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Abordagens e perspectivas do texto poético

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UNIDADE 01
1 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
INSTITUTO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
PARAÍBA
AULA 01Teoria Literária I
Abordagens e perspectivas 
das teorias do texto poético
 � Apresentar, discutir e analisar aspectos teóricos 
fundamentais das teorias do texto poético.
 � Instrumentalizar o aluno para a compreensão de 
conceitos basilares para análise do texto poético.
UNIDADE 01
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
2 Começando a história
Caro aluno, para a perfeita compreensão do conteúdo desta disciplina, é necessário 
que relembremos alguns pontos vistos e discutidos na disciplina de Introdução 
aos Estudos Literários, sobretudo no que diz respeito ao estudo do texto poético. 
Como vimos, a discussão em torno das bases literárias que alicerçam o estudo 
dos gêneros datam da Antiguidade Clássica, notadamente com as discussões 
filosóficas de Platão e Aristóteles. Relembrar aqui os conceitos platônicos e 
aristotélicos nos é importante porque remetem à base conceitual que inaugura 
a distinção entre literatura e história ou entre poesia e História. Caso você esteja 
esquecido dessa base de conceitos, releia as aulas de Introdução aos Estudos 
Literários, principalmente a partir da Aula 4, em que começam as discussões 
sobre o que é literatura, culminando nas últimas aulas que versam sobre os 
gêneros literários.
Na presente aula, vamos fazer um breve passeio pelos principais conceitos que, 
a partir dos clássicos, embasam o estudo da poesia. Daremos muitas indicações 
de leitura, sem a pretensão de nos aprofundar tanto nos conceitos apresentados. 
É importante que você busque a fonte citada para lê-la na íntegra, o que, 
certamente, ajudará no processo de compreensão.
Já que, a partir do programa da disciplina anterior, temos bem clara a distinção 
entre poesia, poema e prosa, podemos nos ater mais diretamente aos conceitos 
e teorias que embasam o texto poético.
3 Tecendo conhecimento
Para começar, vamos retornar à Antiguidade Clássica de onde partiram os primeiros 
questionamentos e as primeiras hipóteses sobre a existência e a importância da 
palavra. E, associando a palavra à literatura, não podemos perder de vista que 
o que define a literatura não é apenas o fato de ser ficcional ou imaginativa, é 
também porque emprega a linguagem de forma peculiar.
3.1 Platão e o lugar da poesia
Você deve estar se perguntando: por que Platão e Aristóteles, filósofos do Séc. 
V a.C., têm importância quando se fala em texto poético em pleno Séc. XXI?
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AULA 01
Fonte: http://espectivas.wordpress.com/2011/05/13/a-politica-segundo-platao-maquiavel-rousseau-
e-a-democracia-directa/
Vamos a algumas possibilidades de resposta:
Primeiramente vamos pensar que as considerações sobre a arte literária e sua 
relação com a sociedade existem desde o nascimento das primeiras formas 
literárias, que são o poema ou a narrativa oral, ao inaugurarem uma forma de 
expressão através de uma representação.
A literatura é uma forma de expressão e, como tal, não pode ser compreendida 
distanciada do seu contexto de produção. É, portanto, uma forma de representação 
do mundo e do próprio sujeito. É através dessa representação pela palavra que o 
homem tenta identificar o meio social em que vive e, sobretudo, compreendê-lo. 
Isso começou a ser sistematizado desde a Antiguidade Clássica.
Platão (427, a.C.), filósofo grego, discípulo de Sócrates, dedicou-se a estudar a 
importância da palavra e formulou uma teoria segundo a qual a palavra não criava 
objetos “originais”, mas apenas cópias distintas daquilo que seria a verdadeira 
realidade, produzindo apenas uma “imitação”.
Então tudo o que existia, segundo a teoria de Platão, era mera imitação? O que 
Platão entendia por imitação?
Vamos voltar ao pensamento platônico para tentar entender essa teoria: Platão 
considera como genuíno apenas o mundo das ideias, ou seja, tudo aquilo que os 
sentidos nos transmitem são apenas reflexos das ideias. Para explicar o sentido 
de imitação, Platão recorre a três exemplos: Deus, o carpinteiro e o pintor. 
Pensando num objeto como uma cama, no campo das ideias, Deus estaria em 
primeiro plano porque Ele é o criador da ideia da cama; o carpinteiro estaria em 
Figura 1 
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
segundo porque cria o seu produto tendo a ideia como modelo; e, em terceiro, 
o pintor que toma como modelo a cama, perceptível ao sentido, feita pelo 
carpinteiro, e imita-a em seu quadro. Nessa ordem, o pintor, ou o artista, seria 
inferior ao carpinteiro, pois este fabrica camas de verdade, e o carpinteiro, por 
sua vez, inferior a quem criou a ideia eterna da cama, Deus. O poeta, aquele 
que se utiliza da palavra para representar uma ideia, pertenceria à categoria do 
imitador e não à do artífice ou do criador, porque cria um mundo de aparência 
e não de essência, uma mimese, portanto, no sentido de imitação da imitação.
Veja o que diz a esse respeito o pensador e tradutor da obra de Platão, 
J.Guinsburg (2006):
Este é o ponto crucial da argumentação platônica iniciada em 
596a.C. A relação entre conhecimento (cujo objeto é o ser) 
e poesia não se reduz à mera oposição, mas se estabelece 
hierarquicamente. A questão que se coloca é de graus de 
participação do ser: a “idéia” da coisa, a coisa em particular e 
a coisa particular representada pela pintura e/ou pela poesia 
são os três graus do ser. (...) Sendo assim, as obras dos poetas 
que têm como matéria não a idéia, mas o modo como as 
coisas se apresentam aos sentidos, estariam no terceiro nível, 
seriam uma “aparência da aparência”, por isso, “apartadas 
três graus do ser”. Sendo assim, do ponto de vista ontológico, 
os objetos confeccionados pelos artesãos têm maior valor 
do que as obras dos poetas, pois essas últimas participam 
menos do ser, têm menos realidade (p. 380).
Para melhor compreender essa teoria, caro aluno, é necessário que você leia, na 
íntegra, A República, de Platão, em especial o Livro X que trata da poesia. Vamos 
aqui, em linhas gerais, destacar as principais ideias contidas na obra:
A República (437a.C)de Platão é um diálogo 
no qual Sócrates e seus interlocutores tentam 
encontrar, através do processo de argumentação, 
uma definição de justiça em acordo com o projeto 
ético e político, de formação do indivíduo para 
a construção de uma cidade modelo, sendo 
reconstruída a ordem dos guardiães e proposta 
a figura do governante filósofo. É um texto que 
se edifica pelos nexos entre poesia e filosofia, 
duas forças educativas contrapostas, com suas 
trocas e contrariedades.
Figura 2 
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AULA 01
Ao longo do Diálogo, vai se estruturando um projeto que visa ao equilíbrio 
entre os homens na sociedade e nos poderes que governam a cidade. Para 
Platão, a edificação de uma cidade perfeita deve-se, primordialmente, à 
figura do governante e, para tanto, é preciso que ele passe por um processo 
de formação que o torne apto a defender a cidade. Esse processo educativo 
do jovem que almeja tornar-se líder inclui “desde o seu ambiente físico e 
dons naturais até o controle das expressões literárias às quais está exposto, 
a música e a ginástica reorientadas para modelar as formas anímicas e 
corporais adequadas ao paradigma da cidade” (FRANCO, 2006, p. 19 – 
grifo nosso).
Como sabemos, toda a formação do homem grego se dá com base na poesia. É 
por meio da poesia que as crianças são educadas, o conhecimento é transmitido 
e se formam os futuros cidadãos. A poesia era o veículo de divulgação da história 
que propagava os feitos heroicos, as sagas épicas e, principalmente, os mitos. 
A poesia era a maior ferramenta de propagação do saber filosófico ou mesmo 
das coisas mais simples do cotidiano daquele povo.
Vamos abrir aqui um parêntese e lembrar que essa característica da poesia 
de se constituir como um veículo de condução e transmissão da história 
foi muito comum no nosso país, sobretudo no Nordeste, onde a literatura 
de cordel foi, por muito tempo, a responsável porlevar o conhecimento 
à população.
O mito, difundido pela poesia, na concepção de Platão, incutia o medo e o temor 
no homem, características impróprias a um governante, por isso, a preocupação 
de Platão se dava exatamente pela capacidade que a poesia tinha não de formar 
o cidadão, mas sim de deformá-lo. Platão é cuidadoso em não apenas dizer que a 
filosofia haveria de ocupar a função da poesia, mas tenta, paulatinamente, no livro 
X, provar a inutilidade da poesia ou, melhor ainda, que esta produz patologias 
na alma humana. Assim, J. Guinsburg (2006) compreende:
Segundo Platão, a poesia causa como que um entorpecimento 
do raciocínio ao afrouxar as armas que a razão fornece (medir, 
calcular e pesar), trazendo à alma uma perturbação interna. 
Do ponto de vista moral, isso tem implicações práticas, pois 
desvia o homem de uma conduta orientada pela razão e o 
impele, em contrapartida, a agir conforme as inclinações 
sensíveis e passionais (p.392).
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
Por isso a mimese foi depreciada por esse filósofo, pois a considerava como 
imitação da imitação. Como não visava à verdadeira essência dos objetos, ela 
é falsa e prejudicial ao discurso ideal do filósofo. Na República, Platão expulsa 
os poetas porque imitam, artisticamente, o que é percebido na realidade. A 
poesia é negativa porque trabalha com a imitação e, assim sendo, tem o poder 
de desvirtuar as coisas e as pessoas, afetando inclusive o caráter do próprio 
poeta imitador.
Então poderíamos pensar que, na cidade modelo, idealizada por Platão, a poesia 
e os poetas não teriam lugar?
Não é bem isso. Para a construção da cidade modelo, Platão advoga como ponto 
principal a formação pedagógica dos governantes. No entendimento de Platão, 
são os governantes os responsáveis por toda e qualquer mudança e melhoria na 
vida dos gregos. Para tanto, deveriam, desde a mais tenra idade, ser preparados 
para isso, o que significa possuir uma formação filosófica, calcada na verdade, o 
que, segundo ele, era exatamente o contrário àquilo que pregava a poesia. A luta 
de Platão é, portanto, a da verdade contra a aparência. A poesia, ao contrário da 
filosofia, não se compromete com a verdade, ilude-se com as aparências e, nesse 
processo, eleva as piores partes da alma colocando-as no governo do homem, 
lugar que deve ser ocupado pelo que há de melhor, a parte racional. Contudo, 
Platão entende que o lugar da poesia na República deve limitar-se à música e 
aos ditirambos, sem a função pedagógica ou educativa, apenas dedicada ao 
lúdico e ao prazer.
Veja o que diz o próprio Platão:
“A poesia estraga o espírito dos que a ouvem, se eles não possuírem o 
remédio do conhecimento da verdade” (Rep. 595. B6).
Sabemos, contudo, que o ataque que Platão faz à poesia, na verdade tem como 
alvo o poeta Homero. A esse respeito, Jaeger (2003) assim se reporta:
Este problema converte-se forçosamente num ataque a 
Homero, entre outras coisas porque todos amam este poeta e, 
portanto se compreenderá melhor quanto é sério o problema 
levantado, se o ataque incidir sobre ele (...) Mas não é só por 
se acentuar por isso o paradoxo filosófico que Homero é 
posto como alvo do ataque, mas sim, por outras duas razões: 
Platão enuncia a primeira no início de seu estudo, onde diz 
que Homero é o mestre e o senhor da tragédia. É contra a 
poesia trágica que é dirigida a força principal do ataque, pois 
é nela que se manifesta mais vigoroso o elemento “patético” 
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AULA 01
impulsionador da ação que a poesia exerce sobre a alma. 
A segunda razão é Homero ter de ocupar necessariamente 
o lugar central em qualquer debate sobre as pretensões 
educativas da poesia (p. 980-981).
Em suma: o que Platão desconsidera na poesia é justamente aquilo que a 
caracteriza, ou seja, o poder de despertar a sensibilidade, o sentimento, a 
imaginação, a comparação e, sobretudo, o poder de representar sem a necessidade 
de fidelidade ao objeto imitado. 
Para melhor compreendermos a crítica que Platão faz à poesia, vamos ler um 
trecho de A Odisséia, de Homero:
(...)
Dito isso, Atena de olhos verde-mar rumou para o Olimpo, onde, segundo 
dizem, têm os deuses sua sede segura e eterna; não a abalam os ventos, 
nem jamais se molha de chuva nem se avizinha a neve; o céu, ao invés, 
se abre sereno e sem nuvens e uma alva claridade a inunda. Deleitam-se 
ali os deuses bem aventurados todos os dias. Lá foi ter a deusa de olhos 
verde-mar, quando acabou de falar à donzela (Odisséia, p. 72).
Exercitando
Considerando o pensamento platônico para a constituição da cidade modelo 
em A República e o lugar que ele destina aos poetas, identifique, no trecho 
acima, aquilo que representa a negatividade da poesia para a formação dos 
governadores.
3.2 Aristóteles e os gêneros literários
Discípulo de Platão, Aristóteles (384-322 a.C.), um 
dos maiores filósofos da Grécia Antiga, exerce, 
desde o Séc. IV até os nossos dias, enorme influência 
nos estudos literários. É de Platão que Aristóteles 
herda a palavra mimese, refutando, contudo, o 
conceito platônico, para enaltecer justamente o valor 
mimético da arte, frente à verdade preestabelecida.
Marble bust of Aristotle. Roman copy after a Greek bronze original 
by Lysippus c. 330 BC. The alabaster mantle is modern.
Figura 3 
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
Se Platão desmerecia a poesia por seu caráter mimético, imitativo, que 
desconsiderava a verdade, incutindo no homem a sensibilidade e a possibilidade 
do mal, Aristóteles defende a poesia como uma produção da subjetividade 
humana, retirando dela a significação de “imitação” do mundo exterior para 
fornecer-lhe “possíveis” interpretações do real através de ações, pensamentos 
e palavras, de experiências existenciais imaginárias. A mimese em Aristóteles 
afasta-se da perfeição e da verdade para afirmar-se como a representação do 
que “poderia ser”, assumindo o caráter fabular das criações poéticas.
A Poética, de Aristóteles, representa o primeiro tratado sobre teoria da literatura 
do Ocidente. É o discurso literário que se identifica com a noção de mimese 
poética. Já no capítulo de introdução, Aristóteles, referindo-se aos gêneros 
literários, como a epopeia, o poema trágico, a comédia, o ditirambo, identifica-os, 
“de modo geral, como imitações” (ARISTÓTELES, 2007, p. 19). Das três principais 
caracterizações de gênero literário pretendidas por Aristóteles (o épico, o lírico 
e o dramático), interessa-nos mais de perto a poesia.
Aristóteles absorve o uso da palavra como caminho para elevar a imitação a um 
novo patamar e prossegue uma discussão já sentida em Platão a respeito da 
verdade e da ficção. Afinal, o que vem a ser o real e o ficcional na obra de arte?
O discípulo de Platão afirma que imitar é “natural ao homem desde a infância” 
e que, nesse processo, não há apenas a reprodução fiel do objeto imitado. 
Por meio de palavras, entram em jogo, na arte da imitação, a subjetividade 
e a intencionalidade do artista, sendo, portanto, a imitação um processo de 
recriação e não de reprodução. Aristóteles, ao contrário de Platão, vê um valor 
positivo na mimese.
Aristóteles chegava a considerar os historiadores menos sérios do que os poetas, 
porque aqueles se referiam ao particular, enquanto estes, ao universal.
Após a discussão em torno da mimese, chegamos à verossimilhança, conceitos 
que nos serão úteis no estudo da teoria literária, com ênfase na teoria do texto 
poético. Como forma de estabelecer distinções e semelhanças entre ambos os 
conceitos, vejamos como Ligia Militz da Costa (2003) os apresenta como síntese 
no quadro abaixo:
- O conceito aristotélico de mimese não significa mera imitação ou 
reprodução da “realidade”;
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AULA 01
- A mimese poética (literária) é uma representação que resulta de um 
processo específico de construção a partir de determinadas regras e 
visando a determinados efeitos;
- Ela compõe-se de elementos estruturais definidos, dos quais o mais 
importante é omito.
- A construção mimética é presidida por um critério fundamental: a 
verossimilhança;
-A verossimilhança situa a mimese nas fronteiras ilimitadas do “possível”: 
1º) o “possível”, e não o verdadeiro, como objeto temático da mimese; 2º) 
o “possível” lógico, causal e necessário, como modo de arranjo interno, 
solidário das ações do mito;
- Tudo é verossímil ou possível na mimese, até o inverossímil, desde que 
motivado, isto é, simulado como admissível.
Exercitando
Verossimilhança, portanto, remete a possibilidades. É do próprio Aristóteles a 
afirmação segundo a qual é preferível o impossível que convença ao possível 
que não persuada. Como atividade de fixação, leia o Capítulo XXIV d’A Poética 
Clássica, de Aristóteles, e tente, até mesmo com o uso de exemplos, explicar 
essa afirmação.
4 Aprofundando seu conhecimento
Quando se trata de teoria, caro aluno, é muito importante que você extrapole 
os textos dados, que não se prenda somente ao material exposto. Para tanto, 
buscando sedimentar as informações aqui apresentadas, procure entrar em 
contato com o seguinte material:
Livro e filme: O nome da rosa
Figuras 4 - 5 
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
5 
Texto: O mito da caverna (In: A República, Livro 
VII), de Platão
Livros: Ilíada e Odisséia, de Homero
Trocando em miúdos
Tentamos, nesta aula, desmistificar o uso da teoria, entendendo-a a partir de 
suas bases conceituais. Conhecemos o pensamento filosófico de Platão, que 
considera a poesia como imitação e, portanto, inadequada para a formação 
dos governantes por desvirtuar-lhes o caminho e o caráter. Vimos também 
que, na idealização da polis perfeita, Platão reserva aos poetas um lugar menor, 
caracterizando a poesia apenas como um divertimento. Para os estudos literários, 
é importante perceber como Aristóteles, discípulo de Platão, desenvolve a ideia 
de mimese, reservando-lhe um lugar de destaque, enaltecendo a imaginação, 
a subjetividade, no processo mimético, criando o conceito de verossimilhança.
Figura 6 
Figuras 7 - 8 
21
AULA 01
6 Autoavaliando
Chegando ao final dessa empreitada e para que possamos seguir à etapa seguinte, 
é necessário que você se faça as seguintes perguntas:
1) Eu consigo, depois das leituras feitas, compreender o pensamento platônico 
em relação à poesia e aos poetas?
2) Tenho claramente a noção de mimese?
3) Posso saber o que diferencia mimese no conceito platônico e aristotélico?
4) Sei definir verossimilhança?
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Abordagens e perspectivas das teorias do texto poético
Referências
ARISTÓTELES, HORÁCIO, LONGINO. A poética clássica. São Paulo: Cultrix, 2007.
COSTA, Lígia Militz da. A poética de Aristóteles: mimese e verossimilhança. 
São Paulo: Ática, 2003.
EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. 6. ed. São Paulo: Martins 
Fontes, 2011.
FRANCO, Maria Sylvia Carvalho. Introdução. In: GUISBBURG. J. (Org.). A República 
de Platão. São Paulo: Perspectiva, 2006.
GUINSBURG, J. (Org.) A República de Platão. São Paulo: Perspectiva, 2006.
HOMERO. Odisséia. 19. ed. São Paulo: Cultrix, 2010.
JAEGER, Werner. Paideia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
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AULA 01
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	2	Começando a história
	3	Tecendo conhecimento
	3.1	Platão e o lugar da poesia
	3.2	Aristóteles e os gêneros literários
	4	Aprofundando seu conhecimento
	5	Trocando em miúdos
	6	Autoavaliando
	Referências

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