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Centro Universitário Estácio do Ceará Curso de Nutrição Disciplina: Avaliação Nutricional Profª Me. Vanessa Morais EXAME FÍSICO Plano de Aula Conhecer os indicadores físicos de deficiências nutricionais; Avaliação da composição corporal (Parte I). PACIENTE Exame Hsico Consumo alimentar Avaliação Antropomé-‐ trica Exames bioquímicos PACIENTE Exame -sico Consumo alimentar Avaliação Antropomé-‐ trica Exames bioquímicos Métodos clinicamente usados para idenNficar sinais e sintomas de alterações nutricionais Sinais: observação feita pelo avaliador Sintomas: Manifestações referidas pelo avaliado Etapas da Abordagem Clínico-‐Nutricional Contato inicial com o paciente Para direção do exame físico: -‐ conhecimento das características gerais da doença e os sintomas apresentados -‐ história atual e pregressa -‐ contexto familiar e social Os dados apresentados irão nortear a conduta nutricional individualizada em conjunto com os outros dados de avaliação nutricional Identificação do paciente (nome, idade, sexo, etnia, estado civil, profissão, renda familiar, ocupação, escolaridade) Queixa e diagnóstico principal (o que fez buscar atendimento nutricional/doença de base) História da doença atual (relato claro e cronológico dos problemas que motivaram internação ou consulta do paciente e os medicamentos utilizados) História patológica pregressa (doenças da infância, doenças crônicas, informações sobre cirurgia, acidentes, lesões e transfusões de sangue) História familiar História social (tabagismo, etilismo, drogas) Avaliação do estado mental (lúcido e orientado) Avaliação do funcionamento intestinal (questionar sobre aspecto e coloração de fezes e o número de evacuações por dia) Identificação e características gerais do paciente Tentar coletar o máximo de informações possíveis sobre os dados gerais do paciente!!! Exame físico Consumo de tecido adiposo Consumo muscular Grau de consciência Estado de hidratação Presença de peristalse/Sistema digestivo Identificação de edema Fácies (agudo e crônico) Fácies agudo • Exausto, cansado, não consegue manter olhos abertos por muito tempo. Músculos orbiculares palpebrais são os primeiros que se cansam. • Cuidado!!! alteração nível de consciência (coma), doença neurológica, drogas sedaNvas ou trauma Fácies crônico • Paciente parece deprimido, triste, pouco diálogo. • Estado de humor compromeNdo. Depressão?? • Muitas vezes o que esta moNvando um paciente a se comportar como deprimido é a desnutrição (avaliação psicológica e nutricional) • Não administrar anNdepressivo em quem precisa nutrir, ou r enu t r i r quem p re c i s a de medicamento (Duarte, 2007) ¡ Perdas de massa magra e gordurosa na região: ÷ Exame Atrofia Temporal ¢ Atrofia bitemporal ¢ Paciente deixou/diminuiu mastigação – dieta hipocalórica ¢ 3 a 4 semanas leva a atrofia muscular temporal ¢ Relação com imunocompetência ¢ Perda da bola gordurosa de Bichart e Sinal da “asa quebrada” ¡ Cabelos: ÷ avaliar o aspecto do cabelo, apresenta-‐se sem brilho e quebradiço ÷ Observar se há áreas sem cabelo (alopécia) ÷ Perguntar se o paciente tem notado queda de cabelo, independente do uso de produtos químicos Cabeça e pescoço ¡ Olhos: ÷ conjuntiva (ausência de colorações) ÷ Esclerótica (amarelada). ÷ O grau de palidez das mucosas pode ser avaliado em uma escala que varia de um (+) a quatro (++++) Cabeça e pescoço Boca e faringe ÷ Lábios e mucosa oral: ¢ observar a coloração e umidade, a existência de nódulos, ulcerações e rachaduras nos cantos da boca ÷ Gengivas e dentes: ¢ registrar a coloração das gengivas. Inspecionar quanto a presença de edemas, ulceração e sangramento e fissuras. ¢ Observe se há falta de dentes (prejuízo na mastigação) ou se estão quebrados, presença de prótese ÷ Língua: observar o aspecto da língua, se ela se encontra rosada, ligeiramente áspera, úmida, sem cores e sem fissuras. ¢ A língua lisa, inflamada, magenta, dolorosa ou com atrofia ou hipertrofia das papilas pode sugerir deficiência de riboflavina, niacina, ácido fólico, vitamina B12, piridoxina e ferro. ¢ Queilose: lábios secos e com rachaduras ¢ Estomatite angular: aftas e candidíase ÷ Salivação: deve-‐se questionar sobre a presença de xerostomia – boca seca; ou sialorréia -‐ salivação excessiva (fármacos) Boca e faringe Língua magenta Queilose Queilite angular Deficiência de zinco Pele – hidratação e alterações na coloração ¡ Hidratação: pode ser avaliada pelo seu turgor. ÷ Se a pele se desfaz lentamente à desidratação ou edema ¡ Palidez: diminuição da cor rósea da pele (anemia, isquemia) ¡ Presença de escaras, úlceras de pressão, feridas ¡ Cianose: é a coloração azulada da pele e extremidade das mãos e pés. ¡ Icterícia: coloração amarelada que pode aparecerdifusamente na pele, assim como na esclerótica, nas conjuntivas palpebrais, nos lábios. As causas incluem doença hepática e hemólise eritrocitária Sinal de Cacifo -‐ edema Cianose Úlcera de pressão ¡ Carotenemia: ÷ coloração amarelada que acompanha concentrações elevadas de caroteno. ÷ Devem-‐se inspecionar as palmas das mãos, regiões plantares e rosto. ÷ Ao contrário da icterícia, a carotenemia não atinge a esclerótica ¡ Petéquias: ÷ equimoses, hematomas profundos e hemartroses são observados nos distúrbios de coagulação sendo agravados ou desencadeados pela deficiência de vitamina K Pele – hidratação e alterações na coloração Pele – hidratação e alterações na coloração Hemartose – sangue nas articulações Equimose -‐ hematomas Petéquias – manchas de sangue (pintas ou manchas) ¡ Unhas Coiloníquas (forma de colher, finas, côncavas) Unhas – coloração e formato Unhas de Terry (com coloração esbranquiçada – comum no idoso e em pacientes com doenças crônicas) Massa muscular Exame físico da massa muscular Exame do tórax: Região do pescoço e clavícula: Supra e infraclaviculares e da fúrcula esternal supraclavicular infraclavicular fúrcula esternal Atrofia destas regiões indica que o paciente já perdeu massa muscular há muito tempo (perda crônica) Exame físico da massa muscular Mu s c u l a t u r a i n t e r c o s t a l e paravertebral: • Reduz a sustentação corporal → cifose • ↓ capacidade de expansão venN la tó r i a pu lmonar , menor uNlização das bases do pulmão • → hipovenNlação de bases de pulmão maior propensão a pneumonia de base • Atrofia muscular → maior tempo no venNlador mecânico Exame físico da massa muscular Membros superiores, atrofia da musculatura bi e tricipital. Músculo adutor do polegar. Exame físico da massa muscular Trapézio, deltóide, quadríceps femural Musculatura sem tônus muscular ¡ Disfagia ¡ Odinofagia ¡ Pirose ou azia ¡ Regurgitação ¡ Flatulência ¡ Hematemese ¡ Melena ¡ Enterorragia ¡ Hematoquezias Eliminação das fezes negras ou de consistência pastosa e de odor bem característico (fétido) Vômito com sangue vivo ou em borra de café Hemorragia intestinal com eliminação de sangue vivo pelo ânus Geralmente associada a uma hemorragia causada por hemorróida e diverticulite Sistema digestório Abdome Características: • Plano (normal) • Globoso (obesidade e grávidas) • Em avental • Escavado: afundamento do abdome próximo ao estômago (privação crônica de alimentos) • Ascítico (ascite): acúmulo de líquido no abdome “Duro, brilhante” • Distensão abdominal ¡ Avaliação de perda de massa gordurosa, massa magra e presença de líquidos no espaço extra vascular (edemas) ¡ Verificar presença de edema: região subpalpebral, membros inferiores e superiores (MMII e MMSS) e região sacra A gravidade do edema ou grau de infiltração é informada na práNca por meio de cruzes (desde discreto até muito acentuado) + mínimo ++ discreto-cacifo ou fóvea +++ moderado, apaga relevo ósseo ++++ pronunciado, deforma o segmento comprometido Membros inferiores e superiores Edema: Hipoproteinemia Hipoalbulminemia Valores < a 5,0 g/l de PTN totais e < 2,5 g/l de albumina são capazes de gerar edema. Sinal de Cacifo ou de Godet Quando no tornozelo, perna e região sacral → maior tempo acamado, maior grau de desnutrição e ↓ albumina Face edemaciada (ferro) Manchas de Bitot (vitamina A) Rosário raquítico (vitamina D) Deficiência de Vitamina C Deficiência de Ferro Fundamental dentro do processo de avaliação do estado nutricional, deve preceder qualquer Ypo de avaliação nutricional a ser realizada em um indivíduo PACIENTE Exame -sico Consumo alimentar Avaliação Antropomé-‐ trica Exames bioquímicos Atividades Paciente, sexo feminino, apresenta desorientação, hipogeusia e hiposmia, xerose, conjuntiva pálida, unhas com listras tranversais. Explique os sintomas e quais as prováveis deficiências nutricionais apresentadas? Paciente deu entrada no hospital queixando-se de dor abdominal intensa. Apresentou hematêmese, melena, náuseas, azia. Explique os sintomas apresentados. Paciente, sexo masculino, 33 anos, vítima de acidente de moto, com traumatismo crânio- encefálico (TCE) está internado na UTI há 1 mês em estado comatoso (coma). Apresenta-se com edema nos membros inferiores (MMII), ascite, ulcera de pressão na região sacral. Os exames bioquímicos apresentaram valores de albumina sérica 2,8g/dL e contagem total de linfócitos 1.000mm3. Qual diagnóstico nutricional do paciente a partir dos exames bioquímicos? Explique a relação entre os exames bioquímicos e os sintomas apresentados na avaliação clínica. Paciente sexo feminino, queixa-se de anorexia, cansaço e fadiga, indisposição na realização de tarefas habituais. O exame físico mostrou conjuntiva pálida e palidez, unhas coiloníquias. A avaliação bioquímica pode ser vista abaixo: Valores Referência Hemácia: 3,5 milhões/mm3 Mulheres: 3,9 – 5,0 milhões/mm3 Hemoglobina: 9g/dl Mulheres: 12 – 15,5 g/dL Hematócrito: 29% Mulheres: 35 – 45% VCM: 78 fL Mulheres: 82 – 98 fL Os sintomas de avaliação clínica podem indicar deficiência de qual nutriente? Baseado na avaliação clínicae exames bioquímicos, qual o diagnóstico do paciente? Paciente, sexo feminino, internada na UTI há 1 mês, alimentado-se por sonda nasogástrica, apresenta edema generalizado, ulcera de pressão, gastroparesia (parada no funcionamento movimentos peristálticos). Os exames bioquímicos mostram valores de albumina 2,0g/dL, leucócitos 4.000mm3, contagem total de linfócitos 1.200 mm3. Interprete os exames bioquímicos. Na realização da avaliação antropométrica foram mensurados os seguintes dados descritos abaixo: Peso atual: 62,4 kg / Peso habitual: 70 kg / Estatura: 166 cm / DCT: 15 mm / CB: 25 cm a. Relate o seu diagnóstico nutricional com os cálculos descritos em relação à % de perda de peso, IMC e diagnóstico, peso ideal, adequação do peso atual em relação ao habitual e ao ideal, diagnóstico e adequação da CB, DCT e CMB. b. Cálculo das calorias utilizando a fórmula de Harris-Benedict, sabendo que o fator injúria é de 1,8 de acordo com a patologia e atividade do paciente que deambula que é de 1,3. c. Interprete os exames bioquímicos e dê o diagnóstico final do paciente.
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