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Direito Administrativo

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Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 1 – 03/abr/2012
1. Ato administrativo – Lei 9784/1999 – Ler com atenção: Art. 13 (não pode delegar: atos de caráter normativo, atos que decidam recursos administrativos, atos da competência exclusiva de um determinado agente), Art. 50 (atos administrativos de necessitam que sejam demonstradas a motivação), Art. 53 (anulação e revogação), Art. 54 (anulação), Art. 55 (convalidação)
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
§ 2o Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
§ 3o A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.
CAPÍTULO XIV
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
1.1. Conceito: é um ato jurídico que decorre do exercício da função administrativa sob o regime jurídico de direito público
1.2. Elementos e requisitos do ato administrativo 5 elementos Sujeito Competente, Finalidade, Forma, Motivo, Objeto COFIFOMO decorre da lei de ação popular 4717/1965, Art. 2º. 
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de competência.
1.2.1. Sujeito Competente não basta ser capaz, tem que ter competência competência é um conjunto de obrigações, de deveres de um determinado cargo ou emprego público para o exercício de sua função a competência sempre decorre de lei, é vinculada do ato administrativo a competência do agente é irrenunciável a competência se desenvolve de acordo com a hierarquia, ou seja, o superior pode delegar poderes ao subordinado, bem como pode avocar competência
1.2.1.1. Vício excesso de poder sujeito age além do poder que lhe foi concedido
1.2.2. Finalidade resultado que se espera alcançar com a prática de um ato finalidade pública prevista em lei, é sempre um elemento vinculado do ato administrativo
1.2.2.1. Vício desvio de finalidade praticar ato público para buscar interesse particular ex.: ato de remoção com a finalidade punir alguém
1.2.3. Forma é a exteriorização de um ato administrativo normalmente é forma escrita, mas pode ser a forma verbal, por sinais (guarda de trânsito) deve ser prevista em lei, ou seja, forma é sempre um elemento vinculado
1.2.4. Motivo são as razões de fato e de direito, os pressupostos que levaram a prática de um ato todo ato tem motivo, mas nem todo ato tem motivação motivação: é a exposição dos motivos, contar a todos os motivos que levaram a prática daquele ato ex.: a exoneração do ocupante de cargo em comissão, pode ter motivos, mas não precisa apresentar os motivos pode ser vinculado ou discricionário, tudo esclarecido em lei.
1.2.5. Objeto é o efeito jurídico imediato, é aquilo que o ato administrativo diz, determina pode ser vinculado ou discricionário, tudo depende da informação da lei
1.3. Vinculação o ato já está previsto em lei, o administrador não tem a possibilidade de escolha, deve cumprir o preceito legal
1.4. Discricionariedade o administrador detém certa liberdade para atuar dentro da lei, respeitando os limites de normalidade, razoabilidade, proporcionalidade
1.5. Legalidade e Mérito do Ato Administrativo
1.5.1. Legalidade controle feito pela própria administração pública, pela autotutela; Poder Judiciário quando provocado
1.5.2. Mérito é o juízo de conveniência e oportunidade que o administrador público faz quando tem discricionariedade em suas mãos, ou seja, só existe mérito onde existe discricionariedade, mérito é a escolha que foi feita, nem mesmo o Juiz no exercício da função judicial não pode
1.6. Anulação, revogação e convalidação
1.6.1. Anulação é a extinção de um ato administrativo, tanto pelo Poder Público quanto pelo Poder Judiciário
1.6.1.1. Ilegalidade, vício insanável, uma anulidade absoluta 
1.6.1.1.1. Tem efeito retroativo Efeitos “ex tunc”
1.6.1.1.2. Os efeitos se mantêm à particulares 3º de boa fé
1.6.1.1.3. A administração pública tem direito de anular seus próprios atos num prazo de até 5 anos, desde que comprovada a má-fé
1.6.2. Revogação é a extinção do ato administrativo, sem vícios nem irregularidades, mas que no momento é incompatível como o interesse público, reexame da conveniência e da oportunidade é possível revogar ato vinculado? não, somente atos discricionários é a extinção do ato discricionário por uma questão de mérito
1.6.2.1. O controle é feito pela administração pública
1.6.2.2. Efeitos feitos no passado, deve se manter, preserva-se o efeito “ex nunc”
1.6.3. Convalidação significa trazer validade, trazer vida nova a um ato administrativo que nasceu viciado, mas com um vício sanável, tem eficácia retroativas
1.6.3.1. Duas condições: vício sanável, que o ato não traga prejuízo a ninguém
Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 2 – 10/abr/2012
2. Organização administrativa
2.1. Desconcentração e descentralização
2.1.1. Desconcentração Distribuição de competência entre órgãos de uma pessoa jurídica fundamento na hierarquia Ex.:União dividida em três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário. Poder Executivo delega competência aos ministérios
2.1.2. Descentralização Distribuição de competência entre pessoas jurídicas no mínimo duas pessoas devem estar presentes Ex.: União distribui competência ao INSS distribuição de competência entre entidades Autonomia Política Art. 18, CF
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º - Brasília é a Capital Federal.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
§ 3º - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
2.1.2.1. Territorial ou Geográfica é aquela que dá origem aos territórios (autarquia territoriais) 
2.1.2.2. Por serviço, funcional ou técnica é aquela que dá origem a Administração Pública Indireta ou descentralizada Decreto-Lei 200/1967, Art. 4, Administração Pública Direta ou centralizada no âmbito federal, presidência da república e ministérios Art. 37, XIX, CF: somente por lei específica poderá ser criada autarquia, ou autorizada a instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública (agências reguladoras são autarquias em regime especial – consórcio público é um acordo, um ajuste, firmado entre entidades federativas distintas, da onde irá surgir uma pessoa jurídica de direito público, no fundo uma autarquia, ou uma pessoa jurídica de direito privado, ou seja, uma empresa pública)
Art. 4° A Administração Federal compreende:
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Emprêsas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
Parágrafo único. As entidades compreendidas na Administração Indireta vinculam-se ao Ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua principal atividade. (Renumerado pela Lei nº 7.596, de 1987)
2.1.2.2.1. Princípio da especialidade uma pessoa jurídica inteira para cuidar de um único assunto
2.1.2.2.2. Como ocorre a transferência de competências? R: por meio de uma lei específica, a lei cria ou autoriza a criação de uma entidade, que receberá a titularidade e a incumbência da realização do serviço
2.1.2.2.3. Existe hierarquia entre as entidades e o Poder Público? R: entre elas não, pois não existe subordinação entre as entidades e a União, no entanto, a União realiza um controle de finalidade, para que não ocorra um desvio de função da entidade, no entanto, dentro de cada entidade haverá hierarquia (diretores, supervisores, etc.)
2.1.2.2.4. Autarquia pessoa jurídica de direito público com prerrogativas de regime jurídico administrativo devido o serviço desempenhado, uma atividade típica ou exclusiva do Estado (Poder Extroverso imperatividade (força, supremacia) - atributo do ato administrativo), poder de polícia, poder normativo para um determinado setor Ex.: INSS, Banco Central, INCRA) a lei cria diretamente a autarquia, mas autoriza a futura criação da empresa pública, fundação pública e sociedade de economia mista, que são criadas após o protocolo de seus estatutos frente ao cartório de registro 
2.1.2.2.5. Empresa Pública (Correios, Caixa Econômica Federal) e Sociedade de Economia Mista (Centrais Elétricas do Brasil, Banco do Brasil, Petrobrás) são pessoas jurídicas de direito privado, ou seja, basicamente se aplica direito civil, direito empresarial, direito do trabalho (funcionários celetistas) seus contratos são de direito civil, empresarial, mas conforme o Art. 173, CF, regras gerais de licitação devem ser respeitadas, a contração de equipe necessita de concurso público, Art. 87, CF porque o Estado criou entes de direito privado? R: para atuar em igualdade de condições com o direito privado, tento em vista a exploração da atividade econômica ou prestação do serviço público
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
2.1.2.2.5.1. Três grandes diferenças entre empresa pública e SEM
2.1.2.2.5.1.1. A empresa pública pode adotar qualquer forma admitida em direito, a SEM só pode ser S/A
2.1.2.2.5.1.2. Composição do capital social a empresa pública, 100% do capital social está nas mãos do Poder Público, poder ser uma sociedade unipessoal na SEM, a composição do capital social é misto, com participação do poder público e a participação da iniciativa privada, com prevalência do capital público
2.1.2.2.5.1.3. Competência da Justiça Federal Art. 109, I, CF Regra geral: nas causa sem que forem partes União, Autarquias Federais, Fundações Públicas Federais e Empresas Públicas Federais, serão julgadas pela justiça Federal A SEM terá suas causas julgadas naJustiça Estadual
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
2.1.2.2.6. Fundação Pública a lei de sua criação dirá se a fundação será pessoa jurídica de direito ou privado, no âmbito federal, trata-se todas de pessoa jurídica de direito público atividade não exclusiva do Estado, que pode ser desempenhada pelo ente privado atividade do âmbito social, não exclusiva Ex.: cultura, educação, proteção ao meio ambiente, universidades públicas (UNB) uma lei complementar irá definir a sua área de atuação
2.1.2.3. Por colaboração Particulares irão colaborar com o Poder Público para realizar serviços, cobrando uma tarifa do usuário concessionárias e permissionárias de serviço público Art. 175, CF: Incumbe ao Poder Público prestar serviços públicos 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
2.1.2.3.1. Como ocorre a transferência de competência? R: por contrato administrativo, a empresa privada já existe, participou de licitação para poder ter o contrato, o ente privado receberá somente a incumbência da realização do serviço
2.2. Diferença entre órgão público e pessoa jurídica as pessoas jurídicas são entes abstratos, que decorrem da lei, mas assim como as pessoas físicas, são formadas por órgãos, que são as repartições internas de uma pessoa só as pessoas físicas ou jurídicas tem personalidade jurídica, tem capacidade de ter direitos, assumir responsabilidades e obrigações órgão não tem personalidade jurídica, órgão não tem querer, mas alguns órgãos pode ter capacidade processual, capacidade de estar em juízo, por exemplo: o Senado (órgão) impetrou um Mandado de Segurança contra o Presidente da Câmara dos Deputados
Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 3 – 17/abr/2012
3. Serviços Públicos Uma utilidade, uma comodidade que o Poder Público oferece a população, dar o mínimo de dignidade para a vida as pessoas
3.1. Elemento material uma atividade positiva, ex.: Art. 21, CF competência material exclusiva da União, indelegável correio aéreo nacional, serviço público de geração de energia elétrica
Art. 21. Compete à União:
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II - declarar a guerra e celebrar a paz;
III - assegurar a defesa nacional;
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII - emitir moeda;
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada;
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social;
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios;
XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;
XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geografia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões públicas e de programas de rádio e televisão;
XVII - conceder anistia;
XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso;
XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.
3.2. Elemento formal regime jurídico especial, predominantemente de direito público
3.2.1. “Serviço adequado” esta descrita no ordenamento legal, Art. 6º, §1º, da Lei 8987/1995 oito princípios regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas
Art. 6o Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato.
§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
3.2.1.1. Princípios
3.2.1.1.1. Continuidade*** não pode ser interrompido um princípio é um ideal, e muitas vezes este ideal acaba não se realizando, e a própria lei entende três hipóteses que pode ser interrompido sem ferir a lei Art. 6º, §3º, Lei 8987/1995 situação de emergência (sem aviso prévio, já que não pode ser prevista), questão de ordem técnica (mediante aviso prévio), por inadimplemento do usuário (mediante aviso prévio) 
§ 3o Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação deemergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
3.2.1.1.2. Regularidade consequência natural da continuidade fazer os horários e disponibilidade do serviço público 
3.2.1.1.3. Eficiência maior satisfação possível do cidadão, do interesse do cidadão
3.2.1.1.4. Segurança o serviço público tem que agregar valor a nossas vidas, jamais pode por em risco a integridade física do cidadão
3.2.1.1.5. Atualidade §2º, Art. 6º, lei 8987/1995 atualização modernização do sistema, ampliação da rede para que mais pessoas possam usufruir do serviço público
§ 2o A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.
3.2.1.1.6. Generalidade universalidade igualdade não pode admitir discriminação na prestação de serviços públicos
3.2.1.1.7. Cortesia na sua prestação o serviço é público porque deve ser prestado ao público, a população, a figura principal é o cidadão, não o Estado e o prestador, o cidadão precisa ser bem tratado na prestação do serviço público 
3.2.1.1.8. Modicidade das tarifas preços razoáveis em virtude da contraprestação que recebemos
3.3. Concessão e Permissão de Serviços Públicos Art. 175, CF competência da atividade pública para entes privados
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
3.3.1. Para escolher quem será ser o concessionário ou permissionário, depende sempre de prévia licitação
3.3.2. Concessão delegação de competências públicas a particulares o particular tem que fazer um grande investimento e necessita de um mínimo de segurança, que é firmada por contrato contrato administrativo por excelência, é um contrato por prazo determinado, inclusive é um longo prazo, para se seja mais barata a tarifa o Estado pode antecipar a extinção do contrato, mas se o particular não deu motivo a este fato, terá direito a indenização
3.3.2.1. Formas de extinção Art. 35, 8987/95 basicamente seis tipos: “ARFACE” Advento do termo contratual, Rescisão, Falência ou extinção da empresa, Anulação, Caducidade, Encampação 
Art. 35. Extingue-se a concessão por:
I - advento do termo contratual;
II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
§ 1o Extinta a concessão, retornam ao poder concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
§ 2o Extinta a concessão, haverá a imediata assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.
§ 3o A assunção do serviço autoriza a ocupação das instalações e a utilização, pelo poder concedente, de todos os bens reversíveis.
§ 4o Nos casos previstos nos incisos I e II deste artigo, o poder concedente, antecipando-se à extinção da concessão, procederá aos levantamentos e avaliações necessários à determinação dos montantes da indenização que será devida à concessionária, na forma dos arts. 36 e 37 desta Lei.
3.3.2.1.1. Advento do termo contratual término do contrato
3.3.2.1.2. Encampação Art. 37, autorização legislativa extinção antecipada do contrato de concessão por interesse do Poder Público
Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.
3.3.2.1.3. Caducidade decadência nada haver com prazo significa: extinção antecipada do contrato por falta grave do contratado, inexecução parcial ou integral por parte do contratado Art. 38 o particular não direito a uma indenização pela extinção, somente pelo investimento que ele fez, senão configura enriquecimento indevido pelo Estado, não precisa de autorização legislativa
Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas convencionadas entre as partes.
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter a adequada prestação do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.
§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.
§ 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.
§ 4o Instaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.
§ 5o A indenização de que trata o parágrafo anterior, será devida na forma do art. 36 desta Lei e do contrato, descontado o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.
§ 6o Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
3.3.2.1.4. Rescisão o Poder concedente não está respeitando o que está no contrato, o contratado via Poder Judiciário, consegue a Rescisão do contrato, cabendo indenização ao particular Art. 23-A 8987/95: atualmente pode ser utilizado meios privados para resolução de conflitos, mas que seja realizada no Brasil, e em português
Art. 23-A. O contrato de concessão poderá prever o emprego de mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.
3.3.2.1.5. Anulação houve uma ilegalidade, um vício insanável
3.3.2.1.6. Falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual. 
3.3.3. Permissão entendimento antigo: ou o particular não tem que fazer nenhum investimento, ou se tem que o fazer, terá alta lucratividade, ou seja, não precisava de tanta segurança, ou seja, era firmada por ato administrativo unilateral, por prazo indeterminado,discricionário, era um ato precário (o particular perdia a permissão e não teria direito a nenhuma indenização pelo encerramento da permissão) entendimento atual: Art. 40, 8987/95, não seria mais formalizada por ato administrativo, mas sim por contrato de adesão, mas seria mantida a revogabilidade unilateral e a precariedade, ou seja, é um contrato precário exemplo: serviço de transporte coletivo
Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente.
Parágrafo único. Aplica-se às permissões o disposto nesta Lei.
 
3.3.4. “Autorização” de serviço público delegação de competência pública por ato administrativo, por tempo indeterminado, discricionário e precário exemplo: taxi, explora atividade econômica, autorizado e fiscalizado pelo Poder Público
3.3.5. Parceria Público – Privada espécie de concessão de serviço público, concessão especial, lei 11079/2004, Art. 1º ao 9º
Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Esta Lei se aplica aos órgãos da Administração Pública direta, aos fundos especiais, às autarquias, às fundações públicas, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2o Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
§ 1o Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 2o Concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
§ 3o Não constitui parceria público-privada a concessão comum, assim entendida a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
§ 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Art. 3o As concessões administrativas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes adicionalmente o disposto nos arts. 21, 23, 25 e 27 a 39 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e no art. 31 da Lei no 9.074, de 7 de julho de 1995. (Regulamento)
§ 1o As concessões patrocinadas regem-se por esta Lei, aplicando-se-lhes subsidiariamente o disposto na Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e nas leis que lhe são correlatas.(Regulamento)
§ 2o As concessões comuns continuam regidas pela Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, e pelas leis que lhe são correlatas, não se lhes aplicando o disposto nesta Lei.
§ 3o Continuam regidos exclusivamente pela Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e pelas leis que lhe são correlatas os contratos administrativos que não caracterizem concessão comum, patrocinada ou administrativa.
Art. 4o Na contratação de parceria público-privada serão observadas as seguintes diretrizes:
I – eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
II – respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução;
III – indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado;
IV – responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
V – transparência dos procedimentos e das decisões;
VI – repartição objetiva de riscos entre as partes;
VII – sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Capítulo II - DOS CONTRATOS DE PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada atenderão ao disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever:
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual prorrogação;
II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às obrigações assumidas;
III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica extraordinária;
IV – as formas de remuneração e de atualização dos valores contratuais;
V – os mecanismos para a preservação da atualidade da prestação dos serviços;
VI – os fatos que caracterizem a inadimplência pecuniária do parceiro público, os modos e o prazo de regularização e, quando houver, a forma de acionamento da garantia;
VII – os critérios objetivos de avaliação do desempenho do parceiro privado;
VIII – a prestação, pelo parceiro privado, de garantias de execução suficientes e compatíveis com os ônus e riscos envolvidos, observados os limites dos §§ 3o e 5o do art. 56 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere às concessões patrocinadas, o disposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
IX – o compartilhamento com a Administração Pública de ganhos econômicos efetivos do parceiro privado decorrentes da redução do risco de crédito dos financiamentos utilizados pelo parceiro privado;
X – a realização de vistoria dos bens reversíveis, podendo o parceiro público reter os pagamentos ao parceiro privado, no valor necessário para reparar as irregularidades eventualmente detectadas.
§ 1o As cláusulas contratuais de atualização automática de valores baseadas em índices e fórmulas matemáticas, quando houver, serão aplicadas sem necessidade de homologação pela Administração Pública, exceto se esta publicar, na imprensa oficial, onde houver, até o prazo de 15 (quinze) dias após apresentação da fatura, razões fundamentadas nesta Lei ou no contrato para a rejeição da atualização.
§ 2o Os contratos poderão prever adicionalmente:
I – os requisitos e condições em que o parceiro público autorizará a transferência do controle da sociedade de propósito específico para os seus financiadores, com o objetivo de promover a sua reestruturação financeira e assegurar a continuidade da prestação dos serviços, não se aplicando para este efeito o previsto no inciso I do parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995;
II – a possibilidade de emissão de empenho em nome dos financiadores do projeto em relação às obrigações pecuniárias da Administração Pública;
III – a legitimidade dos financiadores do projeto para receber indenizações por extinção antecipada do contrato, bem como pagamentos efetuados pelos fundos e empresas estatais garantidores de parcerias público-privadas.
Art. 6o A contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita por:
I – ordem bancária;
II – cessão de créditos não tributários;
III – outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV – outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
V – outros meios admitidos em lei.
Parágrafo único. O contrato poderá prever o pagamento ao parceiro privado de remuneração variável vinculada ao seu desempenho, conforme metas e padrõesde qualidade e disponibilidade definidos no contrato.
Art. 7o A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
Parágrafo único. É facultado à Administração Pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento da contraprestação relativa a parcela fruível de serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
Capítulo III - DAS GARANTIAS
Art. 8o As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser garantidas mediante:
I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituição Federal;
II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
III – contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público;
IV – garantia prestada por organismos internacionais ou instituições financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público;
V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade;
VI – outros mecanismos admitidos em lei.
Capítulo IV - DA SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO
Art. 9o Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria.
§ 1o A transferência do controle da sociedade de propósito específico estará condicionada à autorização expressa da Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.
§ 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a negociação no mercado.
§ 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento.
§ 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo.
§ 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de propósito específico por instituição financeira controlada pelo Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de financiamento.
3.3.5.1. Concessão patrocinada o concessionário cobra uma prestação do usuário, mas, o próprio poder público se compromete em bancar de tempos em tempos, o valor do investimento privado é de no mínimo 20 milhões de reais, em contratos de 5 a 35 anos
3.3.5.2. Concessão administrativa o usuário direto é o Poder Público exemplo, o ente privado constrói o presídio, o poder de polícia é do Estado, mas quem irá promover os serviços ao presídio é o ente privado que construiu, ex: fornecimento de marmitas, roupas e etc, o Estado irá pagar um valor diferenciado mais alto para além do serviço, ir pagando a obra, num prazo de 5 até 35 anos
Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 4 – 24/abr/2012
4. Responsabilidade Extracontratual do Estado
4.1. Conceito É o dever do Poder Público, ou de quem faz o papel do Poder Público, de indenizar prejuízos causados a terceiros em virtude de comportamento de seus agentes, tanto com um comportamento omissivo como comissivo, pode decorrer tanto de ato jurídico como material, tanto de ato lícito como de ato ilícito
4.1.2. O dever de indenizar pode decorrer tanto de um ato jurídico como de um ato material
4.1.2.1. Ato Jurídico é aquele que produz efeitos jurídicos
4.1.2.2. Ato Material é aquele que não produz efeitos jurídicos mas pode resultar em efeitos econômicos ex.: erro médico em hospital público
4.1.3. O dever de indenizar pode decorrer tanto de ato lícito como ilícito
4.2. Art. 5º, LXXV, CF o Estado pode ser condenado por atos judiciais
4.3. Evolução histórica da responsabilidade do Estado
4.3.1. Estados Absolutistas Teorias de Irresponsabilidade do Estado o Estado não seria responsabilizado por danos causados a terceiros
4.3.2. Estado Liberal Teoria Cirilista Dependendo da atuação do Estado Evolução Teoria da Culpa Civil: Iguala o Estado ao mesmo nível do particular, do cidadão, e se o cidadão conseguir comprovar que o dano do Estado foi praticado por dolo do agente público, este seria indenizado, ou se o agente público agiu com culpa em sentido estrito, ou seja, é a responsabilidade subjetiva do Estado
4.3.3. Caso Blanco França Agnes Blanco foi atropelada por um trem da Companhia de Fumo, que pertencia ao Estado dúvida quanto à indenização: Direito Civil ou no Direito Público de Prestação de Serviço Público? Resposta: pelo Direito Público Teoria Publicista 1ª Teoria: Culpa Administrativa Se o serviço público não funcionou, funcionou mal, ou atrasado, e isto causou dano à particular, deve o Estado indenizar responsabilidade subjetiva ainda cabe um grande trabalho à vítima, que deve provar a origem do dano
4.3.4. Teoria do Risco O Estado chamou para si a incumbência de cuidar dos serviços públicos, consequentemente assumiu os riscos, ou seja, se causar prejuízo ao particular, deve arcar com o prejuízo Responsabilidade Objetiva é aquela que independe da demonstração de dolo ou culpa para que a vítima consiga a sua indenização Nexo de Causalidade se demonstrar que determinada ação do Estado causar prejuízo ao patrimônio do particular, é obrigação do Estado indenizar o particular
4.3.5. No Brasil nunca foi admitida a Teoria da Irresponsabilidade do Estado o Código Civil de 1916, estabeleceu no Art. 15 uma responsabilidade subjetiva do Estado, Teoria da Culpa Civil Desde a Constituição de 1946 até os dias atuais, adotamos como regra a Responsabilidade Objetiva do Estado Adotamos a Teoria do Risco Administrativo
4.4. Art. 37, §6º, CF 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
 
4.4.1. As autarquias respondem objetivamente pelos danos causados por seus agentes, bem como a fundação pública, e as pessoas jurídicas de direito privado desde que sejam prestadoras de serviços públicos (SANEPAR, COPEL, SABESP) e não explorando a atividade econômica
4.4.2. Você só aplica a Teoria do Órgão (Teoria da Imputação) se o agente público estiver nesta qualidade
4.4.3. É assegurado direito de regresso nos casos de dolo e culpa
4.4.4. Não cabe neste caso a denunciação à lide 1º: morosidade processual; 2º: lei 8112/1990, Estatuto do Servidor Público Federal, Art. 122, §2º, cabe ação regressiva ao servidor; 3º: não é possível a denunciação a lide
4.5. Possibilidades que diminuem ou atenuam a responsabilidade do Estado
4.5.1. Força maior forças da natureza (dilúvio, terremoto)
4.5.2. Culpa exclusiva da vítima
4.5.3. Culpa concorrente da vítima
4.5.6. Caso fortuito acontecimento inexplicável que ocorre na prestação do serviço, não exclui a responsabilidade do Estado
4.6. O que é razoavelmente pacífico? Ação por parte do Estado, Teoria do Risco, responsabilidade objetiva Por omissão do Estado, Responsabilidade subjetiva
Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 5 – 08/mai/2012
5. Licitação
5.1. Art. 22, XXVII, CF normas gerais para licitações e contratos administrativos para os entes federativos
5.2. Normas específicas todas as entidades federativas podem legislar sobre licitação e contratos, com o objetivo de atender suas próprias necessidades
5.3. Empresa Pública e SEM Art. 173, §1º, III, CF as que exploram atividade econômica elas podem ter legislação própria para suas licitações
5.4. Art.37, XXI, CF Administração Pública em todas as esferas Está obrigada em fazer licitação para obras, compras, serviços e alienações
5.5. Art. 175, CF é necessária sempre licitação para escolher o concessionário ou permissionário de serviço público lei 8987/1995
5.6. Lei 8666/199
5.6.1. Dispositivos
5.6.1.1. Art. 3º três objetivos para uma licitação 1º escolha da proposta mais vantajosa; 2º garantir o mesmo tratamento aos licitantes; 3º promover o desenvolvimento nacional sustentável rol exemplificativo
5.6.2. Vinculação ao instrumento convocatório carta convite, edital é a lei da licitação e a lei do futuro contrato que será celebrado desdobramento do princípio da legalidade cumprimento dos termos do certame
5.6.3. Julgamento objetivo da proposta tipos de licitação Art. 45, §1º, 8666/93 4 tipos de licitação: menor preço, melhor técnica, melhor técnica e preço, maior lance ou oferta
5.6.4. Art. 17, I e II e Art. 24 da Lei 8666/93 dispensa de licitação
5.6.5. Art. 25, Lei 8666/93 hipóteses de inexigibilidade inviável a competição, impossível analisar a proposta
5.6.5.1. Três hipóteses bem único ou fornecedor exclusivo, serviços técnicos de notória especialização (Art. 13), contratação de qualquer profissional do setor artístico (desde que consagrado pela opinião público e a crítica especializada)
5.7. Modalidades de licitação diz respeito ao procedimento, pode ter vários ritos, depende do objeto que está sendo licitado Art. 22, lei 8666/93 concorrência, tomada de preços, pregão, convite, leilão, concurso
5.7.1. Valores referenciais Art. 23, 8666/93
5.7.1.1. Grade valor, concorrência Parágrafos do art. 22 edital, habilitação (os licitantes interessados irão se apresenta numa determinada data, com um envelope contento os documentos necessários, regularidade trabalhista, proibição de trabalho infantil), habilitação, Julgamento, homologação (aprovação), adjudicação (atribuir o objeto ao vencedor).
5.7.1.2. Médio valor, tomada de preços 
5.7.1.3. Pequeno valor, convite
Direito Administrativo – Marcus Vinícius Bittencourt 
Aula 5 – 15/mai/2012
6. Contrato Administrativo é um ajuste, um acordo, onde vamos encontrar a administração pública em um dos polos, e será regido mediante regime jurídico de direito público, onde terá como característica cláusulas exorbitantes
6.1. Presença de regime jurídico de Direito Público
6.2. Presença da administração pública em posição de supremacia, por tomar conta do interesse da coletividade
6.3. Finalidade pública
6.4. Forma prevista em lei
6.4.1. Forma em sentido amplo existe um procedimento que deve ser respeitado, previsto em lei, ou seja, licitação (atenção as hipóteses de dispensa e inexigibilidade)
6.4.2. 
Cláusulas Exorbitantes
Restrição ao uso de exceção de contrato não cumprido

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