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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA- CE.
PROCESSO N° ________________
REQUERENTE : FRANCISCA ALANA CARDOSO DA SILVA.
REQUERIDO: GRAVADORA CALYPSO SONS.
 A GRAVADORA CALYPSO SONS, já devidamente qualificado nos autos, vem, por intermédio de seu advogado (procuração em anexo), apresentar CONTESTAÇÃO, em face a ação que lhe move FRANCISCA ALANA CARDOSO DA SILVA, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir:
PRELIMINARES:
 Preliminarmente requer a extinção do processo sem resolução de mérito, visto que a parte autora apresentou na fase inicial deste processo, documento de contrato inválido, sem reconhecimento de firma, sendo o contrato original juntado pela parte requerida, conforme documento em anexo, portanto, os pedidos são ineptos, pela falta da apresentação da prova indispensável, e pelo fato de que a parte autora pede ressarcimento com base em um contrato que não possui validade.
 DOS FATOS:
 Primeiramente, vale destacar que o contrato original apresentado pela presente peça, é válido e preenche todos os requisitos previstos em lei. Tendo essa certeza da validade do contrato, havia uma disposição no mesmo, que as canções por ela feitas, no período da contratação, seriam de propriedade patrimonial da gravadora. É certo que os direitos morais pertencem a autora, e a gravadora sempre agiu de forma a dar total crédito a artista, tanto é que a mesma tinha inúmeros fãs, mas os direitos patrimoniais pelo contrato, foi cedido a gravadora, que cedia uma participação de royalties a requerente.
 Em seguida, vale destacar que a alegação que deque o diretor desta empresa ter sugerido a transferência patrimonial definitiva de algumas músicas da requerente, carece de provas.
 O contrato foi devidamente apresentado a parte autora, que é alfabetizada e devidamente capaz de interpretar o presente contrato que assinou. Vale destacar também, que a gravadora não tem absolutamente nada a ver com a vida particular da requerente, e que inclusive ofereceu assessoria jurídica por e-mails (em anexo), explicando de forma detalhada as cláusulas contratuais, que teve a sua total anuência, sem protestos.
 Nos últimos anos de contrato, a artista passou a ser uma profissional com total desprezo ao seu trabalho, faltando shows por motivos pessoais (e-mails em anexo), muitas vezes sem explicação, causando inclusive graves prejuízos a gravadora, que procurou saber a fundo o que de fato havia acontecido com a requerente. Foi então que no ano de 2015, durante um show em fortaleza a artista foi extremamente vaiada pelo público presente, tendo inclusive sido matéria no G1 (em anexo). Perante a situação, a gravadora observou o comportamento da artista, que durante o show não parava de mexer em suas unhas, mostrava-se também bastante irritada, e abandonou o show tendo cantado apenas seis músicas. Procurada pela gravadora, a requerente sempre se mostrou irredutível, foram vários e-mails, muitas vezes sem resposta, foi então que o requerido ofereceu tratamento pelo vício de drogas, vício esse que se deu inicio no ano de 2015, e era perceptível por todos ao seu redor, inclusive pelos seus próprios fãs, e que talvez até por esse motivo a requerente tenha apresentado contrato diverso ao seu representante neste processo, que de fato foi proposto, porém ao ser analisado pelo corpo jurídico da gravadora, este contrato foi prontamente descartado, não tendo validade alguma. Neste mesmo período os shows começaram a ser cancelados pela gravadora.
 Perante toda essa situação constrangedora causada pela artista, a gravadora começou a limitar a sua agenda de shows, para evitar prejuízos e para a própria requerente gozar de mais tempo para cuidar da sua saúde.
 Por todo o exposto, a gravadora requer a multa rescisória que está prevista no contrato, e multa por litigância de má fé, por entender que a parte requerente tentou induzir este juízo ao erro, apresentando prova diversa da original.
 
DO DIREITO :
A lei 9.610 em seu art.37, prevê que o autor da obra poderá convencionar com outra parte a exploração patrimonial da obra artística, como de fato aconteceu no presente caso concreto, senão vejamos :
“Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei.”
Ainda na lei 9.610 em seu art.22, prevê que pertencem ao autor os direitos morais pela obra criada, o que sempre foi respeitado pela gravadora, vejamos:
“Art.22 Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criou.” 
Segundo o entendimento do STJ, é cabível a aplicação de multa por descumprimento contrato, o que é análogo ao caso discutido, visto que a requerente descumpriu as suas obrigações artísticas, vejamos :
“RECURSO ESPECIAL Nº 482.094-RJ
RELATORA: MINISTRA NANCY ANDRIGHI
RECORRENTE: TV GLOBO LTDA
RECORRIDO: MARIA GORETE DA SILVA ARAUJO 
EMENTA
DIREITO CIVIL. EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER E NÃO FAZER. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DESERVIÇOS ARTÍSTICOS CELEBRADO ENTRE EMISSORA DE TV E COMEDIANTE. QUEBRA DA CLÁUSULA DEEXCLUSIVIDADE. EMBARGOS DO DEVEDOR. INADIMPLEMENTO DE OBRIGAÇÃO PERSONALÍSSIMA.COBRANÇA DE MULTA COMINATÓRIA. CABIMENTO.
I – É admissível a aplicação de multa no caso de inadimplemento de obrigação personalíssima, como a de prestação de serviços artísticos, não sendo suficiente a indenização pelo descumprimento do contrato, a qual visa a reparar as despesas que o contratante teve que efetuar com a contratação de um outro profissional.
II – Caso contrário, o que se teria seria a transformação de obrigações personalíssimas em obrigações sem coerção à execução, mediante a pura e simples transformação em perdas e danos que transformaria em fungível a prestação específica contratada. Isso viria a inserir caráter opcional para o devedor, entre cumprir ou não cumprir, ao baixo ônus de apenas prestar indenização.
Recurso Especial provido.” 
DA MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ FÉ 
A litigância de má fé está prevista no novo CPC, em seus arts 79 e 80, vejamos :
“Art. 79. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como autor, réu ou interveniente.
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos;”
Analisando os arts. Expostos, indaga-se que a parte autora, tentou alterar a verdade dos fatos, apresentando contrato diverso, do convencionado entre as partes.
No mesmo sentido o STJ, condenou a parte requerente do processo pelo mesmo motivo exposto acima, vejamos :
Processo
10048099120178260625 SP 1004809-91.2017.8.26.0625
Orgão Julgador
13ª Câmara de Direito Privado
Publicação
30/08/2017
Julgamento
30 de Agosto de 2017
Relator
Cauduro Padin
Ementa
“Ação declaratória c.c. indenizatória por danos morais. Sentença de improcedência com condenação da autora a pagar multa de 5% sobre o valor corrigido da causa. Condenação por litigância de má-fé. Alteração da verdade dos fatos que restou configurada nos autos. Recurso desprovido, com majoração da verba honorária.”
DOS PEDIDOS: 
Ante todo o exposto requer de Vossa Excelência:
O deferimento do pedido da preliminar de mérito, extinguindo o processo sem resolução, de acordo com o art.337,CPC.
Que seja indeferido o pedido formulado na inicial da propriedade intelectual, no tocante aos direitos patrimoniais da exploração da música durante o período da vigência do contrato.
Que seja rescindido o contrato, pela falta de cumprimento das obrigações da requerente, e que seja paga a multa da rescisão no valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais), como estipulado em clausula contratual.
Que a requerente seja condenada a multa por litigância de má fé, na porcentagem de 9,9% do valorcorrigido da causa. 
A indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
 V – Protesta alegar por todos os meios de provas admitidos em lei, especialmente testemunhal e documental.
Nestes termos,
Pede deferimento 
Fortaleza, 30 de outubro de 2017
 
Dyonnathan Silva
OAB-CE : 201401121829

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