Buscar

4c. Pedogenese Processos.pdf

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
PEDOGÊNESEPEDOGÊNESE
Processos de formaProcessos de formaçção do soloão do solo
Prof. J.Miguel Reichert
(Prof. Ricardo Dalmolin)
Para quê?
Uso do solo
Classificação
Morfologia
Gênese
A
R
Perfil de solo com seqüência 
de horizontes pedogenéticos
A
B
C
R
Processos de formação do solo
São úteis para entender as feições do solo, identificá-los e classificá-los.
O comportamento geral dos materiais que compõem o perfil e/ou 
horizonte é indicado por:
1. PROCESSOS GERAIS (vs 2. Processos específicos)
ADIÇÃO: aporte de material do exterior do perfil ou horizonte do 
solo. Ex: areia ou cinzas vulcânicas trazidas de outro local e 
depositados sobre o perfil.
REMOÇÃO: o material é removido para fora do perfil. Ex: lixiviação.
TRANSFORMAÇÃO: o material muda sua natureza química ou 
mineralógica. Ex: montmorilonita Æ caulinita
TRANSLOCAÇÃO: ocorre quando o material passa de um horizonte 
para outro, sem abandonar o perfil. Ex: eluviação/iluviação. 
Adição
Adição
Remoção
Remoção
Transformação
Translocação
2
Processos gerais: detalhes
1. Adição:
• Matéria orgânica
• Chuva
• Vento
• Sedimentação
• Antropogênicos
• Adubos
• Biocidas
• Resíduos
• Aterros
2. Transformação:
• Material orgânico em matéria orgânica
• Minerais primários em secundários
• Precipitação
• Dissolução
3. Translocação:
• Eluviação / iluvuação:
• Colóides orgânicos
• Colóides inorgânicos
• Íons vertical para baixo e para cima (crostas salinas: 
capilaridade + evaporação):
• Animais:
• Minhocas, cupins formigas;
• Tatus, marmotas, coelhos.
4. Perdas
• Lixiviação
• Erosão
• Antropogênicas:
• Erosão acelerada
• Colheita
• Empréstimo de material para construção
2. PROCESSOS ESPECÍFICOS
2.1. LATOLIZAÇÃO (ou FERRALITIZAÇÃO)
Abundância de chuvas Æ intenso intemperismo químico
(clima tropical e subtropical úmido)
LATOSSOLOS cauliníticos = Planalto RS
LATOSSOLOS oxídicos = Brasil Central
perfis de solos profundos e muito homogêneos
sem gradiente textural
coloração uniforme
Formação do B latossólico
• Predomínio:
• Perdas (bases)
• Transformação
• Principais horizontes:
• B latossólico
• B nítico ???
• Principais solos:
• Latossolos
• Nitossolos??
3
Formação do B latossólico
• Características:
• Enriquecidos em Fe, Al e seus respectivos óxidos
• Empobrecimento em sílica
• Empobrecimento em bases
• Áreas sem eventos tectônicos recentes (Brasil 
Central, África Central, Austrália)
Formação do B latossólico
Processo 1:
• Formação in situ
• Intensa lixiviação (bases e sílica)
Processo 2 (petroplintitas):
• Aporte lateral de ferro em adição ao acumulado pelo 
intemperismo.
Processo 3:
Transporte e deposição de material pré-intemperizado, com 
subsequente pedogênese (poligenia).
• Linhas de pedra ???
A
AB
BA
B
Latolização
Solos Solos com Solos com Solos com
Neossolos B incipiente B textural B latossólico
Mica Caulinita Gibsita
ENVELHECIMENTO
AUMENTO EM
- Intemperização
- Profundidade
- Porosidade
- Lixiviação cátions básicos
- Fixação de P
DIMINUIÇÃO EM
- Fertilidade
- Atividade da fração argila (CTC)
- Minerais primários intemperizáveis
- Teor em silte
Não há
minerais primários 
intemperizáveis
TEMPO
Longo
Máficos:
reserva 
micronutrentes
Máficos:
atração
magnética
ORGANISMOS
Aeróbios
Forte agregaçãoPseudo areia
Bom armazena-
mento de água
Bom armazenamento de 
água
Boa mecanizaçãoMineralogia argilas:
1:1 e óxidos
MATERIAL DE 
ORIGEM
Potencial para 
formação de argila
Bem aeradosBem drenado
Bem drenadosProfundoRELEVO
Suave a plano
Fertilidade natural 
baixa
L
A
T
O
S
S
O
L
O
S
Estrutura
granular
maciça
porosa
L
A
T
O
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
CLIMA
Quente e
úmido
INFERÊNCIASCLASSECARACTERÍSTICASPROCESSOFATORES 2.2. LESSIVAGEM E PODZOLIZAÇÃO 
Transferência vertical de colóides e sua deposição em horizontes 
subsuperficiais.
Pode produzir gradiente textural no perfil
Horizonte de perda material = ELUVIAL (A ou E)
cores claras e textura mais arenosa
Horizonte de ganho material = ILUVIAL (Bt)
mais argilosos e menos permeáveis
4
Podzolização: é necessário material rico em quartzo. Com isso, há
grande permeabilidade para a matéria orgânica descer na forma de 
organometal.
Causas da “acumulação” nos horizontes inferiores
¾ pH mais elevado em profundidade pode favorecer a decomposição 
dos complexos;
¾ complexos metálicos podem flocular devido ao aumento da relação 
metal/ligante;
¾ complexos podem ser imobilizados por adsorção aos minerais.
Formação do B textural
• Predomínio:
• Translocação (de colóides minerais: argila)
• Principais horizontes:
• B textural
• B plânico
• E álbico
• Principais classes de solos:
• Argissolos
• Luvissolos
• Planossolos
• Processo 1: [Lessivagem (Eluviação-iluviação)]
• Translocação de argila do A e/ou E para o B
• Dispersão
• Transporte
• Deposição
• Indicadores:
• Filmes de argila
• Razão argila fina / argila total
• Composição do filme de argila
• Micromorfologia
• Processo 2:
• Formação de argila a partir de elementos (Al, Si, Fe, 
etc.) vindos do intemperismo do A e/ou E.
• Argilas se formam in situ, não foram transportadas
• Processo 3:
• Mais argila se forma no horizonte B que nos outros 
horizonte acima.
• Não há contribuição de elementos vindos do A ou E
• Diferenças no material de origem ou na taxa de 
intemperismo
• Processo 4 (não pedogenético)
• Deposição de material menos argiloso no topo, vindo 
a formar o A e/ou o E.
Lessivagem (Eluviação – Iluviação)
AA
EE
BtBt
Cerosidade
Consiste numa fina película de argila depositada na superfície dos 
agregados conferindo-lhes aspecto lustroso e com brilho graxo. 
Resultante da migração de argila iluvial. Serve para identificar 
horizonte B textural e B nítico .
B textural B nítico
5
Formação do B espódico
• Predomínio:
• Translocação (de complexos organometálicos) Æ
PodzolizaPodzolizaççãoão
• Principal horizonte:
• B espódico (Bh, Bs, Bhs)
• E álbico
• Principal classe de solo:
• Espodossolos
Podzolização
A
E
Bhs
Existem
minerais primários 
intemperizáveis
TEMPO
Médio a longo
Espessura
do A
variável
Cerosidade
ORGANISMOS
Aeróbios
Cuidado com 
erosão
Armazenamento de 
água
Bem drenado a 
mal drenadosCuidado com a erosão
Impedimento às 
raízes
Pode existir horizonte 
eluvial E
MATERIAL 
ORIGEM
Potencial para 
formação de argila
Podem existir 
fluxos 
laterais
Medianamente
profundos a profundos
RELEVO
Suave a ondulado
Fertilidade natural 
variável
ARGISSOLO
PLANOSSOLO
LUVISSOLO
ESPODOSSOLO
Estrutura
blocos
angulares ou 
subangulares
P
O
D
Z
O
L
I
Z
A
Ç
Ã
O
L
E
S
S
I
V
A
G
E
M
CLIMA
Quente e
úmido
INFERÊNCIASCLASSESCARACTERÍSTICASPROCESSOFATORES
2.3. GLEIZAÇÃO
Ocorre em ambiente de solo com prolongada ou permanente 
saturação com água.
A ausência de oxigênio favorece a atividade de microrganismos 
anaeróbios, que utilizam metais como aceptores finais dos 
elétrons (reação de oxi-redução). Desta maneira, Fe3+, Mn3+ e 
Mn4+ são reduzidos e liberados dos respectivos óxidos. 
A migração dos íons Fe2+ e Mn2+ na solução deixa (forma) zonas 
empobrecidas em óxidos e, por isso, descoloridas (cinzentas = 
gleizadas).
Em locais com presença de oxigênio (poros, interior de agregados, 
raízes, zona de oscilação do lençol freático), há formação de 
concreções localizadas de óxidos.
Solos: comuns em áreas de várzeas mal drenadas (drenagem 
lenta ou impedida).
Horizonte com gleização intensa: glei (Bg ou Cg)
Formação de horizontes associadosà má drenagem
• Predomínio:
• Transformação (oxi-redução)
• Perdas
• Translocação (formação de concreções)
• Principais horizontes:
• Horizonte glei
• Horizonte plíntico
• Horizonte espódico? Clima tropical.
• Principais solos
• Plintossolos
• Gleissolos
• Planossolos
• (Espodossolos)
• (Organossolos)
• Constantemente saturado: 
glei
• Alternadamente saturado: 
mosqueados, plintitas
6
Gleização
GleissoloGleissolo MelânicoMelânico EutrEutróóficofico ttíípicopico
(Unidades(Unidades TaimTaim e Cole Coléégio)gio)
AA
CgCg
A
Cg
A
E
Btg
Gleização
2.4. PLINTITIZAÇÃO e LATERIZAÇÃO
Acumulação de óxidos de Fe e Al 
¾ plintita e laterita
PLINTITA: acumulações localizadas de óxidos de Fe na forma de 
mosqueados e nódulos macios de cor avermelhada, capazes de 
endurecer e cimentar irreversivelmente através de ciclos de 
umedecimento e secagem. 
LATERITA: plintita endurecida. 
O Fe liberado nas porções mais elevadas da paisagem é transferido 
na forma Fe2+ por fluxos laterais subsuperficiais, oxidando e 
precipitando nas porções mais baixas.
O material argiloso que fica incluso na massa, pode ser removido
por percolação, originando uma laterita vesicular (porosa).
Ex: “pedra cupim” – Ruínas de São Miguel.
Plintização
AA
BtfBtf
EBEB
Plintossolo ArgilPlintossolo Argilúúvico Eutrvico Eutróófico abrfico abrúúpticoptico
(Unidade(Unidade DurasnalDurasnal).).
Petroplintita
2.5. CARBONATAÇÃO
Formação e acumulação de CaCO3 (calcita) no solo. 
Precipitação da calcita – favorecida por altas [ ] de Ca2+ e [ ]
decrescentes de água (pluviosidade < evapotranspiração) 
para a dissolução e lixiviação dos carbonatos.
A calcita não é adsorvida à superfície de óxidos, então, quando 
o solo seca os macroporos são os principais locais para a sua 
precipitação.
Em Vertissolos do Uruguai e RS (Campanha), há indicação da 
dissolução da calcita, devido às atuais condições climáticas 
mais úmidas. 
7
2.6. SALINIZAÇÃO
Acúmulo de sais solúveis no perfil.
O processo pode ser natural, ou artificial devido à irrigação mal conduzida.
Salinização natural: em áreas litorâneas ou sob clima árido, onde a 
pluviosidade é menor que a evapotranspiração.
Por solubilização de depósitos geológicos subsuperficiais pela água que 
penetra no perfil. No período seco a ascensão capilar da água transfere os 
sais à superfície onde precipitam na forma de crostas. 
Com as chuvas os sais são solubilizados e lixiviados para o subsolo, onde 
aguardam nova oportunidade para ascender.
Principais sais: cloretos, sulfatos e carbonatos de Na, Ca e Mg.
Solos com elevados teores de sais
Solos SALINOS
> 2% da CTC saturada por sais
condutividade elétrica CE > 4 mS
2.7. SODIFICAÇÃO e SOLODIZAÇÃO
SODIFICAÇÃO
Saturação do complexo de troca pelo íon Na+, devido ao uso de águas onde 
predomina este íon em relação aos demais cátions.
Enquanto sais solúveis estiverem presentes, seu efeito floculante mantém os 
agregados estruturados e permeabilidade adequada do solo. 
Com a lixiviação desses sais, o Na+ passa a predominar nos horizontes 
superficiais, causando a dispersão da argila e a destruição dos agregados 
estruturais.
A argila dispersa é translocadaÎ horizonte B textural impermeável 
B nátrico (Btn)
Solos com alta saturação com Na+
Solos SÓDICOS (> 15%, CE < 4 mS)
SOLODIZAÇÃO
O Na+ do horizonte superficial é substituído por H+, acidificando-º
Solo Solonetz-Solodizado.
Salinização
Acúmulo de sais solúveis no perfil
Sodificação
Saturação do complexo de troca pelo íon Na+
2.8. TURBAÇÃO
Processo de mistura de material do solo, podendo originar 
horizontes mais uniformes ou menos uniformes. 
BIOTURBAÇÃO (homogeneidade atribuída à fauna do solo) é
ativa tanto na mistura como na transferência de materiais 
finos à superfície do solo. 
HIDROTURBAÇÃO é significativa nos solos com argilominerais
esmectíticos (Vertissolos), onde através da expansão e 
contração é promovido o revolvimento do solo e a formação 
de micro-relevo gilgai.
No período seco o solo contrai e o material da superfície cai para 
as fendas. Quando umedece de novo, expande para a 
superfície.
Turbação
AA
CC
BvBv
Vertissolo
2.9. PALUDIZAÇÃO
H1H1
H2H2
H3H3
Acúmulo de matéria orgânica
Solos orgânicos

Outros materiais