Buscar

Metodologias de Ensino por Competências

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 2 
AULA 4: PROCESSOS E METODOLOGIAS DOCENTES 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
COMPETÊNCIAS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 4 
MODELO DE FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 5 
PLANEJAMENTO DIDÁTICO + FORMAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 6 
AULA EXPOSITIVA 8 
SEMINÁRIO 10 
ENSINO EM PEQUENOS GRUPOS 13 
GRUPO DE OBSERVAÇÃO E DE VERBALIZAÇÃO 14 
PAINEL INTEGRADO 15 
ELABORAÇÃO DE PROJETOS 16 
ATIVIDADE PROPOSTA 20 
REFERÊNCIAS 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
CHAVES DE RESPOSTA 25 
ATIVIDADE PROPOSTA 25 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 25 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Você sabia que toda ação educativa tem uma intenção? 
 
No caso da universidade, busca-se a formação adequada em Nível Superior 
para suprir as necessidades da sociedade. No entanto, reduzir esse segmento 
do ensino à qualificação de mão de obra seria diminuir seu objetivo. 
 
Devemos pensar na Educação Superior a partir de uma perspectiva mais 
abrangente, que desenvolva as potencialidades dos estudantes e contribua 
para aperfeiçoar suas competências técnicas e cognitivas – entre elas o saber 
CONHECER, SER, VIVER e FAZER. 
 
Nesta aula, você vai entender melhor os processos e as metodologias 
disponíveis para alcançar esses fins. 
 
Objetivo 
Identificar os processos didático-pedagógicos necessários a uma aula 
universitária. 
 
 4 
Conteúdo 
Competências no mundo contemporâneo 
Como vimos ao longo das aulas anteriores, o mundo está em contínua 
transformação, e a educação não pode ficar alheia a esse movimento. 
 
Uma das formas encontradas pelo campo educacional para manter-se 
alinhado com essas mudanças foi basear o ensino no desenvolvimento de 
habilidades e organizar os currículos de acordo com as exigências do mundo 
contemporâneo, visando à formação por competências. 
 
Para entender melhor o conceito de competências1 e sua importância para 
a educação, assista ao vídeo da TV São Judas. 
 
Conforme aponta o professor Luiz Carlos Menezes, atuar didaticamente na 
perspectiva da formação por competências exige dos professores uma 
prática docente que favoreça o uso de metodologias ativas focadas no 
estudante e vinculadas à resolução de problemas e de desafios, bem como 
ao desenvolvimento de projetos. 
 
Por isso, o centro do processo de ensino e aprendizagem se desloca do 
professor para o aluno, ou seja, do ENSINAR para o APRENDER. 
 
Vamos entender melhor a noção em que se baseia essa reflexão? 
 
 
1 Competências 
Capacidade que a pessoa tem de articular e de transformar, de maneira independente, 
seus vários saberes para atingir determinado objetivo preestabelecido. Esse conceito se 
baseia nos seguintes pilares da educação: 
 
 Saber conhecer; 
 Saber fazer; 
 Saber ser; 
 Saber conviver. 
 
 5 
Modelo de formação por competências 
O modelo de competências apareceu como uma sugestão para a educação 
profissional em função das mudanças no mundo do trabalho, que exigiam 
novos saberes e determinado perfil de trabalhador – aquele com: 
 
 Autonomia; 
 Iniciativa; 
 Capacidade de enfrentar e de resolver problemas; 
 Aptidão para se adaptar a situações imprevistas. 
 
Isso aconteceu devido à crescente complexidade dos processos laborais e ao 
surgimento das novas tecnologias e formas de organização do trabalho. 
 
Esse novo padrão de formação engloba o conceito, a habilidade e a 
atitude do sujeito, ou seja, os três níveis de conhecimento – conceitual, 
procedimental e atitudinal. 
 
Há vários tipos de competências apontados por diversos autores. Nesta 
disciplina, seguiremos a proposta de Resende (2000), que destaca os 
seguintes: 
 
Competência técnica 
Domínio do conteúdo referente à área em que atuamos. Trata-se do 
que chamamos de expertise. 
 
Competência intelectual 
Aptidão mental para a realização de determinadas atividades. 
 
Competência cognitiva 
Articulação das aptidões mentais com o conhecimento adquirido. 
 
 
 
 6 
Competência relacional 
Habilidade prática de relacionamento interpessoal em diferentes áreas, 
com distintos grupos ou associações. 
 
Competência didático-pedagógica 
Habilidade voltada para a educação e o ensino. Trata-se de saber 
planejar, ensinar e organizar atividades de estudo. 
 
O sujeito competente é aquele que sabe unir os conhecimentos de sua 
formação, de sua experiência e de seu autodesenvolvimento com as 
habilidades adquiridas e os comportamentos2 adequados socialmente. 
 
E você? É uma pessoa competente em sua área de atuação? 
 
Planejamento didático + formação por competências 
Atuar como professor no novo contexto a que nos referimos anteriormente 
exige outra postura e abordagem do conteúdo. 
 
Veja o que o professor Luiz Carlos Menezes fala a respeito do assunto: 
 
Como você pôde observar, a ação educativa do professor ao longo de um 
curso deve-se fundamentar em objetivos educacionais claros e definidos 
previamente. 
 
Esses objetivos precisam estar vinculados a um projeto de formação 
humana ampla e contribuir para a autonomia intelectual do estudante 
universitário. 
 
 
2 Comportamentos 
Entre os comportamentos necessários à formação por competências, estão o interesse e a 
vontade do sujeito. 
 
 7 
Disto resulta a importância do planejamento didático: através dele, as 
ações do educador em sala de aula são desenhadas de forma antecipada, 
com a finalidade de alcançar os objetivos propostos. 
 
Você se lembra dos três níveis do conhecimento em que se baseia a 
formação por competências? 
 
Para que o professor atue, de forma eficaz, na formação plena do estudante, 
seu planejamento didático também precisa contemplá-los. 
 
Nesse caso, o docente deixa de ser transmissor e transforma-se em 
facilitador do saber e mediador da aprendizagem. No campo da 
educação universitária, em especial, ele auxilia o processo de ensino ao 
formar alunos com autonomia e iniciativa, tornando-os capazes de solucionar 
problemas. 
 
Nesse contexto, planejamento e avaliação têm papéis fundamentais! 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre as habilidades exigidas do ensino em 
Nível Superior, leia o texto Competências para a educação 
atual: uma discussão necessária nos cursos de Graduação. 
 
 
 
 8 
Aula expositiva 
Agora que já entendemos quais são as competências necessárias ao professor 
de Ensino Superior, vamos apresentar as metodologias de que ele pode se 
valer para desempenhar suas funções em sala de aula. 
 
Trata-se de referências e perspectivas de abordagens do processo de ensino 
e aprendizagem muito importantes para nortear o fazer didático. 
 
Vamos começar pela técnica da aula expositiva! 
 
Esse método não está condenado no ambiente acadêmico, mas, por sua 
natureza individualista, deixa a cargo do educador toda a tarefa do ensino 
e, geralmente, não dá espaço para o debate e a pesquisa por parte dos 
alunos. 
 
Embora seja relevante e necessária, essa técnica não pode ser a única 
estratégia docente na Educação Superior, porque tende a tornar os 
estudantes sujeitos passivos. Antes disso, a aula expositiva precisa de 
complemento a partir do uso de outras metodologias que serão apresentadas 
mais adiante. 
 
Mesmo diante da necessidade de complementação, qualquer aula expositiva 
tem de ser planejada com base nos seguintes elementos estruturais: 
 
Conhecimento pleno da matéria 
O professor precisa dominar plenamente o conteúdo que ministra. Isso é 
um elemento que incentiva o aprendizado dosestudantes. 
 
Organização e preparação 
Organizar esse tipo de aula no Ensino Superior exige do professor: 
 
O diálogo com a turma para conhecer seus limites e suas potencialidades; 
 
 9 
O incentivo à leitura antecipada do conteúdo por parte dos alunos; 
A atenção para os saberes prévios dos estudantes. 
 
Desenvolvimento e encadeamento lógico 
A aula precisa ter introdução, desenvolvimento e conclusão. 
 
Na introdução ao tema, o professor apresenta o conteúdo à turma e 
incentiva a participação dos alunos através de questões que devem ser 
desenvolvidas ao longo da aula. 
 
O desenvolvimento é a decomposição do tema em suas partes 
principais: princípios básicos, conceitos-chave, fatos e exemplos. A ideia é 
fazer com que os estudantes organizem o conteúdo de modo cognitivo. 
Cabe, então, ao docente iniciar a aula do método dedutivo para o indutivo, 
ou seja, das leis gerais para os exemplos específicos. 
 
A conclusão deve fechar as ideias colocadas no desenvolvimento e checar 
se os educandos conseguiram construir conhecimentos e relações no 
decorrer da exposição. O professor precisa verificar se o aluno foi capaz de 
apropriar-se do conteúdo. 
 
Bom uso da voz 
A voz é um instrumento e uma estratégia do professor. Por isso, é 
importante que ele atente para sua altura e modulação. Esses elementos 
favorecem (ou não) a comunicação. 
 
Táticas interessantes que podem ser utilizadas para reter a atenção dos 
alunos e tornar as aulas mais agradáveis são as pausas estratégicas em 
momentos-chave da exposição e o silêncio seguido de expressões 
corporais e faciais. 
 
 
 
 10 
Apresentação de perspectivas a partir de exemplos 
Para melhor equilibrar a ação ativa do professor e passiva dos alunos na 
aula expositiva, é necessário que o docente universitário estimule a 
participação dos estudantes, enfatizando seus pontos de vista e os 
exemplos voltados para seu contexto social. 
 
Seminário 
Seguindo a apresentação das metodologias de trabalho docente, vamos 
conhecer, agora, as características do seminário. 
 
Trata-se de uma técnica de ensino muito utilizada no meio acadêmico. Mas 
precisamos atentar para o fato de que esse tipo de trabalho não consiste 
apenas em entregar o tema para o aluno. Ao contrário: seu desenvolvimento 
requer a aplicação de um método próprio. 
 
Primeiro, é necessário que pequenos grupos façam uma pesquisa sobre 
determinado tema proposto pelo professor, seguindo os passos científicos 
de uma investigação. São eles: 
 
 Coleta de dados; 
 Organização das informações; 
 Análise dos dados; 
 Produção de um trabalho conclusivo. 
 
Depois, os alunos devem partir para a exposição da pesquisa. Isso pode 
ser feito de duas maneiras. Vejamos... 
 
A primeira forma de expor a pesquisa realizada através do seminário é por 
aula, com a apresentação individual de cada grupo. 
 
 
 11 
Caso opte por essa escolha, o professor precisará organizar a participação 
de toda a turma, considerando as funções de cada um nesse trabalho. De 
acordo com Marconi e Lakatos (2004), entre esses papéis, podemos destacar 
os seguintes: 
 
Coordenador 
Figura representada pelo professor, que recomenda os temas, indica a 
bibliografia inicial, estabelece a agenda de trabalho e as regras para sua 
apresentação. 
 
Organizador 
Figura representada por um integrante do grupo, que será o responsável 
pelas reuniões coletivas, pela coordenação das etapas da pesquisa e das 
tarefas para cada componente. 
 
Relator 
Figura responsável pela exposição dos resultados dos estudos do grupo, mas 
ela não é a única a falar em sala de aula. 
 
Secretário 
Figura designada pelo professor para anotar as conclusões finais após os 
debates. 
 
Comentadores 
Figuras designadas pelo professor para o aprofundamento reflexivo do tema a 
ser apresentado. Elas devem estudá-lo com antecedência, com o intuito de 
fazer críticas adequadas à exposição antes da discussão e por ocasião do 
debate com os demais participantes. 
 
 
 
 12 
Debatedores 
Figuras representadas por todos os alunos da turma. Elas participam da 
discussão da seguinte forma: 
 
 Fazendo perguntas; 
 Pedindo esclarecimentos; 
 Colocando objeções; 
 Reforçando argumentos; 
 Dando alguma contribuição para o debate. 
 
A segunda forma de expor a pesquisa realizada através do seminário é em 
um único dia, com a apresentação de representantes dos grupos em mesa-
redonda coordenada pelo educador. 
 
Caso opte por essa escolha, o professor deverá organizar a composição da 
mesa somente com os relatores de cada grupo. Isso não significa que os 
outros alunos deixariam de participar ou de se revezar no andamento do 
trabalho. 
 
Nesse modelo, os relatores expõem o resultado de suas pesquisas, de modo a 
incentivar questionamentos da plateia. 
 
Além disso, no decorrer da apresentação, é importante que o docente 
introduza temas novos e diferenciados, desde que os alunos tenham 
condições acadêmicas de tratá-los com base na investigação feita 
inicialmente. 
 
 
 
 13 
Ensino em pequenos grupos 
Dando continuidade a nosso estudo, vamos conhecer a metodologia de 
ensino em pequenos grupos. Aqui, retiramos o foco do professor e damos 
ênfase aos alunos. 
 
O objetivo não é apenas a aquisição do conteúdo, mas, igualmente, o 
desenvolvimento das seguintes competências: 
 
 Pesquisa; 
 Resolução de problemas; 
 Linguística, de comunicação e criação; 
 Inter-relação, com destaque para a empatia3; 
 Trabalho em grupo, com a propagação de conceitos éticos e morais; 
 Respeito às diferenças; 
 Compartilhamento e articulação de ideias; 
 Argumentação. 
 
Ao optar por essa técnica, o educador precisa estabelecer uma relação 
amigável e de confiança com os estudantes e entender que o 
conhecimento é resultado da construção coletiva. 
 
 
 
3 Empatia 
Nas inter-relações pessoais e sociais, trata-se da capacidade que alguém tem de se ver como 
o outro o vê e de ver o outro como este próprio se vê. Em outras palavras, nesse caso, o 
sujeito está apto para ouvir e ser ouvido. 
 
Adaptado de: Dicionário Aulete online. 
 
 14 
Conheça, agora, alguns procedimentos para o planejamento de aulas em 
pequenos grupos: 
 
Posicionamento na sala 
Dependendo do espaço físico e dos objetivos da aula, podemos estabelecer 
pequenos círculos ou um círculo grande no qual cada estudante é convidado 
a discorrer sobre o tema em questão. 
 
Distribuição dos materiais 
Os materiais utilizados devem seguir os objetivos da aula, as questões 
teóricas a serem desenvolvidas e as regras da apresentação de cada tema. 
 
Diálogo sobre objetivos 
O professor precisa dialogar com os alunos para sanar todas as suas dúvidas 
sobre os materiais que serão utilizados em aula. 
 
Criação de ambiente favorável à participação 
O professor deve criar um clima agradável e democrático em sala de aula, 
deixando sempre espaço para que os estudantes se expressem. 
 
Uma boa dica é reforçar as participações positivas e lidar, de forma 
construtiva, com os possíveis deslizes ou erros dos alunos. A apresentação 
dos temas pode seguir as mesmas orientações do seminário. 
 
Grupo de observação e de verbalização 
Chegou o momento de apresentarmos a metodologia de ensino que se baseia 
na organização de grupos de observação e de verbalização. 
 
Essa técnica estabelece a criação de duas equipes em sala de aula. A primeira 
é menor e possui 5 ou 6 elementos que discutirão,por 15 ou 20 minutos, 
sobre um tema determinado pelo professor. 
 
 
 15 
Já a segunda é maior e composta pelos demais alunos da turma. De início, 
esse grupo só observará o anterior debatendo sobre o assunto. 
 
Após o término do tempo destinado à discussão, as funções se invertem: o 
segundo grupo passa a debater, e o primeiro apenas observa o debate. 
 
Esse método possibilita uma série de vantagens para o processo 
educativo, tais como: 
 
 A introdução de novos conteúdos à temática da aula; 
 A exploração de experiências pessoais dos alunos; 
 A abordagem crítica de certo caso ou assunto sobre o qual já se 
havia comentado anteriormente. 
 
Painel integrado 
Vamos tratar, a partir desse momento, da metodologia de ensino denominada 
painel integrado. 
 
Essa técnica visa aprofundar determinado assunto, bem como 
desenvolver atitudes éticas e críticas e a habilidade do trabalho em 
grupo em sala de aula. 
 
Caso opte por esse método, o professor deverá, primeiro, dividir a turma em 
equipes de 5 estudantes e distribuir para cada uma recursos diferentes, mas 
que as permitam tratar do mesmo tema. 
 
Por exemplo, um grupo pode ficar com um artigo, outro com capítulos de 
livros distintos, mas que devem ser lidos individualmente antes da aula e 
trabalhados, de forma coletiva, no primeiro período do turno. 
 
 
 16 
Talvez, essa primeira etapa demande mais tempo e ocupe uma aula inteira. 
Independente disso, é importante que haja tal prévia de estudo. 
 
Logo após a primeira fase descrita anteriormente, o educador deve solicitar a 
cada grupo que elabore um resumo, uma síntese ou um mapa conceitual para 
expor as principais ideias extraídas do texto. 
 
Na aula seguinte, são formados novos grupos compostos por um integrante 
de cada uma das equipes anteriores. Desse modo, em cada grupo, haverá 
representantes de equipes diferentes que poderão enriquecer a discussão 
com novos elementos. 
 
Essa troca se dará por 4 ou 5 vezes entre os grupos, com tempos de 15 
minutos de debate. 
 
Para finalizar a atividade, as equipes farão análises sobre o conteúdo 
estudado e buscarão estabelecer uma relação entre os vários fragmentos 
lidos, comentando-os de forma crítica. Em seguida, todos poderão produzir 
um texto de modo coletivo. 
 
Elaboração de projetos 
Entre as metodologias de ensino de que o professor dispõe e que podem 
auxiliar sua atuação em sala de aula, está a elaboração de projetos. 
 
Trata-se de uma das técnicas de aprendizagem mais completas da atividade 
didática no Ensino Superior, porque, geralmente, os temas dos trabalhos 
estão relacionados a alguma situação profissional ou a algum evento 
real. 
 
 
 17 
Além disso, trabalhar com projetos é uma excelente maneira de desenvolver 
tanto o ensino quanto a pesquisa no campo acadêmico, e isso também 
pode funcionar para cursos de extensão universitária. 
 
Conheça, agora, as fases da elaboração de projetos: 
 
 
Problematização e contextualização 
A primeira fase do projeto corresponde à apresentação da proposta 
pedagógica do professor e do contrato didático negociado com os alunos. 
 
Pesquisa individual 
A segunda fase do projeto refere-se à pesquisa individual e à ação do 
acadêmico na construção de seu conhecimento. Essa etapa contempla o 
conjunto de valores e saberes interdependentes do saber conhecer, ser, fazer 
e conviver. 
 
Nesse momento, é importante que o professor oriente os alunos, oferecendo 
a eles dicas de como organizar seu trabalho, a fim de que possam seguir o 
caminho que cabe a cada investigação. 
 
 
 18 
Discussão coletiva 
Na terceira fase, a participação do docente é muito importante, pois é ele que 
conduzirá, de forma adequada, as discussões, atuando como mediador do 
conhecimento – aquele que instiga os alunos e lhes propõe refletir sobre suas 
dúvidas. 
 
Esse momento de argumentação crítica permite: 
 
 O trabalho em parceria; 
 O desenvolvimento da ética e do respeito ao outro; 
 A intervenção em situações de conflito; 
 A busca por consensos. 
 
Produção colaborativa 
A quarta fase está voltada para a possibilidade de aprender a aprender e de 
trabalhar em parceria, com ética e responsabilidade. O objetivo é a produção 
de um texto colaborativo. Afinal, todos são agentes de transformação do 
conteúdo. 
 
Em outras palavras, o trabalho deve ser desenvolvido a partir dos debates 
realizados, de forma coletiva, em sala de aula, e não como antigamente, em 
que cada indivíduo fazia sua parte para, depois, juntar cada uma e formar um 
todo. 
 
Nessa etapa, o professor deve observar o desenvolvimento de cada produção 
e somente interferir caso seja solicitado pelo grupo. Dessa forma, ele dá 
liberdade de expressão e permite o pensamento reflexivo dos estudantes, 
impulsionando, indiretamente, a discussão crítica. 
 
 
 
 19 
Apresentação do projeto 
Esta fase refere-se à socialização dos projetos realizados para toda a turma. 
Isso significa que cada trabalho deve ser descrito e apreciado por todos os 
grupos envolvidos. 
 
Avaliação coletiva 
A avaliação deve acontecer em todas as fases de elaboração do projeto. No 
entanto, é na fase anterior que podemos observar, mais claramente, o 
trabalho como um todo e sinalizar pontos que foram muito bem explorados, 
bem como outros que ainda têm potencial para maior desenvolvimento. 
 
Aqui, o professor deve orientar os estudantes a alinharem, de modo 
constante, os objetivos traçados para o projeto. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Piaget (2003), se optar pela aplicação dessa 
técnica em sala de aula, o docente deverá agir de modo a: 
 
 Estimular a percepção do grupo para pontos de vista 
distintos; 
 Estabelecer relações; 
 Provocar o desequilíbrio dos alunos; 
 Direcionar a discussão para a ação e a reflexão sobre o 
mundo e a realidade vivenciada por cada um. 
 
O resultado é a reestruturação do pensamento e o incremento 
do projeto realizado pelos grupos. 
 
Isso constitui a educação significativa! 
 
 
 20 
Sob uma visão dialógica de construção do conhecimento, todas 
essas etapas contribuem para o desenvolvimento da maturidade 
intelectual do grupo com o qual o professor está lidando. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula: 
 Assista ao episódio do programa Caminhos da Escola 
– Pesquisas científicas no Brasil; 
 Leia o texto O ensino de Graduação na universidade 
– a aula universitária. 
 
Atividade proposta 
Após analisar as características da aula expositiva, faça uma relação de suas 
limitações e produza um texto, indicando qual delas você considera a mais 
imprescindível de ser superada. Justifique sua resposta. 
 
 
Referências 
ANTUNES, C. Como desenvolver competências em sala de aula. 
Petrópolis: Vozes, 2010. 
 
BEHRENS, M. A. Paradigma da complexidade: metodologia de projetos, 
contratos didáticos e portfólios. Petrópolis: Vozes, 2006. 
 
______. Projetos de aprendizagem colaborativa num paradigma emergente. 
In: MORAN, J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnologias e 
mediação pedagógica. 19. ed. São Paulo: Papirus, 2012. 
 
 
 21 
BEHRENS, M. A.; OLIARI, A. L. T. A evolução dos paradigmas na educação: 
do pensamento científico tradicional à complexidade. Revista Diálogo 
Educacional, Curitiba, v. 7, n. 22, p. 53-66, set./dez. 2007. 
 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo: 
Atlas, 2004. 
 
MASETTO, M. T. Docência universitária: repensando a aula. In:TEODORO, 
A.; VASCONCELOS, M. L. (Orgs.). Ensinar e aprender no Ensino 
Superior: por uma epistemologia da curiosidade na formação universitária. 
2. ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 76-107. 
 
PERRENOUD, P. Construir competências é virar as costas aos saberes? 
Universidade de Genebra, 1999. 
PIAGET, J. Biologia e conhecimento. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. 
 
RESENDE, E. O livro das competências: desenvolvimento das 
competências – a melhor autoajuda para pessoas, organizações e sociedade. 
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2000. 
 
 
 
 22 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Analisando as técnicas de ensino, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras 
ou (F) para as falsas: 
 
( ) Elas precisam estar a serviço de uma boa relação entre professor, 
aluno e conhecimento. 
( ) Elas devem ser diversificadas e produzidas pelo professor universitário. 
( ) Elas necessitam apenas de boa vontade do educador. 
( ) Elas exigem planejamento antecipado para não perder seu significado. 
( ) Elas não devem ser utilizadas no Ensino Superior, porque são 
consideradas um retorno ao tecnicismo. 
 
 
Questão 2 
Determinada técnica de aprendizagem exige a pesquisa por parte dos alunos, 
a discussão do tema pela turma e o debate entre o grupo. Sua apresentação 
requer a exposição do assunto, bem como a troca de ideias entre quem fala e 
quem assiste a essa comunicação. Estamos nos referindo à metodologia 
denominada: 
 
a) Aula expositiva 
b) Seminário 
c) Apresentação de projetos 
d) Grupo de observação 
e) Painel integrado 
 
 
 
 
 23 
Questão 3 
Determinada técnica de aprendizagem estabelece a criação de dois grupos 
em sala de aula. De início, somente o primeiro discute sobre o assunto, e o 
segundo observa o debate. Depois, as posições das equipes se invertem. 
Estamos nos referindo à metodologia denominada: 
 
a) Aula expositiva 
b) Seminário 
c) Apresentação de projetos 
d) Grupo de observação 
e) Painel integrado 
 
 
Questão 4 
De acordo com Perrenoud (1999), a faculdade de mobilizar um conjunto de 
recursos cognitivos – saberes, capacidades, informações etc. – para 
solucionar uma série de situações é a: 
 
a) Competência 
b) Capacidade 
c) Exigência 
d) Habilidade 
e) Atitude 
 
 
 
 24 
Questão 5 
A competência é um conceito que engloba três dimensões diferentes que se 
complementam. São elas: 
 
a) Conteúdo, forma e atitude. 
b) Conhecimento, estrutura e atitude. 
c) Conteúdo, forma e comportamento. 
d) Conhecimento, habilidade e atitude. 
e) Comportamento, conhecimento e conteúdo. 
 
 
 
 
 
 
 25 
Atividade proposta 
Entre as características da aula expositiva, podemos citar: 
 
 A síntese do conteúdo; 
 O trabalho solitário do professor; 
 A pouca participação do aluno; 
 A duração e a perda de interesse do discente; 
 O total controle nas mãos do docente. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – V, V, F, V, F 
Justificativa: As técnicas de ensino devem ser previamente organizadas e 
planejadas pelo professor, de forma dinâmica e diversificada, a fim de que o 
aluno aprenda e se relacione melhor com o docente e os conteúdos 
estudados. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: O seminário é uma técnica de ensino muito utilizada no meio 
acadêmico, que se baseia, primeiramente, na pesquisa sobre determinado 
tema proposto pelo professor. A etapa seguinte corresponde à exposição da 
investigação, que pode ser feita por cada grupo por aula ou no mesmo dia 
em forma de mesa-redonda por representantes dos grupos, através da 
coordenação docente. 
 
Questão 3 – E 
Justificativa: A técnica dos grupos de observação e de verbalização requer o 
estabelecimento de duas equipes que discutirão os assuntos propostos pelo 
professor – ora observando o debate sobre eles, ora expondo suas opiniões a 
respeito deles. 
 
 26 
Questão 4 – A 
Justificativa: Como vimos ao longo desta aula, a competência é a capacidade 
que a pessoa tem de articular e de transformar, de maneira independente, 
seus vários saberes para atingir determinado objetivo preestabelecido. 
 
Questão 5 – D 
Justificativa: A competência pode ser definida pela integração de três 
dimensões do conhecimento – a compreensão de conceitos, de tecnologia, de 
padrões de trabalho, de metodologias etc., a habilidade para realizar uma 
tarefa e a atitude para concluí-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 13 mai. 2014

Outros materiais