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Legislação Social e Previndenciária aula 1

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Unidade I
LEGISLAÇÃO SOCIAL E 
PREVIDENCIÁRIAPREVIDENCIÁRIA
Prof. Vanderlei da Silva
Apresentação
 Objetivos gerais: Propiciar 
conhecimentos básicos sobre a 
legislação social brasileira, 
principalmente, aqueles necessários ao 
exercício da prática profissional e ao 
exercício da cidadaniaexercício da cidadania.
Objetivos específicos:
 Ensinar a legislação social fundamental 
ao exercício profissional.
 Refletir sobre os dispositivos legais queRefletir sobre os dispositivos legais que 
visam a garantia dos direitos sociais.
 Desenvolver estratégias e habilidades 
para o exercício profissional.
Desafios do serviço social
 Ausência ou fragilidade de uma 
legislação voltada para a garantia de 
direitos sociais.
 Compreender a Seguridade Social, que é 
formada pela Assistência Social, 
Previdência social e Saúde.
 Entender a estrutura do Sistema Único 
de Saúde (SUS) e do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS).
 Conhecer a legislação e as políticas queConhecer a legislação e as políticas que 
estão relacionadas com a criança e o 
adolescente, à pessoa idosa e à pessoa 
com deficiência. 
A evolução dos direitos
 O reconhecimento dos direitos humanos 
e sociais é uma das grandes conquistas 
da humanidade.
 Eles são frutos das lutas travadas contra 
as desigualdades e as opressões 
existentes na sociedade.
 Muitas vezes, as garantias existentes 
não são respeitadas, sendo necessária a 
organização da sociedade civil, da 
gestão pública e do Sistema de 
Garantias de Direitos para que elas 
sejam cumpridas.
As quatro gerações do direito -
primeira geração
 Os primeiros direitos que foram 
conquistados pelo homem frente ao 
poder do Estado foram os liberais 
(liberdades civis e políticas) e, por isso 
mesmo, são chamados direitos de 
primeira geraçãoprimeira geração.
 São direitos individuais com caráter 
negativo por exigirem diretamente uma 
abstenção do Estado, seu principal 
destinatário.
 Esses direitos surgiram principalmente 
com a Revolução Francesa de 1789.
As quatro gerações do direito -
Segunda geração
 São tidos como direitos positivos, já que 
aqui a liberdade aparece sob forma 
positiva, como autonomia e como o 
desejo de participar no Estado, isto é, na 
formação da vontade política, do poder 
políticopolítico.
 São direitos de titularidade coletiva e 
com caráter positivo, pois exigem 
atuações do Estado.
 São provenientes principalmente das 
lutas das classes trabalhadoras, após a 
Revolução Industrial.
 Os direitos previdenciários e os direitos 
trabalhistas são exemplos de direitos 
humanos de segunda geração.
As quatro gerações do direito –
Terceira geração
 A partir das conquistas, a sociedade 
passou a exigir que o Estado não apenas 
garantisse suas liberdades e concedesse 
direitos sociais, mas que os direitos 
coletivos ou difusos fossem 
estabelecidosestabelecidos.
 Em regra, não se destinam à proteção 
individual, mas, sim, à proteção de 
grupos, o que se afina com as 
necessidades das sociedades de massa, 
provenientes da urbanizaçãoprovenientes da urbanização.
 Referem-se ao meio ambiente, ao direito 
ao desenvolvimento, à paz, à 
comunicação etc.
As quatro gerações do direito –
Quarta geração
 Com as inovações tecnológicas, 
mormente no campo da comunicação e 
da genética, surgiu uma nova esfera de 
direitos fundamentais, necessários não 
apenas à proteção do homem enquanto 
ser social mas à preservação da espécieser social, mas à preservação da espécie.
 Tal tema encontra-se inserido na 
Declaração dos Direitos do Homem e do 
Genoma Humano, elaborado em 1997, 
pela Assembleia Geral da UNESCO.
T t t t d di it i d Trata-se, portanto, dos direitos ainda em 
fase de construção, mas que traduzem a 
ideia da proteção do ser humano 
em face de manipulação 
genética.
Garantia dos direitos
 A negação de um direito equivale à 
inexistência dos direitos fundamentais 
do ser humano, pois não há que se falar 
em garantia ao direito de quarta geração, 
por exemplo, se o direito de voto ou de 
petição ainda não estiver asseguradopetição ainda não estiver assegurado. 
 Conforme o modelo econômico vigente e 
a dinâmica histórica de cada sociedade, 
esses direitos podem ser sustentados ou 
podem ser retroagidos.
 Somente se estabelecem de forma 
assegurada quando a sociedade civil 
está organizada e luta pela sua 
manutenção e efetivação.
Os direitos sociais
 O processo de industrialização trouxe 
uma série de consequências e impôs 
desafios, até então, inexistentes.
 As Constituições Mexicana (1917) e 
Alemã (1919) foram os primeiros 
referenciais dos direitos sociais na 
ordem constitucional.
 Assim, o Estado passou a ser não só 
garantidor das liberdades individuais, 
mas a atuar diretamente para que os 
direitos sociais como saúde, educação e 
trabalho fossem assegurados.
Conquista de direitos no Brasil
 A Constituição Imperial de 1824 
apresentava a inviolabilidade dos direitos 
civis e políticos, com a prerrogativa da 
liberdade, da segurança individual e da 
propriedade.
 A Constituição Federal de 1891 
estabeleceu voto direto para a eleição a 
deputado, senador, presidente e vice-
presidente da República.
 Porém, impedia de exercer os direitos 
políticos aqueles que eram considerados 
mendigos, analfabetos e religiosos.
 O critério de renda era exigência para o 
exercício dos direitos políticos.
Conquista de direitos no Brasil
 Somente na década de 1930, o Brasil 
passou a considerar como função estatal 
a garantia de direitos básicos do cidadão 
na esfera social.
 A Constituição de 1934 avançou em 
algumas situações liberais.
 Porém, em 1937, passou a vigorar um 
sistema centralizado e autoritário de 
governar.
 Foram suspensas praticamente todas asForam suspensas praticamente todas as 
liberdades a que o ser humano tem 
direito. 
 Isso culminou na supressão dos direitos 
humanos do povo brasileiro.
Interatividade 
Como são chamados os direitos que foram 
conquistados pelo homem frente ao poder 
do Estado e que são os relacionados à 
proteção da vida e da liberdade?
a) Direitos de segunda geração.
b) Direitos de terceira geração.
c) Direitos de primeira geração.
d) Direitos de quarta geração.
e) Direitos de quinta geração.
Política do assistencialismo
 A Constituição de 1937, que deu origem 
ao chamado “Estado Novo”, trouxe a 
política social mais voltada para o 
assistencialismo.
 Tinha no clientelismo social uma forma 
de manter controlada a reivindicação dos 
movimentos organizados que surgiam 
com o fortalecimento sindical.
 Fruto dessa política, foi criada a Legião 
Brasileira de Assistência, em 1938, e o 
Departamento Nacional da Criança.
Conciliação entre o 
capital e o trabalho
 A Constituição de 1946 ampliou as 
liberdades civis.
 Os direitos foram restaurados com 
garantias individuais e tendo sido 
ampliados, inclusive, os direitos sociais.
 Restabeleceu o direito de greve e o 
salário mínimo nacional para atender às 
necessidades do trabalhador e de seu 
grupo familiar.
 Porém, nesse período, os direitos sociais,Porém, nesse período, os direitos sociais, 
na prática, existiam apenas para os 
segmentos que se encontravam inseridos 
no mercado de trabalho.
Retrocesso aos direitos 
constitucionais e humanos
 Em 1964, ocorreu o Golpe Militar que, 
por intermédio dos Atos Institucionais, 
suprimiu muitos dos direitos já 
conquistados.
 Em 1967, foi promulgada uma 
Constituição para legitimar o regime 
militar, negando-se toda forma de 
contestação e mobilização popular.
 Os direitos sociais foram centralizados 
no governo federal e eram executados 
conforme sua estratégia de controle da 
estabilidade política e econômica.Os direitos sociais na 
Constituição Federal de 1988
 A política social brasileira, antes de 
1988, caracterizou-se pela cobertura aos 
que se encontravam no mercado de 
trabalho.
 Àqueles que estavam fora deste, só 
havia ações filantrópicas ou caritativas, 
em que a esmola surgia como única 
forma de auxílio.
 Na Constituição Federal de 1988, fica 
estabelecido aquilo que concerne à 
ordem social, principalmente à 
Seguridade Social, abrangendo a saúde, 
a Previdência Social e a Assistência 
Social.
A ordem social e a 
ordem econômica
 A ordem social e a ordem econômica 
caracterizam o equilíbrio das forças que 
fazem funcionar a sociedade.
 Tendo como objetivo a justiça social, a 
ordem social prevista na Constituição 
Federal priorizou o trabalho como forma 
de garantir uma existência digna.
 Da mesma forma, prevalecem os 
interesses sociais sobre os econômicos 
em todos os momentos em que há 
conflito entre eles, como é o caso da 
propriedade privada, sujeita à sua função 
social.
Universalidade do atendimento
 Uma das características dos direitos 
sociais na Constituição Brasileira é sua 
universalização, ou seja, todos deveriam 
ter acesso a eles de forma igualitária, 
dentro das regras estabelecidas e com 
os recursos disponíveisos recursos disponíveis.
 Porém, ainda convivemos com a 
situação da inexistência, em muitos 
municípios, das políticas públicas de 
média e da alta complexidade, como é o 
caso tanto da saúde como dacaso tanto da saúde como da 
Assistência Social.
Política neoliberal e estado social
 O chamado Estado do bem-estar social 
tem uma presença marcante em nossa 
Constituição.
 Porém, houve a adoção de uma política 
neoliberal que traz a ideia de um Estado 
mínimo, ausente da participação dos 
serviços sociais.
 Por isso, a sociedade civil precisa se 
organizar, para participar dos conselhos 
de direitos, vencendo, assim, a lógica do 
Estado mínimo e articulando a 
prevalência de um Estado garantidor da 
política pública efetiva.
Organizações não governamentais 
 As ONGs surgiram inicialmente como 
forma de colaborar com a luta pela 
democratização do país, tendo mais um 
caráter reivindicatório.
 Ao ganharem credibilidade na forma com 
que organizavam as demandas e os 
atores envolvidos, e passada a fase da 
reivindicação, foram direcionando sua 
atuação no preenchimento de lacunas 
deixadas pelo poder público nas 
demandas sociaisdemandas sociais.
O estado democrático de direito
 O artigo primeiro da Constituição Federal 
afirma que a República Federativa do 
Brasil constitui-se em estado 
democrático de direito e que todo poder 
emana do povo, que o exerce por meio 
de seus representantes ou diretamentede seus representantes ou diretamente.
 Porém, a complexidade do exercício dos 
direitos e garantias fundamentais 
conferidas ao cidadão fez com que a 
vontade popular, na sua essência, fosse 
efetivada por meio de seusefetivada por meio de seus 
representantes nas várias esferas do 
poder, por meio daquilo que se 
denomina “democracia 
representativa”.
As garantias individuais e coletivas
 A participação social também foi 
assegurada por garantias jurídicas, que 
visavam proporcionar a eficácia dos 
direitos individuais e coletivos previstos 
na Constituição e que possibilitavam a 
resistência do cidadão frente aos abusosresistência do cidadão frente aos abusos 
e desvios ou ilegalidades praticadas pelo 
poder estatal.
 Essas garantias podem ser negativas, 
que é o caso do espaço que o Estado 
não pode invadir como a liberdade anão pode invadir, como a liberdade, a 
privacidade, a propriedade, a locomoção 
etc., e positivas, que são os 
instrumentos de ação contra 
o Estado. 
Participação social e 
políticas públicas
 A Constituição Federal inovou ao 
assegurar a participação social em dois 
estágios das políticas públicas.
 O primeiro ocorre durante a elaboração 
das políticas públicas: são os espaços 
de debates e as respectivas 
institucionalizações.
 No segundo estágio, verifica-se a 
participação social na execução das 
mesmas.
 Nesse sentido, os conselhos asseguram 
a participação popular na elaboração, na 
execução e na fiscalização 
destas políticas.
Interatividade
Como se chama uma das características 
dos direitos sociais na Constituição 
Brasileira, pela qual todos deveriam ter 
acesso de forma igualitária, dentro das 
regras estabelecidas e com os recursos 
disponíveis?disponíveis?
a) Universalidade do atendimento.
b) Centralização do atendimento.
c) Garantia jurídica.
d) Seguridade sociald) Seguridade social.
e) Assistência social.
O controle social da 
política pública de saúde
 É estabelecido pela criação e 
continuidade dos conselhos paritários, 
com acento dos representantes da 
gestão pública, indicados pelo gestor, 
representantes dos profissionais da área 
e representantes dos usuários do SUSe representantes dos usuários do SUS.
 Estes são os órgãos de deliberação da 
política pública, de controle e de 
acompanhamento do financiamento nas 
três esferas de governo.
O controle social da política 
pública de assistência social
 É estabelecido pela criação e 
continuidade dos conselhos, que têm 
representação paritária, pela indicação 
do gestor público e das secretarias 
respectivas da sua representatividade, 
representantes da sociedade civilrepresentantes da sociedade civil 
organizada: de entidades 
socioassistenciais, de profissionais da 
área e de usuários.
 Estes conselhos são deliberativos para 
o controle social e o acompanhamentoo controle social e o acompanhamento 
do financiamento da política. 
O controle social da política pública 
para a criança e o adolescente
 É estabelecido pelo acompanhamento 
dos serviços e da sua continuidade, 
tendo caráter de deliberação da política 
pública enquanto primazia 
constitucional.
 Nesse caso, é uma política intersetorial, 
pois a criança e o adolescente têm 
garantia de direitos nas diversas 
políticas públicas.
 Os municípios devem garantir a 
implantação dos Conselhos de Direitos, 
que são instâncias de controle social, 
pactuação e deliberação da política 
pública.
A legislação social vigente no Brasil 
Art. 194 da Constituição Federal
 A Seguridade Social compreende um 
conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos 
relativos à Saúde, à Previdência e à 
Assistência SocialAssistência Social.
Seguridade Social:
 Previdência = contributiva;
 Assistência Social = não contributiva;
 Saúde = não contributiva Saúde = não contributiva.
Os objetivos da Seguridade Social
 Irredutibilidade do valor dos benefícios.
 Equidade na forma de participação no 
custeio.
 Diversidade da base de financiamento.
 Caráter democrático e descentralizado Caráter democrático e descentralizado 
da administração mediante gestão 
quadripartite, com a participação dos 
trabalhadores, dos empregadores, dos 
aposentados e do governo nos órgãos 
colegiados.colegiados.
Histórico da Previdência Social
 Entre 1920 e 1930, surgiram as Caixas de 
Aposentadoria e Pensão – CAPs – caixas 
profissionais por empresas, em regime 
de capitalização coletiva, sem a 
responsabilização estatal.
 Entre1930 e 1960, surgiram os Institutos 
de Aposentadoria e Pensão – IAPs, 
organizados por categoria profissional 
para empregados urbanos, em regime de 
capitalização coletiva, ainda sem a 
responsabilização estatalresponsabilização estatal.
 Em 1966, há a criação do Instituto 
Nacional de Previdência Social – INPS. 
Início da responsabilização do 
Estado.
Histórico da previdência social
 A partir da década de 1970, tornou-se a 
extensão da cobertura aos trabalhadoresautônomos, domésticos e rurais dentro 
de uma categoria de excepcionalidade, 
estando até o presente na lógica do 
Regime EspecialRegime Especial.
 Somente na década de 1980, com a 
discussão sobre a universalização do 
atendimento gratuito à saúde, 
considerando que o cidadão tem direito, 
mesmo sem contribuição que semesmo sem contribuição, que se 
separam as duas políticas sociais: Saúde 
e Previdência Social.
Previdência social na Constituição 
Federal de 1988
 O país deu um salto no que tange às 
políticas públicas sociais com a 
promulgação da Constituição Federal de 
1988, pela qual se registrou uma 
equalização dos benefícios dos sistemas 
b lurbano e rural.
 Com a criação do conceito de segurado 
especial para proteção aos trabalhadores e 
suas famílias que trabalhavam em 
economia familiar, efetivamente, passou a 
vigorar a Seguridade Socialvigorar a Seguridade Social.
 CF, Art. 201. A previdência social será 
organizada sob a forma de regime geral, de 
caráter contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial
Filiação e inscrição na 
previdência social
 Todo cidadão brasileiro, a partir de 16 
anos de idade, pode filiar-se à 
Previdência Social e pagar mensalmente 
a contribuição para assegurar os seus 
direitos e a proteção social à sua família.
 Esse vínculo é automático, quando as 
pessoas exercem atividade remunerada, 
ou facultativa, quando a pessoa oficializa 
sua inscrição e passa a recolher as 
contribuições previdenciárias.
 A inscrição é o ato formal pelo qual o 
segurado se cadastra no Regime Geral 
da Previdência Social.
As informações previdenciárias
 Todas as informações de dados 
cadastrais, vínculos empregatícios 
(registro dos contratos de trabalho), as 
remunerações e as contribuições dos 
trabalhadores brasileiros estão 
registradas no Cadastro Nacional deregistradas no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais – CNIS.
 O CNIS é um banco de dados do 
Governo Federal, que tem o papel de 
oferecer a concessão regular de 
benefícios possibilitar um melhorbenefícios, possibilitar um melhor 
controle da arrecadação e serve de 
subsídio ao planejamento de políticas 
públicas sociais.
Contribuição para a 
previdência social
 É a parcela descontada do salário dos 
segurados e também paga pelos patrões, 
que são responsáveis por recolher as 
contribuições dos empregados com 
carteira assinada, dos trabalhadores 
avulsos e dos contribuintes individuaisavulsos e dos contribuintes individuais 
que prestam serviço para a sua empresa.
 O salário de contribuição é a soma de 
todos os ganhos do trabalhador durante 
o período de um mês.
Interatividade
Quais são os direitos que a seguridade 
social visa assegurar, e que a transforma 
num conjunto integrado de ações de 
iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade?
a) De primeira e segunda geração.
b) À previdência, à assistência social e à 
saúde.
c) Coletivos e do meio ambiente.
d) Difusos e individuaisd) Difusos e individuais.
e) De terceira e quarta geração.
A Lei Orgânica da saúde (Lei nº 
8.080, de 19 de setembro de 1990)
 A Lei Orgânica da saúde, tem como 
objetivo a universalização do 
atendimento, regular em todo o território 
nacional as ações e serviços referentes à 
saúde, dispondo sobre as condições 
para a sua efetiva promoção proteção epara a sua efetiva promoção, proteção e 
recuperação, assim como a organização 
e o funcionamento de suas instituições.
 O Sistema Único de Saúde – SUS é 
considerado um dos maiores sistemas 
públicos de saúde do mundo garantindopúblicos de saúde do mundo, garantindo 
o acesso de forma gratuita para toda a 
população.
Um novo conceito de saúde
 Quando se fala em saúde, não devemos 
entender ações curativas, mas sim, e, 
principalmente, preventivas.
 A saúde das pessoas está diretamente 
vinculada às condições de vida da 
população a qual faz parte, sejam 
condições de ordem econômica, 
estrutural, social e cultural.
 A estrutura da sociedade está 
diretamente relacionada à saúde da 
população. Dessa forma, promover as 
condições indispensáveis ao seu 
exercício equivale a proporcionar 
qualidade de vida.
Princípios básicos do 
Sistema Único de Saúde
 Universalidade: o acesso aos serviços de 
saúde é um direito de todos, 
independentemente de qualquer requisito. 
 Integralidade da assistência: os serviços 
abrangem ações preventivas e curativas.
 Descentralização: o Sistema Único de 
Saúde atua nas três esferas 
administrativas – nacional, estadual e 
municipal – cada uma com atribuições e 
comandos próprios.
 Participação da comunidade: ela participa 
da gestão do SUS por meio dos conselhos 
municipais de saúde.
O Sistema Único de Saúde 
SUS
 O Sistema Único de Saúde – SUS é um 
dos maiores sistemas públicos de saúde 
do mundo.
 Ele abrange desde o simples 
atendimento ambulatorial até o 
transplante de órgãos, garantindo 
acesso integral, universal e gratuito para 
toda a população do país.
 Amparado por um conceito ampliado de 
saúde, o SUS foi criado, em 1988, pela 
Constituição Federal Brasileira, para ser 
o sistema de saúde dos mais de 180 
milhões de brasileiros.
Programa de Saúde da Família PSF
 Criado em 1994, para reorganizar a 
prática da atenção à saúde em novas 
bases e substituir o modelo tradicional, 
levando a saúde para mais perto da 
família e, com isso, melhorar a qualidade 
de vida dos brasileirosde vida dos brasileiros.
 A estratégia do PSF prioriza as ações de 
prevenção, promoção e recuperação da 
saúde das pessoas, de forma integral e 
contínua.
 O atendimento é prestado na unidade 
básica de saúde ou no domicílio, pelos 
profissionais que compõem as equipes 
de Saúde da Família.
Lei Orgânica da Assistência Social 
– LOAS
 A LOAS definiu a Assistência Social 
como: Direito do cidadão e dever do 
Estado, Política de Seguridade Social 
não contributiva, que provê os mínimos 
sociais, realizada através de um conjunto 
integrado de ações de iniciativa pública eintegrado de ações de iniciativa pública e 
da sociedade, para garantir o 
atendimento às necessidades básicas.
 A lei assegurou à Assistência Social o 
caráter de política pública e aos seus 
usuários a garantia de se tornarem deusuários a garantia de se tornarem de 
fato detentores de direitos, por meio da 
prestação de serviços e benefícios 
sistemáticos e continuados.
Da Assistência Social
 A Assistência Social tem por objetivo a 
proteção à família, à maternidade, à 
infância, à adolescência, à habilitação e 
reabilitação das pessoas portadoras de 
deficiência e à reintegração ao mercado 
de trabalho daqueles que necessitemde trabalho daqueles que necessitem.
 Suas ações correspondem ao 
enfrentamento da pobreza, garantindo as 
necessidades básicas necessárias para 
se viver uma vida plena, assegurando a 
todos efetivamente os direitos sociaistodos, efetivamente, os direitos sociais.
Princípios da Assistência Social
 Supremacia do atendimento às 
necessidades sociais sobre as 
exigências de rentabilidade econômica.
 Universalização dos direitos sociais, a 
fim de tornar o destinatário da ação 
assistencial alcançável pelas demais 
políticas públicas.
 Respeito à dignidade do cidadão, à sua 
autonomia e ao seu direito aos 
benefícios e serviços de qualidade, bem 
como a convivência familiar e 
comunitária, vedando-se qualquer 
promoção vexatória de necessidade.
Princípios da Assistência Social
 Igualdade de direitos no acesso ao 
atendimento sem discriminação de 
qualquer natureza, garantindo-se 
equivalência às populações urbanas e 
rurais.
 Divulgação ampla dos benefícios, 
serviços, programas e projetos 
assistenciais, bem como dos recursos 
oferecidospelo poder público e dos 
critérios para sua concessão.
Política Nacional de Assistência 
Social – PNAS
 A PNAS/2004 assegura que é função da 
Assistência Social atender à população 
em situação de vulnerabilidade social.
 Proteção social básica tem como 
objetivos prevenir situações de risco por 
meio do desenvolvimento de 
potencialidades e aquisições, e o 
fortalecimento de vínculos familiares e 
comunitários.
 Proteção social especial destinada a 
famílias e indivíduos que se encontram 
em situação de risco pessoal e social, 
demandando atendimento especializado.
Sistema Único de Assistência 
Social – SUAS
 A Assistência Social veio consolidar o 
sistema de proteção social brasileiro 
como uma das dimensões da Seguridade 
Social, conjuntamente com saúde e 
Previdência Social.
 O desafio para implementação desse 
novo campo de políticas públicas está na 
transição de uma concepção de proteção 
social àqueles que dela necessitam para 
o reconhecimento da assistência social 
como um direito fundamental emcomo um direito fundamental em 
consonância com os compromissos 
internacionais brasileiros relativos aos 
direitos humanos. 
Vulnerabilidade e risco social
 Segundo a Política Nacional de 
Assistência Social – PNAS (2004), a 
vulnerabilidade se constitui em 
situações ou ainda em identidades que 
concorrem para a exclusão social dos 
sujeitossujeitos.
 Segundo a PNAS (2004), o risco social se 
configura como uma situação instalada 
que, “ao se impor, afeta negativamente a 
identidade e a posição social de 
indivíduos e grupos É decorrente dosindivíduos e grupos. É decorrente dos 
processos de omissão ou violação de 
direitos”.
Interatividade
Qual foi a lei que definiu a Assistência 
Social como: Direito do cidadão e dever do 
Estado, realizada através de um conjunto 
integrado de ações de iniciativa pública e 
da sociedade?
a) Lei Orgânica da Saúde.
b) Lei Orgânica do Serviço Social.
c) Lei de Diretrizes e Bases.
d) Lei Orgânica da Assistência Social.
e) Lei Orçamentária.
ATÉ A PRÓXIMA!

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