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Pagamento Internacional RESUMO

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Pagamento Internacional 
A1
ORIGEM DOS SINDICATOS
No Brasil, a sociedade que tinha sua economia essencialmente agrícola deu origem aos sindicatos, que atuavam como hoje atuam as cooperativas, pois intermediavam o crédito em favor de seus associados e também vendiam os produtos beneficiados ou de qualquer modo transformados.
Dessa forma, foram unidos indivíduos que tinham profissões similares ou conexas, incluindo-se os profissionais liberais, sempre com a finalidade de defesa e desenvolvimento dos interesses gerais e profissionais.
Nesse pé, a negociação pode tomar dois rumos:
O cliente silencia de vez e mesmo que você envie um e-mail cobrando uma posição, ele não responde. É uma atitude pouco ética e comercial por parte deste comprador, pois se esperava que pelo menos fosse agradecer o contato e as informações, assim, o silêncio dele deve ser tomado como desistência e caso encerrado.
O comprador entra em contato e pede o envio de uma Fatura Pro Forma.
Envio da fatura Pro Forma (Proforma invoice)
Não existe um formulário padrão deste documento internacional, cada empresa exportadora idealiza o formato e, às vezes, pela rapidez que a negociação demanda um e-mail com o título de Proforma Invoice é considerado o suficiente.
Outras companhias preferem utilizar um documento mais formal, com o logotipo, o endereço e as informações da negociação e enviam ao comprador por fax.
O envio da Proforma Invoice ao cliente representa a formalidade de negociações preliminares e nesse sentido podemos avaliar o quanto avançamos, mas não esqueça que o importador pode estar fazendo a mesma coisa com outros exportadores, inclusive com seus concorrentes no Brasil. Esse documento internacional equivale a um orçamento no mercado interno.
Portanto, com a emissão da Proforma Invoice colocada, nesse instante, a última palavra  existente entre o vendedor e o comprador, em nada impede que o importador queira modificá-la aumentando a quantidade, mudando o porto de destino, solicitando desconto no preço unitário ou qualquer outro item.
Portanto, essas modificações geram outra Proforma Invoice e assim as negociações caminham, passo a passo.
CULTURAS DIFERENTES NA NEGOCIAÇÃO
Para os alemães a pontualidade e a privacidade são sagradas, portanto são extremamente formais quando falam de negócios
Assim como os alemães, os italianos dão importância ao título acadêmico, logo não diga Carlo Rossi e sim Dr. Rossi.
Já os americanos dificilmente falam outro idioma além do inglês, assim seria apropriado dominar a língua; e também são práticos, vão direto ao assunto e possuem uma vantagem natural: sabem dizer “não” o que ajuda bastante, ao contrário dos latinos ou orientais que dão uma volta imensa para se manifestar negativamente.
Para eles aquele velho ditado é importante: “tempo é dinheiro”, assim, será direto e concreto nas suas propostas.
Os latinos são informais e a pontualidade não é tão rígida e por amabilidade custam em dizer “não”.
Os chineses se caracterizam pelo respeito aos mais velhos e à hierarquia e é difícil estabelecer uma relação informal ou de amizade.
Com os sauditas precisa um longo tempo para negociar e com rígida formalidade, porém apreciam um relacionamento preliminar para cultivar amizade e na hora de dar o preço certamente vão pedir desconto.
AVALIANDO RISCOS
Durante as negociações preliminares ou ainda na fase da Proforma Invoice, o exportador deve levar em conta os riscos inerentes a uma negociação comercial, do ponto de vista país ou cliente.
Examinemos estes pontos que podem ser determinantes para continuar negociando ou não com um cliente, mesmo que já tenhamos formalizado as questões preliminares mediante o envio da Proforma Invoice.
RISCO DO PAIS 
Paralelamente à negociação preliminar, não podemos perder de vista o risco país do cliente que, pela situação política, econômica ou extraordinária pode influir no sucesso de nossa venda.
Países com esses problemas sofrem mudanças bruscas na legislação aduaneira ou do seu comércio exterior.
As novas normas podem inviabilizar a entrada do seu produto ou torná-lo fora de mercado, devido à alta dos percentuais dos impostos de importação. 
Portanto, em um determinado momento, antes ou depois da Fatura Pro Forma, pergunte ao cliente se existem restrições para a entrada do produto.
RISCO CAMBIAL 
Quando você cotou o preço unitário na Proforma Invoice, vamos supor que a taxa cambial utilizada para transformar o valor de reais em dólares foi de R$1,85 (taxa cambial vigente em abril 2012) e supondo que, entre a cotação e o efetivo embarque das mercadorias tenham se passado 4 meses e a taxa cambial está na relação R$1,80 (a taxa de câmbio caiu por causa da valorização do Real).  
Você esta perdendo dinheiro!
Não é uma boa estratégia incluir, na Proforma Invoice, uma cláusula de reajuste alegando perdas cambiais.
A solução está na hora da cotação. 
 No lugar de dividir pela taxa cambial vigente, naquele dia, de R$1,80 o exportador deveria ter examinado a situação cambial do momento e dividir com uma taxa inferior como medida de segurança financeira, vamos dizer de R$1,70.
Alguns exportadores conseguem fazer um seguro cambial junto ao banco, mas isto requer certas condições que as pequenas e médias empresas não possuem.
RISCO CLIENTE
Embora o cliente manifeste uma forte disposição de comprar as mercadorias, tanto é que até solicitou o envio da Fatura Pro Forma, por motivos financeiros a compra fica inviabilizada em razão à forma de pagamento que não pode honrar. 
Neste caso o risco é que se você preparou a mercadoria antecipadamente e ainda sob encomenda, será difícil repassá-la a outro cliente.
Lembre-se que a Proforma Invoice não significa um pedido firme, portanto não poderia ter preparado a mercadoria nessa fase da negociação.
Conclusão: Durante as negociações preliminares o exportador deve estar atento aos eventuais riscos que podem aparecer no meio do caminho e que, muitas vezes, podem representar o encerramento da negociação ou, pior ainda, prejuízos financeiros.
OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES
Colocada a Proforma Invoice nas mãos do importador, a negociação caminha para o seu desfecho que pode ser positivo no sentido de que o comprador manifesta a firme disposição de fechar ou, caso contrário, informa que não interessa.
Nesta fase, o exportador tem a obrigação de se manter em prontidão para atender qualquer informação adicional que venha a ser solicitada, inclusive com a emissão de uma nova Proforma Invoice, em casos de que a primeira proposta sofreu modificações, em comum acordo. Uma dessas solicitações pode ser a remessa de amostras do produto.
OBS: Muitas empresas tratam de evitar o envio de amostras, pois onera a negociação e criam excelentes home pages onde mostram, não somente as instalações da fábrica, como o processo produtivo e diversas fotografias dos produtos acompanhados de informações técnicas, obviamente guardando certos dados que são sigilosos.
Não se deve publicar os preços na home page, pois a concorrência pode ter munição para tomar os clientes. Quando é necessário enviar a amostra do produto, pode haver um acordo entre as partes para reduzir os custos.
Alternativas para o caso de oferecimento de amostras
(Cuidado com a pirataria! Existem empresas que pedem amostras para copiar o produto. Segundo a máxima citada no livro do Professor Rômulo  Del Carpio, ‘Cobranças Documentárias e URC 522 Comentada.)
• O vendedor oferece a amostra grátis ao comprador na condição que o frete seja pago no destino e neste caso a mercadoria será enviada acompanhada de uma fatura “sem valor comercial” e “sem cobertura cambial”.
• Dependendo da mercadoria, a amostra deve ser cobrada, portanto a fatura será “sem valor comercial”, porém “com cobertura cambial” assim, o comprador deverá enviar uma ordem de pagamento bancária pelo valor da amostra, sendo que o frete será pago no destino.
• O exportador oferece a amostra grátis com o frete pago no Brasil, declarando na fatura “sem valor comercial” e “sem cobertura cambial”.
OBS:Sendo uma amostra, não há necessidade de fazer o seguro internacional, a não ser que seja de alto valor, a critério do exportador.
Cabe destacar que essas declarações, na fatura, são importantes para que o comprador não seja tributado na alfândega de destino.
Ao declarar “sem valor comercial” (without commercial value) o vendedor está afirmando que se trata de uma amostra, consequentemente, sem finalidade comercial.
Acrescentando “sem cobertura cambial” (free payment) está-se dizendo que além de não ter valor comercial também não há necessidade de pagamento.
_________
A2
MERCADO CAMBIAL 
As 5 categorias de transações no mercado cambial são:
a) Transações entre bancos e clientes não bancários dentro do país, também conhecidas  como mercado primário. 
     Ex.: o banco compra divisas de um exportador.
b) Transações entre bancos no mesmo país, também conhecidas como câmbio interbancário.
c) Transações entre bancos localizados em países diferentes.
d) Transações entre bancos e bancos centrais dentro do mesmo país.
e) Transações entre bancos centrais localizados em diferentes países.
3 características marcantes:
llll
OPERAÇÃO DE CAMBIO A VISTA E FUTURAS
As operações cambiais a vista, são conhecidas como câmbio pronto, que devem ser liquidadas em até 2 dias úteis (D+2) da data da contratação, podendo ser também D+0 e D+1.
Entende-se por liquidação o cumprimento das obrigações assumidas pelas partes contratantes de entregar a moeda estrangeira pelo vendedor e o pagamento do contravalor em Reais pelo comprador.
As operações de câmbio prontas devem ser liquidadas com a entrega da moeda estrangeira em espécie ou através de traveller’s checks ou, também, quando se tratar de câmbio simplificado.
As operações cambiais futuras são conhecidas como câmbio a termo, o câmbio é fechado hoje e deve ser liquidado em data futura. 
Exemplo: exportações a prazo.
É o preço de uma unidade de moeda estrangeira para liquidação em prazo superior a 2 dias úteis e neste caso, no Brasil, se usa a taxa de câmbio pronta. 
Para compensar eventuais diferenças entre a taxa pronta e a futura, as partes contratantes utilizam o recurso de pagamento de prêmio ou bonificação.
___________
A3
Formas de pagamento internacional 
Proforma Invoice
Durante as negociações comerciais prévias entre exportadores e importadores e, consequentemente, na fase da Proforma Invoice,  as partes definem a forma de pagamento pela qual a operação irá se desenvolver antes e após o embarque das mercadorias:
- Condições de venda internacional (Sale Terms)
- Condições de pagamento internacional (Payment Terms)
As partes devem entrar em acordo quanto às condições de venda a serem praticadas, basicamente representadas pelas siglas comerciais denominadas Incoterms 2010 definidas pela Câmara de Comércio Internacional (CCI).
Proforma Invoice, estabelece a maneira como o importador irá efetuar o pagamento da mercadoria que está comprando, o que, representa uma garantia para o exportador no sentido de ter a certeza financeira que irá receber as divisas antes ou depois do embarque das mercadorias em porto de origem.
Pagamento antecipado
Esta modalidade é pouco praticada em razão dos riscos financeiros que o importador está sujeito a fazer a remessa das divisas ao exportador antes do embarque das mercadorias. Geralmente ocorre: 
Normalmente, o importador paga o valor da transação através de uma ordem de pagamento ou cheque. Do ponto de vista cambial, o exportador, no caso brasileiro, deve providenciar o contrato de câmbio junto a um banco autorizado, antes do embarque das mercadorias, recebendo o contravalor em reais, definido pela taxa cambial vigente no dia da assinatura do contrato de câmbio;
Com as mercadorias prontas para embarque, o exportador providencia a emissão do Registro de Exportação (RE) junto ao Siscomex, onde declara que o pagamento foi antecipado.
Depois do embarque, uma vez que não existe risco financeiro, o exportador pode remeter os documentos comerciais originais diretamente ao importador e as cópias para o banco brasileiro que, consequentemente, liquidará o contrato de câmbio, dando por encerrada a operação.
Normalmente, o exportador mantém firme sua posição de somente fechar negócios nesta modalidade, dada a sua necessidade de levantar recursos e, por outro lado, a precisão imediata do importador de receber as mercadorias.
OBS: Em alguns casos, e diante da incerteza de não receber as mercadorias, o importador condiciona o envio das divisas a uma garantia bancária internacional denominada Refundment Bond que deve ser providenciada pelo exportador, via banco, tendo como beneficiário o importador.
Esta garantia é exigida, normalmente, na base de 110% do valor a ser adiantado. Com a garantia em mãos, o importador remete as divisas e aguarda o envio das mercadorias.
Como o Refundment Bond tem data de vencimento, ela será executada pelo importador junto ao banco emitente da garantia, caso as mercadorias não tenham sido embarcadas  até a data estipulada.
Neste caso, o banco emitente da garantia é obrigado a devolver, em nome do exportador, o valor de 110% do valor adiantado pelo importador.
Documnetos Internacionais
Antes e depois do embarque das mercadorias são gerados documentos internos (no país do exportador) e internacionais, que representam a carga negociada e que deverão ser tramitados pela rede bancária para fins de pagamento e, posteriormente, utilizados pelo importador na alfândega para liberação e respectiva nacionalização.
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A4
Modalidade de pagamento internacional de alto risco financeiro para o exportador.
Os bancos não oferecem garantias bancárias ao exportador.
Os bancos agem como simples cobradores, de acordo à URC 522 da CCI.
Cobrança a Vista (SIGHT DRAFT)
Cobrança Limpa ( CLEAN COLLECTION )
Cobrança a Prazo ( TIME DRAFT )
Cobrança Remessa sem saque ( ACCOUNT OPEN )
Os bancos agem como simples cobradores e atravessadores dos documentos entregues pelo exportador após o embarque das mercadorias. Como os bancos cobradores não possuem força legal para obrigar ao importador a quitar o valor da fatura, esta situação permite que o comprador, mesmo com a mercadoria embarcada, se negue a pagar. Esse é o receio dos exportadores.
OBS: Mas atenção, em nenhum momento, os bancos, tanto do lado do exportador como no país do importador, oferecem garantias de recebimento em operações a vista ou a prazo.
Vejamos ao lado quais são os  documentos internacionais originais e a seguir o detalhe de cada modalidade= packing list (romaneio) – certificate of origin (certificado de origem) – air way bill (conhecimento de embarque aéreo) – bill of lading (conhecimento de embarque marítimo) – commercial invoce (fatura comercial). 
__________
A5 
PRIMEIRA PARTE 
SEGUNDA PARTE 
TERCEIRA PARTE 
O seguro da carga é obrigação do exportador quando ele vende nas formas CIF, CIP, DAT, DAP e DDP conforme estudamos anteriormente e cobre os possíveis danos que a mercadoria pode sofrer durante a rota, da origem ao destino, decorrentes de sinistros, roubos, avarias e outros eventos.
O Seguro de Crédito de Exportação é diferente na sua finalidade, pois cobre eventuais inadimplências do importador na modalidade de cobrança a prazo ou Remessa Sem Saque.
Lembrando que a forma de cobranças a prazo encerra um alto grau de risco financeiro para o exportador porque o banqueiro, contra o aceite da promissória, vai liberar os documentos originais ao importador.
Com os originais, o comprador se dirige à alfândega e retira a mercadoria comprometendo-se a pagar no vencimento do título.
Como o banco atua como simples cobrador, sem força legal para obrigar o importador a quitar o valor do saque, a possibilidade do cliente não pagar é muito alta e, portanto, estamos correndo riscos financeiros de levar um calote.
O SCE entra neste contexto.
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A6
Não se preocupe com o que foi visto até agora, pois os riscos financeiros nas cobranças documentárias significam queo exportador deve ter extremo cuidado com os importadores para evitar um resultado desastroso.
 Mas nos pagamentos internacionais existe o lado bom representado pelo crédito documentário, mundialmente conhecido como carta de crédito.
CARTA DE CRÉDITO 
A carta de crédito é mundialmente conhecida como letter of credit ou documentary credit ou simplesmente pela sigla L/C.
 Durante as negociações preliminares da Proforma Invoice, o exportador enquadra o cliente no sentido de que a forma de pagamento deverá ocorrer mediante uma carta de crédito, emitida pelo banco do importador.
OBS: O documento deverá ser irrevogável, isto é, a partir do momento da emissão por parte do banco do importador, não poderá ser mais cancelada.
Exige-se ainda que a carta seja confirmada, significando que além do banco emitente, denominado Issuing Bank da carta de crédito, haverá a necessidade de mais um banco interveniente, intitulado como Confirming Bank.
 
Este banco faz o papel de avalista do Issuing Bank, em casos de impedimento para cumprir as garantias de pagamento por motivos de risco país.
 O exportador pede também que esse crédito documentário seja um Issuing Bank de primeira linha, ou seja, um dos melhores bancos do país do importador. 
- - - 
Veja como, em poucas palavras, logo no inicio da negociação, o exportador enquadra o importador, no sentido de que, para fechar o pedido, é necessário que o cliente aceite essa forma de pagamento.
 Não tenha receio que o importador pode não aceitar: 
Esta é a reação natural dele, pois enviar uma carta de crédito via bancos custa ao comprador despesas bancárias, normalmente de 1% sobre o valor.
- - -
PROCEDIMENTO BANCARIO: 
Se o importador (Applicant) aceitar pagar mediante uma carta de crédito, ele deverá providenciar junto ao banco (Issuing Bank) o envio deste documento em favor do exportador.
 O Issuing Bank usa os serviços bancários de um banco no país do exportador (Advising Bank), após autenticar a mensagem entre a carta de crédito e o exportador (Beneficiary).
Com a carta de crédito em mãos, o exportador analisa as exigências que foram colocadas tanto pelo importador quanto pelo banco emitente.
Nessa fase, pode haver a necessidade de solicitar uma alteração ou emenda, porque o exportador recusa determinada exigência. Se o documento está em condições de ser respeitado, o exportador vai em frente. 
Preparadas as mercadorias, faz o desembaraço junto à Secretaria da Receita Federal e embarca as mercadorias.
Este quadro mostra que o exportador e importador concordaram, na fase da Proforma Invoice, em trabalhar com a forma de pagamento carta de crédito.
 
Portanto, o importador providencia no Issuing Bank sua emissão, que transmite o documento para o Advising Bank para a devida autenticação (test key) e o entrega ao exportador.
 
Com a carta de crédito em mãos, o exportador analisa as exigências e pede emenda, se for necessário, preparando as mercadorias e a logística para embarque (reserva de praça ou espaço no navio).
 
O processo termina quando o exportador promove o desembaraço aduaneiro do processo e embarca a carga, respeitando os prazos do crédito documentário.
MERCADORIA E CONTRATO:
É importante destacar que o Issuing Bank vai honrar o pagamento da carta de crédito, desde que sejam respeitadas todas as instruções que foram colocadas pelo importador, conforme vimos anteriormente.
 Essa análise, para saber se o exportador respeitou ou não os termos e condições, será feita unicamente com base nas instruções contidas no crédito documentário.
O Issuing Bank não aceita nem examina contratos comerciais que tenham sido assinados entre as partes fora do ambiente da carta de crédito. Assim, o importador não pode querer sustar seu pagamento, alegando que o exportador não cumpriu o contrato.
 Portanto, se o exportador respeitou a carta de crédito, o Issuing Bank honra a palavra e paga, independentemente de qualquer controvérsia contratual existente entre o vendedor e o comprador.Essa disputa contratual deverá ser resolvida na via judicial, fora do ambiente bancário. O mesmo conceito vale para as mercadorias. 
O Issuing Bank trabalha com documentos, e não com mercadorias. Assim, o importador não pode querer sustar o pagamento argumentando que não aprovou ou gostou das mercadorias que lhe foram enviadas.
_____________ 
A7
______________
A8 
Fatura Comercial: 
A fatura comercial é o documento hábil que servirá de base para o desembaraço da mercadoria no país de destino. 
 O seu preenchi­mento deverá ser feito sem erros, emendas ou rasuras, pelo próprio exportador.
 Como não existe modelo oficial, fica a critério do vendedor sua elaboração, desde que contenha os seguintes elementos..
Packing List:
É o documento de embarque que relaciona todas as mercado­rias embarcadas ou todos os componentes de uma mesma mercadoria, em quantas partes ela estiver fracionada. 
 O romaneio tem como obje­tivo facilitar a identificação e localização de qualquer produto dentro de um lote, além de permitir a fácil conferência da mercadoria, por parte da fiscalização de embarque, tanto no embarque como no desem­baraço da mesma.
Documentos originais e cópias:
Cada jogo compreende certo número de originais (geral­mente três) e cópias. 
 
Os originais são firmados pela empresa de navega­ção e assim se tornam título de propriedade das mercadorias neles relacionadas. Cada original é negociável, mas a partir do momento em que um deles for negociado, os demais perdem valor.
 O número de originais e de cópias depende das necessidades do importador, do sistema de pagamento e da legislação do país de destino. 
 Quando o conhecimento de embarque está vinculado ao sistema de pagamento (Crédito Documentário, por exemplo), todos os originais devem ser mantidos juntos (3/3 ― Full Set) e entregues ao Banco Negociador com os outros documentos exigidos.
Letra cambial ou Saque: 
Documento emitido pelo exportador, em moeda estrangeira, pelo valor da operação mencionado na Fatura Comercial. 
 Constitui o direito de receber a importância declarada do importador da mercado­ria, substituindo assim a duplicata de vendas internas. Em inglês o saque é denominado Draft.
Certificado ou Apólice de Seguro:
Nas exportações realizadas nas modalidades CIP ou CIF ou outro Incoterms em que o seguro seja de responsabilidade do exporta­dor, este documento é exigido. Neste caso, fica por conta do exportador a obrigatoriedade de contratar o seguro de transporte internacional, para o qual será emitida uma Apólice ou um Certificado de Seguro, conforme o caso.
Fatura Consular:
É um documento exigido nas exportações realizadas com alguns dos nossos principais parceiros comerciais, em que os documentos originais de embarque somente terão validade se devidamente autenticados pela representação diplomática do país importador, localizada no Brasil.
Se o exportador, com frequência, realiza operações de exporta­ção nas condições mencionadas, poderá solicitar de uma companhia seguradora de sua preferência que seja emitida uma espécie de seguro para transporte internacional, em aberto.
________________
A9
Agora vejamos algumas dicas para examinar os documentos e apontar as discrepâncias:
1 Cópias de documentos entregues a mais não configuram discrepância; 2 Cópias de documentos entregues a menos configuram discrepância; 3 About date: o embarque deve acontecer em até cinco dias a mais ou a menos; 4 O certificado de seguro deve ter data igual ou anterior ao B/L; 5 O certificado de Inspeção deve ter data igual ou anterior ao B/L; 6 O navio regular conferenciado é de primeira linha.
__________________
A10
Um profissional de Comércio Exterior deve dominar todos os procedimentos, desde a negociacão da fatura Pro Forma, passando pelos INCOTERMS, pagamento antecipado, cobranças documentárias e o crédito documentário, que foi nosso assunto principal, pois este é o mais praticado nos negócios globalizados.

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