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revista aço p 24

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Ano I - edição 2 - 2012
Circu le e sta revist a nos d e p
ar t
a m
en
to
s
• Desindustrialização e gestão de negócios
• Importação de aço dificulta mercado
w w w . a c o b r i l . c o m . b r
Chapas Grossas 
e extraGrossas
• 6 a 500mm de espessura
perfis Laminados i h U
perfis soLdados
serviços de Corte
• CnC oxiCorte
• CnC plasma
• serra de fita
açobriL.
transferindo vaLor 
para o neGÓCio de seUs CLientes.
Processos inteligentes e Pessoal qualificado, garantindo qualidade e comPetitividade.
desde 1964
Revista do aço – Ano I – Número 02 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. 
 Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br)
 Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br)
 Projeto Editorial Revista do AÇO
 Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br)
 Capa Elbert Stein 
 Colaboradores desta edição Laura Calado (edição), Isabel Alencar (GO 01141JP)
 Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2)
 Imagem de capa: sxc.hu e ilustração RA
 Cadastro: Marcia Corazzim (cadastro@revistadoaco.com.br)
 Publicidade e Comercial Luiz Cortez – (11) 9125-8489 (cortez@revistadoaco.com.br) 
Marcelo Lopes – (11) 7417-5433
 Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda
 Tiragem 10.000 exemplares
Redação, Publicidade, Administração e Correspondência:
Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo – Cep: 04230-030 – SP – Brasil
Telefone: +55 (11) 2062-1231
A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, 
objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos 
 As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam 
necessariamente a opinião da revista. As matérias publicadas poderão ser reproduzidas, 
desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.
índice
Notícias do Aço .............................................................................................................................. 04
orientação
 Serra fita 3 serra circular ..........................................................................................10
Equipamentos
 Máquinas agrícolas .....................................................................................................14
Pesquisa
 Impactos da desindustrialização ............................................................................18
Investimento
 Investir para crescer ....................................................................................................22
Capa
 Aço na construção civil ..............................................................................................24
Tendência
 Fusões e aquisições.....................................................................................................34
Produção
 Importação de aço dificulta mercado interno ...................................................38
Perfil
 Tupy .................................................................................................................................43
Panorama
 Fusões na mineração ..................................................................................................46
Caderno de Classificados do Aço..........................................................................47
sx
c.
h
u
w w w . a c o b r i l . c o m . b r
Chapas Grossas 
e extraGrossas
• 6 a 500mm de espessura
perfis Laminados i h U
perfis soLdados
serviços de Corte
• CnC oxiCorte
• CnC plasma
• serra de fita
açobriL.
transferindo vaLor 
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4 • Revista do Aço 
til recuou 7,5%, enquanto que a do vestuário caiu 
15,1%. O emprego também vai mal nos setores 
de calçados e couro (-7,0%), fumo (-5,7%), produ-
tos de metal (-5,5%), borracha e plástico (4,2%) e 
metalurgia básica (-2,9%), sempre na comparação 
entre o primeiro trimestre deste ano frente a igual 
período de 2011. 
 IndústrIa pagará 22% a maIs pelo gás 
A conta de gás natural ficará mais cara para a indús-
tria paulista. Empresários do Estado de São Paulo 
foram surpreendidos com a notícia de que as tari-
fas da distribuidora Comgás serão reajustadas em 
até 22% a partir de 1º de junho. Este será o terceiro 
aumento desde maio do ano passado. Nas últimas 
duas elevações, o preço subiu 19%. Ou seja, em um 
ano, a tarifa subirá 45%. A notícia provocou um le-
vante no setor industrial, que considera inadmissí-
vel um reajuste dessa magnitude num momento 
em que se discute retomada de competitividade. O 
secretário de Energia do Estado de São Paulo, José 
Aníbal, comprometeu-se a conversar com a Agên-
cia Reguladora de Saneamento e Energia do Estado 
de São Paulo (Arsesp) e com a Petrobras. Na média 
nacional, o Brasil tem a quarta maior tarifa indus-
trial do mundo. Perde só para Alemanha, República 
Checa e Estônia. Também detém o maior preço en-
tre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). 
Enquanto no Brasil o gás custa US$ 16,8 (por milhão 
de BTU), na Índia custa US$ 5,2; na China, US$ 13,5; 
e na Rússia, US$ 3.
 Cobre atInge valor mínImo
Os contratos futuros do cobre recuaram para seu 
menor patamar em quatro meses, à medida que os 
investidores reduziram suas apostas em ativos sen-
síveis ao crescimento em reação aos temores de 
que o impasse político na Grécia poderá levar o país 
para uma saída turbulenta da zona do euro. A crise 
financeira na Europa deverá limitar o apetite já fraco 
do continente para o cobre e reduzir a demanda ao 
redor do mundo por meio da interrupção do fluxo 
do comércio internacional. O cobre subiu inicialmen-
te no comércio eletrônico durante a sessão asiática, 
um movimento que os traders atribuíram ao corte 
da taxa de depósito compulsório dos bancos em 0,5 
ponto porcentual, anúncio do Banco do Povo da Chi-
na (PBOC, em inglês) no fim de semana. No entan-
to, o metal apagou os ganhos antes da abertura dos 
mercados europeus. 
D
iv
u
lg
aç
ão
 demIssões na IndústrIa
Entre os 17 setores da indústria contemplados 
pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Sa-
lário (Pimes), 10 deles registraram redução do pes-
soal ocupado no primeiro trimestre deste ano, na 
comparação com igual período do ano passado. 
Desses, sete tinham registrado redução da produ-
ção física de acordo com o Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística (IBGE). As demissões no se-
tor têxtil representaram queda de 5,1% do pessoal 
ocupado no período e de 6,5% no setor de vestuá-
rio. Na mesma comparação, a produção física têx-
Revista do Aço • 5
6 • Revista do Aço 
 merCedes-benz Inaugura nova fábrICa 
em JuIz de fora 
A Mercedes-Benz inaugurou oficialmente a sua nova 
fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG). Esta 
unidade, que antes montava automóveis, recebeu 
investimentos de R$ 450 milhões, num projeto que 
consumiu 18 meses para adaptar a linha à produção 
de veículos pesados. A previsão da montadora é que 
sejam produzidos inicialmente 15 mil veículos por 
ano dos modelos Accelo, caminhão leve, e o extrape-
sado Actros, que atualmente é importado da Alema-
nha. A meta da empresa é ampliar gradativamente o 
índice de nacionalização do Actros e chegar em 2014 
com 72% de conteúdo de peças nacionais.
A unidade de Juiz de Fora é considerada pela mon-
tadora como uma das mais modernas fábricas de 
caminhões do mundo. As inovações vão desde a 
pintura de paredes, vigas e iluminação, para tornar 
o ambiente agradável aos funcionários, até a linha 
de produção mais eficiente e flexível, com estoques 
reduzidospara melhor controle de gastos e uso ade-
quado dos materiais.
 arCelormIttal ConfIrma prevIsão maIor 
de demanda
A ArcelorMittal con-
firmou sua expecta-
tiva para a demanda 
aparente por aço 
no mundo é de um 
crescimento entre 
4% e 4,5% em 2012. 
A siderúrgica prevê 
aumento de 5% na 
demanda da China, de 6,5% a 7% na dos Estados 
Unidos, Canadá e México, e queda de 1% a 2% na de-
manda da União Europeia. A previsão da companhia 
para a demanda aparente por aço é mais otimista do 
que a Associação Mundial do Aço (World Steel) em 
relação à China e ao mundo, e levemente mais pes-
simista em relação à União Europeia. A World Steel, 
cujos membros respondem por quase 85% da pro-
dução global de aço, previu, no final do mês passado, 
uma alta de 3,6% na demanda global em 2012, e de 
4% para a China. A entidade estima queda de 1,2% 
para a demanda da União Europeia.
InCêndIo atInge alto-forno II da usImInas de Cubatão
Foram necessárias seis horas para controlar as chamas; causa ainda não foi identificada
Um incêndio de grandes proporções atingiu o alto-forno da Usiminas, na rodovia Don Domenico Rangoni, 
no Jardim das Indústrias, em Cubatão, litoral de São Paulo, no mês de maio. De acordo com o Corpo de Bom-
beiros de Cubatão, foram necessárias seis horas para controlar as chamas e a causa do incêndio ainda não foi 
identificada. A Brigada Militar de própria empresa tentou controlar a situação até que ativaram os agentes dos 
bombeiros para auxiliar no combate às chamas. Não houve feridos.
O alto-forno II da Usiminas de Cubatão, torre onde aconteceu o acidente, é um setor da empresa onde acontece 
o derretimento de metais com altas temperaturas e o auxilio de gases. Até o fechamento desta edição ainda 
não havia sido estimado o valor do prejuízo causado pelas chamas, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, 
toda a parte superior da torre foi consumida. O alto-forno 2 voltou a operar dois dias depois do incidente e a 
área afetada foi preservada para a apuração das causas do incêndio.
Os trabalhos da perícia técnica para descobrir as causas do grande incêndio que atingiu a chaminé do alto-for-
no 2 da Usiminas, em Cubatão, começaram dois dias depois. Técnicos da empresa iam avaliar os reais prejuízos 
e como vão fazer a reconstrução. 
Revista do Aço • 7
 estímulo à produção de máquInas
O governo oferecerá estímulos à indústria de 
bens de capital para produzir no Brasil má-
quinas e equipamentos que são importados 
atualmente. A lista dos produtos deve estar 
fechada em 60 dias. A seleção está sendo fei-
ta com base nos pedidos repetitivos dos cha-
mados ex-tarifários, que concedem redução 
de Imposto de Importação a bens de capital 
sem produção nacional. Os incentivos ainda 
serão definidos, mas já está certa a participa-
ção do Banco Nacional de Desenvolvimento 
Econômico e Social (BNDES) como financia-
dor dos projetos. O governo tem feito um 
esforço para reduzir importações em setores 
considerados chaves para a economia e para 
a geração de empregos no Brasil. Já foi anunciado, por exemplo, que o setor de autopeças também receberá 
estímulos para desenvolver a cadeia produtiva brasileira.
Desde 2011, o Ministério do Desenvolvimento iniciou um processo de transição nas análises dos pedidos das 
empresas para redução de Imposto de Importação em máquinas e equipamentos sem similar nacional e ligados 
a investimentos no Brasil. As mudanças causaram alguns atrasos nas autorizações de ex-tarifários. No primeiro tri-
mestre deste ano foram concedidos 233 ex-tarifários, com importações previstas de US$ 522 milhões. No mesmo 
período do ano passado, foram 670 liberações e importações de máquinas e equipamentos no valor de US$ 1,34 
bilhão. Desde outubro de 2011, o BNDES passou a integrar o comitê de análise de ex-tarifários. 
8 • Revista do Aço 
 alstom vaI forneCer equIpamentos para parques eólICos no brasIl
A Alstom fechou um contrato com a Odebrecht Energia para o for-
necimento de equipamentos para quatro parques eólicos no Sul 
do Brasil.
A Alstom vai fornecer, instalar e comissionar 40 aerogeradores 
do modelo ECO 122, que é apropriado para as condições de 
vento da região. O contrato foi assinado dentro do contexto do 
leilão de energia de reserva A-3. Os parques eólicos Corredor 
do Senandes II, III e IV, e Vento Aragano I, localizados no Esta-
do do Rio Grande do Sul, atingirão uma capacidade total de 
108 MW. Lançado em 2011, esse aerogerador de 2.7 MW tem o 
maior diâmetro de rotor dos diversos modelos de aerogerado-
res da plataforma ECO 100. Além dos aerogeradores, a Alstom 
será responsável pelo fornecimento e montagem dos sistemas 
elétricos e subestações de todo o complexo. Os aerogeradores 
serão montados na nova fábrica da Alstom no Estado da Bahia, 
inaugurada em novembro de 2011, que foi projetada para pro-
duzir os modelos mais modernos da nova linha. Os parques eó-
licos têm operação comercial programada para o final de 2013.
Todos os aerogeradores da linha Alstom têm concepção téc-
nica denominada Alstom Pure Torquer, um projeto mecânico 
que protege o multiplicador e demais componentes ativos de 
receber esforços excepcionais oriundos da estrutura do aeroge-
rador. A Alstom está no Brasil há mais de 55 anos e instalou quase 40% dos equipamentos do mercado de 
geração de energia elétrica do País. Desde 2010, a Alstom foi escolhida para fornecer em torno de 400 MW 
em três projetos eólicos.
 thyssenKrupp estuda vender 
usInas no brasIl e nos eua
Notícia divulgada pela agência de notícia Reuters 
dão conta de que a ThyssenKrupp, maior produtora 
de aço da Alemanha, pode vender suas usinas no Rio 
de Janeiro e no Alabama, avaliadas em 7 bilhões de 
euros (9 bilhões de dólares), em decorrência de es-
touro de orçamentos de implantação e atrasos das 
unidades. 
 volKswagen Comemora 20 mI de Carros 
produzIdos no brasIl 
Em maio, a Volkswagen atingiu a marca 
de 20 milhões de veículos produzidos 
no Brasil. A montadora alemã fabrica 
carros no País desde 1953 e exporta 
modelos desde 1970. Na época, aliás, 
a Volks acumulou 1 milhão de unidades fabricadas. 
As 10 milhões de unidades produzidas foram come-
moradas em 1994. De acordo com dados da própria 
marca, 20 milhões de veículos equivalem a quase 
toda a frota de veículos somada da Holanda, Bélgica, 
Suíça e Suécia. Os 10 modelos mais produzidos no 
Brasil pela Volks foram o Gol, com 6,9 milhões, o Fus-
ca, com 3,1 milhões, e a Kombi, com 1,520 milhão. 
No acumulado de vendas de 2012, segunda a Fe-
deração Nacional da Distribuição de Veículos Auto-
motores (Fenabrave) a fabricante emplacou 210.712 
unidades de janeiro a abril. No quarto mês do ano 
foram 50.932 novas unidades comercializadas.
Revista do Aço • 9
Para ajudar a esclarecer dúvidas sobre o uso de serras e máquinas de serrar, a revista do aço foi procurar a 
Sul Corte, empresa especializada no corte de metais e hoje 
fabrica lâminas de serra circular de aço rápido, metal duro e 
cermet e que fornece para diversos setores como metal me-
cânico, aeroespacial, agrícola gás e petróleo, entre outros. 
São três unidades: a matriz em Caxias do Sul (SC), Joinvil-
le (SC) e uma unidade em Valinhos, interior de São Paulo. 
Acompanhe as dúvidas respondidas pelo engenheiro Fer-
nando Spanholi Teles, gerente técnico da empresa. 
Processo de corte de metais 
por serra fita e serra circular
Qual a melhor máQuina? 
Qual a diferença entre os cortes? 
É possível cortar QualQuer material? como escolher uma boa máQuina?
orientação
1 - quais são os principais tipos de serras e máquinas 
para serrar? quais são as características de cada 
uma delas?
Existem basicamente dois processos de corte com 
serras, um com serra de fita e outro que faz uso de 
serra circular, ambas com dentes em sua extremi-
dade. O processo com serra fita é mais abrangente,enquanto o processo com serra circular é mais espe-
cífico. As máquinas podem ser manuais, semiautomá-
ticas ou automáticas.
10 • Revista do Aço 
Revista do Aço • 11
2 - quais são as aplicações mais 
frequentes de cada tipo de ser-
ra e máquina?
Tanto o processo com serra de fita 
quanto o de serra circular não pos-
suem restrição quanto a aplicação. 
Eles podem ser aplicados para mate-
rial metálico, não metálico, polímeros, 
madeira, borracha etc., porém o que 
diferencia muitas vezes um processo 
do outro, é a dimensão do material 
cortado, a velocidade de corte e o 
acabamento superficial que se dese-
ja. Normalmente o processo de serra 
fita é usado para grandes seções de 
corte, mas é um processo onde a ve-
locidade e o acabamento superficial 
não são tão bons; enquanto o proces-
so de serra circular geralmente é para 
seções pequenas e médias, porém a 
velocidade de corte e o acabamento 
superficial são melhores.
3 - quanto ao material utilizado na 
fabricação da serra (aço carbono, 
metal duro etc.) qual é a diferença 
entre eles? em quais aplicações 
devemos utilizar serras de aço 
carbono e em quais devemos uti-
lizar de metal duro, etc.?
As serras de fita podem aparecer 
de três formas: serras fita de aço car-
bono, aço rápido e metal duro. A apli-
cação varia de acordo com a dificulda-
de de corte que o material a ser cor-
tado apresenta, serras de aço carbono 
são aplicadas para materiais de fácil 
corte, por exemplo, plásticos, madeira 
etc. Serras de aço rápido são aplicadas 
para materiais não ferrosos e aços em 
geral, como alumínio, cobre, latão, 
aços carbono, aços ferramenta, etc., 
já as serras de fita de metal duro são 
aplicadas para estes mesmos mate-
riais, porém com uma velocidade de 
corte muito superior, mas para isso é 
necessário ter um equipamento ade-
quado para o uso deste tipo de serra.
As serras circulares podem apare-
cer também de três formas: aço rápi-
do, metal duro e cermet. A primeira é 
uma tecnologia mais antiga e é utili-
zada principalmente para cortes de 
tubos, mas também pode ser utiliza-
do para seções maciças. Ultimamente 
as serras de metal duro e cermet ocu-
pam este espaço por proporcionarem 
um corte mais rápido e possuírem 
uma vida mais alta.
4 - o que deve ser observado para 
se fazer uma escolha adequada 
da serra em função da operação 
que se deseja realizar ou mate-
rial a ser cortado?
Existem algumas perguntas bá-
sicas que precisam ser feitas ao usu-
ário de serras para identificar qual o 
processo mais adequado. Deve-se 
perguntar, por exemplo:
• Qual o tipo do material que será 
cortado?
• Qual a dimensão deste material?
• Qual a variação das seções de 
corte que deve ser seguida?
• Qual a demanda diária, mensal 
ou anual de cortes? 
orientação
12 • Revista do Aço 
• Existe a necessidade de um bom 
acabamento superficial ou não?
Com isso é possível identificar 
qual o melhor processo a ser utiliza-
do e identificar o tipo de ferramenta 
a ser aplicada.
Para grandes seções, o processo 
mais adequado é serra de fita, já que 
o limitante é a ferramenta e é difícil 
construir serras circular de grandes 
diâmetros. Para pequenas seções, 
até 150 mm o ideal é o processo com 
serras circulares onde estes são mais 
rápidos e econômicos.
5 - Como são diferenciadas as ser-
ras quanto à geometria dos 
dentes em função do material a 
ser cortado?
A geometria de corte tanto no 
processo com serra de fita quanto 
na serra circular, variam de acordo 
com o material a ser cortado, ou seja, 
conforme sua usinabilidade, sua ca-
racterística de formação de cavaco, 
formato etc. Para cada tipo ou família 
de materiais são construídas serras 
com geometrias específicas.
6 - o que deve ser observado na es-
colha dos parâmetros de corte 
de máquinas para serrar?
Os parâmetros assim como a ge-
ometria, também variam de acordo 
com o material a ser cortado, normal-
mente quanto mais difícil de cortar 
é o material, mais lento é o corte e 
quanto mais fácil de cortar é o mate-
rial, mais rápido é o processo de corte. 
7 - quais os principais ajustes a se-
rem feitos quando se corta um 
material pastoso como o alumí-
nio, duro como o aço ou abrasi-
vo como a madeira?
Materiais como o alumínio pe-
dem ferramentas e parâmetros espe-
cíficos, geralmente são usadas técni-
cas de quebra cavacos, parâmetros 
ComparatIvo serra CIrCular X serra fIta
Segue abaixo comparativo entre serra circular X serra fita, para o corte de um material de Ø 38,1 SAE 1045.
serra CIrCular p -100 b serra fIta 
Tempo de corte (s) 7 20
Vida estimada da lâmina (cm²) ~ 300000 a 350000 ~ 45000 a 60000
Precisão comprim. (mm) 0,1 0,3
Dimensões da lâmina Ø 360 mm x 80z 34 mm x 3,92 m
Custo médio da ferramenta R$ 850,00 R$ 160,00
Custo médio por corte R$ 0,03 R$ 0,03
Produtividade por hora (peca c/ 50 mm comp.) ~ 360 peças ~ 140 peças
e lubrificantes para lidar com estas 
características.
8 - o que deve ser observado para 
se fazer uma escolha adequada 
de uma máquina para serrar? 
o que é mais importante: esta-
bilidade, rotações por minuto 
(rpm) ou potência?
Em ambos os casos, é importan-
te ter uma máquina bem dimen-
sionadas para o processo de corte, 
muitas vezes até superdimensiona-
da dependendo do caso. A rigidez 
do equipamento é um dos pontos 
mais importantes, pois para a ferra-
menta, este ponto é fundamental 
para que esta seja aproveitada da 
melhor forma possível.
9 - apesar de parecer uma ope-
ração relativamente simples, 
há alguns cuidados especiais 
que possam garantir uma 
boa operação de corte com 
serra? 
O processo de corte é uma arte, 
pois envolve muitas variáveis, como 
por exemplo, parâmetros de corte 
adequados, ferramenta adequada 
para o material a ser cortado, uma 
máquina bem construída e rígida, 
controle adequado dos parâmetros, 
lubrificação do corte etc.
10 - existem máquinas de serrar a 
Comando numérico Computa-
dorizado (CnC)?
Sim, nos dois processos.
 11- quais são as principais novi-
dades neste mercado? e ten-
dências?
As novidades deste mercado 
tanto para ambas as serras, são 
equipamentos e serras que possi-
bilitam um corte mais rápido, um 
exemplo em serras de fita é a fabri-
cação de equipamentos específicos 
para a utilização de serras de metal 
duro, e nas serras circulares é tam-
bém a utilização de ferramentas de 
metal duro e cermet. A tendência 
é que em um médio prazo, os pro-
cessos atuais principalmente com 
ferramentas de aço rápido, migrem 
para ferramentas mais produtivas, 
como ocorreu com as ferramentas 
de usinagem.
orientação
O setor de máquinas agrícolas é muito impor-tante na cadeia econômica nacional, afinal 
a agricultura ainda tem um peso importante na eco-
nomia brasileira. São equipamentos modernos que 
facilitam a vida do agricultor tanto no plantio como 
na colheita dos produtos. Como não poderia deixar de 
ser, o segmento de maquinário agrícola acompanhou 
o setor e cresceu apresentando novas opções e estilos 
de equipamentos que buscam atender as necessida-
des dos produtores.
O presidente da Câmara Setorial de Máquina e Im-
plementos Agrícolas, da Abimaq, Celso Casale, acredita 
Máquinas 
agrícolas: 
tecnologia e 
rentabilidade
setor apresenta recuperação, mas a 
expectativa É de Que os resultados sejam 
melhores para 2012
Isabel Melo
Imagens: sxc.hu e divulgação
equipamentos
14 • Revista do Aço 
Revista do Aço • 15
em aumento das vendas deaté 15% 
para esse ano. “Os preços de commo-
dities continuam a oferecer ótimo re-
torno ao produtor, assim ele se sente 
estimulado a manter o investimento. 
Segundo pesquisas oficiais, o uso de 
equipamentos contribuiu para a me-
lhora da produtividade no campo”, 
ressalta. Ele reforça que o panora-
ma é favorável ao produtor rural se 
forem mantidas as atuais linhas de 
crédito e também disponibilidade de 
recursos para a compra de máquinas 
e implementos agrícolas.
Já com relação às exportações 
de 2011, estimadas em US$ 1 bi-
lhão, o dirigente demonstra cau-
tela. Enquanto as vendas externas 
avançam a passos mais lentos (es-
tima-se um acréscimo de 21% com 
relação a 2010), as importações ca- Maiores Informações: 
(11) 3763-6270 / 3763-6271 
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INSPEÇÃO DE SOLDA
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minham a passos largos: no mesmo 
período, contabilizaram um aumen-
to de 47%. Para Casale, a taxa atual 
do câmbio e o “custo Brasil” são os 
principais fatores que favorecem as 
vendas externas. “Acreditamos que 
a elevação da taxa de importação 
– da média atual (14%) para 35% - 
para as máquinas e equipamentos 
agrícolas é importante para igualar 
a tributação entre produtos brasi-
leiros e estrangeiros.”, afirma. 
Principal vitrine de tecnologia 
de máquinas agrícolas, a 19ª Feira 
Internacional de Tecnologia Agrí-
cola em Ação, conhecida como 
equipamentos
Agrishow, aconteceu de 30 de abril 
a 4 de maio, em Ribeirão Preto (SP). 
Nos quatro dias do evento, os orga-
nizadores acreditam num volume 
de negócios de R$ 2 bilhões em ra-
zão de aumento nas empresas parti-
cipantes (780, nesta edição), dentre 
outros fatores. O setor de máquinas 
agrícolas movimentou R$ 10 bilhões 
em 2011, segundo dados da Asso-
ciação Brasileira da Indústria de Má-
quinas e Equipamentos (Abimaq). 
Isto representa um crescimento 
aproximado de 31%, em compara-
ção ao ano anterior. 
equipamentos
O desenvolvimento dos equi-
pamentos agrícolas ilustra a impor-
tância de um setor que apresentou 
acréscimo na oferta de empregos 
(de 47,6 mil vagas para 54,8 mil, em 
2011) e do nível de capacidade ins-
talada (aumento de 13%). É neste 
cenário que podemos situar exem-
plos como a Case Construction Equi-
pment. Presente no Brasil há 90 anos, 
a empresa norte-americana apresen-
tou, nesta Agrishow, a carregadeira 
721E versão canavieira. Com o objeti-
vo de reduzir o número de paradas e 
facilitar a limpeza, a máquina possui 
pré-filtro de ar ciclônico para o mo-
tor e ar condicionado, tela protetora 
no alternador e ventilador reversível 
de ar. Assim, assegura o aumento da 
produtividade no carregamento de 
bagaço de cana. Segundo o diretor 
geral da Case para a América Latina, 
equipamentos
16 • Revista do Aço 
Revista do Aço • 17
Roque Reis, as vendas em 2011 fo-
ram cerca de 30% maiores no com-
parativo com 2010. “As máquinas de 
construção são usadas na infraestru-
tura das fazendas e usinas, em servi-
ços gerais, carregamento de grãos, 
movimentação de bagaço de cana-
-de-açúcar, insumos e muitas outras 
aplicações”, ressalta. 
Também de olho na rentabili-
dade do produtor, a Agro Industrial 
Hennipman Ltd. divulgou sua plan-
tadeira de batatas de quatro linhas 
para plantio após adubação. O mo-
delo conta com um sistema de roda-
gem inovador que permite controle 
exato da profundidade da semente, 
mesmo com a carga total de semen-
tes, sem precisar de torque elevado 
para sua tração, o que resulta em alto 
rendimento. 
Fabricantes importantes como 
Massey Ferguson já registram rea-
ção nas vendas no mercado inter-
no: no primeiro bimestre de 2012, 
já comercializou no país 24 tratores 
acima de 200 cv, o dobro da quanti-
dade vendida no mesmo período do 
ano passado. 
Outra empresa que esteve presen-
te foi a fabricante de tratores e micro-
tratores, Agritech que fez demonstra-
ções de campo. Foram apresentadas 
máquinas estacionárias, para plantio, 
pulverização e colheita, além do uso 
específico na horticultura. 
Muitas empresas participaram da 
feira que aconteceu em Ribeirão Pre-
to e que, tradicionalmente, é um ter-
mômetro para os negócios do setor, 
além de vitrine de lançamentos para 
máquinas agrícolas.
equipamentos
18 • Revista do Aço 
Os impactos da 
desindustrialização na 
estratégia das empresas 
sondagem com 
executivos mostra 
Que desindustrialização 
influencia na gestão 
dos negócios
Redação
Imagens: divulgação
O Instituto de Marketing Industrial fez uma pes-
quisa com líderes de empresas de 
15 setores do B2B que participa-
ram da Usina do Conhecimento, 
na sede da Escola de Marketing In-
dustrial (EMI), foram 37 presiden-
tes de empresas de diversos seto-
res: fabricantes de máquinas agrí-
colas e pesadas para construção, 
do setor gráfico, de automação 
industrial, energia limpa, transfor-
mação de plástico, metalúrgica, 
celulose e papel, cerâmica, têxtil, 
TI para meios de pagamento, bio-
tecnologia, alumínio, saúde e co-
municação. A pesquisa apontou 
formas para lidar com as oportuni-
dades e os desafios relacionados à 
perda de competitividade. 
 A Usina do Conhecimento é pro-
movida a cada dois meses pelo Ins-
tituto de Marketing Industrial. É um 
encontro em que lideranças empre-
PesquisA
sx
C
.h
u
Revista do Aço • 19
sariais debatem oportunidades e de-
safios nas relações do mundo B2B e 
busca apontar coisas novas por meio 
de depoimentos e conversas entre lí-
deres e gestores das companhias.
A sondagem feita com executi-
vos mostrou que o processo cres-
cente de desindustrialização no Bra-
sil vem se acentuando, com impac-
to na gestão dos negócios desses 
executivos, na atividade dos seus 
fornecedores e, principalmente, nas 
relações entre as empresas. Foram 
considerados três eixos relevantes 
para a competitividade da indústria 
brasileira: a liderança tecnológica, a 
eficiência operacional e a intimida-
de com os clientes. Foram ouvidos 
líderes e gestores de fabricantes de 
máquinas agrícolas e pesadas para 
construção, do setor gráfico, de au-
tomação industrial, energia limpa, 
transformação de plástico, meta-
lúrgica, celulose e papel, cerâmica, 
têxtil, TI para meios de pagamento, 
biotecnologia, alumínio, saúde e co-
municação.
 As empresas brasileiras, segun-
do mostra a pesquisa realizada pelo 
Instituto de Marketing Industrial, 
consideram-se bem posicionadas 
em relação ao domínio tecnológi-
co e às relações com os clientes. Em 
contrapartida, estão perdendo em 
eficiência operacional, principal-
mente devido às questões internas 
do País. Entre os líderes presentes, 
66% apontaram a diminuição da 
eficiência operacional como um 
entrave competitivo. Já o domínio 
da tecnologia é um ponto forte da 
indústria brasileira: apenas 14% das 
lideranças ouvidas creditam algum 
impacto da desindustrialização à 
falta de inovação e de conhecimen-
to tecnológico.
Outro aspecto positivo da in-
dústria brasileira, para fazerfrente à 
ALTA PRECISÃO E QUALIDADE
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pesquisa
20 • Revista do Aço 
concorrência dominante da China e 
aos problemas relacionados à falta 
de infraestrutura e ao elevado cus-
to Brasil, tem sido o fortalecimento 
das relações com os clientes. Segun-
do 86% dos líderes entrevistados, a 
intimidade com o cliente aparece 
como uma vantagem da indústria 
em um cenário de menor eficiência 
operacional.
“A sondagem deixa claro que a 
maioria dos entrevistados considera 
a indústria brasileira moderna e efi-
caz, e o que precisa ser equaciona-
do, para manter a competitividade 
com o cenário externo, são ques-
tões internas, como infraestrutura 
deficitária, alta carga tributária e bu-
rocracia”, observa José Carlos Teixei-
ra Moreira, presidente do Instituto 
de Marketing Industrial e da Escola 
de Marketing Industrial. O proces-
so de desindustrialização, portanto, 
não é visto como resultado apenas 
da concorrência chinesa, mas prin-
cipalmente de outras causas pro-
fundas e complexas, como questões 
microeconômicas internas, sistema 
tributário, regras salariais e custos 
de logística.
 Teixeira Moreira ressalta que os 
resultados da pesquisa são muito 
relevantes pelo fato de ter sido re-
alizada com quem dirige as com-
panhias. Ele explica que a Usina do 
Conhecimento “fornece pistas sobre 
a atuação das empresas do B2B, e é 
palco de pesquisas que aliam evi-
dências e constatações, sendo que 
as primeiras podem ser quantifi-
cadas, ao passo que as evidências 
regem o comportamento dos ges-
tores de primeira linha”. Trata-se, 
portanto, de uma mostra de alta 
qualidade dos impactos no mundo 
dos negócios que exigem mudan-
ças estratégicas.
Em relação às estratégias que 
as empresas estão adotando nesse 
cenário, o presidente do Instituto 
e da Escola de Marketing Industrial 
observa que é preciso habilidade 
pesquisa
José Carlos Teixeira Moreira, presidente 
do Instituto de Marketing Industrial
para definir como se posicionar. Ele 
aponta duas possibilidades: o curto 
caminho longo, que é a habilidade 
de as empresas, diante de contin-
gências, tratarem ações imediatas 
em busca de resultados prelimina-
res, e o longo caminho curto, tratan-
do das causas mais profundas dos 
desconfortos econômicos e sociais 
das empresas, buscando criar defe-
sas que protejam a organização de 
choques futuros.
 “Conhecer as necessidades lo-
cais e dos clientes, ofertando não 
só componentes, mas soluções sob 
medida, por exemplo, é uma forma 
de neutralizar a concorrência exter-
na sem entrar em disputa de preço”, 
acrescenta Teixeira Moreira. Empre-
sas do setor de automação indus-
trial e de máquinas para construção 
pesada estão entre as que optaram 
por esse caminho para assegurar 
seu diferencial competitivo.
 O consultor budista Phil Gold, 
que também participou da Usina 
do Conhecimento, observou que o 
caminho da habilidade, para alcan-
çar o equilíbrio competitivo, requer 
atenção plena, concentração no 
foco das mudanças e energia para 
compartilhar. 
desindustrialização 
tem impacto 
nas relações 
entre as empresas
pesquisa
22 • Revista do Aço 
Em palestra promovida pela Cámara Oficial Española de 
Comercio en Brasil, em São Paulo, 
o presidente do Banco Nacional 
de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), Luciano Coutinho, 
afirmou que “o investimento será a 
alavanca de recuperação do cresci-
mento do País” e que as empresas 
espanholas podem ser uma mola 
auxiliar na propulsão de investimen-
tos estrangeiros nos próximos anos. 
Atualmente, segundo o presi-
dente do BNDES, o País hoje tem 
grandes desafios e oportunidades 
extraordinárias. “É preciso aumentar 
BNDES defende investimento 
para incentivar o crescimento
para luciano coutinho, empresas espanholas podem ser uma mola 
auxiliar na propulsão de investimentos estrangeiros nos próximos anos
Imagens: divulgação
Luciano Coutinho (direita), presidente do BNDEs
investimento
sx
C
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u
Revista do Aço • 23
a produtividade geral da economia 
e criar capacidade produtiva susten-
tável”, disse. Ele destacou os setores 
de energia, petróleo e gás, de in-
fraestrutura logística, construção e 
telecomunicações como áreas fun-
damentais para incentivar o inves-
timento.
Ele destacou também a impor-
tância de aumentar a competitivida-
de dos portos, da rede ferroviária e 
das estradas, por meio de mecanis-
mos de atração do setor privado por 
meio de concessões ou com proje-
tos do tipo greenfield.
“Vejo a presença ativa de empre-
sas espanholas em todos os segmen-
tos que serão alavancados nos pró-
ximos anos: infraestrutura, energia, 
telecomunicações, habitação e cons-
trução”, afirmou Coutinho. Segundo 
ele, investimentos nestas áreas irão 
criar um segundo grande ciclo de in-
vestimentos espanhóis no país.
O presidente da Cámara Oficial 
Española de Comercio en Brasil, An-
tonio Carlos Valente, afirmou só nos 
ultimo cinco anos o país recebeu 
mais de R$ 10 bilhões de investi-
mentos espanhóis. “No ano de 2000, 
por exemplo, as empresas espanho-
las foram as maiores investidoras es-
trangeiras no País”, disse.
Antonio Carlos Valente (esquerda), Maria Luisa Castelo Marin (centro) e Luciano Couti-
nho (direita)
investimento 
ajuda na 
recuperação do 
crescimento 
do país
investimento
Aço
 ganha espaço na 
construção civil
conheça a importância e as vantagens do material, principalmente 
em substituição a elementos convencionais como o concreto
Carlos Alberto Pacheco
Imagens: divulgação e sxc.hu
24 • Revista do Aço 
Revista do Aço • 25
Um grande aliado na construção civil. Ou o prin-cipal deles. Enfim, ao longo das últimas déca-
das o aço vem provando porque é indispensável no pro-
jeto de empreendimentos industriais, sejam eles quais 
forem. Suas características físicas, químicas e mecânicas 
tornam o material peça-chave no processo construtivo. 
O aço de alta resistência possui algumas virtudes num 
canteiro de obras que precisam ser consideradas, entre 
as quais flexibilidade, compatibilidade com outros com-
ponentes e redução no custo das fundações.
Há uma definição clássica para o uso aço na cons-
trução (embora existam muitas outras) de autoria do 
mestre e engenheiro metalurgista Willy Ank de Morais: 
“O aço é o metal com maior histórico tecnológico de 
produção, sendo que o processo apresenta um alto de-
sempenho e menor consumo de energia”. Só por essa 
definição já é possível imaginar as possibilidades que se 
abrem em casos de adaptações, ampliações, reformas e 
mudança de ocupação de edifícios, por exemplo. O uso 
do material, contudo, deve obedecer a determinados 
critérios técnicos sob pena de haver imprecisõesem 
termos de engenharia. Há um consenso das inúmeras 
vantagens do aço e também porque, hoje, ele é plena-
mente reciclável e menos agressivo ao meio ambiente. 
26 • Revista do Aço 
cAPA
Já se sabe inclusive que o segmen-
to da construção civil é considerado o 
maior mercado para o aço e, segundo 
dados do Centro de Informação Me-
tal Mecânica, a construção já perfaz 
um total de 30% de vendas ao redor 
do mundo, “um volume equivalente 
a 300 milhões de toneladas por ano”. 
Esse número deverá crescer nos pró-
ximos anos, pois os fabricantes enxer-
gam no material uma excelente opor-
tunidade para firmar negócios. 
Em 2005, entre os 17 maiores 
produtores de aço no mundo, o Bra-
sil ocupava o nono lugar, com pouco 
mais de 20 milhões de toneladas. Seis 
anos depois – 2011 – o consumo de 
produtos siderúrgicos bateu a casa 
dos 25 milhões de toneladas, 4,1% a 
menos que 2010 (algo em torno de 
26 milhões). Na escala planetária, o 
País continua em nono lugar na pro-
dução, muito distante da Índia, que 
ocupa a quarta colocação, devendo 
chegar ao segundo posto em 2013. A 
China é o maior produtor do planeta, 
com o montante de 695,5 milhões de 
toneladas de aço bruto.
No contexto do consumo se-
torial, as informações não são 
precisas e até divergentes. Con-
tudo, estima-se que o segmento 
da construção civil deva ter cres-
cido 15% no último ano. De acor-
do com levantamento do Centro 
Brasileiro da Construção em Aço 
(CBCA), a composição do consu-
mo de aço em 2011 foi de 55% - 
produtos de aços planos (chapas e 
bobinas) e 45% de produtos aços 
longos (vergalhões, perfis, barras, 
fio-máquina).
Obra de Estrutura Metálica - Faculdade universidade em santo André.
D
is
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r
Revista do Aço • 27
Falta mão de obra
Criada com o objetivo de pro-
mover e desenvolver o mercado da 
construção metálica no País, por 
meio de programas de qualidade, 
normalização e educação, a Associa-
ção Brasileira da Construção Metálica 
(Abcem) promove cursos de interes-
se dos fabricantes e profissionais da 
área. A entidade tem feito uma alerta 
constante nos diversos eventos que 
participa: falta mão de obra espe-
cializada nos projetos. Em outras 
palavras: os engenheiros entendem 
muito de concreto e pouco sobre es-
truturas metálicas. O presidente da 
Abcem, Luiz Carlos Caggiano Santos, 
chegou a afirmar para a revista Gran-
des Construções que a entidade tem 
procurado “levar a informação sobre 
a tecnologia para as universidades” 
e tentar suprir essa lacuna. Há um 
consenso de que empreendedores e 
construtoras desconhecem as vanta-
gens do aço em obras civis.
Há um fator histórico que pesa 
nesse desconhecimento. Até mea-
dos dos anos 80, os profissionais da 
área mal dominavam as técnicas de 
uso de estruturas metálicas. 
Luiz Carlos Caggiano santos, presidente 
da Abcem
cAPA
Arquitetos e engenheiros não 
concebiam a adoção de um novo 
processo construtivo em prédios, 
edifícios, pontes, viadutos ou mes-
mo em residências. Há uma tese 
corrente no setor que explica essa 
situação – a falta de produtos side-
rúrgicos na época aliada ao uso dis-
seminado de mão de obra barata na 
construção civil brasileira teria pro-
piciado ao concreto a hegemonia 
industrial durante anos a fio.
A educação, de fato, pode ser 
a melhor opção para suprir a falta 
de mão de obra especializada. A 
exemplo da Abcem, o CBCA, criado 
em 2002, também promove vários 
eventos com o objetivo de promo-
ver a construção do aço. “A entidade, 
como centro de estudos e tecnolo-
gia, promove a difusão das compe-
tências técnica e empresarial para 
a construção em aço assim como 
colabora com os trabalhos das enti-
dades existentes”, ressalta a direto-
ra do CBCA, Catia Mac Cord. Sob a 
forma de consórcio, o Centro tem o 
Instituto Aço Brasil como gestor. 
Catia Mac Cord, CBCA
cAPA
28 • Revista do Aço 
Revista do Aço • 29
o aço e suas 
inúmeras possibilidades
Nos sistemas de construção em 
aço, técnicos empregam perfis lami-
nados em diferentes seções e tubos 
de seção circular ou quadrada. “Há 
grande variedade de alternativas 
oferecidas pelos perfis soldados e os 
formados a frio obtidos a partir de 
produtos planos”, observa Cátia, da 
CBCA. Nos sistemas de construção 
convencional são empregados ver-
galhões, barras, telas e treliças.
Segundo a diretora, novas possi-
bilidades construtivas estão sendo 
instaladas no Brasil. As opções vão 
desde estrutura moldada in loco, 
metálica, pré-moldada em concre-
to, metálica com pilar misto e com 
pilar pré-moldado, até o light steel 
framing. Para o futuro há desafios 
considerados “promissores”: o uso 
de aços com limite de escoamento 
de 460 MPa, ligações semirrígidas 
(aço, mistas e combinadas), vigas, 
treliças e vigas alveolares do tipo hí-
bridas, construção mista com aço e 
elastômero.
“A construção em aço pode ser 
utilizada em qualquer tipo de imó-
vel, desde um projeto simples até o 
aços estruturais
O aço é a mais versátil é a mais importante das ligas metálicas. Produzido em uma grande variedade de tipos e formas 
para atender as mais diversas aplicações. Esta variedade mostra a contínua adequação do produto às exigências de 
aplicações específicas que vão surgindo no mercado, seja pelo controle da composição química, seja pela garantia de 
propriedades específicas ou, ainda, na forma final (chapas, perfis, tubos, barras etc.).
São mais de 3.500 tipos diferentes de aços e cerca de 75% deles foram desenvolvidos nos últimos 20 anos. Isso mostra 
a grande evolução que o setor tem experimentado.
Os aços-carbono possuem em sua composição apenas quantidades limitadas dos elementos químicos carbono, 
silício, manganês, enxofre e fósforo. Outros elementos químicos existem apenas em quantidades residuais.
A quantidade de carbono presente no aço define sua classificação. Os aços de baixo carbono possuem um máximo 
de 0,3% deste elemento e apresentam grande ductilidade. São bons para o trabalho mecânico e soldagem, não 
sendo temperáveis, utilizados na construção de edifícios, pontes, navios, automóveis, dentre outros usos. Os aços de 
médio carbono possuem de 0,3% a 0,6% de carbono e são utilizados em engrenagens, bielas e outros componentes 
mecânicos. São aços que, temperados e revenidos, atingem boa tenacidade e resistência. Aços de alto carbono 
possuem mais do que 0,6% de carbono e apresentam elevada dureza e resistência após têmpera. São comumente 
utilizados em trilhos, molas, engrenagens, componentes agrícolas sujeitos ao desgaste, pequenas ferramentas etc.
Na construção civil, o interesse maior recai sobre os chamados aços estruturais de média e alta resistência mecânica, 
termo designativo de todos os aços que, devido à sua resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados 
para a utilização em elementos da construção sujeitos a carregamento. Os principais requisitos para os aços destinados 
à aplicação estrutural são: elevada tensão de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade 
microestrutural, susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento e boa trabalhabilidade em operações tais 
como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos.
Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço
cAPA
30 • Revista do Aço 
mais elaborado”, esclarece a direto-
ra. Ela explica que o sistema em es-
trutura metálica é mais rápido e tem 
menor impacto no canteiro compa-
rado àconstrução tradicional, pois 
seus componentes saem da fábrica 
para a obra onde a montagem é fei-
ta. “Em função da maior velocidade 
de execução da obra, haverá ganho 
adicional pela ocupação antecipa-
da do imóvel e pela rapidez no re-
torno do capital investido”, destaca. 
Há outras vantagens também. “O 
tempo economizado permite a re-
dução de custos de financiamento 
e despesas relacionadas a reparos e 
reclamações que poderiam vir a ser 
considerados quando do cálculo do 
custo total da operação”.
Além disso, de acordo com a 
análise de Cátia, o aço garante pre-
cisão de medidas, propiciando uma 
obra aprumada e nivelada, o que fa-
cilita a inserção dos demais compo-
nentes da construção. Dependendo 
do sistema adotado, o metal pode 
atender aos vários tipos de terrenos 
com desníveis. O que evitaria gastos 
com grandes movimentos de terra e 
aterros, “portanto com pouca inter-
venção na natureza”. Já nos grandes 
centros urbanos onde os moradores 
encontram que ajuda a reduzir a al-
tos índices de congestionamento e 
dificuldade de mobilidade, a direto-
ra lembra que a movimentação de 
carga é menor, o que ajuda a reduzir 
a emissão de gás carbônico. 
produto indispensável no canteiro
Veja quais são as vantagens e os benefícios do uso do aço na construção civil:
Oferece reabilitação e utilização para construção de áreas anteriormente consideradas ruins ou inadequadas 
para suportar edificações convencionais. 
É 100% reciclável e ecoeficiente em seu processo produtivo. 
A rapidez no processo de montagem e na execução da obra torna menores os prazos de entrega. 
Mais leves, as estruturas em aço podem reduzir em até 30% o custo das fundações e ainda tornar viável o uso 
de solos com baixa capacidade de carga.
Agilidade de execução e facilidade de montagem. Facilidade na instalação e manutenção dos sistemas 
prediais. Sistema aberto que aceita vários tipos de acabamentos.
Ótimo desempenho termo-acústico.
Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada 
do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido.
As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, 
resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante 
principalmente em garagens.
PRODUÇÃO SIDERÚRGICA BRASILEIRA
12/11 JAN FEV 12/11 ÚLTIMOS
2012(*) 2011 (%) 2012 2012 2012(*) 2011 (%) 12 MESES
AÇO BRUTO 8.694,1 8.488,9 2,4 2.811,1 2.778,1 3.104,9 3.037,9 2,2 35.425,3
LAMINADOS 6.500,3 6.308,2 3,0 2.042,8 2.092,0 2.365,5 2.287,2 3,4 25.432,0
 PLANOS 3.809,8 3.662,7 4,0 1.176,5 1.210,1 1.423,2 1.319,1 7,9 14.412,0
 LONGOS 2.690,5 2.645,5 1,7 866,3 881,9 942,3 968,1 ( 2,7) 11.020,0
SEMI-ACABADOS P/VENDAS 1.852,6 1.711,3 8,3 659,6 513,7 679,3 678,9 0,1 8.179,1
 PLACAS 1.523,4 1.407,3 8,2 556,3 407,2 559,9 579,8 ( 3,4) 6.861,3
 LINGOTES, BLOCOS E TARUGOS 329,2 304,0 8,3 103,3 106,5 119,4 99,1 20,5 1.317,8
FERRO-GUSA (Usinas Integradas) 6.750,7 6.673,5 1,2 2.215,2 2.127,1 2.408,4 2.358,9 2,1 27.668,0
(*) Dados Preliminares.
Fonte: Aço Brasil
Unid.: 10 3 t
PRODUTOS
JAN/MAR MARÇO
produção sIderúrgICa brasIleIra 
unid.: 103 t
* Dados Preliminares
Fonte: Aço Brasil
cAPA
Revista do Aço • 31
ganho ambiental
Obras feitas em aço têm menor 
impacto sobre o meio ambiente em 
termos de uso de energia, consumo 
de matérias-primas, geração de de-
tritos e de impactos no canteiro de 
obras – resíduos, emissão de poeira, 
tráfico e ruídos sonoros. “O material 
economiza água, justamente no 
momento em que este recurso vem 
se tornando mais escasso”, reitera 
Catia Mac Cord. E mais: estruturas 
em aço consomem apenas 6,3% 
do ciclo de vida total da energia de 
uma residência, o restante sendo 
cAPA
32 • Revista do Aço 
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Revista do Aço • 33
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consumido para climatização e ilu-
minação. “Além disso, por exemplo, 
200 metros quadrados de uma casa 
com estrutura em aço podem gerar 
apenas um metro cúbico de resídu-
os recicláveis durante a construção”.
Na organização do canteiro, a 
organização é facilitada devido à 
inexistência de grandes depósitos 
de areia, brita, cimento, madeiras e 
ferragens. E como consequência, o 
desperdício sofre uma redução sen-
sível. A diretora enfatiza um detalhe 
importante. Evitar a geração de re-
síduos é mais importante do que a 
sua reutilização, pois seu processa-
mento exigirá transporte de saída 
e um transporte de entrada plena-
mente evitável e demanda energia 
de transformação. Dessa forma, o 
ambiente limpo oferece melhores 
condições de segurança ao traba-
lhador contribuindo para a redução 
dos acidentes de trabalho.
Quando se opta pelo aço em em-
preendimentos civis, há redução de 
até 40% no tempo da obra em rela-
ção aos processos convencionais, já 
que a montagem da estrutura é feita 
em paralelo às fundações, “permi-
tindo trabalhar em diversas frentes 
de serviços simultaneamente”. A di-
minuição de formas e escoramentos 
e o fato da estrutura ser menos afe-
tada pelas chuvas são outros fatores 
que contribuem para a redução.
Aço também ajuda na redução de resíduos da obra
cAPA
34 • Revista do Aço 
Uma demanda robusta, balan-ços financeiros fortes e um 
apetite por crescimento serão os res-
ponsáveis por um aumento do número 
de fusões e aquisições no setor global 
de mineração e metais em 2012, segun-
do avaliação do líder global de Transa-
ções em Mineração e Metais da Ernst & 
Young, Lee Downham. Para ele, o rela-
Consultoria aponta fusões 
e aquisições em mineração 
terão crescimento em 2012
relatório aponta crescimento das empresas de mineração e metais, mesmo diante 
das incertezas e volatilidade dos mercados
POR REDAçãO
tendênciA
sx
C
.h
utório anual Recognizing value in volatili-
ty, elaborado pela multinacional de au-
ditoria e consultoria, demonstra que as 
empresas do setor estão aprendendo 
a viver com a incerteza e posicionados 
para aproveitar as oportunidades. “A 
incerteza e a volatilidade global prova-
velmente continuarão durante o ano de 
2012, mas as companhias de mineração 
e metais têm um apetite para crescer e 
estão cada vez mais relutantes em pa-
ralisar seus planos de crescimento. Por 
isso, é provável que voltem a fazer ne-
gócios em 2012”, afirma. “Aquelas que 
conseguem trabalhar com volatilida-
de serão as grandes negociadoras em 
2012, e poderão encontrar verdadeiras 
oportunidades de compras.”
Revista do Aço • 35
O relatório da Ernst & Young mos-
tra que o total do valor de negócios 
globais em 2011 cresceu 43%, che-
gando a US$ 162,4 bilhões (compara-
do aos US$ 113,7 bilhões verificados 
em 2010), com transações de US$ 
1 bilhão ou mais respondendo por 
dois terços do total do negociado, 
impulsionados principalmente pela 
estratégia de consolidação domésti-
ca diante de sinergias identificadas. 
Mas se o valor das negociações cres-
ceu, o número de negócios em 2011 
caiu 10%, para 1.008 (comparado a 
1.123 negócios realizados em 2010), 
com reduzida disponibilidade de ca-
pital diminuindo a capacidade de ne-
gócios por parte de menores players.
Em relação ao valor de negócios, 
as operações de fusões e aquisições 
em 2011 foram dominadas pelos paí-
ses com o mercado de mineração de-
senvolvidos, especialmente EUA, Ca-
nadá e Austrália, com a consolidação 
de carvão e ouro como commodities 
principais. Em 2012, é provável que 
aconteçam movimentos de consoli-
dação doméstica.
No entanto, Lee Downham afirma 
que os números escondem a tendên-
cia de retorno dos países emergen-
tes e de países que fazem fronteira 
com as regiões de mineração bem 
desenvolvida, principalmente par-
tes da África, América do Sul e Ásia, 
por meio de acordos offtake ou par-
ticipações minoritárias em empresas 
listadas nas bolsas do Canadá e da 
Austrália com ativos nestas regiões.
“Esperamos que o número de ne-
gócios nos países vizinhos e nos emer-
gentes que possuem recursos de alta 
qualidade e regras de investimento 
estrangeiro amigáveis evoluam neste 
ano junto com o aumento do apeti-
te ao risco”, diz. “Esta mudança deve 
acontecer principalmente devido à 
disponibilidade cada vez menor de 
depósitos minerais de qualidade a 
preços razoáveis em países com mer-
cado de mineração já desenvolvido.”
financiamento e captação de 
recursos
As maiores mineradoras e as com-
panhias intermediárias agarraram-se 
ao mercado de títulos corporativos 
no ano passado, com um recorde de 
US$ 84 bilhões emitidos, 16% acima 
do verificado em 2010. Em 2010, os 
títulos corporativos emitidos pelas 
companhias de mineração e metais 
foram dominados por diversas cap-
tações de grande porte por parte das 
grandes empresas, retraindo a dívida 
bancária e estendendo o prazo da 
dívida. Mas em 2011, foram emitidos 
mais títulos para montantes relativa-
mente pequenos pelas companhias 
intermediárias, destacando que es-
tes títulos tornaram-se a principal 
fonte de financiamento para o setor.
“O foco do capital levantado em 
2011 não foi o refinanciamento agres-
sivo, mas o refinanciamento inteli-
gente. As companhias estão entrando 
em 2012 com classificação de risco de 
crédito fortalecido e capacidade para 
acelerar o ritmo de crescimento futuro”, 
afirma Lee Downham. Ele explica que 
as “companhias de mineração e metais 
continuarão explorando o mercado de 
títulos corporativos em 2012 e também 
esperamos ver um incremento adicio-
tendência
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Revista do Aço • 37
nal no uso de fontes alternativas de fi-
nanciamento como fundos soberanos, 
riqueza privada e parcerias estratégicas 
para acordos de longo prazo”.
“Existe uma crescente preparação 
para fazer negócios, mas é imprová-
vel que os grandes negócios sejam 
inteiramente financiados por dívida 
bancária de curto prazo. As minera-
doras podem voltar a fazer negócios, 
mas isso não significa que os bancos 
se voltarão às mega operações de fu-
sões e aquisições em 2012.”
Lee Downham diz que as compa-
nhias de mineração e metais estão, 
cada vez mais, procurando múltiplas 
opções de financiamento. Quando 
estão avaliando os valores, os gesto-
res procuram capturar o valor de flu-
xo de caixa de longo prazo e aplicar 
risco em uma base muito mais sofis-
ticada. “As empresas mais prepara-
das estarão em uma melhor posição 
para maximizar as oportunidades de 
crescimento em 2012”, afirma.
Comprar, construir ou retornar
O líder global da Ernst & Young 
afirma que os mercados de ações 
continuam muito sensíveis a notí-
cias macroeconômicas e, para mui-
tas empresas, os valores de mercado 
não parecem corresponder “ao pata-
mar que deveriam estar”.
“No geral, os preços das commo-
dities cresceram em 2011 em rela-
ção a 2010, gerando uma melhoria 
nos resultados e posições de caixa. 
Muitas empresas estão encarando 
como um desafio, porém favorável, 
de como usar seus capitais – o dile-
ma de comprar, construir ou retornar 
está de volta a muitas mesas de reu-
nião.”
Sem surpresa, o número global 
de IPOs caiu em 2011 com a volati-
lidade e incerteza puxando os mer-
cados acionários globais para baixo. 
No total, aconteceram 145 listagens 
em 2011, 18% abaixo das 177 em 
2010. O total de recursos levantados 
com aberturas de capital chegou a 
US$ 17,4 bilhões, contudo, o valor 
cai para US$ 7,4 bilhões (59% abaixo 
do valor em 2010) quando excluídos 
os US$ 10 bilhões do IPO da Glen-
core. “Houve um grande número de 
IPOs de pequeno porte na Austrália 
e Canadá, e isso deve continuar em 
2012. As pequenas empresas estão 
frequentemente preparadas para 
comprometer mais em precificação 
para conseguir a listagem, e usar isso 
como uma plataforma para adicionar 
capital, elevando o retorno.”
Além das listagens de pequeno 
porte, Lee Downham afirma que o 
número recorde de IPOs foi adia-
do em 2011 e existe uma robusta 
lista de companhias prontas para 
ir a mercado quando houver um 
período sustentável de confiança 
e estabilidade nos mercados de 
capitais. “Se o mercado estabilizar, 
isso pode acontecer no segundo 
semestre de 2012”, conclui.
tendência
38 • Revista do Aço 
Apesar da previsão de recorde de produção em 2011, 35,3 
milhões de toneladas - impactado fun-
damentalmente pela operação da CSA 
-, este está sendo considerado um ano 
difícil para a indústria do aço brasileira. 
O Instituto Aço Brasil reviu para baixo 
suas previsões para 2011. O exceden-
te de capacidade de produção de aço 
em relação à demandano mundo 
continua alto (cerca de 500 milhões 
de toneladas) e também no Brasil (20,2 
milhões de toneladas). O país vive, as-
sim como outros da América Latina, 
o aprofundamento da desindustria-
lização provocada pelo aumento das 
importações diretas e indiretas de aço. 
A cadeia metal mecânica está sendo 
fortemente impactada. A participação 
da indústria manufatureira no valor 
agregado passou de 18,1%, em 2005, 
Importação de aço 
dificulta mercado 
interno
empresários reclamam da excessiva presença de 
produtos estrangeiros no mercado interno
Redação
Imagens: divulgação
PRodução
Revista do Aço • 39
para 15,8%, em 2010. Além disso, mais 
de 60% das exportações da China 
para o Brasil são de produtos metal-
-mecânicos. “Diante desse cenário, 
tivemos que revisar nossas previsões 
para baixo em 3% na produção de aço 
bruto para 2011”, disse o presidente do 
Conselho Diretor do Aço Brasil, André 
B. Gerdau Johannpeter.
mas ainda significativamente acima 
dos níveis históricos. O consumo 
aparente deve ser de 25 milhões de 
toneladas este ano, 4,3 % a menos 
do que em 2010. As vendas internas 
devem apresentar crescimento de 
3,8 % em relação a 2010, chegando 
a 21,5 milhões de toneladas, volume 
ainda abaixo do patamar alcançado 
pré-crise 2008. As exportações de 
produtos de aço no período devem 
totalizar 10,7 milhões de toneladas 
e 8,3 bilhões de dólares, represen-
tando aumento 19,4% em volume e 
43,1% em valor, quando comparado 
com 2010.
Cenário de incerteza
Frente às projeções macroeconô-
micas do País para 2012, o Aço Brasil 
estima o consumo aparente de pro-
dutos siderúrgicos em 26,7 milhões 
de toneladas, aumento de 7,1%. “En-
tendemos que o mundo pós-crise é 
muito mais complexo e competitivo, 
o que torna ainda mais importante 
André Gerdau, Aço Brasil
As importações no ano em cur-
so estão estimadas em 3,7 milhões 
de toneladas, queda de 37,9% na 
comparação com o ano passado, 
instituto 
aço brasil
estima consumo 
de produtos
siderúrgicos em 
26,7 milhões
de toneladas
produção
40 • Revista do Aço 
 “usinas 
adotaram 
postura 
agressiva” 
preservar o mercado interno com a 
correção das assimetrias competitiva 
e tributárias”, disse o presidente exe-
cutivo do Instituto Aço Brasil, Marco 
Polo de Mello Lopes, ressaltando 
a importância estratégica do setor 
para a economia do país.
Dados preliminares do estudo 
contratado pelo Aço Brasil à Fun-
dação Getúlio Vargas (FGV) para 
avaliar a importância do aço na eco-
nomia brasileira indicam que a par-
ticipação do setor produtor de aço 
no PIB do País é de 4%. Embora o 
setor não seja intensivo em pessoal, 
gera impacto em setores que o são. 
Para cada emprego criado na indús-
tria do aço são gerados 23 outros na 
cadeia. Se o volume de importação 
direta de 5,9 milhões de toneladas 
de aço, em 2010, tivesse sido produ-
zido no Brasil, teriam sido gerados 
582 mil empregos.
Nesse cenário de incertezas, os 
investimentos estão sendo revistos 
em termos de prazos de implemen-
tação. No período pós-privatização 
foram investidos US$ 34,1 bilhões 
(1994 a 2010). O setor prevê inves-
timentos superiores a US$ 5 bilhões 
por ano, mas para o efetivo início da 
implantação de novos projetos deve 
levar em conta as condições compe-
titivas do mercado brasileiro.
queda
De acordo com dados divulgados 
pelo Instituto Nacional dos Distribui-
dores de Aço (INDA), as importações 
de aço em 2011 foram 47,5% meno-
res do que no ano anterior. O recuo 
foi ocasionado principalmente de-
vido à queda do preço do produto 
nas siderúrgicas nacionais. “As usinas 
brasileiras adotaram uma postura 
mais agressiva no ano passado, com 
margens de lucro mais apertadas. A 
diminuição do preço do aço comum 
contribuiu diretamente para a redu-
ção da entrada de material siderúrgi-
co estrangeiro no país”, afirma Carlos 
Loureiro, presidente da entidade. 
Mesmo com o resultado negativo 
na importação, o consumo aparente 
de aço no Brasil permanece estável 
nos últimos quatro anos. Dados le-
vantados pelo Inda apontam que as 
usinas nacionais deixaram de entre-
gar, em 2011, cinco milhões de to-
neladas de aço, e entre 2007 e o ano 
passado, a importação indireta de 
aço cresceu 113,6%. De acordo com 
o presidente, os setores de máquinas 
e equipamentos e automotivo (au-
topeças/automobilístico) são os que 
mais utilizam o aço indireto.
Em dezembro, foram vendidas 
324,8 mil toneladas de aço plano, 
montante 9,6% menor do que o re-
gistrado em novembro e 15,8% su-
perior ao total de aço vendido em 
dezembro do ano passado. Em 2011, 
houve um aumento de 11,7% nas 
vendas quando comparado ao mes-
mo período do ano anterior. As com-
pras das usinas siderúrgicas registra-
ram queda de 11,7% frente a novem-
bro, totalizando 317,7 mil toneladas. 
Quando comparadas a dezembro do 
ano passado, as compras aumenta-
ram 18,5%. No acumulado de 2011, 
houve baixa de 4% em relação ao 
mesmo período do ano passado.
Marco Polo, presidente do IAB
Carlos Loureiro, presidente do 
INDA
produção
Revista do Aço • 41
Os estoques registraram queda de 
0,7% em relação a novembro, totalizan-
do 1.000,7 mil toneladas. Na compara-
ção com dezembro do ano passado, 
houve retração de 16,8% no montante 
de aço armazenado nos distribuidores. 
Em dezembro, a retração da venda do 
material provocou o aumento no giro 
de estoques para 3,1 meses.
2012, novas expectativas
O desempenho das vendas de 
aço esse ano tiveram alterações Se-
gundo dados divulgados pelo Ins-
tituto Aço Brasil, as importações de 
aço pelo Brasil subiram 27,5% em 
março na comparação com o mesmo 
mês de 2011, motivadas por preços 
mais baixos no mercado internacio-
nal, para 338,4 mil toneladas. A im-
portação de aços longos, utilizados 
principalmente na construção civil, 
foram as que mais cresceram, pas-
sando de 67,9 mil toneladas em mar-
ço de 2011 para 105,5 mil toneladas 
em março de 2012. Com esse incre-
mento, os gastos com importação 
de aço no mês passado totalizaram 
US$ 397,8 milhões, contra US$ 322 
milhões há um ano.
produção
A
b
it
am
42 • Revista do Aço 
No acumulado em 2012, a impor-
tação de aço registrou alta de 15%, 
para 996,2 mil toneladas. Em valores, a 
alta foi de 20,1%, para US$ 1,2 bilhão.
produção nacional
A produção brasileira de aço 
bruto em abril de 2012 foi de 3 mi-
lhões de toneladas, representando 
queda de 1,2% quando comparada 
com o mesmo mês em 2011. Em re-
lação aos laminados, a produção de 
abril, de 2,2 milhões de toneladas, 
apresentou crescimento de 0,1% 
quando comparada com abril do 
ano passado. Com esses resultados, 
a produção acumulada em 2012 
totalizou 11,8 milhões de tonela-
das de aço bruto e 8,7 milhões de 
toneladas de laminados, o que sig-
nificou aumento de 1,7% e de 2,2%, 
respectivamente, sobre o mesmo 
período de 2011.
Quanto às vendas internas, o re-
sultado de abril de 2012 foi de 1,8 mi-
lhão de toneladas de produtos, queda 
de 2,1% em relação a abril de 2011. 
As vendas acumuladas em 2012, de 
7,2 milhões de toneladas, mostraram 
crescimento de 0,4% com relação ao 
mesmo período do ano anterior. 
As exportações de produtos si-
derúrgicos em abril de 2012 atingi-
ram 826 mil toneladas no valor de 
612 milhões de dólares. Com esse 
resultado, as exportações em 2012 
totalizaram 3,4 milhões de tonela-
das e 2,4 bilhões de dólares, repre-
sentando declínio de 7,3% em vo-
lume e de 9,0% emvalor, quando 
comparados ao mesmo período do 
ano anterior.
No que se refere às importa-
ções, registrou-se em abril volume 
de 317 mil toneladas (US$ 362 mi-
lhões) totalizando, desse modo, 1,3 
milhões de toneladas de produtos 
siderúrgicos importados no ano, 
16,5% acima do mesmo período do 
ano anterior.
O consumo aparente nacional de 
produtos siderúrgicos em abril foi 
de 2,1 milhões de toneladas, totali-
zando 8,4 milhões de toneladas em 
2012. Esses valores representaram 
queda de 0,8 e aumento de 2,0%, 
respectivamente, em relação a igual 
período do ano anterior.
produção
sxC.hu
Revista do Aço • 43
Os produtos da Tupy, em-presa produtora de co-
nexões de ferro maleável e oferece 
uma série de soluções em conexões, 
granalhas e perfis, que fica localizada 
em Santa Catarina, têm certificado 
de conformidade da Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (ABNT). As 
peças também são certificadas pelo 
Programa Brasileiro de Qualidade e 
Produtividade no Habitat (PBQP-H) 
e também internacionalmente além 
de serem exportadas para cerca de 
30 países. Recentemente, a empresa 
adquiriu duas fundições no México 
e, dessa forma, passou a ser a mais 
nova multinacional brasileira. 
A partir desta operação, a compa-
nhia − fundada em 1938 em Joinville 
(SC), e com uma unidade fabril tam-
bém em Mauá (SP) −, amplia sua ca-
pacidade produtiva, que atualmente 
é de 540 mil toneladas por ano, para 
852 mil toneladas anuais, e se torna a 
maior fabricante de blocos e cabeço-
tes de ferro para a indústria automoti-
va mundial. “Essa aquisição atende ao 
propósito de diversificar a atuação da 
companhia e fortalecer nossa presen-
ça global. Porém, é preciso esclarecer 
Tupy amplia 
fronteiras
depois de comprar duas fundições no 
mÉxico, empresa passou a ser a mais 
nova multinacional brasileira
Redação
Imagens: divulgação
Perfil
que a Tupy adquiriu somente as ope-
rações de fundição de blocos e cabe-
çotes de motor do Grupo Industrial 
Saltillo. O GIS mantém suas outras 
operações”, diz Fernando Cestari de 
Rizzo, vice-presidente gestor da Bu-
siness Unit Automotivo. Segundo ele, 
a diversificação que a empresa ob-
teve com essa aquisição é dentro do 
próprio mercado em que já atua. “As 
plantas adquiridas aumentam nossa 
participação na fabricação de blocos 
e cabeçotes para motores de máqui-
nas agrícolas, de construção e mine-
ração, sendo que nossa atuação vinha 
sendo mais forte no fornecimento de 
componentes para motores de veícu-
los de passeio e comerciais”, explica. 
Com isso, a empresa tem uma car-
teira mais diversificada e também con-
segue reforçar a proximidade com a 
América do Norte, onde se concentra 
grande parte da carteira de clientes da 
Tupy. “Este é um passo fundamental na 
estratégia de crescimento da empresa, 
depois de 15 anos expandindo a atua-
ção no exterior por meio das exporta-
ções, que hoje significam cerca de 50% 
do volume de vendas da companhia, 
com picos próximos a 60%”, afirma. 
A divisão de conexões da Tupy 
produz e comercializa conexões de 
ferro maleável, granalhas de aço e 
perfis contínuos de ferro, que aten-
dem à indústria da construção, de 
mármores e granitos e segmentos di-
versos da engenharia industrial. O fa-
turamento líquido da Tupy, em 2011, 
foi de R$ 2,18 bilhões e o lucro líquido 
de R$ 203,4 milhões. A empresa ex-
porta aproximadamente metade de 
sua produção para cerca de 40 países.
 De acordo com Jorge Henrique 
Silva, coordenador de Marketing da 
área de Vendas Produtos Industriais, 
“mesmo com o cenário industrial 
nacional apresentando um cresci-
mento menor em alguns setores, 
estamos otimistas quanto ao de-
sempenho no segundo semestre de 
2012. Além disso, o Brasil está pas-
sando por grandes investimentos 
em infraestrutura do Programa de 
Aceleração do Crescimento (PAC) 
e para atender a demanda gerada 
pela Copa do Mundo (2014) e pelas 
Olimpíadas (Rio 2016). Nossas solu-
ções estão em estádios em constru-
ção, como os de Brasília e Salvador, 
aeroportos e redes de hotéis”, diz 
44 • Revista do Aço 
história
Fundada em 1938, em Joinville, Santa Catarina, a Tupy tem capacidade para produzir 500 mil toneladas anuais de peças em ferro fundido, 
em dois parques fabris: um em Joinville e, outro, em Mauá, no Estado de São Paulo. Certificada pelas normas ISO/TS 16949, ISO 9001 e ISO 
14001, a TUPY emprega cerca de nove mil pessoas e exporta metade de sua produção, para aproximadamente 40 países.
Para comercialização de seus produtos e atendimento a clientes, a empresa dispõe de escritórios estabelecidos na cidade de 
São Paulo, nos Estados Unidos, México, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão. A história da empresa segue de perto os passos da 
industrialização do Brasil e da cidade de Joinville, colonizada a partir da segunda metade do século 19 por imigrantes europeus, 
a maioria de origem germânica. Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz, que fundaram a empresa em março de 1938, 
descendiam desses imigrantes. Albano era um homem de negócios e os sócios, pessoas que já se dedicavam a fabricar artefatos 
de ferro, utilizando conhecimentos rudimentares de fundição. Enquanto as conexões ganhavam mercado em todo o país e se 
tornavam líderes em vendas, Albano Schmidt planejava a construção do que viria a ser o parque industrial do Boa Vista, para 
onde a Tupy começou a se transferir em 1954. A mudança acabou dando início ao próprio bairro, hoje um dos mais populosos 
de Joinville, e a primeira unidade de fundição, com capacidade para três mil toneladas ao ano, logo transformou a Tupy na 
maior empresa do Estado de Santa Catarina. Albano Schmidt morreu em 1958 e a Presidência da empresa foi ocupada pelo 
filho Hans Dieter Schmidt, então com 26 anos, mas já visto pelo pai como sucessor natural. Homem de ideias arrojadas e visão 
empreendedora, Dieter criou em 1959 a Escola Técnica Tupy, com o objetivo de qualificar mão de obra para fazer frente aos 
desafios que, acreditava ele, a indústria automobilística traria. O primeiro contrato para produção de peças automotivas havia 
sido firmado em 1958: tambores de freio para a Volkswagen, recém-chegada ao Brasil. Em 1963 a segunda unidade de fundição 
foi instalada, exclusivamente para produzir peças automotivas, e em 1972 foi criado o primeiro Centro de Pesquisa, em parceria 
com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 1975, uma terceira frente materializava a vocação da empresa para 
atuar no setor automotivo: a unidade de fundição de blocos e cabeçotes de motor, segmento que hoje responde por mais de 60% 
dos negócios da empresa. A década de 1970 marca também o início do processo de internacionalização da Tupy. Já exportando 
conexões para países da América do Sul e da Europa, a empresa se estabelece em 1976 nos Estados Unidos e, no ano seguinte, na 
Alemanha, com escritórios de negócios.
Em 1981, quando ocupava o cargo de Secretário de Estado da Indústria de Santa Catarina, Hans Dieter Schmidt faleceu em acidente 
aéreo. Sua morte prematura, a estagnação econômica pela qual passava o Brasil na época e a excessiva diversificação dos negócios 
da Organização, que além de fundição também incluíam os ramos químico e plástico, vão se refletir nessa década e na próxima.
Na década de 90 a empresa começou uma gestão profissionalizada. No ano de 1995, outro marco: a Tupy deixa de ser um 
empreendimento familiar e seu controle acionário é entregue a um grupo de fundos de pensão e bancos, solução de capital 
encontrada para fazer frente ao excessivo endividamento. Nesse mesmo ano, a empresa fez a aquisição da Sofunge, fundição cativa 
da Mercedes-Benz do Brasil. Já então focada em seu core-business,

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