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Gerencia de Exportação RESUMO

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Gerencia de Exportação 
A1: Conceitos Introdutórios 
Para  se iniciar uma exportação é preciso conhecer  alguns conceitos importantes.
Mercado 
É o espaço geográfico onde são comercializados os produtos objetos de uma exportação.
É o ponto de encontro entre a força da oferta e a demanda ou o MOMENTO quando essas forças se encontram no espaço virtual.
A abertura do mercado se dá com a oferta de um determinado produto à procura de uma correspondente demanda ou necessidade latente a ser preenchida.
Saber o número da população consumidora é muito importante para o futuro exportador.
- Aspectos referentes ao comportamento do consumidor que influencia muito no momento da negociação. 
Poder aquisitivo – Cultura – Faixa etária – Aspecto religioso – Idioma – Classe social – Legislação – Aspecto psicológicos 
EX=
. Na questão cultural: Um concorrente italiano terá maior vantagem sobre um brasileiro na venda para Itália, uma vez que, culturalmente, esses compatriotas se ajudam mutuamente, a negociação feita por mulheres em países de cultura machista poderá inviabilizar as negociações, por mais competente que seja essa executiva.
. Na questão legislativa: A legislação local no país importador determinará aspectos administrativos e aduaneiros a serem cumpridos e, muitos deles, de total desconhecimento do exportador brasileiro. Para facilitar os procedimentos documentais, exija do importador, um “SHIPPING INSTRUCTIONS”, comunicação formal onde o importador deverá relacionar quaisquer necessidades específicas de sua legislação quanto a documentação, embalagem ou embarque.
. Na questão da faixa etária e fatores psicológicos: A faixa etária de mercado alvo, associado ao estudo psicológico da atitude dos possíveis consumidores do seu produto facilitará na escolha de alguns atributos do produto como o design, as cores a serem escolhidas, a tecnologia aplicada ao produto entre outros. Consumidores mais jovens são menos conservadores e procuram o novo, o que pode ser uma ótima motivação para um futuro fornecedor brasileiro. Pesquisas revelam que os jovens japoneses estão consumindo mais café para romperem com a tradição do consumo do chá, olha aí uma oportunidade para um produto brasileiro de excelência no exterior.
PORQUE EXPORTAR? 
Vantagem sobre o concorrente interno: Melhor aproveitamento da capacidade instalada, incremento da produtividade, redução dos custos operacionais, aprimoramento da qualidade, incorporação de novas tecnologias, aumento da rentabilidade, com reflexo no mercado interno entre outros.
Desenvolvimento de uma outra mentalidade empresarial e aprimoramento de métodos administrativos e organizacionais.
Menor dependência da volatilidade do mercado interno como fator de estabilidade e crescimento autosustentável. Quanto mais diversificados os mercados-alvo do produto de exportação, mais diluídos se tornam os riscos de quebra de contrato, falta de pagamento etc.
Fugir da sazonalidade.
PARA ONDE EXPORTAR? 
Com base nos critérios estudados acima, o exportador deverá promover uma pesquisa de mercado para decidir para onde irá exportar. O mercado externo não é uma extensão do mercado interno.
Como vimos anteriormente, nas pesquisas de mercado é importante identificar a legislação vigente no país-alvo (CONHECER O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR), com atenção especial para as restrições gerais e específicas ao produto a ser oferecido.
Muitos países impõem controles de ordem sanitária, burocrática e documental, bem como limites quantitativos e qualitativos que podem afetar radicalmente as perspectivas de comercialização.
A2: Fatores que contribuem para aceitação do produto “tipo exportação” 
Quanto à matéria, um produto será classificado como tangível ou intangível.
O aspecto tangível do produto será o produto em si, item ou linha de produtos em sua parte física, o que podemos tocar, o seu material constitutivo terá uma enorme influência na parte tangível do produto. 
Quanto à natureza, um produto poderá ser classificado da seguinte forma:
 Bem de consumo: um bem que se extingue no ato do seu consumo.
O ato de consumir pode extinguir o produto imediatamente, nesses casos, chamamos esses produtos de bens de consumo não duráveis. Ex.: alimentos.
Ao contrário, o consumo lento promovido pelo uso do produto, levando-o à sua extinção progressivamente, faz com que classifiquemo-lo como um bem de consumo durável. Ex.: automóvel.
. Bem de capital: um bem que servirá para gerar ganho de capital, um bem de consumo durável aplicado na indústria. Ex.: máquinas e equipamentos.
.  Bem de conveniência: um bem que está disponível facilmente e de baixo valor agregado. Aquele bem que não fomos em busca dele, mas que é conveniente tê-lo, já que está à mão. Ex.: creme dental, lâmina de barbear, pilha etc.
. Bem de predileção especial: um bem que não tem preço e muito valor para quem compra, um hobby. Ex.: um produto para colecionadores.
PREÇO
O preço define as condições básicas que o exportador e o importador estão dispostos a realizar na troca, é a compensação recebida pelos produtos e serviços vendidos ao mercado e o que o importador está disposto a pagar para obtê-los. 
O preço é o único elemento do composto de marketing que gera receita; os demais produzem custos.
A política de substituição de importações gerou uma industrialização voltada para a produção de bens direcionada para uma pequena fatia da sociedade, porém grande consumidora. 
Com a abertura das fronteiras, os mais ricos continuam importando os seus bens de alta tecnologia e seria inútil ao exportador brasileiro tentar enfrentar essa concorrência, produzindo produtos com tecnologia superior à dos países de primeiro mundo.
A3: Etapas comercias da exportação e suas aplicações práticas 
A primeira das etapas comerciais que deverá enfrentar o exportador é a divulgação da sua empresa e do seu produto. Para tanto, o exportador deverá escolher desde a participação em feiras internacionais no Brasil e no exterior até a visita comercial a um potencial importador em seu país, passando pelas missões empresariais promovidas no Brasil ou no exterior. É claro que uma avaliação de custos e oportunidades deverá embasar essa decisão.
Etapas comerciais: cotação de preços
Dentre outras, questões como preço e prazos são cruciais nesse momento da venda. A cotação de preços do produto exportado vem da demanda do importador que, a partir do seu primeiro interesse pelo produto, deverá acenar na direção da negociação pedindo uma cotação.
É importante para o exportador desconstruir o preço praticado no mercado interno, uma vez que a exportação é desonerada de tributos.
A cotação deverá ser enviada por e-mail ou por fax ao importador e o exportador deverá fazer um follow-up dessa cotação até a confirmação do pedido pelo importado.
A cotação deve estabelecer, dentre outras informações, as condições gerais de venda, como: os volumes máximos e mínimos, o Incoterm, o tipo da embalagem, forma e prazo de pagamento, o prazo para embarque do produto, e a validade dessa proposta comercial que não deverá ser muito breve, pois dependendo da empresa importadora, poderá demorar para a tomada de decisão, sugerimos, portanto um prazo nunca inferior a trinta dias.
Etapas comerciais: compra e venda por agentes no exterior
O agente internacional é uma pessoa física ou jurídica que, mediante acordo, vende e representa o exportador no país do importador. Esse agente deve falar a mesma linguagem comercial da empresa exportadora. Vale lembrar que o agente é o exportador no exterior, um posto avançado da empresa exportadora. Há, basicamente, três categorias de agentes: 
(PDF)
Etapas comerciais: forma e prazo de pagamentos internacionais
Pagamento antecipado, remessa antecipada ou mesmo cheque
Pela ótica do exportador, essa modalidade se apresenta como a melhor condição, visto que consiste no envio das divisas por parte do importador, previamente à remessa da mercadoria para o exterior. Ao se pensar nessa alternativa, deve-se ter em mente que, apesarde ser uma condição extremamente atraente para quem vende, ela não se apresenta como sendo de uso muito generalizado para as exportações como um todo, pois apesar de não representar qualquer risco para quem vende, representa, por outro lado, para quem compra.
Cobrança, que poderá ser: à vista ou a prazo
A cobrança é exatamente o oposto do pagamento antecipado: o exportador recebe o produto da venda (divisas) e, posteriormente, remete a mercadoria, enquanto que na cobrança ele remete a mercadoria para, posteriormente, receber seu pagamento.
Cobrança à vista: 
- o importador concretiza a operação mediante o envio de um pedido;
- o exportador embarca a mercadoria, respeitando as condições pactuadas com o comprador e remete, via banco, os documentos para o exterior;
- o banco portador dos documentos exige o pagamento por parte do destinatário e, sendo este cumprido, faz a entrega dos documentos liberatórios da mercadoria.
Cobranças a prazo:
- o importador adquire a mercadoria, mediante a remessa de um pedido, no qual conste essa condição;
- o exportador providencia, de acordo com as condições constantes do pedido, a remessa do produto e a negociação dos documentos junto a um banco;
- o banco, no exterior, após colher o aceite do importador, no respectivo saque, cede ao importador os documentos para que este possa providenciar o desembaraço da mercadoria, resgatando seu débito no respectivo vencimento da cambial.
Carta de crédito, que também poderá ser à vista ou a prazo
Assim como exposto para a cobrança, a Carta de crédito também poderá ser à vista ou a prazo.
Essa condição é uma forma usual de garantia que se torna vital para o exportador que procura uma condição de pagamento que o possa amparar nas primeiras não operações com um importador cadastralmente desconhecido ou mesmo para aqueles casos em que o cadastro não venha recomendar a prática da cobrança nas operações de exportação”. Para a escolha da melhor forma e do prazo de pagamento internacional, o exportador deverá avaliar e calcular os riscos envolvidos nessa operação financeira. Para a perfeita avaliação desses riscos, o exportador deverá considerar a idoneidade do Importador (pesquisar em bancos e consulado) e o risco do país importador.
A melhor forma de pagamento para o exportador é o pagamento antecipado, aquele em que o exportador recebe primeiro para depois embarcar a mercadoria;
Para o importador, a melhor forma seria a remessa sem saque com longo prazo para pagamento, que pressupõe que o importador terá que desembolsar o montante do pagamento sem a intervenção bancária ou o registro de qualquer documento financeiro que o obrigue a assumir tal compromisso a um prazo confortável para a sua capitalização; para a primeira operação, quando o importador e o exportador ainda não se conhecem comercialmente e não possuem segurança recíproca no seu parceiro comercial, sugere-se que a exportação seja feita por carta de crédito que garantirá que o importador pagará ao exportador, caso contrário, o banco emitente da carta de crédito terá que assumir essa obrigação e garantirá, também, o embarque da mercadoria pelo exportador, caso contrário, o banco negociador não liberará o respectivo pagamento ao exportador.
Documentos internacionais na exportação
Cada embarque de exportação deve ser acompanhado de um conjunto de documentos que devem ser preparados corretamente, de acordo com as exigências dos importadores porque são eles que terão problemas no desembaraço da carga quando chegar a seu país. Para isso, o exportador deverá solicitar um shipping structions - instruções relevantes que o exportador deverá seguir para proceder corretamente com o embarque. 
A documentação de exportação assume um papel significativo nos contratos de transporte, na forma de pagamento, na contratação de seguro etc.
(PDF)
Dependendo da legislação internacional ou de algumas barreiras não tarifárias, outros documentos internacionais poderão ser exigidos pelo importador ao exportador para que o desembaraço de importação ocorra sem problema. 
Por serem muito específicos, devem estar previstos no shipping instructions emitido pelo importador para melhor orientar o exportador que, se estivesse vendendo para outro importador, não teria que emiti-los.
A4: Linhas de créditos aos exportadores
Financiamento às Exportações Brasileiras de Bens e Serviços e Seguro de Crédito à Exportação
Para falar dos financiamentos às exportações brasileiras, não poderia deixar de comentar sobre as modalidades e a importância desses financiamentos no desenvolvimento do nosso país. Para que tenhamos uma balança comercial superavitária, devemos embarreirar criteriosamente as importações e incentivar indiscriminadamente as exportações.
A informalidade do negócio é também um grande empecilho à captação de recursos financeiros. Quando os bancos pedem garantias para liberarem linhas de crédito, o exportador com pouco patrimônio registrado encontra dificuldade para garantir o empréstimo. “O crédito é feito na base da segurança”, afirma Ventura (2008, p. 66).
O empresário brasileiro, culturalmente, não se prepara para o investimento, não se autofinancia, não poupa, necessita da capitação de recursos para seus investimentos, o que leva os bancos a aumentarem o seu spread (LOPEZ; GAMA, 2007, p. 282-283).
Modalidade de Linhas de Crédito Oferecidas aos Exportadores Brasileiros: 
Adiantamento Sobre Contrato de Câmbio – ACC
O exportador financia antes do embarque da mercadoria, trata-se de uma linha de crédito pré-embarque previsto na Circular Bacen 2.231/92.
- Antecipação do valor pelo banco: O banco no Brasil entrega ao exportador brasileiro um montante em reais correspondente a antecipação do valor que ele receberá por uma futura exportação em moeda estrangeira, sendo compensado o deságio objeto da operação financeira promovida pelo banco.
- Taxas de juros da ACC: As taxas de juros ou deságio das operações de ACC são livremente pactuadas entre a instituição financeira e o exportador, sendo cobradas através de débito em conta-corrente no início (deságio antecipado) ou ao final da operação (deságio postecipado).
- Operações de ACC
- Documentação para embarque
- Rentabilidade da ACC
- ACC como forma de proteção
Adiantamento de Cambiais Entregues – ACE
O ACE é muito semelhante ao ACC, só que exportador levanta o recurso após o embarque da mercadoria e não antes do embarque, como no ACC, o que diminui o risco da operação, uma vez que o exportador já cumpriu o seu dever de exportar, restando, apenas, receber as divisas que lhe cabem no prazo oferecido ao importador, funcionando como o desconto de uma duplicata a prazo no mercado interno.
***O ACC é pré-embarque e o ACE é o pós-embarque, não servindo para financiar a produção do exportador, mas as suas despesas comerciais.***
Programa de Financiamento às Exportações de Bens e Serviços – Proex
. PROEX: O Proex é administrado pelo Banco do Brasil (BB) e os exportadores beneficiados por este programa precisam preencher o RC - Registro de Operação de Crédito via Siscomex antes do Registro Ada exportação – RE e, consequentemente, antes do embarque do produto para se habilitarem ao programa.
BB -> PROEX -> PROGRAMA -> (Financiamento ao EXPORTADOR E IMPORTADOR) -> PROGRAMA -> PRAZOS DE PAGAMENTO -> MODALIDADES DE CRÉDITO 
. PROGRAMA: Este programa conta com recursos da União que são levantados anualmente conforme o Orçamento Geral da União. As diretrizes do Programa são definidas pelo Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações - Cofig, comitê da Camex para esta finalidade. O Proex financia não só o exportador, mas poderá financiar também o importador (Buyers Credit).
. Financiamento ao EXPORTADOR: Para o financiamento ao exportador (supplyers credit), caberá a ele emitir saques (títulos em que o exportador se compromete a pagar (o principal e os juros contratados) e descontá-los no banco financiador.
. Financiamento ao IMPORTADOR: Para o financiamento ao importador, caberá a ele, como beneficiário do financiamento,autorizar a remessa financeira para liquidar a sua obrigação com o exportador e, em contrapartida, o importador receberá os documentos para o desembaraço aduaneiro da sua importação mediante a emissão do saque.
. PRAZOS DE PAGAMENTO: Os bens sujeitos ao Proex estão relacionados na Portaria MDIC 232/07 pelas respectivas NCMs com os seus respectivos prazos de pagamento. Esses prazos de pagamento podem variar de 60 dias a 10 anos. É importante notar que os prazos dos financiamentos vão aumentando de acordo com a elaboração do produto, com isso, os produtos enquadrados nos últimos capítulos da NCM (bens mais elaborados), possuem prazos maiores de financiamento. O exportador poderá agrupar mercadorias relacionadas entre (“pacotes”), para conseguir um único prazo de financiamento para uma exportação com NCMs diferentes e, consequentemente, prazos também diferentes. Entende-se como "pacote" de exportação à venda, numa única transação de produtos diversificados de natureza conexa. Esse prazo único será calculado pela média ponderada dos diferentes prazos apresentados na operação ou será determinado o prazo máximo de um dos produtos que represente, ao menos, 60% do valor total da operação.
. Modalidades de crédito: O Proex opera em duas modalidades de crédito: O Proex/Equalização e o Proex/Financiamento e, para ambos, é indispensável a comprovação de idoneidade do exportador, do importador e do garantidor do financiamento junto à União e suas controladas de direito público ou privado.
. Proger Exportação: O Programa de Geração de Emprego e Renda – PROGER, é uma linha de crédito que utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT disponibilizada para exportador em Reais por intermédio do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e destina-se ao financiamento do exportador brasileiro antes do embarque da mercadoria, na fase da promoção comercial da exportação e da produção. O exportador encontrará no Proger Exportação linha de crédito para financiar gastos com aluguel, montagem de stands, transporte e hospedagem, para a sua participação nesses eventos, por exemplo. Para isso, o exportador deverá comprovar que essas despesas são inequivocadamente, referentes à sua participação, devendo a referida comprovação das despesas serem apresentadas no prazo máximo de 90 dias após a liberação do crédito.
***A participação em feiras internacionais é uma forma eficaz de a empresa exportadora testar a receptividade ao seu produto no exterior, constituindo uma interessante estratégia para a inserção da marca nos mercados externos (HARTUNG, 2002, p. 21-22). E o Proger Exportaçâo financiará o exportador que quiser participar de feiras internacionais com o objetivo de promover o produto brasileiro no exterior.***
. Programa BNDES-Exim: O Programa compreende as modalidades Pré e Pós-embarque, sendo a modalidade Pré-embarque subdividida em: Pré-embarque, Pré-embarque Ágil, Pré-embarque Empresa-Âncora, Pré-embarque Especial e Pré-embarque Automóveis.
Seguro de Crédito à Exportação e Legislação Vigente
O QUE É SEGURO DE CREDITO A EXPORTAÇÃO?
É o seguro contratado pelo exportador brasileiro contra o risco de não pagamento por seus compradores no exterior, por motivo de falência ou de simples mora. – CARTA DE CRÉDITO. 
EXEMPLO:
Vejamos como funciona na prática
O segurado elabora uma lista de seus compradores no exterior, efetivos ou potenciais, e encaminha-a através de formulário próprio para o Departamento de Análise e Riscos da Seguradora. Para cada comprador ele indica o crédito que irá precisar. Esse crédito é rotativo e não deve ser confundido com o volume de vendas. Ele deve ser calculado para cobrir a exposição máxima do segurado em relação a um determinado comprador, ou seja, no caso de um eventual não pagamento, o valor do prejuízo máximo que o segurado teria. O limite de crédito solicitado dependerá do valor e da frequência dos embarques, assim como do prazo de faturamento.
QUANDO OCORRE UM SINISTRO, O SEGURADO TEM 2 OPÇÕES:
Notificar imediatamente o não pagamento e acionar ao mesmo tempo a seguradora para recuperação do crédito;
Prorrogar o vencimento para dar chance ao comprador de pagar sem o desgaste comercial de uma cobrança pela Seguradora.
** Qualquer que seja a opção, do momento que é acionada, a Seguradora há um prazo de 5 meses para realizar a cobrança junto ao comprador, após o qual, se não tiver sucesso, é efetuada a indenização.
** Todas as despesas de contencioso, incluindo os trâmites jurídicos e os serviços especializados de advogados internacionais correm por conta do seguro. A prorrogação do vencimento pode ser feita pelo segurado, sem notificar a Seguradora, de até 80 dias da data de embarque. Em 30 dias após o vencimento inicial ou prorrogado, o comprador que não pagou sua dívida é considerado inadimplente, devendo o segurado interromper as exportações para esse cliente. O prazo mínimo para notificar um não pagamento é de 60 dias após o vencimento inicial ou prorrogado. A seguradora iniciará a sua ação de cobrança somente após ser acionada pelo segurado.
SEGURO DE CRÉDITO: 
- O Seguro de Crédito à Exportação é muito mais que um simples seguro. Antes de tudo é um instrumento de prevenção. A análise e o monitoramento constante da situação financeira dos importadores é em si um instrumento comercial muito eficaz na seleção da clientela, no direcionamento e na concentração dos esforços de vendas para o desenvolvimento de novos mercados.
- Segundo, o Seguro de Crédito à Exportação é uma ferramenta de cobrança. Cada país tem uma legislação distinta e específica exigindo os serviços de advogados especializados e rede de agências de cobrança espalhadas por todos os continentes. 
- Finalmente, o seguro de crédito não deixa de ser um seguro e, como tal, tem função de indenizar o segurado cujo crédito não foi recuperado durante o período de cobrança.
Obrigações do segurado
Uma das características do Seguro de Crédito à Exportação é a sua simplicidade. A única obrigação do segurado é declarar trimestralmente, em formulário próprio, as exportações e os relativos compradores. No término de vigência da apólice, a soma dos valores declarados dará o volume de exportação efetivamente realizada.
OBS= Custos: basicamente os custos se resumem ao prêmio e às taxas de análise de cliente e de monitoramento. É o custo propriamente dito do seguro e é apresentado sob a forma de um percentual que se aplica sobre o valor das exportações realizadas durante a vigência da apólice, que é de um ano.
A5: O tratamento administrativo das exportações brasileiras
Terminada a fase comercial da exportação com a emissão da fatura Pró-forma, o exportador estará pronto para entrar na fase administrativa da sua exportação.
SECEX: Esse dispositivo legal, elaborado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) consolida atualmente todo o tratamento administrativo que será cobrado do exportador pelo Departamento de Comércio Exterior (Decex) que, como principal órgão anuente, tomará conhecimento da exportação pelo registro de exortação (RE) e fará da sua efetivação o encerramento dessa fase administrativa iniciada com o seu respectivo registro.
Exportação por Pessoa Física
A Pessoa Física somente poderá exportar mercadorias em quantidades que não revelem prática de comércio e desde que não se configure habitualidade, excetuando-se: 
I – agricultor ou pecuarista cujo imóvel rural esteja cadastrado no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); 
II – artesão, artista ou assemelhado registrado como profissional autônomo.
O Registro de Exportação (RE)
 No Siscomex é o conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracterizam a operação de exportação de uma mercadoria e definem o seu enquadramento.  
As peças sobressalentes, quando acompanharem as máquinas e/ou equipamentos a que se destinam, podem ser exportadas com o mesmo código da NCM desses bens, desde que: 
I – não ultrapassem 10% (dez por cento) do valor dos bens no local de embarque; 
II – estejamcontidos no mesmo RE das respectivas máquinas e/ou equipamentos;
III – a descrição detalhada conste das respectivas notas fiscais.
O RE deverá ser efetuado previamente à declaração para despacho aduaneiro de exportação (DDE) e ao embarque da mercadoria, porém poderá ser efetuado após o embarque das mercadorias e antes da declaração para despacho aduaneiro, nas exportações a seguir indicadas: 
I – fornecimento de combustíveis, lubrificantes, alimentos e outros produtos destinados ao consumo e uso a bordo de embarcações ou aeronaves, exclusivamente de tráfego internacional, de bandeira brasileira ou estrangeira;
II – vendas de pedras preciosas e semipreciosas, metais preciosos, suas obras e artefatos de joalheria realizadas no mercado interno a não residentes no País ou em lojas francas a passageiros com destino ao exterior.
O RE será deferido (efetivado) no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de seu registro no Siscomex, desde que apresentado de forma adequada e completa. O prazo de validade do RE para início do despacho aduaneiro de exportação é de 60 (sessenta dias) contados da data do seu deferimento (efetivação). Poderão ser efetuadas alterações no RE, exceto quando: 
I – envolverem a inclusão de Ato Concessório ou do código do enquadramento de drawback após a averbação do registro de exportação. Tal alteração só poderá ser feita mediante pedido em processo administrativo;
II – realizadas durante o curso dos procedimentos para despacho aduaneiro;
III - tratar-se de alteração de valor ou quantidade de exportações vinculadas a ato concessório de drawback já baixado. 
O extrato do RE poderá ser obtido, sempre que necessário, em qualquer ponto conectado ao Siscomex.
?? Poderão ser admitidas exportações sem expectativa de recebimento, devendo o pagamento de serviços, quando couber, ser processado por intermédio de transferências financeiras.??
Exportação em consignação
Todos os produtos da pauta de exportação brasileira são passíveis de venda em consignação, salvo exceções previstas nesta Portaria. A exportação em consignação implica a obrigação de o exportador comprovar, dentro do prazo de 720 (setecentos e vinte) dias, contados da data do embarque, a efetiva venda da mercadoria ao exterior ou o retorno da mercadoria. Em situações excepcionais, poderão ser examinadas prorrogações de prazo, desde que declarado pelo interessado que, para essas exportações, não foram efetivadas as vendas no mercado externo.
Exportação para uso e consumo a bordo
Constitui-se em exportação, para os efeitos fiscais e cambiais previstos na legislação vigente, o fornecimento de combustíveis, lubrificantes e demais mercadorias destinadas a uso e consumo a bordo, em embarcações ou aeronaves, exclusivamente de tráfego internacional, de bandeira brasileira ou estrangeira. 
Considera-se, para este fim, o fornecimento de mercadorias para consumo e uso a bordo, qualquer que seja a finalidade do produto a bordo, devendo este se destinar exclusivamente ao consumo da tripulação e passageiros, ao uso ou consumo da própria embarcação ou aeronave, bem como a sua conservação ou manutenção.
Exportação destinada a feiras, exposições e certames semelhantes
A remessa de mercadoria ao exterior, com fins de promoção, obriga o exportador a comprovar, no prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias contados da data do embarque, o seu retorno ao País ou, no caso de ocorrer à venda, efetivo recebimento de moeda estrangeira na forma da regulamentação cambial vigente.
Depósito alfandegado certificado
O Depósito Alfandegado Certificado (DAC) é o regime que admite a permanência, em local alfandegado do território nacional, de mercadoria já comercializada com o exterior e considerada exportada, para todos os efeitos fiscais, creditícios e cambiais, devendo, portanto, a operação ser previamente registrada no Siscomex. Ficam excluídas deste regime as mercadorias com exportação suspensa ou proibida e, quaisquer que sejam os produtos envolvidos, as operações em consignação ou sem expectativa de recebimento.
Marcação de volumes
As mercadorias brasileiras enviadas para o exterior conterão sua origem indicada na rotulagem e na marcação dos produtos e nas respectivas embalagens – Lei n° 4.557, de 10 de dezembro de 1964 e legislação complementar.
Essa indicação é dispensada nos seguintes casos: 
I – para atender a exigências do mercado importador estrangeiro; 
II – por conveniência do exportador para preservar a segurança e a integridade do produto destinado à exportação; 
III – no envio de partes, peças, inclusive conjuntos completely knock-down (CKD), destinados à montagem ou à reposição em veículos, máquinas, equipamentos e aparelhos de fabricação nacional; 
IV – no envio de produtos que serão comercializados pelo importador estrangeiro em embalagens que contenham, claramente, a indicação de origem; 
V – no envio de produtos em que, embora exequível a marcação, se torne tecnicamente necessária a sua omissão, por tratar-se de medida antieconômica ou antiestética;
VI – nas exportações a granel.
Financiamento à exportação
O Registro de Operações de Crédito (RC) é o documento eletrônico que contempla as condições definidas para as exportações financiadas. O preenchimento do RC antes do RE é obrigatório para as exportações financiadas com recursos do Programa de Financiamento às Exportações (Proex) e outros créditos públicos, conforme estabelecido no art. 1º da Lei nº 10.184, de 12 de fevereiro de 2001. Para operações financiadas com recursos do próprio exportador ou de instituições financeiras, o preenchimento do RC é facultativo, dependendo de exigência da entidade financiadora ou garantidora.
. . . 
Desenvolvimento do Comércio e da Assistência ao Exportador: a Secex prestará apoio técnico a empresários, entidades de classe e demais interessados, com vistas a orientar o desenvolvimento de suas atividades e promover o intercâmbio comercial brasileiro.  
Remessas Financeiras ao Exterior: ficam dispensadas as manifestações da Secex sobre remessas financeiras ao exterior relacionadas a pagamentos de despesas vinculadas a exportações brasileiras, devidos a não residentes no Brasil, devendo ser observada a regulamentação cambial vigente.
Operações de Desconto: os exportadores que concederem descontos em operações de exportação após a averbação dos RE deverão proceder, por meio do Siscomex, às respectivas alterações dos valores declarados nos RE averbados.
***Para alguns países, estão proibidas as exportações de produtos específicos. Já algumas remessas ao exterior são dispensadas de registro de exportação. ***
A6: Aspectos tributários das exportações brasileiras
Cada país é soberano para decidir internamente as questões tributárias. No Brasil, adotamos a tributação no destino, princípio respeitado e adotado pela OMC (Organização Mundial do Comércio) isentando, portanto, de tributos as operação de exportações como regra. 
Com isso, a tributação das operações de comércio exterior recai sobre as decisões dos países importadores ou sobre os respectivos blocos econômicos aos quais venham a pertencer.
Quanto à tributação no destino, teríamos que inventariar os aspectos tributário (base de cálculo e alíquotas) de cada produto em todos os países do mundo, o que deverá ser estudado caso a caso a partir da escolha do exportador para onde ele irá exportar, porém, com relação aos benefícios, partiremos do conhecimento dos principais acordos internacionais que podem beneficiar os exportadores brasileiros.
- SGP: O Sistema Geral de Preferências concede redução parcial ou total do imposto de importação em países desenvolvidos para os produtos agrícolas exportados por países em desenvolvimento o que aumenta a competitividade dos países em desenvolvimento, fomentando um desenvolvimento ainda maior e mais rápido para esses países o que diminui a diferença entre as economias desses parceiros comerciais. Os produtos beneficiados por esse acordo, bem como os procedimentos que o exportador brasileiro deverá cumprir,estão previstos no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e devem ser de amplo conhecimento dos exportadores brasileiros para tornar a sua venda ainda mais competitiva internacionalmente.
- SGPC: O Sistema Global de Preferências permite concessões comerciais entre países em desenvolvimento com o apoio a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento) para a ajuda recíproca entre países em desenvolvimento, beneficiando produtos que também gozam de redução tarifária nos países exportadores considerando seus níveis de desenvolvimento econômico e industrial, padrões de comércio exterior, suas políticas e seus sistemas comerciais. O certificado de origem SGPC, no Brasil, é emitido pela FIRJAN.
- ALADI: O Acordo da Associação Latino Americana de Integração permite reduções tarifárias preferenciais regionais a país Latino Americanos, esses acordos são conhecidos como ACE (Acordo de Complementação Econômica) e o mais famoso deles é o ACE-18 que deu origem ao MERCOSUL.
- MERCOSUL: O Mercado Comum do Sul permite uma redução preferencial de tarifas de 100% reduzindo a zero do imposto de importação dos produtos comercializados entre o Brasil e Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente, a Venezuela em virtude da remoção temporária do Uruguai. Com características próprias de um bloco econômico, o MERCOSUL tem a sua própria classificação fiscal, a NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL) e uma tarifa externa comum aos países do bloco, a TEC que estabelece o mesmo imposto de importação para todos os países do bloco quando importam produtos fabricados por países fora do bloco.
Como dito antes, além dos acordos internacionais, os exportadores brasileiros se beneficiam com a tributação no país de destino colecionando benefícios fiscais para as vendas ao exterior, como veremos a seguir. Porém, antes de comentarmos esses benefícios, devemos separar as exportações em vendas diretas e vendas indiretas, como segue:
Venda/Exportação Direta
 
Na exportação direta, o fabricante/produtor remete a mercadoria ao importador no exterior, sem intermediários. Para tanto o exportador/produtor deverá ter a expertise do processo de exportação como um todo, desde a comercialização do produto até o cumprimento das etapas administrativas, fiscais e tributárias da exportação.
Venda/Exportação equiparada à venda direta
 
Trata-se de uma operação triangular: O produtor brasileiro vende o seu produto a um intermediário no Brasil, no caso, uma trading company, que por força de seu objeto contratual é obrigada a exportar, gozando dos benefícios fiscais de uma venda direta. Nesta operação, não há suspensão tributária como na venda a uma comercial exportadora, há o benefício fiscal direto porque a trading company não poderá vender esse produto no mercado interno e nem modificá-lo, restando a esse intermediário, exclusivamente, a exportação.
Venda/Exportação Indireta
Na exportação indireta, o fabricante/produtor vende o produto a uma empresa comercial exportadora, que por sua vez exporta para o importador no exterior.
Para tanto, o produtor emitirá uma nota fiscal de venda para exportação com suspensão tributária até que a exportação propriamente dita seja concluída por essa comercial exportadora.
OBS.: Caso a comercial exportadora modifique o produto a ser exportado em seu estabelecimento comercial ou venda o produto no mercado interno brasileiro, a exportação indireta é descaracterizada e os tributos suspensos deverão ser recolhidos pelo fabricante da mercadoria, sem gozar dos benefícios/incentivos fiscais previstos nesta operação.
O primeiro benefício fiscal das exportações brasileiras a ser estudado será a IMUNIDADE tributária. A IMUNIDADE tributária é, portanto, o mais formal dos benefícios fiscais previstos para as exportações no nosso país e os tributos agraciados com esse benefício são os seguintes:
. ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviço). Imposto estadual imune aos produtos com venda destinada à exportação, segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo 155, § 2º, X, a. OBS.: O exportador brasileiro poderá, também, creditar-se do ICMS recolhido na compra de matérias-primas usadas como insumos no processo produtivo da mercadoria a ser exportada.
O exportador brasileiro poderá creditar-se, também, do ICMS recolhido no consumo de energia elétrica e serviços de comunicação proporcionalmente utilizados na fabricação do produto destinado à exportação.
IPI (Imposto sobre produtos industrializados). Imposto federal imune aos produtos nacionais ou nacionalizados com venda destinada à exportação, segundo a Constituição Federal de 1988 em seu artigo153, § 3º, inciso III).
OBS.: O exportador brasileiro poderá, também, creditar-se do IPI recolhido na compra de matérias-primas usadas como insumos no processo produtivo da mercadoria a ser exportada. Saindo da IMUNIDADE prevista na Constituição Federal, passamos para as ISENÇÕES que, embora não tenham a força da IMUNIDADE tributária, conferem aos exportadores brasileiros um benefício fiscal não menos importante previsto em legislação complementar à Constituição Federal.
O tributo nacional agraciado por esse benefício é o seguinte:
ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza). Imposto Municipal não incidente sobre a exportação de serviços para o exterior, segundo o artigo 2º., inciso I da Lei Complementar 116 de 2003.
Imposto de exportação – Texto extraído do regulamento aduaneiro - Decreto 6759/2009:
Imposto federal de característica extra-fiscal, que não tem função arrecadadora, mas sim função de reparar alguma distorção fiscal.
A7: Documentos que instruem o despacho aduaneiro 
Documentos na exportação 
Cada embarque de exportação deve ser acompanhado por um conjunto de documentos que devem ser preparados corretamente de acordo com as exigências dos importadores porque são eles que terão problemas no desembaraço da carga quando chegar ao seu país. 
Para isso, o exportador deve solicitar um shipping instructions, que são as instruções relevantes que o exportador deverá seguir para proceder corretamente com o embarque.
A documentação de exportação assume um papel significativo nos contratos de transporte, na forma de pagamento, na contratação de seguro etc.
Os documentos exigidos nas operações de exportação são os seguintes: 
Documentos referentes ao exportador (já vistos):
Inscrição no REI - Registro de Exportadores e Importadores da Secex/MDIC 
As operações de exportação e de importação poderão ser realizadas por pessoas físicas ou jurídicas que estiverem inscritas no Registro de Exportadores e Importadores – REI da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Documentos Referentes ao Contrato de Exportação (já vistos):
a) Fatura Pró-forma: O ato de exportar sempre tem origem em um contato preliminar entre o exportador e o potencial importador de sua mercadoria no exterior que encerra a fase comercial da exportação, como vimos em aulas anteriores.
b) Fatura Comercial (commercial invoice): Confirmação da venda. A fatura comercial deverá ser numerada, assinada (com a identificação de quem a assinou) e datada. A fatura comercial deverá ser emitida em inglês ou no idioma do importador e deverá confirmar as mesmas informações impressas na fatura Pró-forma (Ver obs. da fatura Pró-forma).
c) Carta de Crédito, no caso da forma de pagamento escolhida entre importador e exportador ser o Crédito Documentário, documento específico para a forma de pagamento com Carta de Crédito exigida pelo exportador, onde o importador avaliza o seu compromisso de pagamento junto a uma instituição financeira.
d) Contrato de Câmbio: para as operações com cobertura cambial.
Documentos Referentes à Mercadoria (já vistos):
Registro de Exportação (RE) no Siscomex, para todas as operações, salvo exceções previstas na Portaria Secex 23 de 2011.
b) Registro de Operação de Crédito (RC): Documento eletrônico exigido para asexportações que são financiadas em um prazo superior a 360 dias. Esse registro é solicitado antes do RE, tendo em vista que essas informações serão acrescentadas no momento da realização do RE.
c) Registro de Venda (RV), para venda de commodities (produtos cotados em bolsa de valores e produtos).
O Registro de Venda, conhecido como RV, é um registro que será realizado antes do registro do RE, emitido via Siscomex, quando se tratar de uma mercadoria comercializada em bolsas internacionais de mercadorias, não precisando obter a sua participação direta nos pregões e mesmo assim conseguindo ter o reconhecimento do Governo Federal. 
Declaração de Despacho de Exportação (DDE) com a presença de carga no Siscomex (Informa no sistema que a carga está presente junto ao fiel depositário pronta para ser desembaraçada) – O registro desse documento no Siscomex inicia o procedimento de despacho aduaneiro de exportação.
A autoridade aduaneira do país, no caso do Brasil, será através da Receita Federal, ocorrerá então a fiscalização física e/ou documental da carga, verificando se todas as informações prestadas estão dentro da legalização para então a mercadoria poder ter a sua saída para o exterior. 
Castro (2007, p. 39) afirma: “formaliza o início do despacho aduaneiro de exportação, sob o aspecto físico e/ou documental, informando a presença e a localização da mercadoria.”
DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DA EXPORTAÇÃO 
É um documento que é formulado pelo exportador ou um representante legal que tenha acesso ao Siscomex. Vem facilitar ao exportador o processo de liberação aduaneira, obtendo uma numeração gerada automaticamente única, sequencial e nacional, que irá se iniciar a cada ano através do Siscomex. Segundo Castro (2007, p. 318), “A DSE proporciona duplo benefício para as operações de exportação, ao reduzir seu custo operacional e agilizar o despacho aduaneiro da mercadoria.”
[...] A DSE elaborada pelo exportador e que não for submetida para registro no Siscomex em 15 dias será automaticamente cancelada. Poderá ser cancelada, por solicitação justificada do exportador ou por decisão de ofício da autoridade aduaneira, mesmo após concluído o despacho aduaneiro (CASTRO, 2007, p. 39; 332).
-*Nota Fiscal: A NF deverá ser emitida em moeda nacional com base na conversão do preço FOB pela taxa comercial de compra no fechamento do câmbio do dia anterior à sua emissão. Este documento é imprescindível no processo de despacho aduaneiro e deve acompanhar a mercadoria em todo o processo de traslado do produto, desde o estabelecimento comercial do exportador até a URF (Unidade da Receita Federal) de despacho em zona primária, onde embarcará para o exterior. -*
-*Conhecimento de Embarque (bill of lading): O Conhecimento de embarque é o documento mais importante no Comércio Exterior, é o documento responsável pela transmissão da propriedade da carga. Funciona como um título de crédito, porém, como a mercadoria embarca após o seu desembaraço, o BL é dispensável na instrução do despacho aduaneiro de exportação.
 
O Conhecimento de embarque é um contrato internacional entre transportador e embarcador que atesta o recebimento da carga a bordo do transporte internacional.
 Normalmente emitido e assinado pela Ag. Marítima, também podendo ser assinado pelo comandante do navio, em nome do armador, ou pelo próprio armador.-*
*- Romaneio (packing list): Romaneio dos itens em cada volume. É um complemento da fatura comercial. Esse documento auxilia a conferência física da carga pelas autoridades fiscais, sendo dispensável para o processo de despacho aduaneiro de exportação;-*
 
*-Outros documentos: Certificado de Origem, Visto Consular, Certificado ou Apólice de Seguro, Borderô ou Carta de Entrega. -*
*- Comprovante de Exportação – O CE é emitido pelo exportador ou seu representante legal em função própria no Siscomex. Segundo Sousa (2010, p. 177) “Após a averbação do embarque e por solicitação do interessado, será emitido pelo Siscomex o Comprovante da Exportação. [...] será enviado ao cliente após a desembaraço aduaneiro.”Rocha (2011, p. 679) afirma: “o Comprovante da Exportação será emitido pelo Siscomex, após a averbação do embarque.”*-
Documento para fins contábeis internos e arquivo por cinco anos sujeitos à revisão aduaneira:
• Contrato de Câmbio
• Fatura Comercial
• Conhecimento de Embarque
• Comprovante de Exportação (CE) e
• Nota Fiscal
 
Documentos a serem apresentados na instrução do despacho de exportação:
• Extrato do RE ou RES
• Extrato da DDE ou DSE com a presença de carga
• Via original da Nota Fiscal
A8: O processo dos despachantes aduaneiros
Preliminarmente devemos saber que, dependendo do porte da empresa e do volume das exportações, o exportador poderá lançar mão da representação legal de um despachante aduaneiro para terceirizar o seu procedimento junto a SRFB de despacho ou montar uma equipe própria para o referido procedimento.
De qualquer forma, é imprescindível que o exportador conheça intimamente esse processo para orientar seus funcionários ou acompanhar com conhecimento a atividade do despachante aduaneiro escolhido.
CONCEITO: Todo o processo do despacho aduaneiro, bem como seu conceito, poderá ser encontrado no Regulamento Aduaneiro, Decreto 6759/09, a partir do art. 580.
 
Despacho aduaneiro é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o desembaraço da mercadoria no exterior, seja ela exportada a título definitivo ou não. Ele se inicia no momento em que o exportador, já com seu RE efetivado, registra no Siscomex a Declaração de Despacho de Exportação (DDE) junto à secretaria da Unidade da Receita Federal de Despacho onde pretende embarcar a mercadoria.
Art. 591. Desembaraço aduaneiro na exportação é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira, e autorizado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. 
Parágrafo único. Constatada divergência ou infração que não impeça a saída da mercadoria do País, o desembaraço será realizado, sem prejuízo da formalização de exigências, desde que assegurados os meios de prova necessários.
Art. 592. A mercadoria a ser reexportada somente será desembaraçada após o pagamento das multas a que estiver sujeita (Decreto-lei n. 37, de 1966, art. 71, § 6º, com a redação dada pelo Decreto-lei n. 2.472, de 1988, art. 1º).
Art. 593. A averbação do embarque consiste na confirmação da saída da mercadoria do País.
Após o desembaraço aduaneiro, o embarque e a averbação sem divergências, o exportador poderá emitir o Comprovante de Exportação (CE), documento oficial que comprova o efetivo embarque da mercadoria para o exterior emitido pelo exportador em função própria no Siscomex.
 
Esse documento confirma a operação de exportação e tem força legal para fins administrativos, cambiais e fiscais e deve ser mantido em boa guarda pelo prazo de cinco anos, prazo em que a exportação poderá sofrer uma revisão do procedimento aduaneiro por outra equipe de fiscais da Receita Federal.
Trocando em miúdos: as etapas do processo do despacho aduaneiro de exportação:
1. O exportador, ou seu representante legal, registra, no Siscomex Exportação, a DDE.
2. O fiel depositário da carga informa a presença da carga à Fiscalização Aduaneira na DDE.
3. O exportador apresenta à fiscalização a Nota Fiscal, o recibo do pagamento de despesas de embarque e outros documentos, dependendo da natureza da mercadoria ou da operação.
4. A Fiscalização Aduaneira aprova a DDE. Neste momento, os dados anteriormente informados ficam bloqueados para o exportador. Esta é a última fase em que o exportador interage com o Sistema. Nas demais, apenas tem acesso às informações do processo a título de consulta.
5. Com os documentos recepcionados pela Receita Federal, ocorre a parametrização da exportação que consiste na seleção, pelo Siscomex, do procedimento de conferência (canal verde, amarelo ou laranja e vermelho) a ser adotado pela fiscalização.
6. Neste momento, dependendo da parametrização, éfeita a distribuição dos documentos apresentados pelo exportador ao fiscal que ficará encarregado de prosseguir com o despacho rumo ao desembaraço aduaneiro. O exportador deverá atentar para o fato de que, no caso da parametrização em canal verde, a mercadoria já estará desembaraçada e não haverá a distribuição dos documentos porque nenhum fiscal fará a conferência; porém, devido ao poder discricionário conferido aos fiscais da Receita Federal, mesmo as cargas já desembaraçadas poderão ser conferidas independente da sua parametrização enquanto estiverem em recinto alfandegado.
7. O despacho é concluído com o desembaraço aduaneiro e com respectiva autorização para o embarque das mercadorias pela Receita Federal.
8. Nesse momento caberá ao fiel depositário liberar a mercadoria para o início e conclusão do trânsito aduaneiro em zona primária mediante ao cumprimento do exportador das exigências impostas por este fiel depositário da carga que tem por função mantê-la em boa guarda até o respectivo desembaraço aduaneiro acontecer.
9. A mercadoria segue, então, para o embarque.
10. Ao ser embarcada a mercadoria, o transportador deverá inserir no Siscomex os dados do embarque.
11. Averbação pela Receita Federal feita automaticamente no Siscomex.
12. Por último, a emissão do C.E (Comprovante de Exportação), documento oficial emitido pelo próprio exportador em função própria no Siscomex, que comprova o efetivo embarque da mercadoria e o aperfeiçoamento do processo de exportação.
A9: Os regimes aduaneiros especiais 
Segundo José Lopes Vasques, em seu livro Comércio Exterior Brasileiro, os Regimes Aduaneiros Especiais (RAE) são assim chamados porque existe uma série de procedimentos fiscais especiais, caracterizando-os conforme a finalidade de cada um. As obrigações fiscais suspensas pela aplicação dos regimes aduaneiros especiais serão constituídas em termo de responsabilidade firmado pelo beneficiário.
A prática de ações jurídica baseadas nas legislações aduaneiras requer procedimentos específicos muitas das vezes complexos e especiais, o que revela o específico nível de singularidade desses regimes.
O TRANSITO ADUANEIRO 
O regime especial de trânsito aduaneiro permite o transporte de mercadoria, sob controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro (todo território nacional de zona secundária para zona primária), com suspensão do pagamento de tributos (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 73, caput).
À mercadoria a ser exportada será dado o início do trânsito em zona secundária, onde poderá ser conferida pela autoridade aduaneira na presença do beneficiário do regime (o exportador) e do transportado, e o trânsito deverá ser concluído em zona primária, onde a mercadoria será embarcada para o exterior.
O regime subsistirá do local de origem (em zona secundária) ao local de destino (em zona primária), desde o momento do desembaraço para trânsito aduaneiro pela unidade de origem até o momento em que a unidade de destino conclui o trânsito aduaneiro.
O Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação de Bens destinados às atividades de Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural (REPETRO) objetiva o desenvolvimento dessas atividades no Brasil, consoante a incentivos fiscais na importação que dependerá da exortação ficta para ser aperfeiçoado.
Mecanismos e incentivos fiscais previstos no Regulamento Aduaneiro, art. 458 ao 462
Exportação, com saída ficta do território nacional e posterior aplicação do regime de Admissão Temporária, de bens nacionais constantes de relação elaborada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil vendidos à pessoa jurídica sediada no exterior. 
Os bens nacionais relacionados pela SECEX que poderão ser beneficiados com este regime são conhecidos no mercado como bens repetráveis e o beneficiário do regime é o fabricante nacional habilitado no Repetro e qualificada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ - como empresa brasileira de navegação.
Exportação, com saída ficta do território nacional, de partes e peças de reposição, destinados a produtos nacionais ou estrangeiros, repetráveis, já submetidos ao regime especial de Admissão Temporária;
Importação, sob o benefício de Drawback na modalidade “suspensão do pagamento” dos impostos incidentes sobre o Comércio Exterior (Drawback / reexportação), de matérias-primas, partes e peças para utilização no fábrico dos bens repetráveis, com posterior extinção do regime mediante exportação ficta.
Drawback
O regime especial do Drawback é um incentivo direto às importações de insumos para a indústria de transformação para exportação, sendo, portanto, um incentivo indireto às exportações que precisam ser comprovadas para o aperfeiçoamento do regime.
O incentivo relatado acima consiste na desoneração tributária da importação dos insumos a serem utilizados na produção de bens destinados à exportação.
Desde 1966, quando foi criado, até os dias atuais, o regime vem sofrendo constantes adaptações para melhor atender seus beneficiários. 
Originariamente, este regime só beneficiava os produtos importados, mais recentemente com o Drawback Verde e Amarelo e o Drawback Integrado, os produtos nacionais adquiridos como insumos para a indústria de transformação para exportação também foram beneficiados com a desoneração tributária, desde que o produto final composto por esses insumos seja comprovadamente exportado.
Existem hoje três diferentes modalidades de aplicação do Drawback: Suspensão, Isenção e Restituição.
DB Suspensão: consiste na suspensão dos tributos que incidem sobre as importações e as compras no mercado interno de insumos a serem utilizados na produção de bem a ser exportado. Os tributos relativos aos insumos provenientes dessas aquisições ficam suspensos até que ocorra a comprovação da exportação do produto final que usou o insumo adquirido com a respectiva suspensão tributária.
OBS: O regime de Drawback, na modalidade de Suspensão, poderá ser concedido e comprovado, a critério da Secex, com base unicamente na análise dos fluxos financeiros das importações e exportações, bem assim da compatibilidade entre as mercadorias a serem importadas e as a exportar.
O prazo de vigência do regime será de um ano, admitida uma única prorrogação, por igual período, salvo nos casos de importação de mercadorias destinadas à produção de bens de capital de longo ciclo de fabricação, quando o prazo máximo será de cinco anos.
DB Isenção: consiste na isenção dos tributos que incidiram sobre a importação ou aquisição interna de insumos equivalentes aos utilizados na fabricação do produto já exportado.
Para entendermos melhor, imagine um exportador que adquiriu seus insumos e não gozou do benefício do DB Suspensão e recolheu integralmente todos os tributos que poderiam estar suspensos.
OBS: A concessão do regime, na modalidade de isenção, é de competência da Secex, e o interessado deve comprovar a exportação de produto em cujo beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento tenham sido utilizadas mercadorias importadas equivalentes, em qualidade e quantidade, aquelas para as quais esteja sendo pleiteada a isenção.
DB Restituição: consiste na restituição, total ou parcial 
que incidiram sobre a importação ou aquisição interna 
de insumos equivalentes aos utilizados na fabricação do produto já exportado. Para entendermos melhor, imagine um exportador que adquiriu seus insumos e não gozou do benefício do DB Suspensão e recolheu integralmente todos os tributos que poderiam estar suspensos. Além disso, esse exportador não fará outra importação de insumos para se beneficiar com o DB Isenção. Só restará a ele, para se beneficiar com o regime, pedir a restituição desses tributos já pagos na aquisição anterior, daí o DB Restituição.
OBS: A concessão do regime, na modalidade de restituição, é de competência da SRF e poderá abranger, total ou parcialmente, os tributos pagos na importação de mercadoria exportada após beneficiamento, ou utilizadana fabricação, complementação ou acondicionamento de outra exportada.
Para usufruir o regime, o interessado deverá comprovar a exportação de produto em cujo beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento tenham sido utilizados as mercadorias importadas no caput.
A10: A formação dos preços 
Essa “engenharia de preços” terá como fatores indispensáveis os custos internos no país exportador, o comportamento dos preços da concorrência no mercado externo e, principalmente, o poder de percepção do negociador da empresa.
O “feeling” do “trader” (negociador internacional) contará bastante na composição desse preço final, sobretudo, para fazer valer a introdução do seu produto no mercado internacional. 
Para tanto, o “trader” precisará conhecer  com quem e como ele fará acontecer esse negócio internacional.
É importante que o exportador tenha a ideia do que vai exportar para desenvolver o produto e adequá-lo às necessidade do mercado internacional e, a partir daí, escolher a melhor embalagem e a melhor relação custo/benefício para o exportador/importador.
 
O professor Minervini desenvolve a formação do preço de exportação considerando os seguintes aspectos:
Mercado Externo: Marketing:
 
- Uso de marca e distribuição próprias;
- seleção do parceiro;
- programação de compras;
- embalagens e segmentação do mercado.
 
Engenharia de Produção:
 
- Classificação alfandegária;
- utilização de acordos internacionais;
- utilização de zonas francas;
- depósito alfandegário;
- forma de entrada adequada.
Logística
- Desenho do produto, embalagem.
Gestão Interna na Empresa Exportadora
- Análise de valores.
 
Seleção de Moeda (divisas a serem utilizadas): “... Ficou claro que elaborar o preço de exportação é muito diferente do que simplesmente tomar como base o preço do mercado interno e mudar para a outra moeda, ou seja, tomando somente a relação cambial com base.”.
- Embalagens: Um dos principais objetivos da embalagem é garantir à mercadoria a proteção necessária, protegendo a mesma de qualquer risco a que ficará exposta durante a estocagem, transporte e a distribuição.
- Frete: A escolha na modalidade do transporte é muito importante para o sucesso da exportação, o transporte se refere ao deslocamento da mercadoria do local de produção ou onde estava armazenado até o local que foi acertado com o cliente, é aí que entra o frete.
O frete é o pagamento pelo serviço de transporte contratado e pode ocorrer de duas formas:
1ª - Frete pré-pago (freight prepaid);
2ª - Frete a pagar (freight collect).
Seguro: É o contrato pelo qual a empresa seguradora se obriga aos segurados a indenizá-los se ocorrer algum prejuízo à carga, decorrentes de causas imprevistas, como por exemplo: incêndios, naufrágios, roubos etc.
Incentivos fiscais: Com intuito de aquecer e estimular a participação do Brasil no mercado exterior, o governo criou incentivos para a exportação, como a suspensão de tributos e Regimes Especiais, como vimos em aulas anteriores.
Antes de determinar o preço do produto para a exportação, é conveniente que o exportador se informe sobre as peculiaridades de seu produto ou empresa, enquadrando-se, quando possível, em algum regime especial ou acordo internacional para fazer uso de todos os benefícios disponíveis para tornar o seu produto mais competitivo no exterior ou maximizar a sua margem de lucro.
- Além de outros custos relacionados à exportação, como:
 
- Despesas relacionadas à movimentação da carga nos terminais;
- despesas relacionadas à documentação que nos são exigidas pelo país importador;
- gastos com eventuais viagens para o mercado-alvo;
- comissões dos agentes no Brasil ou Exterior.

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