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DIREITO EMPRESARIAL II - CCJ0027 Título SEMANA 3 Descrição CASO CONCRETO (EXAME DE ORDEM UNIFICADO) Pedro, 15 anos, Bruno, 17 anos, e João, 30 anos, celebraram o contrato social da sociedade XPTO Comércio Eletrônico Ltda., integralizando 100% do capital social. Posteriormente, João é interditado e declarado incapaz, mediante sentença judicial transitada em julgado. Os sócios desejam realizar alteração contratual para aumentar o capital social da sociedade. A) João poderá permanecer na sociedade? Em caso positivo, quais condições devem ser respeitadas? Resp: João, mesmo interditado, pode permanecer na sociedade, desde que seja devidamente representado ou assistido, conforme a causa de sua interdição. Por se tratar de sócio de sociedade empresária, e não de empresário individual. caput e os parágrafos 1º e 2º do art. 974. B) Quais critérios legais a Junta Comercial deve seguir para que o registro da alteração contratual seja aprovado? Resp: A Junta Comercial deverá verificar o cumprimento dos requisitos previstos no art. 974, § 3º, CC: (i) nenhum dos sócios incapazes poderá exercer a administração da sociedade; (ii) o capital social estar totalmente integralizado; (iii) o sócio Bruno deve estar assistido, o sócio Pedro deve estar representado e o sócio João, representado ou assistido, conforme a causa de sua interdição. O examinando deve fundamentar corretamente sua resposta. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não pontua. JURISPRUDÊNCIA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE INTERDIÇÃO. PROPOSITURA DE AÇÃO EM NOME DO CURATELADO. PREVALÊNCIA DO INTERESSE DO INTERDITADO. AUTORIZAÇÃO MANTIDA. 1. Cabe ao curador propor as ações necessárias para resguardar os interesses do interditado, mediante autorização judicial. Assevera que o atual curador e ora Requerido, Sr. Francisco Ferraz, sem observar a cota ministerial e a decisão já existentes nos autos da Interdição, que determinava que qualquer pedido de autorização fosse feito em ação própria, a fim de não tumular o feito (que já conta com 11 volumes), preferiu se valer de petição incidental para alcançar sobredita autorização, já à iminência da audiência designada na ação dissolutória (fl. 6). No ponto, argui também que "a carga de litígio instaurada quanto ao exercício da curatela impunha a oitiva dos interessados para que se manifestassem acerca do pedido, sendo responsabilidade do juiz prezar pelos interesses do curatelado quando existente situações que indiquem suspeição do curador" (fl. 9). Aduz que o juízo de piso deferiu a autorização unicamente com base nos alegações expendidas pelo ora requerido, circunstância que fere frontalmente o procedimento legal previsto para a hipótese e não atende o interesse do curatelado. Destaca que todo o histórico da curatela exercida por ambos os filhos, sócios minoritários do Consórcio Ferraz, fundado por Benedito Ferraz, demonstra o engodo dos mesmos em alcançar a exclusão dos próprios pais da empresa, o que foi buscado, inicialmente, por meio da ação de dissolução parcial de sociedade proposta em desfavor de Benedito Ferraz (julgada improcedente vls. I e II, - documentos juntados por linha) e de ação de dissolução parcial da sociedade proposta em desfavor da Sra. Maria do Socorro Oliveira Ferraz, ora Requerente, autuada sob o nº 2014.01.1.1059094-9 (fls. 5-6). Sustenta a existência do periculum in mora ao fundamento de que a hipótese envolve questão de intensa carga de litígio entre as partes e diante da possibilidade de prejuízo a interesses do incapaz (interditado). No caso dos autos, verifica-se a necessidade de imediato processamento do recurso especial, uma vez que a autorização deferida pelo juízo de piso permitiu a continuidade da ação de dissolução de sociedade proposta pelo curador em face do (a) ora requerente no juízo da Vara de Falência, Recuperações Judiciais, Insolvência Civil e Litígios Empresariais do Distrito Federal. Além disso, conforme reconhecido pelo próprio aresto impugnado, existe uma possível colidência de interesses entre os sócios não interditados e o sócio interditando, circunstância que demanda uma cautela na apreciação de atos de interesse do curatelado. 3. Ante o exposto, defiro a liminar pleiteada para determinar destrancamento do recurso especial, submetendo-o ao juízo de admissibilidade perante o Tribunal de origem. Publique-se. Intimem-se. Brasília - MINISTRO LUIS FELIPE SALOMÃO Relator QUESTÃO OBJETIVA 1 (ADVOGADO PETROBRAS) Com relação às sociedades limitadas, analise as afirmações a seguir. I – A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. II – A administração da sociedade limitada poderá ser feita por administrador não sócio, desde que haja permissão no contrato social da sociedade. III – Os sócios, para a constituição da sociedade, devem contribuir para a formação do capital social com dinheiro ou qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação pecuniária. É correto o que se afirma em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II e III, apenas. (E) I, II e III. QUESTÃO OBJETIVA 2 - (MAGISTRATURA/PR) Assinale a alternativa correta. (A) Com a entrada em vigor da Lei 10.406/2002, a sociedade empresária cujo capital social se divida em quotas de responsabilidade limitada passou a ser regida pelo disposto no Código Civil. Em caso de omissão, a esse tipo societário aplicam-se as regras concernentes às sociedades simples. Com base nesse raciocínio, é lícito supor que o legislador afastou, peremptoriamente, a aplicação da Lei 6.404/1976 a esse tipo societário. (B) É direito do sócio de sociedade limitada, no silêncio do contrato social, ceder sua participação social a outro sócio independentemente de autorização dos demais. Também poderá ceder sua participação societária a terceiro, estranho à sociedade, desde que não haja oposição de mais de um quarto do capital social. (C) O voto é considerado, no Direito societário brasileiro, como relevante direito do acionista. Em razão disso, a completa exclusão do direito a voto se aplica a casos legais específicos, como, por exemplo, para aqueles que detenham ações preferenciais sem direito a voto. (D) A empresa individual de pequeno porte, como sociedade empresarial, somente pode ser exercida para exploração de atividades empresariais.
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