é constituído pelos sistemas nervoso somático e autônomo. 
Embora haja vários tipos de doenças ligadas ao sistema nervoso central, essa pesquisa dará ênfase na Doença de Parkinson e na Microcefalia, sendo se caráter bibliográfico, em sites, revistas, livros e artigos.
A microcefalia é uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade, influenciando o seu desenvolvimento mental. Já a doença de Parkinson manifesta-se geralmente a partir dos 50 anos de idade e é causada por alterações nos neurónios que constituem a "substância negra" e o corpo estriado, dois importantes centros motores do cérebro. A pessoa afetada passa a apresentar movimentos lentos, rigidez corporal, tremor incontrolável, além de acentuada redução na quantidade de dopamina, substância neurotransmissora fabricada pelos neurónios do corpo.
 Ambas não têm cura, existe tratamento, incluindo medicamentos, fisioterapia, fonoaudiologia, suporte psicológico e nutricional, tendo por objetivo reduzir o prejuízo funcional decorrente da doença, permitindo que o paciente tenha uma vida independente, no caso da doença de Parkinson, com qualidade, por muitos anos. Já os com microcefalia recebendo todo o tratamento necessário e que são estimulados a andar e se alimentar sozinhos tem maiores chances de chegar à vida adulta, embora seja sempre necessário alguém por perto para cuidar delas e de sua segurança.
Devendo o paciente ou familiares procurar o profissional qualificado para orientações, tratamento e esclarecimentos de dúvidas frequentes. 
1 SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-los" e "arquivá-los". 
Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações. O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. 
O sistema nervoso central é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e protegidos por três membranas denominadas meninges. E O sistema nervoso periférico é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula espinhal. Sua função é conectar o sistema nervoso central ao resto do corpo. Importante destacar que existem dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
 Para melhor compreensão foram abordados apenas os principais conceitos do sistema nervoso e sua divisão. Pois o foco principal são as patologias: doença de Parkinson e microcefalia. 
Patologia 
Patologia é o estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais nas células, tecidos e órgãos, que visa explicar os mecanismos pelos quais surgem os sinais e os sintomas das doenças.  A palavra "patologia" significa literalmente "estudo da doença"​ e tem origem no grego, onde Pathos = doença e Logos = estudo.
No entanto, "patologia" também é usada como sinônimo de doença​. Na medicina, a patologia está dividida em:
Patologia Geral: Estudo das reações aos estímulos anormais que ocorrem em todas as células e tecidos;
Patologia Sistêmica ou Especial: Estudo das reações específicas de cada tecido ou órgão a determinada agressão.
2 MICROCEFALIA
Microcefalia é uma doença neurológica. As crianças com que apresentam esta problemática, nascem com o tamanho da cabeça significativamente abaixo da média, quando comparada a crianças da mesma idade e do mesmo sexo. Podemos encontrar a definição de microcefalia no Tratado de Pediatria 1997, na qual diz: 
A microcefalia é definida como um perímetro cefálico mais três desvios-padrão abaixo da média para a idade e sexo. (…) embora haja muitas causas de microcefalia, as anormalidades da migração neural durante o desenvolvimento fetal, como heterotrofias de células neurais e desarranjos da cito arquitetura, são encontradas em muitos cérebros. A microcefalia subdivide-se em dois grupos principais: microcefalia primária (genética) e secundária (não-genética). Um diagnóstico preciso é importante para o aconselhamento genético e predição das gestações futuras. 
 No que concerne à sua etiologia a microcefalia primária diz respeito a um grupo de distúrbios que regra geral não tem outras malformações associadas, ou estão associados a uma síndrome genética específica. Quanto à microcefalia secundária esta resulta de um grande número de agentes nocivos que atingem o feto no útero, ou o lactente durante os períodos de rápido crescimento cerebral, em especial nos primeiros dois anos de vida. 
Na microcefalia a dimensão dos ossos é mais pequena, por consequência o perímetro cefálico é mais pequeno, (problema genético que, por problemas na fontanela, impede o crescimento do cérebro, não permitindo o seu normal desenvolvimento). Probabilisticamente, significa 32 que a cabeça é o equivalente a 3 desvios-padrão menor do que a média, ou seja, tem menos do que 42 cm de circunferência no crescimento completo (Imagem 01). Frequentemente, a microcefalia é diagnosticada ao nascimento ou durante os exames de rotina dos bebés. Nele, são medidos a altura, o peso e o perímetro cefálico, (perímetro da cabeça).
Imagem 1- Criança com microcefalia
Fonte: Filho, 2017. 
Relativamente às manifestações clínicas, é importante recolher a história familiar detalhada, no sentido de descobrir distúrbios que podem afetar o sistema nervoso. Determinar com rigor o perímetro cefálico da criança à nascença. Se se registar um perímetro cefálico muito abaixo, então há suspeita de o processo ter começado no início do desenvolvimento embrionário ou fetal. Toda a investigação da criança com microcefalia é determinada pela anamnese e exame físico e outros exames genéticos que determinaram os procedimentos seguintes. 
2.1 Causas
A microcefalia pode ter como causa fatores genéticos e ambientais. Conhecida como microcefalia verdadeira, vera ou primária, a má-formação tem causa genética hereditária, de caráter autossômico recessivo e é identificável logo ao nascer. Para manifestar o transtorno, a criança precisa herdar uma cópia do gene defeituoso do pai e outra da mãe, que não manifestam a doença. A microcefalia primária pode estar correlacionada com várias síndromes genéticas e anomalias cromossômicas.
Já a microcefaliapor craniossinostese pode estar associada a causas secundárias, que determinam o fechamento prematuro das moleiras (fontanelas) e das suturas entre as placas ósseas do crânio, o que impede o crescimento normal do cérebro. Elas podem afetar o feto dentro do útero, especialmente nos três primeiros meses de gestação, ou depois do parto, nos dois primeiros anos de vida da criança, quando o cérebro ainda está em acelerado processo de formação.
São consideradas causas secundárias da microcefalia por craniossinostese: consumo de cigarro, álcool e outras drogas ou de alguns medicamentos, doenças infecciosas (rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, varicela, herpes zóste, entre outras), fenilcetonúria materna não controlada, intoxicação por metilmercúrio, exposição à radiação, desnutrição materna, má-formação da placenta, traumatismo cranioencefálico e hipóxia grave (falta de oxigenação no tecido e no sangue) na hora do parto.
Num primeiro momento, foi levantada a hipótese de que a má-formação podia ser resultado da infecção pelo Zika virus, um germe transmitido pelo Aedes aegypti, o mosquito que também transmite a dengue, a febre chikungunya e a febre amarela. A suspeita decorria do fato de que parte das mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentou manchas na pele, febre e muita coceira no corpo durante a gravidez. Embora esses sintomas sejam comuns na infecção por Zika virus, não eram suficientes para estabelecer a relação de causa e efeito com os novos casos da microcefalia.
Filho (2017) cita ainda que a microcefalia também pode ser genética e acontece em crianças que possuem outras doenças como Síndrome de West, Síndrome de Down e Síndrome de Edwards, por exemplo. Por isso, a criança com microcefalia que também possui uma outra síndrome pode ter outras características físicas, incapacidades e ainda mais complicações do que as crianças que possuem somente microcefalia.
É sempre importante identificar a causa da má-formação para nortear a conduta terapêutica, estabelecer medidas de prevenção e avaliar o risco de que se repita em futuras gestações.
2.2 Sintomas
O sinal mais evidente da microcefalia é o tamanho da cabeça, significativamente menor do que a cabeça de outras crianças do mesmo sexo e idade. Os portadores do transtorno apresentam perímetro craniano menor do que 33 cm ao nascer ou, então, menor do que 42 cm ao completarem um ano e três meses e inferior a 45 cm depois dos dez anos de idade. Esses valores mudam no caso de prematuros, de acordo com o tempo de gestação em que ocorre o parto. Outro sinal importante é que o cérebro das crianças portadoras de microcefalia geralmente apresenta partes lisas, em vez de saliências e reentrâncias que lhe conferem a aparência de uma noz.
Dependendo da gravidade da má-formação, podem surgir complicações como déficit cognitivo grave, comprometimento visual, auditivo e da fala, hiperatividade, baixo peso e estatura (nanismo) e convulsões (epilepsia).
Portadores de microcefalia podem apresentar, também, uma deformidade craniofacial característica do transtorno, resultado do descompasso que ocorre entre o crescimento do crânio e o do rosto, que se desenvolve normalmente. Como consequência, eles apresentam cabeça pequena, com o couro cabeludo solto e meio enrugado, testa curta e projetada para trás, face e orelhas desproporcionalmente grandes.
2.3 Diagnóstico
 
A microcefalia pode ser diagnosticada durante a gestação nos exames pré-natais ou, então, pela avaliação clínica de rotina a que são submetidos os recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida. O diagnóstico leva em conta a medida da circunferência da cabeça (perímetro craniano) e sua relação com os dados que constam das tabelas de crescimento padrão para as crianças do mesmo sexo e idade.
Exames de raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, mapeamento ósseo e testes sanguíneos podem ser necessários para determinar a causa da má-formação e a conduta terapêutica melhor indicada. 
2.4 Tratamento
Até os presentes estudos a microcefalia não tem cura. O objetivo maior do tratamento é controlar as complicações, estimular o desenvolvimento de habilidades e garantir melhor qualidade de vida para os portadores da má-formação. Para tanto, é preciso contar com equipe multidisciplinar composta por médicos de diferentes especialidades, dentistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, e recorrer ao uso de medicamentos.
Em parte dos casos de fusão prematura das suturas dos ossos da caixa craniana, se diagnosticada precocemente, é possível realizar uma cirurgia para separá-los nas primeiras semanas de vida, como forma de evitar a compressão do cérebro que impede seu crescimento e provoca complicações mais graves. 
No que diz respeito aos procedimentos de tratamento e intervenção, o médico, é o especialista por excelência que deve proporcionar um aconselhamento familiar e genético preciso e solidário. A criança diagnosticada com microcefalia, apresenta atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor e um grau de atraso mental, tal como sugerido no Tratado de Pediatria, 1997, “muitas crianças com microcefalia também têm retardo mental, o médico deve ajudar a família a encontrar um programa apropriado que possibilite o desenvolvimento máximo da criança. ” 
Deste modo os procedimentos dizem respeito à sinalização da criança no sentido de ser acompanhada por uma equipa de intervenção precoce. A qual aplicará o programa de intervenção mais adequado, na procura de uma intervenção eficaz.
2.5 Complicações
A criança com microcefalia pode apresentar possíveis complicações, como:
Déficit intelectual
Atraso nas funções motoras e de fala
Distorções faciais
Nanismo ou baixa estatura
Hiperatividade
Epilepsia
Dificuldades de coordenação e equilíbrio
Alterações neurológicas.
Algumas crianças com microcefalia podem não apresentar problemas de aprendizado.
2.6 Recomendações
O ideal é que o acompanhamento pré-natal comece antes de a mulher engravidar como forma de avaliar a condição de saúde dos pais. Esse é o momento de colocar em dia o calendário de vacinação e iniciar o uso de ácido fólico, uma vitamina do complexo B indispensável para a boa formação do tubo neural do feto.
Outra medida importante é seguir à risca as orientações do ginecologista ou obstetra durante o pré-natal e procurar o médico sempre que apresentar febre, alergias, ou sintomas que possam ser confundidos com os da gripe e resfriado comum.
A única maneira de acompanhar o desenvolvimento do bebê é levá-lo uma vez por mês ao pediatra. Só assim será possível identificar algum problema de saúde precocemente e propor o tratamento adequado.
Existem fatores de risco associados à microcefalia que podem e devem ser evitados. Por exemplo, o uso de drogas, incluindo o álcool e o cigarro, exposição à radiação, a desnutrição durante a gravidez e, acima de tudo, evitar os criadouros dos mosquitos Aedes aegypti nos arredores das casas, porque podem transmitir doenças, como a dengue, a febre chikunkunya, a febre zika e a febre amarela.
O Ministério da Saúde recomenda às gestantes que reforcem o uso de repelentes, adotem medidas que ajudem a protegê-las contra as picadas de mosquitos e evitem o contato com pessoas que apresentem sintomas da infecção por Zika virus (febre, manchas no corpo e coceira).
3 DOENÇA DE PARKINSON
A Doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, lentamente progressiva, idiopática (sem causa conhecida), De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes, ela surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos. A Imagem 2 logo abaixo traz um resumo sobre a doença de Parkinson.
Imagem 2- Doença de Parkinson
 Fonte: Allan e Modesto, 2017.
3.1 Causas
A doença de Parkinson é uma doença neurológica, crônica e progressiva, resultante da degeneração das células situadas em uma região do cérebro conhecida como substância negra. Elas são responsáveis pelaprodução de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. A causa exata do desgaste destas células do cérebro é desconhecida.
A deficiência da dopamina provoca alterações funcionais em estruturas localizadas profundamente no cérebro, que estão envolvidas no controle dos movimentos, causando o aparecimento dos principais sinais e sintomas da doença, que são tremor, rigidez, bradicinesia (movimento lento) e alteração do equilíbrio. Este conjunto de sinais e sintomas neurológicos é chamado de síndrome parkinsoniana ou parkinsonismo. 
Embora em 70% dos casos a principal causa seja a própria doença de Parkinson, doenças diferentes e fatores muito diversos podem produzir a síndrome, como o uso de drogas para vertigens, tonturas e doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão. É importante identificar estes casos, pois os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.
Embora a causa da doença ainda seja desconhecida e mais estudos precisem ser feitos para identificá-la, alguns fatores podem desempenhar um papel no desenvolvimento do Parkinson:
Genes: Determinadas mutações genéticas podem causar a doença de Parkinson, mas ela não é uma doença hereditária normalmente. Mesmo no caso de alguém na família ter Parkinson, isso não aumenta o risco de algum outro membro desenvolver a doença.
Fatores Ambientais: Existe um pequeno risco de a contaminação com agentes tóxicos, como agrotóxicos e resíduos químicos, elevar o risco de desenvolver a doença.
3.2 Sintomas
Os primeiros sintomas e sinais da doença de Parkinson podem ser leves, passando despercebidos e variar de pessoa para pessoa. Frequentemente, os sintomas começam em um lado do corpo e permanecem piores nessa parte, mesmo depois que começam a afetar o outro lado. Eles podem incluir:
Tremor: Inicia em um membro geralmente, muitas vezes na mão ou nos dedos, sendo possível notar uma fricção de vai-e-vem do polegar com o indicador. Mas pode também afetar o queixo, a cabeça ou os pés, ocorrer num lado do corpo ou nos dois e ser mais intenso em um lado do que no outro. Acontece principalmente quando a pessoa está em repouso e relaxada e melhora com os movimentos. Pode piorar com ansiedade, cansaço e fadiga e desaparece durante o sono.
Movimento lento (Bradicinesia): Reduz a capacidade do paciente se movimentar, tornando tarefas simples, difíceis e demoradas. Uma das primeiras coisas que as pessoas próximas percebem é que o doente demora mais tempo no que antes fazia com desenvoltura, como tomar banho, se vestir, cozinhar e escrever. Outros movimentos delicados com as mãos se tornam difíceis, como abotoar roupas e amarrar o cadarço de calçados. Além disso, ao escrever, a letra se torna menor (micrografia).
Rigidez muscular: Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, restringindo a amplitude de movimento, causando dor e prejudicando a postura e o equilíbrio. O paciente tende a ficar encurvado e, na medida em que a doença progride, os braços e as pernas também podem ficar dobrados e a caminhada se tornar mais lenta, com passos curtos. Algumas vezes, o doente arrasta um pé ou os dois e tem dificuldade para se virar.
Perda de movimentos automáticos: Pode acontecer uma diminuição da capacidade de realizar movimentos inconscientes, como piscar, ter expressões faciais e os movimentos dos braços diminuírem ao caminhar, como se eles estivessem grudados no corpo.
Alterações de fala: O paciente pode falar baixo, rapidamente ou hesitar antes de falar. Seu discurso pode ser mais monótono e não ter as inflexões habituais.
Sintomas não motores: Seborreia (excesso da camada de gordura sobre a pele), sudorese excessiva na face, tontura, alteração de memória, depressão, insônia, hipotensão postural, ansiedade, dificuldade para engolir, aumento da saliva, dores, cansaço e perda de peso também podem ser sintomas relacionados ao Parkinson.
3.3 Diagnóstico
O Diagnóstico na fase inicial, muitas vezes não é fácil, sendo que, como de costume, o mesmo deverá ser realizado por um médico, preferencialmente Neurologista, que dirá se a cauda é idiopática (causa desconhecida), ou se é devido outras causas. Os sintomas acima referidos podem se devidos a medicamentos variados (Fenotiazinas, Haloperidol, Reserpina, Lítio, Cinarizinas, Flunarizina), porém, nesse caso, não costumam ser tão intensos.
Intoxicação por monóxido de carbono ou manganês, Infartos Cerebrais dos gânglios de base, Hidrocefalia, Traumatismos Cranioencefálicos, Encefalites, podem ser a causa desta doença, que tem tratamento e controle, porém não tem cura.
Como não existem exames específicos para detectar a doença de Parkinson, o diagnóstico é feito com base no histórico médico do paciente, avaliação de sintomas, além de exames neurológicos e físicos. Também podem ser solicitados exames como eletroencefalograma, tomografia computadorizada, ressonância magnética, análise do líquido espinhal, entre outros, para descartar outras condições que possam estar causando os sintomas. O diagnóstico da doença de Parkinson pode, às vezes, precisar de tempo para ser feito. É possível que o médico recomende consultas regulares com um neurologista para avaliar a condição e os sintomas do paciente durante um tempo para, só depois, fazer o diagnóstico.
3.4 Tratamento
O tratamento pode ser medicamentoso, psicoterápico e até cirúrgico em alguns casos. O tratamento medicamentoso é feito à base de drogas neuroprotetoras que visam a evitar a diminuição progressiva de dopamina, neurotransmissor responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos.
O tratamento psicoterápico ocorre em função da depressão, perda de memória e do aparecimento de demências e pode incluir a prescrição de medicamentos antidepressivos e de outros psicotrópicos
O tratamento pode ser medicamentoso, por reabilitação física e Estimulação Magnética Transcraniana (EMT). A Estimulação Magnética Transcraniana Trata-se de equipamento que permite realizar a Neuromodulação – que consiste em regular circuitos neuronais através de uma bobina que é colocada próxima à região do crânio, ou outras regiões do corpo. Cria-se então um campo magnético que penetra no tecido nervoso adjacente, deflagrando uma cascata de reações físico-químicas; modificando de forma transitória a fisiologia neuronal (acelerando ou inibindo). 
Embora não exista nenhum tratamento que possa impedir a progressão da doença, os sintomas podem ser bem controlados. Várias classes de medicamentos estão disponíveis. Carbidopa / levodopa é ainda o tratamento sintomático mais eficaz e pode ser utilizado em combinação com outras classes de medicamentos, incluindo agonistas da dopamina, inibidores de COMT, inibidores da enzima MAO-B, agentes anticolinérgicos e amantadina.
Em alguns casos o tratamento cirúrgico é indicado, mas isto também vai depender de vários fatores. A atividade física é fundamental. Os pacientes devem consultar um fisioterapeuta familiarizado com Parkinson e o seu programa físico deve incluir exercícios cardiorrespiratórios, de resistência, de flexibilidade, além de marcha e treinamento de equilíbrio.
A dieta deve ser saudável e incluir frutas, vegetais, carnes, cereais e massas em quantidades equilibradas. Se o paciente se sentir triste ou deprimido, deve comunicar ao seu médico, pois ele poderá medicá-lo adequadamente ou encaminhá-lo a um profissional da área. Mas o tratamento não é completo sem o apoio da família. Ela tem um papel fundamental na vida do paciente com doença de Parkinson no sentido de sempre apoiá-lo e ampará-lo nos momentos difíceis e também estimulá-lo para que participe de atividades sociais.
3.5 Complicação
A doença de Parkinson, muitas vezes, leva às consequências seguintes:
Pode causar problemas cognitivos (demência) e dificuldade em pensar que ocorrem geralmente nas fases sucessivas da doença de Parkinson. Estes problemas cognitivos não são muito sensíveis a medicamentos.
Depressão e alterações emocionais. Muitas pessoascom o mal de Parkinson têm depressão. O tratamento da depressão facilita o gerenciamento de outros problemas causados pela doença. Também pode causar outras alterações do estado emocional, como medo, ansiedade ou perda de motivação.
Problemas e distúrbios do sono. As pessoas com doença de Parkinson sofrem muitas vezes de insônia e acordam frequentemente durante a noite. Pode causar distúrbios durante o dia como ataques de sono repentino.
Os medicamentos podem ajudar a estabilizar o ritmo vigília-sono.
Problemas de bexiga. A doença de Parkinson pode causar problemas de bexiga, incluindo incontinência e dificuldade para urinar.
Disfunção sexual. Algumas pessoas com a doença de Parkinson podem notar uma diminuição no desejo sexual ou problemas de desempenho.
3.6 Recomendações
Procure um médico tão logo perceba um ligeiro tremor nas mãos ou tenha notado que sua letra diminuiu de tamanho (micrografia);
Mantenha a atividade intelectual; leia, acompanhe o noticiário
Não atribua ao passar dos anos, a perda da expressão facial e o piscar dos olhos menos frequentes;
Pratique atividade física. Fazer exercícios físicos regularmente ajuda a preservar a qualidade dos movimentos.
Por isso, o Ministério da Saúde lançou as seguintes orientações às gestantes:
Acompanhe sua gestação com um médico, por meio de consultas pré-natal, e realize todos os exames recomendados por ele;
Não consuma bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas;
Não utilize medicamentos sem a orientação médica;
Evite contato com pessoas com febre, exantemas ou infecções;
Adote medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retire recipientes que tenham água parada e cubra adequadamente locais de armazenamento de água);
Proteja-se de mosquitos seguindo estas medidas: mantenha portas e janelas fechadas ou teladas; use calça e camisa de manga comprida; e utilize repelentes indicados para gestantes.
CONCLUSÃO
Podemos concluir que a doença de Parkinson aparece entre os 45 e os 65 anos, embora evolua de maneira lenta, apresenta sintomas característicos tais como tremores involuntários, instabilidade na postura e dificuldade no andar. O tratamento para Parkinson pode ser por meio de educação, exercícios e nutrição que é conhecido como tratamento não farmacológico, por meio de Levodopa, dopaminérgicos entre outros que é conhecido como tratamento farmacológico e transplantes e técnicas lesionais que é o tratamento cirúrgico.
Já a microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento. Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.
Portanto se faz necessário procurar o profissional qualificado para o diagnóstico preciso da microcefalia e doença de Parkison, seguir as recomendações e o tratamento descrito, assim o paciente poderá ter uma vida independente e sem possíveis complicações. 
REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Parkinson. Disponível em: 
 <http://www.parkinson.org.br/firefox/index.html>. Acesso em: 14/03/2017.
Associação ROCHE. Viva bem com Parkinson. Disponível em: <http://vivabemcomparkinson.com.br/causas/>. Acesso em: 10/03/2017
BARROSO, Eduardo. Guia prático saúde de A-Z. Ed. 2, Rio de Mouro: abril/Control jornal, 2001.
BRITES, Manuela. Manual de Apoio ao Estudante Fisiologia. Matosinhos: Quidnovi, 2006.
DIAS, Alexandra; MIRANDA, Antonieta. Era uma vez o Corpo Humano; A Saúde Mental I. Lisboa: Planeta de Agostini, 2000.
GUEREIRO, Marilsa. Microcefalia. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/microcefalia>. Acesso em: 11/03/2017
VARELLA, Dráuzio. Doença de Parkinson. Disponível em: https://drauziovarella.com.br/envelhecimento/doenca-de-parkinson>. Acesso em: 10/03/2017
VARELLA, Dráuzio. Microcefalia. Disponível em: <https://drauziovarella.com.br/crianca-2/microcefalia/>. Acesso em: 11/03/2017
RIEGER, Maia e GUILHERME, Nélia. Doenças do Sistema Nervoso. Disponível em: <http://www.notapositiva.com/old/trab_estudantes/trab_estudantes/cienciasnaturais/ciencias_trab/doencassistnervoso.htm>. Acesso em: 10/03/2017. 
WALDO, E. N, et al. Tratado de Pediatria. Editora Guanabara Koogan: Brasil. Vol.2, Ed. 15: 19997.

Outros materiais