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OS PEQUENOS POLONESES

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As razões da emigração polonesa foram diversas e profundas, como: a grave crise econômica, política e social, o excesso de mão-de-obra, o elevado crescimento demográfico, a falta de terras para as novas gerações, a ausência de legislação agrária, o êxodo rural e perseguições políticas e religiosas. Tudo isso influenciou a imigração para um lugar onde fosse possível tornar-se proprietário de terra.
	A Polônia era um país de carácter agrário, por isso a escolha foi o Brasil, que disponibilizou terras em abundância. Por volta do século XIX os poloneses começaram a imigrar para o Rio Grande do Sul. Foi uma viagem longa de navio, com uma alimentação farta.
	As colônias em terras brasileiras começaram a se formar e para que houvesse lucro e bons resultados, todos precisavam fazer sua parte, as crianças ajudavam, iam para a roça, cuidavam dos animais e auxiliavam nos trabalhos domésticos, as mulheres ficavam incubidas o cuidado do lar e a educação dos filhos.
	Nas propriedades predominavam a policultura e a criação de animais. Os colonos obedeciam, nas operções de plantio, às ocilações de mecado, sempre se dedicando a uma cultura de maior rentabilidade.
	Inicialmente as casas eram de tábuas e chão batido e apenas dois cômodos, cozinha e quarto, perto das casas eram construídos o galpão e abrigo dos animais. O banheiro era os arbustos e chuveiro os córregos os rios. Após um tempo passaram a construir os primeiros banheiros colônias.
O processo de colonização e povoamento em lotes coloniais isolados, afastou as famílias, fez com que providenciassem espaços de convivência coletiva: escola e igreja. A escola colonial serviu para tirar do analfabetismo uma considerável camada da população, a tarefa de ensinar a ler a escrever ficava sob custódia de algum colono que soubesse ler, escrever e dominasse as quatro operações matemáticas. 
A religião polonesa se concretizou em católica, os poloneses viam a capela como um centro de socialização; um espaço sagrado.
Na década de 1960 iniciou-se a chamada "História Nova", com inovações que propunham novos objetivos, novas métodos e novas linguagens na escrita da história. Com isso ganha-se uma pluralidade de tendências em relação a história da mentalidade, de diferentes visões do mundo e de conceitos presentes em diferentes períodos históricos.
Philippe Áries apresenta sua obra, História Social da Criança e da Família na década de 60, e a partir dessa obra, passa-se a se definir a infância como um período de fragilidade e inocência, e que necessita de incentivos para ser feliz. Áries também diz que é fruto da contemporaniedade encontrar crianças que são vistas como projeções de expectativas dos pais ou que são protegidos ou mimados, reinventando o hábito da Idade Média.
Stolz: "Entre todas as etnias emigrados de seus países de origem, talvez a mais sofrida tenha sido o povo polonês que navegou p oceano em busca de um novo lar na América. A longa e dificultosa viagem só era compensada para os emigrados ao lembrarem das vantagens e novas esperanças que encontrariam pela frente."
As crianças foram as que mais sofreram com a viagem e a adaptação ao novo ambiente. Ao chegarem no Brasil sofreram com uma epidemia, a varíola, onde muitas crianças morreram e deixaram seus familiares desconfortáveis.
	Com a adaptação ao novo país, várias doenças foram surgindo, mas eram controladas no ambiente familiar e por benzedeiras, pois os médicos não eram muito aceitos entre os poloneses, pelo motivo de medo do desconhecido.
As crianças brincavam e versavam o cultivo da terra. Elas utilizavam os elementos da natureza para elaborarem seus brinquedos. Brincavam com bodoque, boneca, bola, botão, carrinho, cata-vento, chocalho e diversos jogos. Eram felizes e viviam livres pelos campos, mas sempre ajudando a família nos afazeres.
Alguns educadores e filósofos garantem que brincar é a base da cultuta de um povo. Muitos brinquedos que se tem na atualidade nasceram nas civilizações antigas e boa parte deles continuam inalteradas pelo tempo.
Em 1961, em 12 de outubro foi ressussitada a ideia de um dia para as crianças, e a partir dessa data até nos dias atuais é comemorado o dia nacional da criança.
O vestuário eram de confecção doméstica, pela falta de dinheiro. "Geralmente as costuras eram feitas em dias chuvosos ou nos intervalos das colheitas. Durante a noite ficava difícil, pois a iluminação era precária e deixar o lampião acesso acrescentaria um custo que nem sempre a família poderia arcar." As meninas usavam os tecidos mais claros e estampados, e os meninos tecidos de cores mais fortes. Sapatos eram usados apenas em datas comemorativas.

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