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REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL E FEBRE Temperatura corporais normais . A temperatura dos tecidos profundos do corpo (o ‘’centro’’ do corpo) -> CONSTANTE (exceção: quando a pessoa desenvolve doença febril) . A pessoa nua pode ser exposta a temperaturas que variam de 13 a 60 graus C, no ar seco, e ainda manter sua temperatura central quase constante . A temperatura da pele, em contraste com a temperatura central, se eleva e diminui de acordo com a temperatura a seu redor -> A temperatura da pele é importante quando nos referimos á capacidade de a pessoa perder calor para o ambiente . Variações entre as T centrais: A temperatura central média normal é considerada como entre 36,5 e 37 graus quando medida por via oral e aproximadamente 0,6 graus C mais alta, quando medida por via retal . A temperatura corporal se eleva durante o exercício e varia com as temperaturas extremas do ambiente porque os mecanismos regulatórios da temperatura não são perfeitos -> Quando calor excessivo é produzido no corpo pelo exercício físico, a temperatura pode se elevar para até 38,3 a 40 graus C -> Quando o corpo é exposto a frio extremo, a temperatura, em geral, pode cair até valores abaixo de 36,6 graus C Controle da temperatura corporal . A temperatura corporal é controlada pelo balanço entre a produção e a perda de calor . Quando a velocidade da produção de calor no corpo é superior á da perda de calor -> O calor se acumula no corpo e a temperatura corporal AUMENTA . Quando a velocidade de produção de calor é menor do que a perda -> O calor é eliminado do corpo e a temperatura DIMINUI Produção de calor . A produção de calor é um dos principais produtos finais do metabolismo . Fatores que determinam a produção de calor (metabolismo do organismo) - Intensidade do metabolismo basal de todas as células do corpo - Intensidade extra do metabolismo causada pela atividade muscular (incluindo as contra- ções musculares, causadas pelo calafrio) - Metabolismo extra causado pelo efeito da tiroxina (e por outros hormônios como GH e testosterona) - Metabolismo extra causado pelo efeito da ativação do SNS (norepinefrina, epinefrina) - Metabolismo extra causado pelo próprio aumento da atividade química das células (em especial quando a temperatura da célula se eleva) - Metabolismo extra necessário para digestão, absorção e armazenagem de alimentos (efeito termongênico dos alimentos) Perda de calor . Grande parte do calor produzido pelo corpo é gerada nos órgãos profundos (especialmente no fígado, no cérebro e no coração e nos músculos esqueléticos durante o exercício), a seguir esse calor é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é perdido para o ar e para o meio ambiente . Portanto, a velocidade da perda de calor é determinada por dois fatores 1. A velocidade de condução do calor de onde ele é produzido, no centro do corpo até a pele 2. A velocidade de transferência do calor entre a pele e o meio ambiente Sistema de isolamento do corpo . A pele, os tecidos subcutâneos, e o tecido adiposo atuam em conjunto como isolantes do corpo . Atuam na manutenção da T central interna normal Fluxo sanguíneo . O fluxo sanguíneo do centro do corpo para a pele é responsável pela transferência de calor . A alta velocidade do fluxo na pele faz com que o calor seja conduzido do centro do corpo para a pele com grande eficiência, enquanto a redução da velocidade do fluxo para a pele pode dimi- nuir a condução do calor do centro do corpo . O fluxo de sangue para a pele é o mecanismo mais eficaz para a transferência de calor do cen- tro do corpo para a pele *GRÁFICO: Mostra o efeito da tempe- ratura do ar ambiente sobre a condu- tância do calor do centro para a su- perfície da pele e depois, a condu- tância para o ar, demonstrando au- mento de, aproximadamente, oito ve- zes na condutância do calor na VA- SODILATAÇÃO Controle da condução do calor para a pele . A condução de calor para a pele pelo sangue é controlada pelo grau de VASOCONSTRIÇÃO dos vasos que suprem sangue para os plexos venosos da pele . Essa vasoconstrição é controlada pelo Sistema Nervoso Simpático, em resposta a: - Alterações da temperatura central do corpo - Alterações da temperatura ambiente Como o calor é perdido pela superfície da pele? O calor é perdido pela pele para o meio ambiente por: 1. RADIAÇÃO 2. CONDUÇÃO 3. EVAPORAÇÃO 1. RADIAÇÃO . A perda de calor por meio da radiação se dá na forma de raios de calor infravermelhos . Todos os objetos que não apresentam temperatura zero absoluto irradiam tais raios . Se a temperatura do corpo é maior do que a temperatura do ambiente, maior quantidade de ca- lor é irradiada pelo corpo do que a que é irradiada para o corpo * FOTO: Pessoa desnuda sentada dentro de sala com temperatura normal, aproximadamente 60% da perda total de calor se dão por radiação 2. CONDUÇÃO . Contato direto com um objeto/ar *FOTO: Pequenas quantidades de calor, aproximadamente 3% são perdidas pelo corpo por con- dução direta a partir da superfície corporal para objetos sólidos, como uma cadeira ou uma cama, a perda de calor pela condução para o ar, representa proporção considerável da perda de calor do corpo (15%) mesmo em condições normais . Calor: energia cinética do movimento molecular, moléculas da pele são submetidas a movimen- to vibratório contínuo -> Grande parte da energia desse movimento pode ser transferida para o ar se este for mais frio do que a pele, assim que a temperatura do ar adjacente á pele se iguala á temperatura da pele, não ocorre mais perda de calor por esse mecanismo, pois agora quantidade igual de calor é conduzida do ar para o corpo . Portanto, a condução de calor do corpo para o ar é AUTOLIMITADA, a menos que haja CON- VECÇÃO (o ar aquecido se mova para longe da pele, de modo que novo ar, não aquecido, seja continuamente trazido para o contato com a pele) - Convecção . Calor da pele é conduzido para o ar e depois removido pela convecção das correntes de ar . Pequena quantidade de convecção sempre ocorre ao redor do corpo -> Devido á tendência de o ar ascender quando aquecido *FOTO: Pessoa desnuda sentada em sala sem movimento acentuado de ar, aproximadamente 15% de sua perda total de calor ocorrem pela condução para o ar e depois, pela convecção do ar para longe do corpo - Efeito resfriador do vento . Quando o corpo é exposto ao vento, a camada de ar, adjacente á pele, é substituída por ar novo com velocidade muito maior do que a normal e a perda de calor por convecção AUMENTA pro- porcionalmente - Condução e convecção do calor por pessoa suspensa na água . A água tem um calor específico superior ao do ar -> Água adjacente á pele pode absorver quan- tidade MUITO maior de calor do que o ar . A condutividade do calor na água é muito grande em comparação com a do ar -> É impossível para o corpo formar ‘’zona de isolamento’’, como ocorre no ar, portanto (se T da água é menor que T do corpo), a velocidade de perda de calor para a água, em geral, é muito superior á veloci- dade de perda de calor para o ar 3. EVAPORAÇÃO . Quando a água evapora da superfície do corpo, 0,58 kcal de calor é perdida por cada grama de água que evapora . Mesmo quando a pessoa não está suando a água ainda se evapora (a partir da pele e dos pul- mões) na intensidade de 600 a 700 mL/dia . É um mecanismo de resfriamento necessário em T muito altas do ar . A perda de calor por evaporação se suor pode ser controlada pela regulação da intensidade da sudorese *FOTO: - T pele > T ambiente . O calor podeser eliminado por radiação e condução - T ambiente > T pele . Ao invés de perder calor, o corpo ganha calor, tanto por radiação como por condução -> Nessas circunstâncias, o único meio do corpo perder calor é pela evaporação (suor) . Portanto, qualquer coisa que impeça a evaporação (quando a temperatura do ambiente é maior que a da pele), irá elevar a temperatura interna -> Isso ocorre em seres humanos que nascem com ausência das glândulas sudoríparas, essas pessoas podem tolerar temperaturas frias da mesma forma que pessoas normais, mas provavelmente, morrerão pelo calor, pois sem o sistema evaporativo de refrigeração eles não poderão se proteger contra a elevação da temperatura cor- poral quando a temperatura do ambiente for maior que a do corpo - Roupas . As roupas aprisionam o ar próximo á pele, diminuindo o fluxo das correntes de convecção do ar -> A velocidade da perda de calor do corpo por condução e convecção diminui . Conjunto de roupas comuns diminui a velocidade da perda de calor pela metade da velocidade da perda de calor de um corpo desnudo -> Roupa especial para o frio pode diminuir essa perda de calor em até 1/6 . A eficiência da roupa na manutenção da temperatura corporal é quase completamente perdida quando fica úmida, porque a alta condutividade da água aumenta a velocidade de transmissão do calor através das roupas por 20 vezes ou mais (a sudorese em contato com o tecido, faz com que as roupas fiquem menos eficientes como isolantes) - Sudorese . A estimulação da área pré-óptica hipotalâmica anterior do cérebro provoca sudorese tanto ele- tricamente como por excesso de calor . Os impulsos neurais oriundos dessa área, que causam sudorese são transmitidos por vias autô- nomas para a medula espinhal e depois, pelo simpático para a pele em todas as partes do corpo . Estimulação das glândulas sudoríparas - As glândulas sudoríparas são inervadas por fibras nervosas colinérgicas -> Fibras que se- cretam acetilcolina mas que cursam pelos nervos simpáticos junto com as fibras adrenérgicas - Podem ser estimuladas também pela epinefrina ou norepinefrina que circulam o sangue (importante durante o exercício quando o corpo precisa perder o calor excessivo produzido pelos músculos) - Mecanismo de secreção de suor . A glândula sudorípara é uma estrutura tubular que consiste em duas partes 1. Uma porção enovelada subdérmica profunda que secreta o suor 2. Um ducto que passa através da derme e da epiderme da pele . Conforme a solução (composição da secreção) flui pelo ducto da glândula, ela é modificada pela reabsorção de íons sódio e cloreto . A INTENSIDADE DEESA REABSORÇÃO DEPENDE DA SUDORESE - Quando as glândulas sudoríparas são fracamente estimuladas, o líquido passa lentamente pelo ducto e quase todo sódio e cloreto são reabsorvidos (e água também), concentrando os ou- tros constituintes (portanto, em baixos índices de sudorese constituintes como ureia, ácido lático e íons potássio estão bastante concentrados) - Quando as glândulas sudoríparas são intensamente estimuladas, o líquido passa rapida- mente pelo ducto (pouca água é reabsorvida); suor com muita água e NaCl - Aclimatação do mecanismo de sudorese ao calor . Pessoa não aclimatada ao calor: Perde muito NaCl no suor (15-30 g/dia nos primeiros dias) . Pessoa aclimatada: Quando a pessoa é exposta a tempo quente durante 1-6 semanas, ela co- meça a suar de modo mais abundante, porém perdendo muito menos eletrólitos (perde 3-5 g de sal por dia) - A evaporação dessa quantidade de suor pode remover o calor do corpo com velocidade mais de 10 X superior a intensidade basal normal da produção de calor - Essa maior efetividade do mecanismo do suor é causada por alteração nas glândulas sudoríparas, para aumentar sua capacidade de produção de suor - Aclimatação: diminuição da concentração de cloreto de sódio no suor -> Grande parte desse efeito é causada pela secreção aumentada de ALDOSTERONA (que resulta na diminuição da concentração de cloreto de sódio no LEC e no plasma) Regulação da temperatura corporal . A temperatura do corpo é regulada quase inteiramente por mecanismos de feedback neurais e quase todos esses mecanismos operam por meio de CENTROS REGULATÓRIOS DA TEMPERA- TURA NO HIPOTÁLAMO, para que esses mecanismos de feedback operem, deve haver detecto- res de temperatura para determinar quando a temperatura do corpo está muito alta ou muito bai- xa . ÁREA PRÉ-ÓPTICA HIPOTALÂMICA ANTERIOR: contém grande número de neurônios sensíveis ao calor e 1/3 de neurônios sensíveis ao frio -> Esses neurônios atuam como sensores de tempe- ratura para o controle da temperatura corporal - Neurônios sensíveis ao calor: aumentam sua atividade em resposta ao aumento da tem- peratura corporal -> Quando a área pré-óptica é aquecida, a pele produz SUDORESE, enquanto os vasos sanguíneos da pele ficam DILATADOS -> Causa perda de calor, ajudando a temperatura corporal a retornar aos níveis normais e qualquer excesso de produção de calor pelo corpo é ini- bido -> A área pré-óptica funciona como CENTRO DE CONTROLE TERMOSTÁTICO da tempera- tura corporal - Neurônios sensíveis ao frio: aumentam sua atividade quando a temperatura corporal cai Detecção da temperatura . Sinais gerados pelos receptores de temperatura do hipotálamo + receptores em outras partes do corpo (RECEPTORES NA PELE E EM TECIDOS PROFUNDOS) * PELE: Quando a pele é resfriada em todo o corpo, efeitos reflexos começam a aumentar a temperatura corporal de várias formas 1. Gerando forte estímulo para causar calafrios, aumentando a produção de calor corpo- ral 2. Pela inibição do processo de sudorese 3. Promovendo vasoconstrição da pele para diminuir a perda de calor corporal pela pele * TECIDOS PROFUNDOS: São encontrados principalmente na medula espinhal, vísceras ab- dominais, grandes veias na região superior do abdome e tórax - Esses receptores detectam a temperatura central do corpo, em vez da temperatura da superfície corporal (como os da pele) - Detectam MAIS O FRIO do que o calor (assim como os receptores da pele) . Esses receptores de destinam á prevenção da hipotermina (impedir que abaixe a temperatura corporal) Integração de sinais sensoriais . O hipotálamo posterior integra os sinais sensoriais da temperatura central e periférica . Os sinais da área pré-óptica e os sinais de outros locais do corpo são combinados e integrados (no hipotálamo posterior) para controlar as reações de produção e conservação de calor do cor- po Mecanismos efetores neuronais . Esses mecanismos diminuem ou aumentam a temperatura corporal - MECANISMOS DE DIMINUIÇÃO DA TEMPERATURA QUANDO O CORPO ESTÁ MUITO QUENTE 1. Vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos: Essa dilatação é causada pela inibição dos centros simpáticos no hipotálamo posterior que causam vasoconstrição -> A dilatação total pode aumentar a transferência de calor para a pele em até 8X 2. Sudorese: Aumento de 1 graus C na temperatura corporal causa sudorese suficiente para remover por 10X a intensidade basal da produção de calor pelo corpo 3. Diminuição da produção de calor: Os mecanismos que causam o excesso de produção de calor, como os calafrios e a termogênese, são inibidos *GRÁFICO: Mostra elevação súbita da perda de calor evaporativo, resultante da sudorese, quan- do a temperatura central do corpo se eleva acima do nível crítico de 37 graus C (EFEITO DO AUMENTO DA TEMPERATURA CORPORAL SOBRE A SUDORESE) - MECANISMOS DE AUMENTO DA TEMPERATURA QUANDO O CORPO ESTÁ MUITO FRIO 1. Vasoconstriçãoda pele por todo o corpo: Essa vasoconstrição é causada pela estimula- ção dos centros simpáticos hipotalâmicos posteriores 2. Piloereção: Significa ‘’pelos eriçados’’, o estímulo simpático faz com que os músculos ere- tores dos pelos se contraiam, colocando os pelos na posição vertical (retém uma camada de ‘’ar isolante’’ próximo a pele diminuindo a transferência de calor para o meio ambiente) 3. Aumento na termogênese (produção de calor): A produção de calor é aumentada pela promoção de calafrios, excitação simpática da produção de calor e secreção de tiroxina Calafrios . Localizada na porção dorsomedial do hipotálamo posterior, encontra-se a área chamada centro motor primário para calafrios . Essa área é inibida pelos sinais oriundos do centro de calor e é excitada por sinais de frio oriun- dos da pele e da medula espinhal . Esse centro fica ativado quando a temperatura corporal cai -> ele transmite sinais que causam calafrios, quando o tônus se eleva acima de certo nível, os calafrios começam . Durante o calafrio máximo, a produção de calor pelo corpo pode se elevar por 4-5 vezes o nor- mal SNS e a produção de calor . Um aumento na estimulação simpática ou na circulação de norepinefrina e epinefrina no sangue pode causar elevação do metabolismo celular . Esse efeito é chamado termogênese química (termogênese sem calafrios) . O grau de termogênese é proporcional á quantidade de tecido adiposo marrom existente (tecido rico em fibras simpáticas que liberam norepinefrina que aumenta a termogênese) . No adulto (quase não tem gordura marrom): aumento da produção de calor pelo tecido adiposo marrom é de 10-15% . Nos lactentes: a termogênese podem aumentar a produção de calor por 100% Aumento da secreção de tiroxina . O aumento da secreção de tiroxina como causa da produção elevada de calor de longa duração . O resfriamento da área hipotalâmica anterior pré-óptica também aumenta a produção do hormônio liberador de tireotropina pelo hipotálamo, esse hormônio é levado para a hipófise ante- rior e ele estimula a secreção do hormônio estimulador da tireoide que, por sua vez, estimula o aumento da secreção de tiroxina pela glândula tireóide . A elevação dos níveis de tiroxina aumenta o metabolismo celular e ativa a termogenina -> Aumento do metabolismo e ativação da termogenina . Os efeitos não ocorrem imediatamente: requer exposição da várias semanas ao frio para causar hipertrofia da glândula tireoide . Efeito contínuo do frio sobre a tireoide -> alta incidência de bócio tireotóxico em pessoas que vivem em clima frio Ponto de ajuste . Para o controle da temperatura (ou ponto fixo) . Ponto de ajuste: 37,1 C . Em temperaturas acima desse ponto: O índice de perda de calor é mais elevado que o da pro- dução de calor (temperatura cai e se aproxima de 37,1 C) . Em temperaturas abaixo desse ponto: A produção de calor é maior que a de perda de calor (temperatura se eleva e se aproxima de 37,1 C) . Todos os mecanismos de controle de temperatura tentam continuamente trazer a temperatura corporal para o nível desse ponto crítico de ajuste . Sistema muito eficaz: Temperatura central interna varia 1 C para cada alteração de 25-30 C na temperatura ambiental . O ponto de ajuste é regulado principalmente pelo grau de atividade dos receptores de calor na área hipotalâmica anterior pré-óptica, PORÉM -> os sinais de temperatura da pele e tecidos pro- fundos também contribuem para a regulação da temperatura corporal - Como eles contribuem? Eles alteram o ponto de ajuste do centro de controle da tempe- ratura no hipotálamo *GRÁFICO SUDORESE * Demonstra o efeito de diferentes temperatu- ras da pele sobre o ponto de ajuste para a su- dorese, demostrando que esse ponto crítico aumenta conforme a temperatura da pele dimi- nui. - Para a pessoa representada, o ponto de ajus- te hipotalâmico aumentou de 36,7 C, quando a temperatura da pele era superior a 33 C, para o ponto de ajuste de 37,4 C, quando a tempera- tura da pele caiu para 29 C - Portanto, quando a temperatura da pele esta- va alta, a sudorese começou em temperatura hipotalâmica mais baixa do que quando a tem- peratura da pele estava baixa - É importante que a sudorese seja inibida quando a temperatura da pele é baixa pois caso contrário, o efeito combinado da baixa temperatura da pele e da sudorese pode causa perda ainda maior de calor *GRÁFICO CALAFRIOS * Quando a pele fica fria, ela estimula os centros hipotalâmicos aos calafrios, mesmo que a tem- peratura hipotalâmica permaneça no lado quen- te da normalidade - A temperatura fria da pele levaria á depressão profunda da temperatura, a menos que a produ- ção de calor se elevasse - Assim, a temperatura fria da pele, ANTECIPA a queda na temperatura interna e impede a queda real da temperatura Controle comportamental da temperatura corporal . Sempre que a temperatura corporal interna se eleva, sinais cerebrais dão á pessoa SENSAÇÃO FÍSICA DE HIPERAQUECIMENTO . Sempre que o corpo se esfria, sinais da pele e de receptores corporais profundos desencadei- am a SENSAÇÃO DE DESCONFORTO PELO FRIO -> Pessoa faz os ajustes ambientais para restabelecer o conforto (como sair do ambiente quente ou usar roupas isoladas em tempos frios) . Esse é o único mecanismo realmente eficaz para manter o calor corporal em ambientes extre- mamente frios Secção da medula óssea . A regulação da temperatura interna do corpo é prejudicada pela secção da medula espinhal . Após a secção da medula espinhal nas regiões cervicais, a regulação da temperatura corporal fica extremamente deficiente porque o hipotálamo não consegue controlar o fluxo sanguíneo para a pele ou o grau de sudorese, em qualquer local do corpo . Pode haver algum reflexo local, mas é fraco . Nas pessoas com essa condição, a temperatura corporal deve ser regulada, principalmente pela resposta psíquica do paciente ás sensações de frio e calor, ou seja, pelo controle comportamen- tal -> tipo de roupas e pela procura por ambiente apropriadamente quente ou frio Anormalidades na regulação da temperatura corporal Febre . Febre significa temperatura corporal acima da faixa normal de variação, pode ser causada por anormalidades no cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros reguladores de temperatura * Causas de febre: doenças bacterianas, tumores cerebrais e condições ambientais que podem resultar em uma intermação - Doenças febris -> Efeito dos pirogênios - Fazem com que o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico se eleve acima do normal - As substâncias que causam esse efeito são chamadas pirogênios - Quando o ponto de ajuste do centro de regulação hipotalâmico da temperatura se eleva acima do normal, todos os mecanismos para a elevação da temperatura corporal começam a atuar -> após algumas horas, após a elevação do ponto de ajuste, a temperatura corporal se aproxima desse nível (como mostrado na figura abaixo) - Ação dos pirogênios na causa da febre (papel das citocinas) - Pode ser direta e imediatamente sobre o centro de regulação da temperatura no hipotála- mo OU indiretamente e em horas (várias horas de latência ates de causar seus efeitos) - Quando as bactérias ou os produtos da degradação das bactérias estão presentes nos tecidos ou no sangue, eles são fagocitados -> essas células após digerir, liberam CITOCINAS -> principalmente IL-1 - IL-1: Induz formação de prostaglandinas, como a E2 que desencadeira febre - Quando a formação de prostaglandinas é bloqueada por fármacos, a febre pode ser abortada ou diminuída (fármacos antipiréticos) Febre causada por lesões cerebrais . Quando o neurocirurgião opera naregião do hipotálamo, quase sempre é desencadeada febre grave . Compressão do hipotálamo por tumor cerebral causa febre Características das condições febris - Calafrios . Quando o ponto de ajuste da temperatura no hipotálamo se eleva, a temperatura corporal geralmente leva várias horas para atingir esse novo ponto de ajuste da temperatura . Durante esse período: Pessoa experimenta calafrios e sente frio intenso; A pele fica fria (de- vido á vasoconstrição); A pessoa treme -> Isso continuam até que a temperatura corporal chegue ao ponto de ajuste hipotalâmico, a partir desse ponto, a pessoa não apresenta mais calafrios e não sente frio ou calor - Crise ou ‘’rubor’’ . Se o fator que está causando o aumento da temperatura for removido, o ponto de ajuste será reduzido . Essa mudança súbita de eventos no estado febril é conhecida como rubor Choque térmico . O limite superior da temperatura do ar que a pessoa pode suportar depende em grande parte de se o ar é seco ou úmido - Ar seco: mais tolerado, com correntes de convecção (para promover rápida evapora- ção) a pessoa pode resistir por várias horas a 54,4 graus C - Ar úmido: ar com 100% de umidade ou se o corpo estiver imerso na água, a temperatu- ra corporal começa a se elevar sempre que a temperatura ambiental estiver acima de 34,4 graus C . Intermação: quando a temperatura corporal se eleva acima da temperatura crítica a pessoa pro- vavelmente desenvolverá intermação -> os sintomas incluem desorientação, desconforto abdo- minal, vômitos, delírios e perda de consciência, pode ser fatal . A febre muito elevada (hiperpirexia) é muito prejudicial para os tecidos corporais, especialmente para o cérebro . Tratamento imediato da intermação pelo resfriamento do indivíduo com banho gelado ou com borrifos de água gelada - Aclimatação ao calor . Pessoa exposta ao calor por várias horas durante o dia, realizando trabalho relativamen- te pesado, irá desenvolver maior tolerância ás condições quentes e úmidas em período de 1-3 semanas . Alterações fisiológicas que ocorrem durante esse processo de aclimatação: Elevação de aproximadamente 2 X nos índices máximos de sudorese; Aumento do volume plasmático; Dimi- nuição da perda de sais no suor e na urina (esses dois últimos efeitos resultam do aumento da secreção de ALDOSTERONA) Exposição do corpo ao frio extremo . A pessoa exposta á água gelada durante 20-30 minutos morre por parada cardíaca ou fibrilação cardíaca . Nesse momento, a temperatura interna do corpo cai para 25 graus C . Se for aquecido rapidamente, pela aplicação de calor externo, a vida da pessoa pode ser salva - Quando a temperatura corporal cai abaixo de 29,4 graus C . O hipotálamo perde sua capacidade de regular a temperatura -> diminuição de produção de calor . Ocorre sonolência seguido de coma (deprime a atividade dos mecanismos de controle de calor que ocorrem no SNC, impedindo os calafrios) - Enregelamento . Em temperaturas muito baixas as áreas superficiais podem congelar . O enregelamento ocorre especialmente nos lobos das orelhas e nos dedos das mãos e pés . Se o congelamento formar cristais de gelo nas células ocorre lesão permanente (dano cir- culatório, destruição tecidual local) . As áreas enregeladas devem ser removidas cirurgicamente - Vasodilatação induzida pelo frio . É um mecanismo para evitar o enregelamento . Quando a temperatura dos tecidos cai próximos ao ponto de congelamento, a musculatu- ra lisa nas paredes vasculares fica paralisada pelo próprio frio, ocorrendo vasodilatação, manifes- tada por rubor da pele . Ajuda a prevenir contra o enregelamento levando sangue quente para a pele - Hipotermia artificial . Para diminuir a temperatura corporal -> administração de forte sedativo para deprimir o controle hipotalâmico seguida do resfriamento da pessoa com gelo ou cobertores de resfriamen- to até que a temperatura caia . Pode ser usado durante cirurgias cardíacas (para que o coração seja parado artificial- mente) . O resfriamento a esse nível não causa dano tecidual, mas diminui a frequência cardíaca e diminui o metabolismo celular, de modo que as células corporais podem sobreviver até uma hora sem fluxo sanguíneo
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