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APOSTILA AULA 03 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 2 
AULA 3: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
ANDRAGOGIA: A ARTE DE EDUCAR ADULTOS 4 
PAPEL DO PROFESSOR 5 
HIPÓTESES DA ANDRAGOGIA 5 
CÍRCULO DA APRENDIZAGEM 7 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO 9 
EFICÁCIA DO FAZER DIDÁTICO 10 
TIPOS DE PLANEJAMENTO 12 
PLANEJAMENTO = FERRAMENTA DE ENSINO 17 
ATIVIDADE PROPOSTA 18 
REFERÊNCIAS 18 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
CHAVES DE RESPOSTA 22 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Na aula anterior, estudamos as teorias da aprendizagem que podem auxiliar o 
fazer educativo do professor, mas essa atuação difere em função do grupo 
com o qual o docente está lidando. 
 
Esse profissional precisa entender que ensinar adultos não é o mesmo que 
educar crianças. Afinal, quando o público-alvo da educação é diverso, 
modifica-se, também, o contexto de aprendizagem, os interesses e a 
abordagem de ensino e, consequentemente, o posicionamento didático do 
educador. 
 
Nesta aula, trataremos exatamente deste assunto: o conceito de andragogia, 
ou seja, a especificidade da orientação educacional de adultos. 
 
Objetivo 
Explicar a andragogia e suas possibilidades no planejamento do Ensino 
Superior. 
 
 
 4 
Conteúdo 
Andragogia: a arte de educar adultos 
Você sabe qual é a importância do conceito de 1andragogia na 
educação? 
 
Assista a um vídeo com o professor Paulo Campos a respeito do assunto. 
 
Como você pôde observar, essa noção trata da mudança de abordagem no 
ensino, pois retira o foco do professor para enfatizar a figura do 
estudante. 
 
Isso significa que o conteúdo deve ser trabalhado a partir das necessidades e 
experiências individuais ou do grupo de alunos, a fim de que os objetivos 
propostos no programa de estudos sejam alcançados. 
 
Mas é preciso entender que ensinar adultos não é o mesmo que educar 
crianças. Afinal, o adulto é um sujeito que desempenha várias funções na 
sociedade e que possui conhecimentos acumulados durante sua trajetória de 
vida e de trabalho. 
 
Esses saberes de que partilha precisam ser levados em consideração 
durante a fase de aprendizado! 
 
Se o processo de ensino e aprendizagem não acontece da mesma maneira 
com ambos os grupos, consequentemente, a postura do professor 
universitário também tem de ser diferente! 
 
Vejamos quais são as recomendações de tal filosofia nesse sentido... 
 
 
1 Andragogia 
De acordo com Knowles (1980), trata-se da arte e da ciência de orientar o aprendizado 
dos adultos. 
 
 5 
Papel do professor 
Na perspectiva andragógica, o professor age como um facilitador do 
conhecimento ou um consultor de informações. Para isso, ele precisa se 
preparar antecipadamente e escolher, de forma conveniente, os 
procedimentos com os quais trabalhará em sala de aula. 
 
Uma boa dica é utilizar a metodologia de processo que se vale de 
procedimentos e recursos para auxiliar os estudantes no aprendizado e no 
desenvolvimento de competências. 
 
De acordo com esse modelo, para que a aprendizagem aconteça, é 
importante: 
 
 Estabelecer um clima afetivo e favorável à educação; 
 Criar uma margem de negociação no planejamento didático; 
 Diagnosticar suas necessidades; 
 Formular objetivos para cada conteúdo; 
 Trocar e conduzir experiências com técnicas e materiais adequados a 
cada grupo; 
 Avaliar seus resultados a partir de diagnósticos contínuos. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o assunto, leia o texto Andragogia: 
aprendendo a ensinar adultos. 
 
Hipóteses da andragogia 
O modelo andragógico baseia-se no pensamento de que a aprendizagem 
dos adultos acontece através da ação. Vejamos quais são suas hipóteses a 
respeito desses sujeitos: 
 
 6 
 
Necessidade 
de saber 
Os adultos precisam saber o motivo pelo qual devem 
aprender antes de se comprometerem com o conteúdo e a 
aprendizagem. 
Conceito de si Os adultos devem ser encarados como sujeitos sociais 
capazes de se autogerirem. 
Papel da 
experiência 
Os adultos detêm um conjunto substancial de experiências 
que os distinguem das crianças. Por isso, a experiência tem 
valor e autoridade nos processos de aprendizado. 
Vontade de 
aprender 
A vontade de aprender está relacionada à utilidade e à 
aplicabilidade do conhecimento às situações da vida. 
Orientação da 
aprendizagem 
A aprendizagem tem de ser encarada como resolução de 
problemas e tarefas da vida social cotidiana. 
Motivação A motivação é 2extrínseca , mas, principalmente, 
3intrínseca . 
 
Fonte: Canário, 1999. 
 
Como você pôde perceber, o foco da andragogia são os interesses de vida 
dos adultos e suas motivações para aprender. Logo, não se enfatiza o modelo 
de educação que simplesmente transmite informações. Ao contrário, o escopo 
de ação docente se amplia. 
 
Aprender para os adultos significa resolver problemas, articular experiências 
de vida com a aplicação do conhecimento adquirido. Esses processos 
precisam estar ancorados na discussão ética sobre o estar no mundo e agir 
sobre ele. 
 
 
2 Extrínseca 
A motivação extrínseca diz respeito à promoção profissional, a melhores salários etc. 
 
3 Intrínseca 
A motivação intrínseca diz respeito à autoestima, à satisfação profissional, à qualidade de 
vida etc. 
 
 
 7 
Mas isso vai depender dos estágios de aprendizagem em que a pessoa se 
encontra. Vamos conhecer cada um deles? 
 
Círculo da aprendizagem 
Kolb (1984) estuda a aprendizagem de adultos e afirma que todo processo de 
conhecimento desse grupo se sustenta na experiência trazida por eles para a 
sala de aula. 
 
Por isso, o autor estabelece o círculo de aprendizagem, que se desenha 
sobre quatro pilares: 
 
Esses pilares, por sua vez, são desenvolvidos a partir dos seguintes estágios: 
 
 
SENTIR = Experiência concreta 
As experiências concretas fornecem base para observações e reflexões. 
 
OBSERVAR = Observações reflexivas 
Essas observações e reflexões são assimiladas e trabalhadas 
intelectualmente, alcançando um nível cognitivo superior e formando 
os conceitos abstratos. 
 
PENSAR = Conceituação abstrata 
Os conceitos abstratos produzem novas ações. 
 
 8 
FAZER = Experimentação ativa 
As novas ações podem ser testadas através da articulação com a 
realidade e, finalmente, criar novas experiências. 
 
Para Kolb (1984), os estágios mencionados estão relacionados ao estilo de 
aprendizagem de cada pessoa. Veja como o autor organizou esse 
pensamento: 
 
Fonte: Kolb, 1984. 
 
Acomodador 
Uma pessoa com estilo acomodador tem a tendência de apresentar 
os estágios da experiência concreta (SENTIR) e da experimentação 
ativa (FAZER). Em outras palavras, podemos dizer que esse indivíduo 
prefere fazer tudo de forma imediata e prática. 
 
Convergente 
O estilo convergente une o PENSAR e o FAZER. Portanto, 
podemos dizer que pessoas que se enquadram nesse modelo gostam 
de utilizar um método ou de seguir um processo definido. Trata-se 
daqueles sujeitos chamados de metódicos. 
 
 9 
Divergente 
Já estudantes que se encaixam no estilo divergente se valem muito 
das ações de OBSERVAR e de SENTIR. Por isso, esses indivíduos 
idealizam possibilidades e tentam criar alternativas de aprendizagem. A 
imaginação é o ponto principal desse grupo. 
 
Assimilador 
Enquanto o sujeito divergente observa e sente, o assimilador 
OBSERVA e PENSA. Trata-se do indivíduo téorico: aquela pessoa 
que gostade refletir sobre tudo, de saber o porquê dos fatos e os 
fundamentos daquilo que aprende. 
 
E você? Em que estilo de aprendizagem se enquadra? 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo Andragogia 
e estilos de aprendizagem. 
 
Sugerimos, também, a leitura dos seguintes textos: 
 Estilos de aprendizagem: em busca das diferenças 
individuais; 
 Um teste com a proposta brasileira para o “inventário 
de estilos de aprendizagem” de David Kolb. 
 
Planejamento didático 
Agora que você já entendeu quais são as características da andragogia e sua 
importância para a educação, precisamos pensar em como o professor 
universitário deve se organizar para lidar com o ensino de adultos. 
 
O princípio de sua atuação está no PLANEJAMENTO! 
 
 10 
O planejamento didático é uma tarefa que prevê: 
 
 As atividades docentes; 
 Os objetivos propostos; 
 A metodologia; 
 O diagnóstico; 
 A revisão contínua dos objetivos e das metodologias. 
 
Trata-se de um meio para se programar as ações educativas que facilita o 
aprendizado dos estudantes. Se não há planejamento e plano didático, 
certamente, o fazer do professor cairá no improviso, na repetição e na 
reprodução de conteúdo. 
 
Por isso, é recomendável que o planejamento seja um processo de reflexão, 
organização e coordenação da prática docente, que articule a atividade 
acadêmica às problemáticas do contexto social. 
 
Longe de ser um exercício fácil, o ato de planejar se constitui como uma 
atividade complexa que exige várias 4competências do educador . 
Vejamos, a seguir, quais são as habilidades necessárias ao profissional 
docente no momento da elaboração de seu planejamento. 
 
Eficácia do fazer didático 
Há muito tempo, o professor universitário não é visto mais como apenas o 
profissional que detém o conhecimento técnico. Ao contrário, a cada ano, são 
exigidas habilidades didáticas do docente no Ensino Superior. 
 
4 Competências do educador 
Entre as competências que se exige do educador na fase de elaboração do planejamento 
didático, estão as: 
 Técnicas; 
 Conceituais; 
 Metodológicas; 
 Afetivas etc. 
 
 11 
É muito importante saber o que se ensina. No entanto, mais relevante ainda é 
saber COMO ensinar. 
 
Assista ao vídeo a seguir em que Celso Vasconcellos, Doutor em Educação, 
fala sobre os aspectos que devemos considerar na gestão de sala de aula. 
 
Como vimos, para que possamos alinhar as habilidades técnicas e didáticas, é 
necessário que, durante a elaboração do planejamento, façamos uma crítica à 
prática pedagógica e a entendamos com base nas dimensões teleológica, 
sociológica, política, epistemológica e andragógica. 
 
Em outras palavras, o professor precisa: 
 
 Conhecer a serventia do que ensina; 
 Saber em que contexto social atua; 
 Identificar quais são as consequências desse ato; 
 Verificar como o conhecimento de sua área de estudo está incluído no 
mundo; 
 Entender como funciona o ensino para adultos. 
 
Todos esses procedimentos são necessários para um fazer didático 
eficaz! 
 
Mas não podemos falar sobre o ato de planejar sem antes apontar quais são 
os tipos de planejamento. 
 
 
 
 12 
Tipos de planejamento 
Antes de darmos continuidade a nosso estudo, precisamos estabelecer a 
seguinte diferenciação: 
 
 
 
Veja, agora, quais são os tipos de planejamento: 
 
Planejamento educacional 
Aquele que versa sobre as decisões educacionais no conjunto do 
desenvolvimento geral do país. A elaboração desse tipo de planejamento 
requer a proposição de objetivos a longo prazo que definam uma política da 
educação. Ele é realizado pelo governo federal através do Plano Nacional de 
Educação (PNE) e da legislação vigente. 
 
Planejamento curricular 
Aquele que estabelece os objetivos acadêmicos educacionais a partir daqueles 
expressos nas orientações curriculares oficiais. 
 
Mas a universidade não deve simplesmente executar o que é determinado 
pelos órgãos do governo. Antes disso, as instituições universitárias precisam 
fazer uma leitura social para interpretar as demandas vigentes e adaptar os 
currículos, de modo a atender as necessidades de seus estudantes. 
 
 
 
 13 
Planejamento Político Pedagógico (PPP) 
Aquele que tem como preocupação principal responder as seguintes questões 
em termos de ensino: 
 
 PARA QUÊ? 
 PARA QUEM? 
 O QUÊ? 
 
Seu objetivo central é definir fins, conceber visões globalizantes e de eficácia. 
Trata-se de um plano que serve para situações de crise, em que a proposta é 
de transformação – em médio ou longo prazo. 
 
E você? Conhece o PPP de seu curso? 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o PPP, assista ao vídeo em que o 
professor Vasco Moretto fala a respeito do tema Projeto 
Político-Pedagógico e a gestão democrática. 
 
Planejamento de ensino 
Aquele que representa o desdobramento do planejamento de currículo. Seu 
propósito é demonstrar, em termos operacionais, o que o professor fará na 
sala de aula, de modo que os alunos consigam atingir os objetivos 
acadêmicos educacionais propostos. 
 
O planejamento de ensino deverá conter: 
 
 Objetivo geral; 
 Ementa da disciplina; 
 Objetivos específicos estabelecidos a partir dos educacionais; 
 
 14 
 Conhecimentos a serem adquiridos pelos alunos no sentido 
determinado pelos objetivos; 
 Estratégias metodológicas que expressem os procedimentos de ensino 
e os recursos utilizados para orientar e promover as atividades a serem 
realizadas; 
 Procedimentos de avaliação que possibilitem a verificação, a 
qualificação e a apreciação dos objetivos propostos. 
 
Como todos os outros atos humanos, o ato de planejar implica a tomada de 
decisão com base em algumas escolhas. Por isso, o planejamento de ensino 
ampara-se nas dimensões 5axiológica , filosófica e política. 
 
Plano de ensino 
Como vimos anteriormente, o planejamento é a atividade mental, enquanto o 
plano é a atividade escrita, a previsão prática sobre o planejamento. Dessa 
forma, o plano de ensino deve conter os seguintes itens: 
 
 Identificação com... 
o Nome do departamento; 
o Nome da atividade de ensino; 
o Curso(s) ofertados; 
o Pré-requisitos por curso; 
o Etapa aconselhada no curso; 
o Corpo docente; 
o Regulamento ou plano de atividades; 
o Créditos e carga horária; 
 Objetivos; 
 Conteúdo programático na forma de unidades ou sequências; 
 Metodologia; 
 Cronograma de atividades; 
 
5 Axiológica 
Valor predominante em determinada sociedade. 
 
 15 
 Experiências de aprendizagem; 
 Critérios de avaliação; 
 Bibliografia básica. 
 
A partir dele, o docente estabelece seu plano de aula, no qual fará a 
interligação dos objetivos ao conteúdo proposto no plano de ensino e à 
vivência de sua turma. 
 
Plano de aula 
Este é o momento de o professor articular os objetivos do planejamento 
curricular e do PPP à organização de suas aulas. Por isso, o plano de aula 
corresponde ao nível de maior detalhamento e objetividade do processo de 
planejamento didático. Sua finalidade é prever os conteúdos e as atividades 
de cada aula. 
 
Esse plano é composto, então, pelos seguintes itens: 
 
 Conteúdo e tema; 
 Objetivos; 
 Estratégias didático-metodológicas; 
 Avaliação/possíveis intervenções didáticas. 
 
Nas reflexões sobre o planejamento e o plano de aula, o docente precisa ter 
sempre em mentealgumas perguntas que o remeta diretamente a suas 
ações. 
 
O QUE ensinar? = objetivos 
Os objetivos correspondem aos propósitos da ação didática e devem 
ser expressos através de verbos no infinitivo que contemplem 
comportamentos, habilidades, atitudes e competências esperadas dos 
alunos. 
 
 
 
 16 
Eles se dividem em: 
 
 Geral – amplo e de longo prazo; 
 Específicos – ações mais rapidamente observadas pelo 
professor. 
 
PARA QUE ensinar? = finalidade do conteúdo 
Indicar a finalidade do conteúdo a ser trabalhado junto aos alunos em 
um plano de aula significa apontar a intenção da ação didática do 
professor. Logo, este item abrange os conceitos e temas que serão 
desenvolvidos durante determinada disciplina. 
 
É recomendável que essa finalidade esteja articulada com os objetivos 
da aula, a fim de que o docente possa atingi-los de maneira 
interdisciplinar. 
 
COMO ensinar? = estratégias didático-metodológicas 
As estratégias didático-metodológicas contemplam os processos 
subjacentes à prática docente e os objetos concretos de ensino, ou 
seja, as abordagens psicológicas da aprendizagem, bem como as 
atividades que serão empregadas para a execução dos dois primeiros 
itens do planejamento. 
 
COM O QUE ensinar? = recursos 
Os recursos didáticos podem ser classificados em: 
 
 Naturais – água, plantas; 
 Pedagógicos – quadro, slide, maquetes; 
 Tecnológicos – computador, internet, rádio; 
 Culturais – biblioteca pública, museus, exposições, visitas 
técnicas. 
 
 
 17 
Planejamento = ferramenta de ensino 
Como vimos anteriormente, o 6planejamento didático configura-se como 
uma ferramenta teórico-metodológica para que o professor possa intervir na 
realidade do aluno. 
 
Dentro dessa discussão, são estabelecidas três dimensões: 
 
 A realidade – onde estamos; 
 Os fins – onde queremos chegar ou o que desejamos alcançar; 
 A mediação – como alcançaremos o que planejamos. 
 
Isso significa que, quando planejamos e aplicamos nosso plano em sala de 
aula, temos uma intenção subjacente a nossa ação educativa. 
 
Para que esse objetivo se concretize mais facilmente, é necessário que tal 
plano tenha as seguintes características: 
 
 Coerência e unidade – conexão entre objetivos e meios; 
 Continuidade e sequência – integração entre atividades; 
 Flexibilidade – ajuste e adaptação; 
 Objetividade e funcionalidade – análise das condições da realidade; 
 Precisão e clareza – redação clara, sem dupla interpretação. 
 
Além disso, quando organizamos a prática docente junto a adultos, devemos 
levar em conta alguns aspectos indispensáveis, tais como o fato de que: 
 
 A aprendizagem precisa ser focada no estudante e em sua autogestão; 
 
6 Planejamento 
Vasconcelos (2008, p. 28) define planejamento como uma: 
 
“[...] construção-transformação de representações, uma mediação teórico- 
-metodológica para a ação, que, em função de tal mediação, passa a ser consciente e 
intencional”. 
 
 18 
 Eles só aprenderão o que realmente têm de saber ou o que julgam 
necessário aplicar em sua vida diária; 
 Sua experiência de vida é rica fonte de aprendizagem; 
 A metodologia de ensino voltada para esse grupo deve-se basear em 
discussões e na solução de problemas em conjunto. 
 
Atividade proposta 
Agora que você já sabe quais são os elementos próprios de um planejamento 
didático, elabore um breve plano de aula, contendo os seguintes itens: 
 
 Tema; 
 Objetivos; 
 Conteúdo programático na forma de unidades ou sequências; 
 Metodologia; 
 Cronograma de atividades; 
 Experiências de aprendizagem; 
 Critérios de avaliação; 
 Bibliografia básica. 
 
Referências 
CANÁRIO, R. Educação de adultos: um campo e uma problemática. Lisboa: 
Educa, 1999. 
 
KNOWLES, M. S. The modern practice of adult education, from 
pedagogo to andragogo. United States: Cambridge, 1980. 
 
KOLB, D. Experiential learning: experience as the source of learning and 
development. New Jersey: Prentice-Hall Inc., 1984. 
 
KOLB, D.; RUBIN, I. M.; MCINTYRE, J. M. Psicologia organizacional: uma 
abordagem vivencial. Tradução de Edi G. Oliveira. São Paulo: Atlas, 1978. 
 
 19 
MELO, A. de; URBANETZ, S. T. Organização e estratégias pedagógicas. 
Curitiba: IBPEX, 2009. 
 
OSORIO, A. Educação permanente e educação de adultos. Lisboa: 
Horizontes Pedagógicos, 2003. 
 
VASCONCELOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e 
projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2009. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A atuação docente no Ensino Superior não pode dispensar concepções 
teóricas da aprendizagem em seu planejamento e na elaboração de 
atividades. Analisando essa atuação, podemos destacar os seguintes 
elementos que articulam o fazer didático: 
 
a) Currículo e atividade 
b) Plano e ação docente 
c) Currículo e planejamento 
d) Planejamento e atividade 
e) Planejamento e pensamento teórico 
 
 
 
 
 20 
Questão 2 
São finalidades do planejamento didático docente: 
 
I. Prever e superar prováveis dificuldades no processo de ensino e 
aprendizagem. 
II. Evitar a repetição mecânica das aulas. 
III. Produzir informações estratégicas com o objetivo de contribuir para a 
tomada de decisões por parte dos gestores. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
Questão 3 
Associe os tipos de planejamento a suas definições: 
A. Planejamento 
educacional 
 ( ) Detalhamento caracterizado pela descrição 
minuciosa sobre o fazer didático do docente. 
B. Planejamento 
curricular 
 ( ) Aquele de maior abrangência que corresponde ao 
que é feito em nível nacional, estadual ou 
municipal. 
C. Planejamento 
de ensino 
 ( ) Processo de tomada de decisões sobre a 
dinâmica da ação na universidade. 
D. Planejamento 
de aula 
 ( ) Processo de decisão sobre a atuação concreta 
dos docentes no cotidiano de seu trabalho 
pedagógico, que envolve as ações e situações 
interativas entre professor e alunos bem como 
entre os próprios alunos. 
 
 21 
Questão 4 
A andragogia prega que: 
 
I. O currículo do curso deve ser estabelecido. 
II. O aprendizado é factível e aplicável. 
III. A mediação didática precisa levar à busca de soluções e desafiar o 
aluno. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) Somente I 
c) II e III 
d) I e III 
e) Somente II 
 
 
Questão 5 
Na andragogia, a aprendizagem adquire uma particularidade focada no(a): 
 
a) Conhecimento, na reciprocidade e na troca de experiências 
vivenciadas. 
b) Eixo articulador, nas mudanças de atitude e no espaço de sala de aula. 
c) Relação vertical de aprendizagem, nos eixos articuladores e no 
professor. 
d) Aluno, na interpendência dos conteúdos e na autogestão da 
aprendizagem. 
e) Aplicação estrita e teórica do conhecimento, nas circunstâncias de 
planejamento e nas experiências do professor. 
 
 
 
 22 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – B 
Justificativa: Tanto o plano quanto a ação didática docente estão intimamente 
relacionados à concepção teórica e filosófica que o professor tem de 
educação. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: O plano didático do professor prevê, entre outras finalidades, 
todo o conteúdo que será trabalhado em aula e detalha os procedimentos e 
recursos que serão utilizados ao longo do semestre. 
 
Questão 3 –D, A, B, C 
 
Questão 4 – C 
Justificativa: A andragogia prevê um aprendizado factível e aplicável, a partir 
do qual o aluno pode lidar com desafios e buscar soluções para problemas. 
Essa filosofia articula a realidade acadêmica a sua vida social e laboral. 
 
Questão 5 – D 
Justificativa: A andragogia é a arte e a ciência de ensinar aos adultos. Por 
isso, a aprendizagem adquire uma particularidade focada no aluno, na 
interdependência dos conteúdos e na autogestão da aprendizagem. De 
acordo com essa filosofia, esse grupo de alunos está preparado para 
aprender a partir do exercício do conhecimento, de modo que pode enfrentar 
problemas reais de sua vida pessoal e profissional. 
 
 
 
 
Atualizado em: 30 abr. 2014

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